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RESUMO
Introdução: A síndrome de McCune Albright é uma doença rara, clinicamente
definida pela combinação de displasia fibrosa poliostótica, manchas café-com-
leite e endocrinopatias com hiperfunção, como puberdade precoce, hipertireoidis-
mo, acromegalia e outras. A fisiopatologia biomolecular baseia-se em uma
mutação ativadora do gene para a subunidade alfa da proteína de membrana Gs,
que estimula a produção intracelular de AMPc, conferindo secreção autônoma à
glândula em particular. A glândula tireóide é freqüentemente envolvida nesta do-
ença, sendo o hipertireoidismo a segunda endocrinopatia mais comum após a
puberdade precoce. Objetivo: Realizar uma revisão da literatura no período de
1937 a 1997, incluindo nossa casuística, e discutir o tratamento utilizado para o
hipertireoidismo nesta síndrome. Resultados: Do total de 85 casos, em 26 com
hipertireoidismo se descreve o tipo de tratamento utilizado. Entre esses, 15 foram
submetidos à cirurgia (tireoidectomia total), seis foram submetidos à iodoterapia
e cinco foram submetidos a tratamento com drogas antitireoidianas (DAT – propil-
tiuracil, carbimazol ou metimazol), pois em alguns houve associação dos trata-
mentos citados anteriormente. Conclusão: A síndrome de McCune-Albright é
uma doença rara, que inclui displasia fibrosa poliostótica, manchas café-com-leite
e endocrinopatias com hiperfunção. Os casos acompanhados com hipertireoidis-
mo são inicialmente tratados clinicamente com DAT, porém a ablação cirúrgica ou
com radioiodoterapia é a opção definitiva mais indicada. (Arq Bras Endocrinol
Metab 2008; 52/3:556-561)
Descritores: Hipertireoidismo; Síndrome; McCune-Albright; Endocrinopatia
ABSTRACT
Hyperthyroidism Related to McCune-Albright Syndrome: Report of Two
Cases and Review of the Literature.
Introduction: McCune-Albright syndrome is a sporadic disease clinicaly charac-
terized by polyostotic fibrous dysplasia, “café-au-lait” cutaneous spots and hyper-
functional endocrinopathies, such as precocious puberty, hyperthyroidism,
acromegaly and others. The biologic physiopathology of the disease is based on
an activating mutation of the gene for the Gs protein which mediates the activa-
tion of adenyl cyclase and subsequent gland autonomous secretion. The thyroid
gland is usually involved in this disease, being hyperthyroidism the second most
common endocrinopathy seen after precocious puberty. Objective: Revision of
the literature since 1937 to 1997, adding our casuistic and discussing the adequate
treatment for the hyperthyroidism in the syndrome. Results: Among 85 cases
identified with the syndrome, hyperthyroidism treatment was described in 26 of
them. Fifteen were submitted to surgery (total thyroidectomy), 6 were submitted
to iodotherapy and 5 were treated with antithyroid drugs (ATD – propylthiouracil,
carbimazole or methimazole). In some cases, treatment association was done.
Conclusion: McCune-Albright syndrome is a rare disease, combining polyostotic
fibrous dysplasia, “café-au-lait” cutaneous spots and hyperfunctional endocrinop-
athies. Cases with hyperthyroidism are treated iniatially clinically, but definitive
ablation with surgery or radioiodine treatment is the most indicated option. (Arq
Bras Endocrinol Metab 2008; 52/3:556-561)
Keywords: Hyperthyroidism; Syndrome; McCune-Albrigt; Endocrinopathy
Hipertireoidismo Relacionado à Síndrome de McCune Albright:
Relato de Dois Casos e Revisão da Literatura
apresentação de caso
Ana Carolina R. Sallum
Fernando D. Leonhardt
Onivaldo Cervantes
Márcio Abrahão
Reinaldo K. Yazaki
Departamento de
Otorrinolaringologia e Cirurgia
de Cabeça e Pescoço da
Universidade Federal de São
Paulo (Unifesp), SP, Brasil.
Recebido em 12/03/2007
Aceito em 05/12/2007
Hipertireoidismo na Síndrome de McCune-Albright
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INTRODUÇÃO
Asíndrome de McCune-Albright é uma doença ge-
nética rara definida pela tríade de displasia fibrosa
poliostótica, manchas cutâneas café-com-leite e endo-
crinopatias hiperfuncionantes, como puberdade preco-
ce, hipertireoidismo e outras (1). Essa entidade foi
descrita pela primeira vez por McCune e Albright em
1936 e 1937, respectivamente (2,3).
A sua incidência ainda não é totalmente esclarecida,
ocorrendo igualmente em todas as raças. A puberdade
precoce gonadotrofina-independente é mais comum
ocorrer no sexo feminino, enquanto as demais manifes-
tações da síndrome de McCune-Albright ocorrem
igualmente em ambos os sexos. Em relação à idade de
aparecimento dos sintomas, nos casos mais graves en-
volvendo múltiplas endocrinopatias, a síndrome pode
ser reconhecida logo após o nascimento e nos casos
menos graves, os sintomas podem ser identificados em
qualquer fase da infância (4), sendo geralmente mais
precoces no sexo feminino (5).
A síndrome de McCune-Albright é o resultado de
uma mutação do tipo mosaico que ocorre precoce-
mente em estágio embrionário (6). A fisiopatologia
fundamenta-se em uma mutação ativadora do gene
para a subunidade alfa da proteína Gs, que estimula a
produção intracelular de AMPc, conferindo secreção
autônoma de tecidos endócrinos, gônadas, tireóide e
adrenal (7). Essa mutação ativadora da proteína Gs
também é demonstrada nas lesões cutâneas café-com-
leite e nas lesões ósseas da displasia fibrosa (7).
A apresentação clínica da doença é altamente variável,
dependendo dos componentes mais predominantes na
síndrome. Em casos em que a displasia fibrosa poliostóti-
ca seja marcante, múltiplas fraturas podem ser observadas
logo no início do quadro, principalmente na infância.
Outras endocrinopatias relatadas na síndrome de McCu-
ne-Albright, além da puberdade precoce, incluem: bócio
com ou sem hipertireoidismo, diabetes melito, acrome-
galia, síndrome de Cushing, hiperparatireoidismo, hiper-
prolactinemia e ginecomastia. Os distúrbios da tireóide
são encontrados em 30% a 40% dos pacientes portadores
da síndrome, sendo a incidência dessas lesões maior no
sexo masculino (8). O hipertireoidismo é a segunda en-
docrinopatia mais comum da doença (9).
O diagnóstico da doença é realizado pela correta
identificação do quadro clínico e por meio de exames
laboratoriais, que incluem a dosagem de hormônios se-
xuais, tireoidianos, cortisol e hormônio de crescimen-
to. Exames de imagem, como ultra-sonografia pélvica
(para pesquisa de cistos ovarianos), radiografia e cinti-
lografia óssea (rastreamento ósseo) e tomografia com-
putadorizada de abdome (para avaliar eventual aumento
de volume das glândulas adrenais), podem auxiliar na
confirmação do diagnóstico (4).
Os diagnósticos diferenciais da doença incluem to-
das as endocrinopatias que podem estar associadas à
síndrome, como gigantismo e acromegalia, síndrome
de Cushing, hipertireoidismo, neurofibromatose, pu-
berdade precoce de origem central ou tumor ovariano
funcionante (10).
O tratamento é direcionado para cada um dos ele-
mentos presentes na síndrome. A puberdade precoce
na síndrome de McCune–Albright é gonadotrofina-in-
dependente e por isso não responde tão bem à terapia
com agonista de hormônio liberador de gonadotrofina
(GnRH). Inibidores da aromatase, como testolactona,
têm sido a principal terapia em meninas com elevação
persistente de estradiol. Não é recomendado o trata-
mento cirúrgico para a puberdade precoce nessa sín-
drome (11).
Em casos de fibrodisplasia óssea sintomática, tem-se
usado bifosfonados com o objetivo de aliviar a dor óssea.
A fratura é a principal indicação de tratamento cirúrgico
em casos de lesões displásicas. A maioria das fraturas é
tratada com tração, entretanto, em fratura proximal do
fêmur, opta-se pela fixação cirúrgica (1).
O hipertireoidismo, por causa das adenomas fun-
cionantes da tireóide, pode ser tratado inicialmente
com medicações antitireoidianas, como propiltiuracil e
metimazol. O tratamento definitivo do hipertireoidis-
mo inclui a terapia ablativa com 131
I ou cirurgia (4).
Não existe um tratamento clínico efetivo para a sín-
drome de Cushing ACTH-independente e o tratamen-
to recomendado nesses casos é a adrenalectomia
bilateral, após a qual os pacientes necessitam de reposi-
ção de glicocorticóide e mineralocorticóide em quanti-
dades apropriadas (4).
Em casos de gigantismo/acromegalia, o tratamen-
to clínico com análogos da somatostatina é o ideal para
adenomas produtores de GH. O octreotide é um aná-
logo da somatostatina de longa ação que tem sido usa-
do com sucesso variável para reduzir a secreção de GH
por esses tumores. A radioterapia não é recomendada
nesses casos, pois pode causar alterações sarcomatosas
em sítios ósseos onde haja displasia fibrosa. O trata-
mento cirúrgico só deve ser considerado se o tumor for
visível e ressecável (4).
Hipertireoidismo na Síndrome de McCune-Albright
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É importante estimular os pacientes a manterem
uma programação regular de exercícios físicos. Entre-
tanto isso nem sempre é possível em pacientes com
quadro grave de displasia fibrosa poliostótica (4).
A morbimortalidade da doença está associada a fra-
turas, malignidades, distúrbios endócrinos e outras con-
dições associadas a essa síndrome. Apesar de um pequeno
subgrupo desses pacientes possuir elevada mortalidade
perioperatória e de desenvolver malignidades, a síndro-
me de McCune-Albright não está associada a aumento
do risco de mortalidade. As deformidades relacionadas à
displasia fibrosa poliostótica resultam diferentes graus de
morbidade, desde casos leves a muito graves(4).
Não existem medidas preventivas para a síndrome
de McCune-Albright, entretanto cuidados apropriados
devem ser tomados na prevenção de fraturas em pacien-
tes com displasia fibrosa poliostótica grave (4).
O objetivo desse estudo consiste na revisão da lite-
ratura acrescentando nossa própria casuística e discutir
o tratamento utilizado para o hipertireoidismo na sín-
drome de McCune-Albright.
PACIENTES E MÉTODOS
Relatamos dois casos da síndrome de McCune-Albright
com hipertireoidismo pertencentes ao nosso serviço e
fizemos uma revisão da literatura de todos os casos pu-
blicados da associação da síndrome de McCune-Albri-
ght com distúrbios da tireóide (10-47).
Relato de casos
Primeiro caso
Paciente de 10 anos de idade, sexo feminino, com diag-
nóstico de síndrome de McCune-Albright após investi-
gação de uma fratura patológica de fêmur associada a
manchas cutâneas café-com-leite, puberdade precoce e
hipertireoidismo. Ao exame físico apresentava bócio di-
fuso, taquicardia e hiperatividade. Provas de função ti-
reoidiana mostraram TSH suprimido (< 0,1 IU/mL) e
aumento da concentração sérica de T4 livre (2,5 ng/
dL). TRAB (thyrotrophin receptor antibody) e anticor-
pos antiperoxidase encontravam-se negativos. Houve
insucesso no tratamento clínico do hipertireoidismo e
foi realizada uma tireoidectomia total.
Segundo caso
Paciente de 6 anos de idade, sexo feminino, que apre-
sentava palpitações, taquipnéia e dor torácica. Displa-
sia óssea poliostótica, manchas cutâneas café-com-leite
e puberdade precoce estavam associadas com hiperti-
reoidismo. O exame físico revelou taquicardia, sopro
sistólico na área cardíaca, deformidades ósseas e bócio
difuso. Provas de função tireoidiana mostraram TSH
suprimido (< 0,1 IU/mL) e aumento da concentra-
ção sérica de T4 livre (5,4 ng/dL). TRAB e anticor-
pos antiperoxidase também negativos. Após falha do
tratamento clínico, optou-se também por realizar ti-
reoidectomia total.
RESULTADOS
Em pesquisa bibliográfica da literatura a partir de 1937
– ano em que a síndrome foi descrita pela primeira vez
por McCune e Albright – a 1997, foram descritos 83
casos da síndrome de McCune-Albright associados a
tireoideopatias. Com os dois casos relatados em nosso
serviço, totalizam-se 85 casos desta associação.
Entre os distúrbios da tireóide encontrados obser-
vou-se 55 pacientes (65%) com hipertireoidismo clíni-
co, 12 (14%) com hipertireoidismo subclínico, seis (7%)
com bócio difuso e cinco (6%) com bócio nodular, res-
saltando-se que em sete pacientes não foi caracterizado
o tipo de tireoidopatia (8%).
A idade de início dos sintomas variou desde recém-
nato (quatro dias de vida) até 49 anos de idade.
Dos 83 pacientes, apenas em 26 foi descrito o tipo
de tratamento utilizado, incluindo nossos dois pacien-
tes. Entre esses, 15 (57%) foram submetidos à cirurgia
(tireoidectomia total), seis (23%) foram submetidos à
iodoterapia e cinco (20%) foram submetidos a trata-
mento apenas com DAT (propiltiuracil, carbimazol ou
metimazol). Em alguns pacientes houve combinação
dos tratamentos citados anteriormente. Após o trata-
mento todos os pacientes apresentaram melhora clínica
do quadro de hipertireoidismo.
Apenas em cinco dos 83 pacientes relatados foi des-
crita a mutação genética responsável pela síndrome.
Nestes, a mutação consistiu na substituição da arginina
na posição 201 da subunidade alfa da proteína Gs pelo
aminoácido cisteína (quatro pacientes) ou histidina
(um paciente).
Hipertireoidismo na Síndrome de McCune-Albright
Sallum et al.
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DISCUSSÃO
A extensa análise da literatura confirmou que os distúr-
bios da tireóide consistem na segunda endocrinopatia
mais comum na síndrome de McCune-Albright, visto
que essas tireoidopatias variaram desde hipertireoidis-
mo subclínico até hipertireoidismo franco com bócio.
Nesse estudo, o distúrbio tireoidiano mais freqüente
foi o hipertireoidismo clínico (65%), no qual os pacien-
tes apresentavam sinais e sintomas associados à elevação
do nível dos hormônios tireoidianos.
De todas as endocrinopatias dessa síndrome a pu-
berdade precoce é a mais comum, seguida por distúr-
bios tireoidianos, encontrados em 30% a 40% dos
pacientes portadores da síndrome (6), aumento dos
níveis de hormônio do crescimento resultando acro-
megalia, hiperprolactinemia, hipercortisolismo e hi-
perparatireoidismo (34).
A síndrome de McCune-Albright é resultado de
uma mutação do tipo mosaico que ocorre precocemen-
te em estágio embrionário (6). Essa mutação genética
consiste na substituição da arginina na posição 201 da
subunidade alfa da proteína Gs pelo aminoácido cisteí-
na ou histidina, inibindo assim a atividade da enzima
guanosina trifosfatase e levando a uma prolongada esti-
mulação da adenilciclase e conseqüente aumento da
produção de AMP cíclico, resultando hiperfunção dos
tecidos afetados, como o tireoidiano, o gonadal, o
adrenal, a pele e o osso (4)
Conforme demonstrado nesta pesquisa, a idade de
aparecimento dos sintomas é bastante variável, dependen-
do da gravidade do caso, pois casos mais graves podem ser
identificados mais precocemente que os menos graves. Da
mesma forma, a apresentação clínica da doença é altamen-
te variável, dependendo dos vários componentes predo-
minantes na síndrome. Em casos em que a displasia
fibrosa poliostótica seja marcante, múltiplas fraturas po-
dem ser observadas logo no início do quadro, principal-
mente na infância. A displasia fibrosa poliostótica consiste
na substituição de osso normal por tecido ósseo fibroso
imaturo e desorganizado em razão do supercrescimento
de células mesenquimais primitivas, isto é, aumento do
número de células progenitoras osteogênicas levando à
formação de áreas fibróticas no osso, causando dor, fragi-
lidade e deformidades ósseas(1).
O tratamento é direcionado para cada um dos ele-
mentos presentes na síndrome. No caso do hipertireoi-
dismo, medicações antitireoidianas podem ser usadas
inicialmente para tentar controlar o quadro clínico e
laboratorial. Confirmando-se o diagnóstico da síndro-
me, deve-se priorizar um tipo de tratamento mais defi-
nitivo do hipertireodismo, como terapia ablativa com
131
Iodo ou tireoidectomia total, que nesse estudo cons-
tituiu de terapia de escolha em 84% dos casos em que
foi descrito o tratamento. Recomenda-se o tratamento
cirúrgico definitivo (tireoidectomia total) ou a ablação
completa da glândula com 131
I para o hipertireoidismo
na síndrome de McCune-Albright, uma vez que os sin-
tomas de hipertireoidismo devem recorrer após a reti-
rada dos medicamentos antitireoidianos, dado que se
trata de uma mutação constitutiva (6).
Em ambos os casos pertencentes ao nosso serviço,
a despeito da idade dos pacientes, optou-se pela ti-
reoidectomia total com o objetivo de evitar a recor-
rência dos sintomas e de manter um melhor controle
clínico do quadro de hipertireoidismo a longo prazo,
uma vez que já havia ocorrido insucesso com o trata-
mento clínico.
O hipertireoidismo com ou sem bócio no contexto
da síndrome de McCune-Albright é considerado uma
causa rara, porém bem descrita, de disfunção tireoidiana
não auto-imune, sendo considerada a segunda endocri-
nopatia mais comum na síndrome, conforme observado
na literatura.
É importante que os médicos que estejam diante
de um quadro de hipertireoidismo sejam capazes de
identificar se há outras manifestações clínicas e associá-
las à síndrome de McCune-Albright. O diagnóstico
precoce dessa síndrome é essencial para iniciar o trata-
mento no momento adequado.
A síndrome de McCune-Albright é uma condição
endocrinológica rara, cujos casos com hipertireoidismo
podem ser inicialmente tratados clinicamente com
DAT. A ablação cirúrgica ou com iodo radioativo são as
opções mais indicadas para o tratamento definitivo do
hipertireoidismo.
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McCune-Albright syndrome. Horm Res. 1998;50:105-6.
Isotani H, Sanda K, Kameoka K, Takamatsu J. McCune-Albri-46.	
ght syndrome associated with non-autoimmune type of hyper-
thyroidism with development of thyrotoxic crisis. Horm Res.
2000;53:256-9.
Leet AI, Chebli C, Kushner H, Chen CC, Kelly MH, Brillante BA,47.	
et al. Fracture incidence in polyostotic fibrous dysplasia and the
McCune-Albright syndrome. J Bone Miner Res. 2004;19:571-7.
Endereço para correspondência:
Ana Carolina Raposo Sallum
Rua Cardoso de Almeida, 668, apto. 163 – Perdizes,
05013-000, São Paulo SP
Email: carolsallum@terra.com.br

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Revisão do tratamento do hipertireoidismo na síndrome de McCune-Albright

  • 1. 556 Arq Bras Endrocrinol Metab 2008;52/3 copyright© ABE&Mtodososdireitosreservados RESUMO Introdução: A síndrome de McCune Albright é uma doença rara, clinicamente definida pela combinação de displasia fibrosa poliostótica, manchas café-com- leite e endocrinopatias com hiperfunção, como puberdade precoce, hipertireoidis- mo, acromegalia e outras. A fisiopatologia biomolecular baseia-se em uma mutação ativadora do gene para a subunidade alfa da proteína de membrana Gs, que estimula a produção intracelular de AMPc, conferindo secreção autônoma à glândula em particular. A glândula tireóide é freqüentemente envolvida nesta do- ença, sendo o hipertireoidismo a segunda endocrinopatia mais comum após a puberdade precoce. Objetivo: Realizar uma revisão da literatura no período de 1937 a 1997, incluindo nossa casuística, e discutir o tratamento utilizado para o hipertireoidismo nesta síndrome. Resultados: Do total de 85 casos, em 26 com hipertireoidismo se descreve o tipo de tratamento utilizado. Entre esses, 15 foram submetidos à cirurgia (tireoidectomia total), seis foram submetidos à iodoterapia e cinco foram submetidos a tratamento com drogas antitireoidianas (DAT – propil- tiuracil, carbimazol ou metimazol), pois em alguns houve associação dos trata- mentos citados anteriormente. Conclusão: A síndrome de McCune-Albright é uma doença rara, que inclui displasia fibrosa poliostótica, manchas café-com-leite e endocrinopatias com hiperfunção. Os casos acompanhados com hipertireoidis- mo são inicialmente tratados clinicamente com DAT, porém a ablação cirúrgica ou com radioiodoterapia é a opção definitiva mais indicada. (Arq Bras Endocrinol Metab 2008; 52/3:556-561) Descritores: Hipertireoidismo; Síndrome; McCune-Albright; Endocrinopatia ABSTRACT Hyperthyroidism Related to McCune-Albright Syndrome: Report of Two Cases and Review of the Literature. Introduction: McCune-Albright syndrome is a sporadic disease clinicaly charac- terized by polyostotic fibrous dysplasia, “café-au-lait” cutaneous spots and hyper- functional endocrinopathies, such as precocious puberty, hyperthyroidism, acromegaly and others. The biologic physiopathology of the disease is based on an activating mutation of the gene for the Gs protein which mediates the activa- tion of adenyl cyclase and subsequent gland autonomous secretion. The thyroid gland is usually involved in this disease, being hyperthyroidism the second most common endocrinopathy seen after precocious puberty. Objective: Revision of the literature since 1937 to 1997, adding our casuistic and discussing the adequate treatment for the hyperthyroidism in the syndrome. Results: Among 85 cases identified with the syndrome, hyperthyroidism treatment was described in 26 of them. Fifteen were submitted to surgery (total thyroidectomy), 6 were submitted to iodotherapy and 5 were treated with antithyroid drugs (ATD – propylthiouracil, carbimazole or methimazole). In some cases, treatment association was done. Conclusion: McCune-Albright syndrome is a rare disease, combining polyostotic fibrous dysplasia, “café-au-lait” cutaneous spots and hyperfunctional endocrinop- athies. Cases with hyperthyroidism are treated iniatially clinically, but definitive ablation with surgery or radioiodine treatment is the most indicated option. (Arq Bras Endocrinol Metab 2008; 52/3:556-561) Keywords: Hyperthyroidism; Syndrome; McCune-Albrigt; Endocrinopathy Hipertireoidismo Relacionado à Síndrome de McCune Albright: Relato de Dois Casos e Revisão da Literatura apresentação de caso Ana Carolina R. Sallum Fernando D. Leonhardt Onivaldo Cervantes Márcio Abrahão Reinaldo K. Yazaki Departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), SP, Brasil. Recebido em 12/03/2007 Aceito em 05/12/2007
  • 2. Hipertireoidismo na Síndrome de McCune-Albright Sallum et al. Arq Bras Endrocrinol Metab 2008;52/3 557 copyright© ABE&Mtodososdireitosreservados INTRODUÇÃO Asíndrome de McCune-Albright é uma doença ge- nética rara definida pela tríade de displasia fibrosa poliostótica, manchas cutâneas café-com-leite e endo- crinopatias hiperfuncionantes, como puberdade preco- ce, hipertireoidismo e outras (1). Essa entidade foi descrita pela primeira vez por McCune e Albright em 1936 e 1937, respectivamente (2,3). A sua incidência ainda não é totalmente esclarecida, ocorrendo igualmente em todas as raças. A puberdade precoce gonadotrofina-independente é mais comum ocorrer no sexo feminino, enquanto as demais manifes- tações da síndrome de McCune-Albright ocorrem igualmente em ambos os sexos. Em relação à idade de aparecimento dos sintomas, nos casos mais graves en- volvendo múltiplas endocrinopatias, a síndrome pode ser reconhecida logo após o nascimento e nos casos menos graves, os sintomas podem ser identificados em qualquer fase da infância (4), sendo geralmente mais precoces no sexo feminino (5). A síndrome de McCune-Albright é o resultado de uma mutação do tipo mosaico que ocorre precoce- mente em estágio embrionário (6). A fisiopatologia fundamenta-se em uma mutação ativadora do gene para a subunidade alfa da proteína Gs, que estimula a produção intracelular de AMPc, conferindo secreção autônoma de tecidos endócrinos, gônadas, tireóide e adrenal (7). Essa mutação ativadora da proteína Gs também é demonstrada nas lesões cutâneas café-com- leite e nas lesões ósseas da displasia fibrosa (7). A apresentação clínica da doença é altamente variável, dependendo dos componentes mais predominantes na síndrome. Em casos em que a displasia fibrosa poliostóti- ca seja marcante, múltiplas fraturas podem ser observadas logo no início do quadro, principalmente na infância. Outras endocrinopatias relatadas na síndrome de McCu- ne-Albright, além da puberdade precoce, incluem: bócio com ou sem hipertireoidismo, diabetes melito, acrome- galia, síndrome de Cushing, hiperparatireoidismo, hiper- prolactinemia e ginecomastia. Os distúrbios da tireóide são encontrados em 30% a 40% dos pacientes portadores da síndrome, sendo a incidência dessas lesões maior no sexo masculino (8). O hipertireoidismo é a segunda en- docrinopatia mais comum da doença (9). O diagnóstico da doença é realizado pela correta identificação do quadro clínico e por meio de exames laboratoriais, que incluem a dosagem de hormônios se- xuais, tireoidianos, cortisol e hormônio de crescimen- to. Exames de imagem, como ultra-sonografia pélvica (para pesquisa de cistos ovarianos), radiografia e cinti- lografia óssea (rastreamento ósseo) e tomografia com- putadorizada de abdome (para avaliar eventual aumento de volume das glândulas adrenais), podem auxiliar na confirmação do diagnóstico (4). Os diagnósticos diferenciais da doença incluem to- das as endocrinopatias que podem estar associadas à síndrome, como gigantismo e acromegalia, síndrome de Cushing, hipertireoidismo, neurofibromatose, pu- berdade precoce de origem central ou tumor ovariano funcionante (10). O tratamento é direcionado para cada um dos ele- mentos presentes na síndrome. A puberdade precoce na síndrome de McCune–Albright é gonadotrofina-in- dependente e por isso não responde tão bem à terapia com agonista de hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH). Inibidores da aromatase, como testolactona, têm sido a principal terapia em meninas com elevação persistente de estradiol. Não é recomendado o trata- mento cirúrgico para a puberdade precoce nessa sín- drome (11). Em casos de fibrodisplasia óssea sintomática, tem-se usado bifosfonados com o objetivo de aliviar a dor óssea. A fratura é a principal indicação de tratamento cirúrgico em casos de lesões displásicas. A maioria das fraturas é tratada com tração, entretanto, em fratura proximal do fêmur, opta-se pela fixação cirúrgica (1). O hipertireoidismo, por causa das adenomas fun- cionantes da tireóide, pode ser tratado inicialmente com medicações antitireoidianas, como propiltiuracil e metimazol. O tratamento definitivo do hipertireoidis- mo inclui a terapia ablativa com 131 I ou cirurgia (4). Não existe um tratamento clínico efetivo para a sín- drome de Cushing ACTH-independente e o tratamen- to recomendado nesses casos é a adrenalectomia bilateral, após a qual os pacientes necessitam de reposi- ção de glicocorticóide e mineralocorticóide em quanti- dades apropriadas (4). Em casos de gigantismo/acromegalia, o tratamen- to clínico com análogos da somatostatina é o ideal para adenomas produtores de GH. O octreotide é um aná- logo da somatostatina de longa ação que tem sido usa- do com sucesso variável para reduzir a secreção de GH por esses tumores. A radioterapia não é recomendada nesses casos, pois pode causar alterações sarcomatosas em sítios ósseos onde haja displasia fibrosa. O trata- mento cirúrgico só deve ser considerado se o tumor for visível e ressecável (4).
  • 3. Hipertireoidismo na Síndrome de McCune-Albright Sallum et al. 558 Arq Bras Endrocrinol Metab 2008;52/3 copyright© ABE&Mtodososdireitosreservados É importante estimular os pacientes a manterem uma programação regular de exercícios físicos. Entre- tanto isso nem sempre é possível em pacientes com quadro grave de displasia fibrosa poliostótica (4). A morbimortalidade da doença está associada a fra- turas, malignidades, distúrbios endócrinos e outras con- dições associadas a essa síndrome. Apesar de um pequeno subgrupo desses pacientes possuir elevada mortalidade perioperatória e de desenvolver malignidades, a síndro- me de McCune-Albright não está associada a aumento do risco de mortalidade. As deformidades relacionadas à displasia fibrosa poliostótica resultam diferentes graus de morbidade, desde casos leves a muito graves(4). Não existem medidas preventivas para a síndrome de McCune-Albright, entretanto cuidados apropriados devem ser tomados na prevenção de fraturas em pacien- tes com displasia fibrosa poliostótica grave (4). O objetivo desse estudo consiste na revisão da lite- ratura acrescentando nossa própria casuística e discutir o tratamento utilizado para o hipertireoidismo na sín- drome de McCune-Albright. PACIENTES E MÉTODOS Relatamos dois casos da síndrome de McCune-Albright com hipertireoidismo pertencentes ao nosso serviço e fizemos uma revisão da literatura de todos os casos pu- blicados da associação da síndrome de McCune-Albri- ght com distúrbios da tireóide (10-47). Relato de casos Primeiro caso Paciente de 10 anos de idade, sexo feminino, com diag- nóstico de síndrome de McCune-Albright após investi- gação de uma fratura patológica de fêmur associada a manchas cutâneas café-com-leite, puberdade precoce e hipertireoidismo. Ao exame físico apresentava bócio di- fuso, taquicardia e hiperatividade. Provas de função ti- reoidiana mostraram TSH suprimido (< 0,1 IU/mL) e aumento da concentração sérica de T4 livre (2,5 ng/ dL). TRAB (thyrotrophin receptor antibody) e anticor- pos antiperoxidase encontravam-se negativos. Houve insucesso no tratamento clínico do hipertireoidismo e foi realizada uma tireoidectomia total. Segundo caso Paciente de 6 anos de idade, sexo feminino, que apre- sentava palpitações, taquipnéia e dor torácica. Displa- sia óssea poliostótica, manchas cutâneas café-com-leite e puberdade precoce estavam associadas com hiperti- reoidismo. O exame físico revelou taquicardia, sopro sistólico na área cardíaca, deformidades ósseas e bócio difuso. Provas de função tireoidiana mostraram TSH suprimido (< 0,1 IU/mL) e aumento da concentra- ção sérica de T4 livre (5,4 ng/dL). TRAB e anticor- pos antiperoxidase também negativos. Após falha do tratamento clínico, optou-se também por realizar ti- reoidectomia total. RESULTADOS Em pesquisa bibliográfica da literatura a partir de 1937 – ano em que a síndrome foi descrita pela primeira vez por McCune e Albright – a 1997, foram descritos 83 casos da síndrome de McCune-Albright associados a tireoideopatias. Com os dois casos relatados em nosso serviço, totalizam-se 85 casos desta associação. Entre os distúrbios da tireóide encontrados obser- vou-se 55 pacientes (65%) com hipertireoidismo clíni- co, 12 (14%) com hipertireoidismo subclínico, seis (7%) com bócio difuso e cinco (6%) com bócio nodular, res- saltando-se que em sete pacientes não foi caracterizado o tipo de tireoidopatia (8%). A idade de início dos sintomas variou desde recém- nato (quatro dias de vida) até 49 anos de idade. Dos 83 pacientes, apenas em 26 foi descrito o tipo de tratamento utilizado, incluindo nossos dois pacien- tes. Entre esses, 15 (57%) foram submetidos à cirurgia (tireoidectomia total), seis (23%) foram submetidos à iodoterapia e cinco (20%) foram submetidos a trata- mento apenas com DAT (propiltiuracil, carbimazol ou metimazol). Em alguns pacientes houve combinação dos tratamentos citados anteriormente. Após o trata- mento todos os pacientes apresentaram melhora clínica do quadro de hipertireoidismo. Apenas em cinco dos 83 pacientes relatados foi des- crita a mutação genética responsável pela síndrome. Nestes, a mutação consistiu na substituição da arginina na posição 201 da subunidade alfa da proteína Gs pelo aminoácido cisteína (quatro pacientes) ou histidina (um paciente).
  • 4. Hipertireoidismo na Síndrome de McCune-Albright Sallum et al. Arq Bras Endrocrinol Metab 2008;52/3 559 copyright© ABE&Mtodososdireitosreservados DISCUSSÃO A extensa análise da literatura confirmou que os distúr- bios da tireóide consistem na segunda endocrinopatia mais comum na síndrome de McCune-Albright, visto que essas tireoidopatias variaram desde hipertireoidis- mo subclínico até hipertireoidismo franco com bócio. Nesse estudo, o distúrbio tireoidiano mais freqüente foi o hipertireoidismo clínico (65%), no qual os pacien- tes apresentavam sinais e sintomas associados à elevação do nível dos hormônios tireoidianos. De todas as endocrinopatias dessa síndrome a pu- berdade precoce é a mais comum, seguida por distúr- bios tireoidianos, encontrados em 30% a 40% dos pacientes portadores da síndrome (6), aumento dos níveis de hormônio do crescimento resultando acro- megalia, hiperprolactinemia, hipercortisolismo e hi- perparatireoidismo (34). A síndrome de McCune-Albright é resultado de uma mutação do tipo mosaico que ocorre precocemen- te em estágio embrionário (6). Essa mutação genética consiste na substituição da arginina na posição 201 da subunidade alfa da proteína Gs pelo aminoácido cisteí- na ou histidina, inibindo assim a atividade da enzima guanosina trifosfatase e levando a uma prolongada esti- mulação da adenilciclase e conseqüente aumento da produção de AMP cíclico, resultando hiperfunção dos tecidos afetados, como o tireoidiano, o gonadal, o adrenal, a pele e o osso (4) Conforme demonstrado nesta pesquisa, a idade de aparecimento dos sintomas é bastante variável, dependen- do da gravidade do caso, pois casos mais graves podem ser identificados mais precocemente que os menos graves. Da mesma forma, a apresentação clínica da doença é altamen- te variável, dependendo dos vários componentes predo- minantes na síndrome. Em casos em que a displasia fibrosa poliostótica seja marcante, múltiplas fraturas po- dem ser observadas logo no início do quadro, principal- mente na infância. A displasia fibrosa poliostótica consiste na substituição de osso normal por tecido ósseo fibroso imaturo e desorganizado em razão do supercrescimento de células mesenquimais primitivas, isto é, aumento do número de células progenitoras osteogênicas levando à formação de áreas fibróticas no osso, causando dor, fragi- lidade e deformidades ósseas(1). O tratamento é direcionado para cada um dos ele- mentos presentes na síndrome. No caso do hipertireoi- dismo, medicações antitireoidianas podem ser usadas inicialmente para tentar controlar o quadro clínico e laboratorial. Confirmando-se o diagnóstico da síndro- me, deve-se priorizar um tipo de tratamento mais defi- nitivo do hipertireodismo, como terapia ablativa com 131 Iodo ou tireoidectomia total, que nesse estudo cons- tituiu de terapia de escolha em 84% dos casos em que foi descrito o tratamento. Recomenda-se o tratamento cirúrgico definitivo (tireoidectomia total) ou a ablação completa da glândula com 131 I para o hipertireoidismo na síndrome de McCune-Albright, uma vez que os sin- tomas de hipertireoidismo devem recorrer após a reti- rada dos medicamentos antitireoidianos, dado que se trata de uma mutação constitutiva (6). Em ambos os casos pertencentes ao nosso serviço, a despeito da idade dos pacientes, optou-se pela ti- reoidectomia total com o objetivo de evitar a recor- rência dos sintomas e de manter um melhor controle clínico do quadro de hipertireoidismo a longo prazo, uma vez que já havia ocorrido insucesso com o trata- mento clínico. O hipertireoidismo com ou sem bócio no contexto da síndrome de McCune-Albright é considerado uma causa rara, porém bem descrita, de disfunção tireoidiana não auto-imune, sendo considerada a segunda endocri- nopatia mais comum na síndrome, conforme observado na literatura. É importante que os médicos que estejam diante de um quadro de hipertireoidismo sejam capazes de identificar se há outras manifestações clínicas e associá- las à síndrome de McCune-Albright. O diagnóstico precoce dessa síndrome é essencial para iniciar o trata- mento no momento adequado. A síndrome de McCune-Albright é uma condição endocrinológica rara, cujos casos com hipertireoidismo podem ser inicialmente tratados clinicamente com DAT. A ablação cirúrgica ou com iodo radioativo são as opções mais indicadas para o tratamento definitivo do hipertireoidismo. REFERÊNCIAS Riminucci M, Fisher LW, Shenker A, Spiegel AM, Bianco P, Ro-1. bey PG. Fibrous dysplasia of bone in the McCune-Albright syn- drome. Abnormalities in bone formation. Am J Pathol. 1997;151(6):1587-600. McCune DJ, Bruch H. Osteodystrophia fibrosa: report of a2. case in which condition was combined with precocious puber-
  • 5. Hipertireoidismo na Síndrome de McCune-Albright Sallum et al. 560 Arq Bras Endrocrinol Metab 2008;52/3 copyright© ABE&Mtodososdireitosreservados ty, pathologic pigmentation of skin and hyperthyroidism, with a review of the literature. Am J Dis Child. 1937;54:806-48. Albright F, Scoville B, Sulkowitch HW. Syndrome characteri-3. zed by osteitis fibrosa disseminata, areas of pigmentation and a gonadal dysfunction. Further observations including report of two more cases; discussion by R. Barnwell, patient of A. H. Musser. Endocrinology. 1938;22:411-21. Shenker A, Weinstein LS, Moran A, et al. Severe endocrine4. and nonendocrine manifestations of the McCune-Albright syndrome associated with activating mutations of stimulatory G protein GS. J Pediatr Oct. 1993;123(4):509-18. Cohen MM Jr, Howell RE. Etiology of fibrous dysplasia and5. McCune-Albright syndrome. Int J Oral Maxillofac Surg. 1999;28(5):366-71. Shenker A, Weinstein LS, Sweet DE. 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