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Adriana Ortega Clímaco
Treinamento PIGEAD/Lante
DESIGN DIDÁTICO
Segundo Costa e Marins (p. 3), o termo design didático
  refere-se à formas de apresentação de conteúdos
  educacionais de modo eficaz para o processo de ensino-
  aprendizagem, considerando-se a utilização das
  ferramentas de informação e comunicação disponíveis
  na atualidade.
No design didático a apresentação de conteúdos é
  organizada de modo a estabelecer interconexão entre os
  vários assuntos a serem tratados.
CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO
Estão em jogo no design a criatividade e a inovação.
  Processos criativos estão envolvidos no design didático,
  pois este busca novas formas de ver e fazer as coisas, ou
  seja, busca transformação. Associada à criatividade está
  a aprendizagem, porque esta resulta das interações
  sociais (COSTA; MARINS, p. 6).
Existe no ser humano uma tendência para a autorrealização
  e esta seria, de acordo com a Psicologia Humanista, a
  força motriz para a criatividade. Entretanto, a criatividade
  não ocorre dentro dos indivíduos, mas resulta da
  interação entre os pensamentos e o contexto
  sociocultural (COSTA; MARINS, p. 10).
FASES DO PROCESSO CRIATIVO
O processo criativo envolve segundo Barreto (apud COSTA;
  MARINS, p. 10) identificar o problema; estudá-lo e buscar
  soluções singulares, únicas, que nunca tenham sido
  experimentadas. Tal processo se dá em quatro fases:
  preparação, incubação, iluminação e verificação.
A ESCOLA E A CRIATIVIDADE
A escola deveria ser o local no qual a criatividade é
  estimulada, incentivada, acompanhada e bem-vinda. Segundo
  Amabile (apud COSTA; MARINS, p. 10), o ambiente deve
  encorajar a autonomia do indivíduo, enfatizar o prazer de
  aprender, evitar competição, expor indivíduos a experiências
  estimuladoras de curiosidade e questionamento, bem como
  apresentar     pessoas     criativas   como     modelos.    E
  nisto, lamentavelmente, a escola tem falhado, como se observa
  na palestra de Ken Robinson.
 As escolas, em geral, têm matado a criatividade de seus
  alunos, padronizando-os, uniformizando-os, reduzindo suas
  expectativas e potencialidades. Ao contrário da resposta
  original, singular, nunca antes pensada e, portanto, criativa, a
  escola tem incentivado, ou melhor, exigido a resposta
  padronizada, já conhecida por todos.
PESSOAS INOVADORAS
Associada à criatividade está a inovação, a criação do novo, a
  transformação das formas com que até um determinado
  momento      se     resolveu     um    problema.    Soluções
  transformadoras são inovações, desde a invenção da roda
  até o mais recente recurso tecnológico do mundo da
  informática.
 Considerando-se que “as pessoas inovadoras são
  incômodas,      indisciplinadas,    fora   dos    esquemas”
  (MALDONADO; DELL’ORO, p. 7), o aluno inovador pode ser
  visto por professores e por seus próprios colegas de turma
  como indisciplinado, inconveniente. Consequentemente, a
  capacidade inovadora deste aluno pode ser tolhida pelo
  ambiente escolar. O gosto pelo conhecimento e o prazer da
  descoberta podem desaparecer ou se achatarem se a escola
  realiza   apenas      atividades    obrigatórias,  rotineiras,
  engessadas (MALDONADO; DELL’ORO, p.9).
CONCLUSÃO
O design didático contribui para o processo de ensino-
  aprendizagem de forma a torná-lo eficiente. No mundo
  atual, com tantos recursos tecnológicos à disposição da
  escola e do professor faz-se necessária a utilização de
  tais recursos no desenvolvimento da capacidade
  cognitiva dos alunos.
 Além disso, a escola precisa responder aos desafios de
  seu tempo, tornando-se novamente interessante, sendo
  instigadora. O professor necessita recuperar sua própria
  criatividade e colocá-la em operação, percebendo-se
  inovador, para assim não tolher a criatividade dos seus
  alunos. Este é um grande desafio para a escola e para a
  sociedade de um modo geral.
BIBLIOGRAFIA
COSTA, Rosa; MARINS, Vânia. Aula 1: Design didático. Disponível em:
  http://pigead.lanteuff.org/course/view.php?id=105 (Acessado em
  25/05/2012).


MALDONATTO, Mauro; DELL’ORCO, Silvia. “Criatividade, pesquisa e
  inovação: o caminho surpreendente da descoberta”. In: B. Téc. Senac:
  a R. Educ. Prof., Rio de Janeiro, v. 36, n.1, jan./abr. 2010.


ROBINSON, Ken. Escolas matam a criatividade?
Parte 1/2: http://www.youtube.com/watch?v=yFi1mKnvs2w (Acessado em
   25/05/2012).
Parte 2/2: http://www.youtube.com/watch?v=0pn_oTIwy4g (Acessado em
   25/05/2012).

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Design didático

  • 2. DESIGN DIDÁTICO Segundo Costa e Marins (p. 3), o termo design didático refere-se à formas de apresentação de conteúdos educacionais de modo eficaz para o processo de ensino- aprendizagem, considerando-se a utilização das ferramentas de informação e comunicação disponíveis na atualidade. No design didático a apresentação de conteúdos é organizada de modo a estabelecer interconexão entre os vários assuntos a serem tratados.
  • 3. CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO Estão em jogo no design a criatividade e a inovação. Processos criativos estão envolvidos no design didático, pois este busca novas formas de ver e fazer as coisas, ou seja, busca transformação. Associada à criatividade está a aprendizagem, porque esta resulta das interações sociais (COSTA; MARINS, p. 6). Existe no ser humano uma tendência para a autorrealização e esta seria, de acordo com a Psicologia Humanista, a força motriz para a criatividade. Entretanto, a criatividade não ocorre dentro dos indivíduos, mas resulta da interação entre os pensamentos e o contexto sociocultural (COSTA; MARINS, p. 10).
  • 4. FASES DO PROCESSO CRIATIVO O processo criativo envolve segundo Barreto (apud COSTA; MARINS, p. 10) identificar o problema; estudá-lo e buscar soluções singulares, únicas, que nunca tenham sido experimentadas. Tal processo se dá em quatro fases: preparação, incubação, iluminação e verificação.
  • 5. A ESCOLA E A CRIATIVIDADE A escola deveria ser o local no qual a criatividade é estimulada, incentivada, acompanhada e bem-vinda. Segundo Amabile (apud COSTA; MARINS, p. 10), o ambiente deve encorajar a autonomia do indivíduo, enfatizar o prazer de aprender, evitar competição, expor indivíduos a experiências estimuladoras de curiosidade e questionamento, bem como apresentar pessoas criativas como modelos. E nisto, lamentavelmente, a escola tem falhado, como se observa na palestra de Ken Robinson. As escolas, em geral, têm matado a criatividade de seus alunos, padronizando-os, uniformizando-os, reduzindo suas expectativas e potencialidades. Ao contrário da resposta original, singular, nunca antes pensada e, portanto, criativa, a escola tem incentivado, ou melhor, exigido a resposta padronizada, já conhecida por todos.
  • 6. PESSOAS INOVADORAS Associada à criatividade está a inovação, a criação do novo, a transformação das formas com que até um determinado momento se resolveu um problema. Soluções transformadoras são inovações, desde a invenção da roda até o mais recente recurso tecnológico do mundo da informática. Considerando-se que “as pessoas inovadoras são incômodas, indisciplinadas, fora dos esquemas” (MALDONADO; DELL’ORO, p. 7), o aluno inovador pode ser visto por professores e por seus próprios colegas de turma como indisciplinado, inconveniente. Consequentemente, a capacidade inovadora deste aluno pode ser tolhida pelo ambiente escolar. O gosto pelo conhecimento e o prazer da descoberta podem desaparecer ou se achatarem se a escola realiza apenas atividades obrigatórias, rotineiras, engessadas (MALDONADO; DELL’ORO, p.9).
  • 7. CONCLUSÃO O design didático contribui para o processo de ensino- aprendizagem de forma a torná-lo eficiente. No mundo atual, com tantos recursos tecnológicos à disposição da escola e do professor faz-se necessária a utilização de tais recursos no desenvolvimento da capacidade cognitiva dos alunos. Além disso, a escola precisa responder aos desafios de seu tempo, tornando-se novamente interessante, sendo instigadora. O professor necessita recuperar sua própria criatividade e colocá-la em operação, percebendo-se inovador, para assim não tolher a criatividade dos seus alunos. Este é um grande desafio para a escola e para a sociedade de um modo geral.
  • 8. BIBLIOGRAFIA COSTA, Rosa; MARINS, Vânia. Aula 1: Design didático. Disponível em: http://pigead.lanteuff.org/course/view.php?id=105 (Acessado em 25/05/2012). MALDONATTO, Mauro; DELL’ORCO, Silvia. “Criatividade, pesquisa e inovação: o caminho surpreendente da descoberta”. In: B. Téc. Senac: a R. Educ. Prof., Rio de Janeiro, v. 36, n.1, jan./abr. 2010. ROBINSON, Ken. Escolas matam a criatividade? Parte 1/2: http://www.youtube.com/watch?v=yFi1mKnvs2w (Acessado em 25/05/2012). Parte 2/2: http://www.youtube.com/watch?v=0pn_oTIwy4g (Acessado em 25/05/2012).