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O ESTADO DE S. PAULO SEGUNDA-FEIRA, 14 DE JULHO DE 2014 Economia B5
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gência nacional que fixa a mão
de obrano campo com qualida-
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te de mão de obra desde a cata-
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ele, um “sangrador” – aquele
que retira a borracha da árvore
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do da quantidade de pessoas
em cada família, o valor pode
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Remuneração. O pesquisador
do Instituto Agronômico de
Campinas(IAC),PaulodeSou-
za Gonçalves, da Secretaria de
Agricultura e Abastecimento
doEstado deSãoPaulo,explica
que boa parte dos trabalhado-
res adotam o sistema de parce-
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to,eleganhavabastantedinhei-
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naéodeparceria,comremune-
ração variável conforme a pro-
dução.
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Pauloéomaiorprodutornacio-
nal:respondepor55,3%detudo
queéproduzidonoPaís–parti-
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ma.PelosdadosdaApabor,jun-
tos,Pará,Tocantins,MatoGros-
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“Não temos uma
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ra de Produtores e Beneficiado-
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rachanoBrasil,aentidadesereú-
ne hoje com o ministro da Agri-
cultura Neri Gueller para pedir
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sentada seria adotar medidas
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quotadeimportação,desonera-
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cutivo da Abrabor, Fernando
doValGuerra.Segundoele,con-
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bilhão,areduçãodaalíquotase-
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vo da borracha natural.
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1,50 e R$ 1,69, variando confor-
me o custo do frete. Depois de
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sociação Paulista de Produto-
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cha (Apabor). Os produtores
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nhiaNacionaldeAbastecimen-
to (Conab) em seus leilões.
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cultura hoje foram discutidas
portodasasassociaçõesquein-
tegramaAbrabornaquinta-fei-
ra, em São Paulo. “Não temos
nenhuma política para o setor
de borracha. Corremos o risco
de um colapso”, afirma Guerra.
Segundoele,aheveicultura–co-
mo é chamado o cultivo de se-
ringueiras–temdeacertarsuas
estruturas para manter cresci-
mento saudável e sustentável.
Importador. Hoje, o País pro-
duzumterçodetudoqueconso-
me.Orestoéimportadodepaí-
ses como Tailândia, Indonésia,
Malásia e Vietnã, os maiores
produtores mundiais. Guerra
diz que o setor tem potencial
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to, é preciso adotar medidas de
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empoucotempo,100%docon-
sumo terá de ser importado.
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heveiculturaenãoterummeca-
nismo de equalização em mo-
mentosdeturbulênciaéumcon-
trassenso. Ainda está em tem-
po,apróximasafradeveserpre-
paradaatéofimdomêsdeagos-
to para iniciar em setembro.”
Segundo o pesquisador do
Instituto Agronômico de Cam-
pinas (IAC), Paulo de Souza
Gonçalves,daSecretariadeAgri-
cultura e Abastecimento do Es-
tadodeSãoPaulo,obaixopreço
provocado pela superoferta do
mercado mundial já tem refle-
xos nas contas de várias usinas
do setor, que estão no verme-
lho. Ele lamenta a situação do
Paísquesaiudeexportadoraim-
portador. “A borracha é do Bra-
sil.Em1876foilevadaparaoSu-
deste Asiático e lá modificada.”
Parte importante da história
econômicaesocialdoPaís,abor-
rachaentrouemdeclínionoiní-
ciodoséculopassadocomacon-
corrênciaestrangeira.Teveuma
reação em meados do século,
mas por pouco tempo.
A heveicultura atual teve iní-
cio nos anos 80, com mudas de
seringueiras vindas da Ásia e
que foram retiradas daqui, diz
Gonçalves. “Hoje, lamentavel-
menteaproduçãodoBrasilcor-
responde a 1,45% da produção
mundial. Tailândia e Indonésia,
sozinhas, respondem por 60%
de todaprodução.”
Remuneração mais baixa
tem desmotivado
trabalhadores; temor é
que haja uma evasão do
campo para a cidade
Expansão
sustentável.
Produtores
reivindicam
aumento de
preços em
Brasília
Agronegócios
● Dificuldade
● Cadeia da borracha
INFOGRÁFICO/AE
● Hoje, a produção de borracha no Brasil corresponde a 1,45% da produção mundial
DE SOBRA
A extração do látex
O processo de
extração da seiva é
manual e permanece
o mesmo desde o
século 19, o que
exige muitos
trabalhadores
O SERINGUEIRO RETIRA
MANUALMENTE LASCAS
DE 1 MILÍMETRO DE
DIÂMETRO SOBRE A
SUPERFÍCIE DO TRONCO
PARA QUE O LÁTEX, UM
LÍQUIDO VISCOSO E
BRANCO, POSSA SE
ACUMULAR NAS
CANECAS
A seiva
natural é
acumulada
em tambores
No campo Na usina
A seiva
recebe ácido
acético e
passa a ter a
consistência
de um queijo
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centrifugado e o
excesso de água
retirado, o que
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GEB, Granulado
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Brasileiro
Produtos
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luvas
cirúrgicas
Pneus,
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componentes
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como solados
Na fábrica:
SEIVA
(LÁTEX)
O setor
55,3
15,9
8,9
6,3
4,7
3,8
5,1
Produtores de borracha reivindicam uma nova política de
preço ao governo federal
Preço ao produtor:
R$ 1,50 a R$ 1,69 o quilo
Preço após o beneficiamento:
R$ 4,43o quilo
Produção nacional
BA
PA
MT
GO
SP
TO
AM
AC
MS
PR
MG
% PRODUÇÃO NACIONAL
SÃO PAULO
BAHIA
MATO GROSSO
MINAS GERAIS
GOIÁS
ESPÍRITO SANTO
PARÁ, TOCANTINS, MATO
GROSSO DO SUL, PARANÁ,
AMAZONAS E ACRE
R$ 1,8 milé o que recebe, em condições
normais do mercado, um “san-
grador” – aquele que retira a bor-
racha da árvore
55,3%é a participação do Estado de
São Paulo na produção nacional.
Bahia é a 2ª colocada, com 15,9%
Preço baixo ameaça
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Preço baixo da borracha ameaça produção nacional e desestimula trabalhadores rurais

  • 1. %HermesFileInfo:B-5:20140714: O ESTADO DE S. PAULO SEGUNDA-FEIRA, 14 DE JULHO DE 2014 Economia B5 Associações de apoio:Propriedade e produção: São Paulo,Brasil 21-23 Outubro 2014 POWERBRASILEVENTS.com #powerbrasil Apoio oficial JUNTE-SE A NÓS e a milhares de outros profissionais do setor de energia elétrica de mais de 50 países* para continuarmos a tradição de trazer ao Brasil uma amostra do mundo. Participação registrada no Power Brasil Events 2013, em setembro de 2013. dias inteiros em um centro de convenções repleto de soluções de produtos e práticas recomendadas de todo o mundo. programas de conferência atuais e adequados, concebidos para o momento energético brasileiro. nomes reconhecidos e confiáveis do setor elétrico. AS NAÇÕES QUE COMPETIRAM, POR FAZEREM DESSE CAMPEONATO UM DOS MAIS EMPOLGANTES DE TODOS OS TEMPOS. PARABÉNS Atodas! Em nome da Power Brasil Events, acesse 120 VENDAS PARA EMPRESAS 11 3347-7000 0800-0195566 GRANDE SÃO PAULO OUTRAS LOCALIDADES A produção da borracha é res- ponsávelpormaisde50milpos- tosdetrabalhosdiretosnocam- po. Segundo a Associação Pau- lista de Produtores e Beneficia- dores de Borracha (Apabor), com a queda no preço nos últi- mosdoisanos,muitostrabalha- dores estão desestimulados. Numa fazenda em Mato Gros- so,por exemplo,havia 800mo- radores trabalhando em 2.600 hectares de seringueira antes da crise. Atualmente, são 150 moradores em 533 hectares. Na avaliação de Fernando do Val Guerra, da Apabor, um dos riscos provocados pelo baixo preço provocado no mercado é a evasão do campo para a cida- de.“Éaúltimaculturadeabran- gência nacional que fixa a mão de obrano campo com qualida- de,sendototalmentedependen- te de mão de obra desde a cata- çãodesementes,aosviveirosde mudas e à exploraçãodo látex.” Em condições normais, diz ele, um “sangrador” – aquele que retira a borracha da árvore – recebe mensalmente algo em torno de R$ 1,8 mil. Dependen- do da quantidade de pessoas em cada família, o valor pode dobrar ou até triplicar. Remuneração. O pesquisador do Instituto Agronômico de Campinas(IAC),PaulodeSou- za Gonçalves, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento doEstado deSãoPaulo,explica que boa parte dos trabalhado- res adotam o sistema de parce- ria, em que recebe um porcen- tual da produção – é como o meeiro da lavoura de café. “Quandoopreçoestavamaisal- to,eleganhavabastantedinhei- ro. Agora estão passando difi- culdade”, diz o pesquisador. A outra forma de remunera- çãoéfixa,commaisumporcen- tualdeacordocomaprodutivi- dade.Nessecaso,otrabalhador tem registro em carteira. Gon- çalvesexplicaque,naprodução paulista,osistemaquepredomi- naéodeparceria,comremune- ração variável conforme a pro- dução. Atualmente, o Estado de São Pauloéomaiorprodutornacio- nal:respondepor55,3%detudo queéproduzidonoPaís–parti- cipação bem acima do segundo colocado que é a Bahia, com 15,9%. O Amazonas e o Pará, que já dominaram essa cultura, hojetêmumaparticipaçãomíni- ma.PelosdadosdaApabor,jun- tos,Pará,Tocantins,MatoGros- so do Sul, Paraná, Amazonas e Acre,detémapenas5,1%dapro- dução nacional. /R.P. Setor cria mais de 50 mil postos de trabalho no campo JF DIORIO/ ESTADÃO “Não temos uma política para o setor de borracha. Corremos o risco de um colapso” Fernando do Val Guerra DIRETOR DA ABRABOR Renée Pereira A estratégia de alguns países asiáticos de aumentar a plan- tação de seringueiras acima do previsto, aliada à lenta re- cuperação das economias americanas e europeias, pôs a indústria brasileira de borra- cha (produção e beneficia- mento) sob forte risco de co- lapso. Com uma superoferta do produto no mercado mun- dial – só em 2013, sobraram 700toneladas–,opreçointer- nacional despencou 42%. SegundoaAssociaçãoBrasilei- ra de Produtores e Beneficiado- res de Borracha Natural (Abra- bor), além de não remunerar a atividade econômica, esse valor tem desestimulado o trabalha- dorrural.Paraevitarqueospro- blemas se propaguem e inter- rompamessenovociclo dabor- rachanoBrasil,aentidadesereú- ne hoje com o ministro da Agri- cultura Neri Gueller para pedir apoio do governo para o setor. Umadaspropostasaserapre- sentada seria adotar medidas para equalizar o preço interno, sejapormeiodeaumentodealí- quotadeimportação,desonera- ção tributária da indústria de pneus ou taxa de equalização. “Quem definirá a melhor saída é o governo”, diz o diretor exe- cutivo da Abrabor, Fernando doValGuerra.Segundoele,con- siderando o faturamento da in- dústria de pneus em torno de R$ 10,9 bilhões e IPI de R$ 1,5 bilhão,areduçãodaalíquotase- riasuficienteparamanterasus- tentabilidade do setor produti- vo da borracha natural. Hojeoquilodocoáguloretira- do das árvores está entre R$ 1,50 e R$ 1,69, variando confor- me o custo do frete. Depois de beneficiado, o valor sobe para R$4,43,segundoosdadosdaAs- sociação Paulista de Produto- res e Beneficiadores de Borra- cha (Apabor). Os produtores querem chegar a R$ 6,3 o quilo, valor já praticado pela Compa- nhiaNacionaldeAbastecimen- to (Conab) em seus leilões. As propostas que serão apre- sentadas ao Ministério da Agri- cultura hoje foram discutidas portodasasassociaçõesquein- tegramaAbrabornaquinta-fei- ra, em São Paulo. “Não temos nenhuma política para o setor de borracha. Corremos o risco de um colapso”, afirma Guerra. Segundoele,aheveicultura–co- mo é chamado o cultivo de se- ringueiras–temdeacertarsuas estruturas para manter cresci- mento saudável e sustentável. Importador. Hoje, o País pro- duzumterçodetudoqueconso- me.Orestoéimportadodepaí- ses como Tailândia, Indonésia, Malásia e Vietnã, os maiores produtores mundiais. Guerra diz que o setor tem potencial para atender 50% da demanda nacional em sete anos e 100%, em25anos.Paraisso,noentan- to, é preciso adotar medidas de incentivo que permitam esse crescimento. Caso contrário, empoucotempo,100%docon- sumo terá de ser importado. “Ter políticas de fomento da heveiculturaenãoterummeca- nismo de equalização em mo- mentosdeturbulênciaéumcon- trassenso. Ainda está em tem- po,apróximasafradeveserpre- paradaatéofimdomêsdeagos- to para iniciar em setembro.” Segundo o pesquisador do Instituto Agronômico de Cam- pinas (IAC), Paulo de Souza Gonçalves,daSecretariadeAgri- cultura e Abastecimento do Es- tadodeSãoPaulo,obaixopreço provocado pela superoferta do mercado mundial já tem refle- xos nas contas de várias usinas do setor, que estão no verme- lho. Ele lamenta a situação do Paísquesaiudeexportadoraim- portador. “A borracha é do Bra- sil.Em1876foilevadaparaoSu- deste Asiático e lá modificada.” Parte importante da história econômicaesocialdoPaís,abor- rachaentrouemdeclínionoiní- ciodoséculopassadocomacon- corrênciaestrangeira.Teveuma reação em meados do século, mas por pouco tempo. A heveicultura atual teve iní- cio nos anos 80, com mudas de seringueiras vindas da Ásia e que foram retiradas daqui, diz Gonçalves. “Hoje, lamentavel- menteaproduçãodoBrasilcor- responde a 1,45% da produção mundial. Tailândia e Indonésia, sozinhas, respondem por 60% de todaprodução.” Remuneração mais baixa tem desmotivado trabalhadores; temor é que haja uma evasão do campo para a cidade Expansão sustentável. Produtores reivindicam aumento de preços em Brasília Agronegócios ● Dificuldade ● Cadeia da borracha INFOGRÁFICO/AE ● Hoje, a produção de borracha no Brasil corresponde a 1,45% da produção mundial DE SOBRA A extração do látex O processo de extração da seiva é manual e permanece o mesmo desde o século 19, o que exige muitos trabalhadores O SERINGUEIRO RETIRA MANUALMENTE LASCAS DE 1 MILÍMETRO DE DIÂMETRO SOBRE A SUPERFÍCIE DO TRONCO PARA QUE O LÁTEX, UM LÍQUIDO VISCOSO E BRANCO, POSSA SE ACUMULAR NAS CANECAS A seiva natural é acumulada em tambores No campo Na usina A seiva recebe ácido acético e passa a ter a consistência de um queijo O líquido é centrifugado e o excesso de água retirado, o que eleva o volume de borracha O coagulado é transformado em barras de GEB, Granulado Escurecido Brasileiro Produtos leves, que podem ser coloridos, como bexigas, preservativos, luvas cirúrgicas Pneus, insumos e componentes de calçados, como solados Na fábrica: SEIVA (LÁTEX) O setor 55,3 15,9 8,9 6,3 4,7 3,8 5,1 Produtores de borracha reivindicam uma nova política de preço ao governo federal Preço ao produtor: R$ 1,50 a R$ 1,69 o quilo Preço após o beneficiamento: R$ 4,43o quilo Produção nacional BA PA MT GO SP TO AM AC MS PR MG % PRODUÇÃO NACIONAL SÃO PAULO BAHIA MATO GROSSO MINAS GERAIS GOIÁS ESPÍRITO SANTO PARÁ, TOCANTINS, MATO GROSSO DO SUL, PARANÁ, AMAZONAS E ACRE R$ 1,8 milé o que recebe, em condições normais do mercado, um “san- grador” – aquele que retira a bor- racha da árvore 55,3%é a participação do Estado de São Paulo na produção nacional. Bahia é a 2ª colocada, com 15,9% Preço baixo ameaça produção nacional de borracha Diante da queda de 42% nos últimos dois anos, produtores vão a Brasília reivindicar ajuda do governo federal para salvar o setor