3. Definição
PLD – Programmable Logic Device;
São dispositivos eletrônicos construídos com uma estrutura configurável (programável);
Não é baseado em uma arquitetura específica, mas sim
em circuitos lógicos genéricos;
Estes circuitos genéricos são capazes de reproduzir
virtualmente quaisquer arquiteturas já existentes, ou
ainda, arquiteturas dedicadas a aplicação totalmente novas e originais.
4. Contextualização
A tecnologia dos dispositivos eletrônicos evoluiu dramaticamente nos últimos 50 anos;
O transistor foi inventado no final dos anos 40;
Popularizou-se nos anos 50;
Em 1956 o cientista Geoffrey W. A. Dummer tentou sem
sucesso fabricar o primeiro circuito integrado (CI)
baseado em transistores;
Entre 1956 e 1958 muitas outras tentativas por outros
cientistas foram realizadas, tendo sucesso em 1958;
Este CI foi chamado inicialmente de Circuito do Estado
Sólido;
5. Contextualização
No início dos anos 60 houve então a grande revolução
da eletrônica moderna com a criação da patente do
Circuito Unitário, em 20 de abril de 1961;
A partir desta data popularizou-se a idéia do uso de CIs
em projetos tanto digitais como analógicos;
Começou-se então a criação de CIs com diferentes
escalas de integração, o que criou uma classificação de
gerações de CIs utilizando esta métrica;
Atualmente é praticamente impossível pensar em um
projeto que possa dispensar totalmente o uso de CIs.
7. Escalas de Integração
SSI – Small Scale Integration:
•
•
•
•
Produzidos no início dos anos 60;
Continham dezenas de transistores em sua arquitetura;
Utilizados nos projetos Apollo e Minuteman;
Em um prazo de 2 anos o consumo de CI por parte destes dois projetos
baixou o custo de cada CI de US$ 1,000.00 para menos de US$ 25.00.
8. Escalas de Integração
MSI – Medium Scale Integration:
•
•
•
Produzidos no final dos anos 60;
Continham centenas de transistores em sua arquitetura;
Possibilitava a implementação de circuitos (e conseqüentemente projetos)
mais complexos que os CIs da geração anterior.
9. Escalas de Integração
LSI – Large Scale Integration:
•
•
•
Produzidos na metade dos anos 70;
Continham dezenas de milhares de transistores em sua arquitetura;
O mercado alvo para sua produção era a indústria de computadores.
10. Escalas de Integração
VLSI – Very Large Scale Integration:
•
•
•
Desenvolvidos e produzidos na metade dos anos 80;
Contém milhões de transistores em sua arquitetura;
Utilizados para praticamente todos os fins.
11. Escalas de Integração
ULSI – Ultra Large Scale Integration:
•
•
•
Última palavra em CIs;
Utiliza nanotecnologia;
Introduzido no mercado em 2002.
12. Escalas de Integração
CPLDs e FPGAs:
•
•
•
São produzidos com as tecnologias VLSI e ULSI;
Os FPGAs mais modernos, lançados a partir de 2004, salvo raras exceções
são fabricados utilizando tecnologia ULSI;
Existem outros circuitos PLDs que fazem uso de tecnologias mais antigas,
como LSI ou até mesmo MSI, porém estes estão caindo em desuso.
13. Histórico
Desde final dos anos 60 já se tinha a idéia de disponibilizar aos
projetistas o poder de escolher a arquitetura comportamental de um
CI;
Em 1970 a Texas Instruments criou a PLA (Programmable Logic Array), colocando esta tecnologia em um dispositivo chamado
TMS2000;
Em 1971 a General Electric (GE) desenvolveu uma tecnologia
baseda em PROM, apagada por ultravioleta, ao qual chamou de
EPLD;
Em 1973 a National Instruments introduziu o uso desta tecnologia
(PLA) em um dispositivo chamado DM7575;
Em 1974 a GE juntou-se a Monolithic Memories, quando
desenvolveram em conjunto PALA (Programmable Associative
Logic Array). Esta foi a semente da posterior arquitetura dos
FPGAs.
14. Histórico
Em 1983 primeira padronização de HDLs por parte do IEEE
(padronizando o VHDL e o Verilog);
Com isso tem-se o início da popularização em termos de mercado
para os PLDs;
Nascem as primeiras empresas especializadas em PLDs: Altera e
Lattice (83), Xilinx (84) e Actel (85);
Anos 90 entrada das tecnologias com interfaces gigabit;
Ainda nos anos 90 cores de PPC são integrados à FPGAs;
Anos 2000 adoção de tecnologias de 40nm;
2004 VHDL-AMS e primeiros FPGA de circuitos analógicos
programáveis;
2009 cores ARM (32 bits) são integrados à FPGAs.
2010 tecnologia de 28nm é introduzida;
18. Aplicações
As aplicações de PLDs são bastante diversas, indo
desde aplicações low-end até aplicações high-end:
• Aplicações low-end:
-
SPLDs;
CPLDs;
FPGAs (pequenos – com poucas macrocélulas).
• Aplicações middle-end:
-
CPLDs;
FPGAs.
• Aplicações high-end:
-
CPLDs;
FPGAs (grandes – muitas macrocélulas).
19. Aplicações
Aplicações low-end:
• Substituição de itens obsoletados;
• Condensação de componentes para diminuir espaço em PCI;
• Integração de soluções proprietárias com soluções de terceiros.
21. Aplicações
Aplicações high-end:
•
•
•
•
•
•
Co-processadores;
DSPs avançados (reconhecimento facial);
Interfaces de alta velocidade;
Computação paralela massiva;
Multiprocessadores com multithreads;
Aplicações de alta confiabilidade.
Processamento de imagem
(visão multiespectral)
Modem de rádio
com criptografia
22. Aplicações
Aplicações high-end:
DSPs: controle de aceleração,
posição, angulação, pressão
dos gases, ...
DSPs: posição, células de
carga, processamento de
imagens, ...
24. Aplicações
Aplicações high-end:
DSPs: controle do ângulo
de ataque (mantém nível
do canhão independente
da base).
DSPs: reconhecimento de
alvo (amigo ou inimigo)
DSPs: visão multiespectral.
26. Aplicações
Aplicações high-end:
HUD: Head-up Display
DSPs: visão multiespectral;
Informações de status;
Processamento do sensoriamento
da aeronave.
DSP: Comandos
servo assistidos
27. Aplicações
Aplicações high-end:
DSPs: Cálculo online da posição
dos atuadores.
DSPs:
Processamento
de vídeo 3D.
DSPs: Cáculo da posição dos sensores.
Co-Processor: acelera o
processamento dos dados dos
sensores para passar para os
atuadores
28. Estrutura Eletrônica
Tipos:
• Existem diversos tipos de PLDs, e é muito importante ter-se em
mente suas vantagens e desvantagens de uso;
• Estes tipos são classificados principalmente por sua tecnologia de
implementação, mas também por características elétricas definidas
pela tecnologia de implementação;
• São os tipos de PLDs:
-
PLA;
GAL;
SPLD;
-
EPLD;
CPLD;
FPGA.
30. Conceitos Básicos
Implementação de Sistemas Digitais:
• Uma maneira mais simples de se apresentar este sistema é
através de sua tabela verdade:
31. Conceitos Básicos
Implementação de Sistemas Digitais:
• Essa tabela verdade pode ser convertida para circuito lógico
através de uma matriz de conexões:
32. Conceitos Básicos
Implementação de Sistemas Digitais:
•
As ligações são feitas por
técnicas de gravação de chaves lógicas;
•
Estas chaves lógicas podem
ser ou fusíveis ou antifusíveis;
33. Estrutura Eletrônica
PLA:
• Sua sigla significa Programmable Logic Array;
• Foi o primeiro PLD desenvolvido;
• Possui um arranjo que é capaz de descrever uma lógica através da
soma de produtos; de produtos;
• São muito eficientes em termos de área requerida para sua
implementação;
• Só podiam ser gravadas uma única vez (funcionavam como uma
ROM).
44. Estrutura Eletrônica
PAL:
• Sua sigla significa Programmable Array Logic;
• Em uma PAL somente o plano AND é programável, sendo o plano
OR fixo;
• Isso reduz a implementação de um elemento crítico para a
construção de um PLD que são as chaves programáveis;
• Além de ser um de difícil implementação com precisão necessária,
as chaves programáveis reduzem a performance (velocidade e
potência) dos circuitos digitais;
• Apresenta uma menor flexibilidade de implementação em relação
as PLAs;
• Para compensar são oferecidas em uma ampla gama de dimensões
em termos de números de entrada e de saída;
• Assim como as PLAs só podem ser programadas uma única vez.
49. Estrutura Eletrônica
PAL:
• Sua estrutura interna simplificada é a seguinte:
_
f1 x1 x2 x1 x 3
_
_
f 2 x1 x 2 x3 x1 x3
50. Estrutura Eletrônica
PAL:
• Sua estrutura interna simplificada é a seguinte:
_
f1 x1 x2 x1 x 3
_
_
f 2 x1 x 2 x3 x1 x3
51. Estrutura Eletrônica
PAL:
• Para tornar a arquitetura de uma PAL ainda mais flexível, pode-se
adicionar às saídas desta um circuito lógico extra;
• A este conjunto (PAL + Circuito lógico extra) dá-se o nome de
macrocélula.
52. Estrutura Eletrônica
PAL:
• O flip-flop cria a possibilidade de armazenar o valor produzido para
a saída do Plano OR (elemento memória);
• Em sua saída (do Flip-Flop) tem-se um multiplexador que permite
• selecionar entre o sinal com (síncrono) ou sem registro
(assíncrono);
• Na saída da macrocélula tem-se ainda um tri-state buffer, que
possibilita colocar esta em alta-impedância (possibilitando dois
sentidos e três implementações de dados in, out ou inout);
• O sinal de saída (antes do tri-state buffer) é realimentado para o
Plano AND;
• Com esta realimentação ampliam-se os horizontes de
possibilidades de implementações lógicas com uma macrocélula.
53. Estrutura Eletrônica
GAL:
• Sua sigla significa Generic Array Logic;
• Criada em 1985 pela Lattice Semiconductors;
• Oossui as mesmas propriedades das PALs, porém podem ser
apagadas e reprogramadas;
• As GALs são utilizadas como circuitos básicos de PLDs modernos,
tais como os PLDs, por apresentar esta característica.
54. Estrutura Eletrônica
PAL x GAL:
• Atualmente quando refere-se a PAL provavelmente esta-se falando
de um elemento GAL;
• Isto ocorre porque como GAL era o nome dado por um fabricante a
uma arquitetura PAL, apenas com uma técnica diferente de
gravação;
• A arquitetura de uma GAL é uma PAL;
• Portanto, tanto no meio industrial como no acadêmico as primeiras
PALs somente graváveis, como as GALs (por vezes chamadas de
PALs regraváveis) são chamadas de PALs;
• Nos PLDs, onde são implementadas PALs regraváveis, estes
elementos são chamados apenas de PALs.
• Não é errado fazer essa simplificação de nomes, pois a arquitetura
é realmente a mesma.
55. Estrutura Eletrônica
SPLD:
• Primeira Geração:
-
Utilizavam como arquitetura básica PLAs;
Proviam alta densidade de lógica disponível (para a época);
Alta flexibilidade, pois podia-se programar tanto no plano AND como no
plano OR.
• Segunda Geração:
-
Utilizavam como arquitetura básica PALs;
Proviam uma densidade de lógica média (para a época);
Menor flexibilidade, porém mais rápidos que os SPLDs de primeira
geração, por terem uma menor quantidade de chaves lógicas (que
reduz a performance).
56. Estrutura Eletrônica
CPLD:
• Sua sigla significa Complex Programmable Logic Device;
• É um arranjo de PALs, macrocélulas interconectadas por uma linha
central dedicada;
• Possui aspectos de timing simples e determinístico;
• Possui facilidade de roteamento (por ter esta linha dedicada a
• internconexão);
• Tem uma ampla e rápida rede de chaves lógicas;
• Atualmente têm-se várias ferramentas de CAD para auxílio no
projeto para estes dispositivos;
• Sua gravação é dada com a tecnologia E2PROM ou Flash.
57. Estrutura Eletrônica
CPLD:
• Arquitetura de um CPLD:
-
-
CPLDs comerciais possuem em
cada bloco de PAL normalmente 16
macrocélulas;
Cada macrocélula é composta por
entre 5 ou 20 entradas de portas
OR;
As saídas das portas OR são
ligadas aos flip-flops por meio de
uma porta XOR;
O tri-state buffer liga a saída da
lógica do bloco de PAL ao pino do
CPLD;
As ligações entre os blocos de PAL
também são reprogramáveis.
61. Estrutura Eletrônica
CPLD:
• Vantagens do uso de CPLDs:
-
Fácil desenvolvimento;
-
Baixo custo de desenvolvimento;
-
Retorno financeiro mais rápido;
-
Redução da área de PCI (Placa de Circuito Impresso);
-
Possibilidade de agregar alto índice de propriedade intelectual (aumetando assim
o valor agregado do produto final.
62. Estrutura Eletrônica
FPGAs:
•
Sua sigla significa Field Programmable Gate Array;
•
Não são baseados em planos AND e OR, como os demais PLDs;
•
Ele é baseado em blocos lógicos programáveis chamados de look-up tables
(LUTs);
•
Possui quatro elementos de arquitetura básicos:
-
LUTs (blocos lógicos)
-
Barramentos de interconexão;
-
Chaves programáveis;
-
Blocos de E/S (Entrada/Saída, que ligam a lógica interna aos pinos do FGPA).
64. Estrutura Eletrônica
FPGAs:
•
São divididos em dois tipo, definidos pelo seu método de programação:
-
Reprogramáveis:
•
Baseados em tecnologia SRAM;
•
Trazem a flexibilidade para o desenvolvimento e upgrade de projetos;
•
Mais comuns e difundidos do meio, tanto que ao se falar em FPGAs logo se pensa em
componentes reprogramáveis;
•
Utilizam a construção baseadas em interconexão de LUTs.
One-Time Programmable (OTP):
•
baseado um anti-fusívieis;
•
Uilizados somente em projetos maduros e amplamente testados, ou em aplicações com
alto volume, ou ainda que tenham a necessidade de um boot rápido do sistema;
•
Utiliza a construção tradicional de portas lógicas, como nas PLAs e PALs.
65. Estrutura Eletrônica
FPGAs:
•
LUT – Lookup Table:
-
São uma espécie de tabela de consulta rápida;
-
Possuem células de armazenamento de tabelas verdade de circuito lógicos;
-
Com a utilização de LUTs pode-se utilizar simplificações booleanas para gerar
tabelas verdades mais compactas, com menos dispendimento de recursos
computacionais;
-
Torna a tradução de uma HDL mais fácil para o hardware propriamente dito;
-
As LUTs podem assumir virtualmente qualquer tamanho, porém atualmente os
FPGAs são constituídos por LUTs de 8 a 64 bits;
-
Normalmente um FPGA utiliza somente um tamanho de LUT para econimizar na
fabricação da máscara de silício da matriz.
66. Estrutura Eletrônica
FPGAs:
•
LUT – Lookup Table:
-
Uma LUT possibilita ao projetista, por meio do sintetizador, gravar uma tabela
verdade customizada para sua aplicação;
-
Abaixo o exemplo das possibilidades de gravação de uma LUT de 2 entradas;
67. Estrutura Eletrônica
FPGAs:
•
LUT – Lookup Table:
-
Exemplo de uma LUT de 2 entradas já gravada com sua respectiva tabela verdade:
(a) LUT - Tabela Verdade
(b) LUT - Hardware
68. Estrutura Eletrônica
FPGAs:
•
LUT – Lookup Table:
-
De maneira análoga às PLAs, existe um circuito extra colocado na saída das LUTs
que amplificam o potencial de aplicação das LUTs;
-
Este circuito extra possibilita a escolha entre a utilização da lógica meramente
combinacional, ou ainda a utilização do efeito memória pelo uso de um Flip-Flop.
69. Estrutura Eletrônica
FPGAs:
•
CLB – Configurable Logic Block:
-
Outro termo bastante utilizado pelos fabricantes de FPGAs;
-
Com a evolução da tecnologia para construção de circuitos integrados, e com a
intenção de aumentar a flexibilidade dos FPGAs, foi criada uma esta estrutura;
-
Ela utiliza-se de LUTs para implementar tabelas verdades complexas, Flip-Flops para
implementações de registros e atrasos de sinais, além de multiplexadores (de alta
performance) para seleção dos sinais para a implementação das lógicas desejadas;
-
Os fabricantes como Altera e Xilinx tratam estes blocos como sendo os blocos
básicos, não mais tratando as LUTs como tal;
-
Outros fabricantes como Lattice, Actel e Quick Logic, utilizam nomes próprios para
estas estruturas, mas sempre mostras o equivalente em termos de CLBs.
71. Estrutura Eletrônica
FPGAs:
•
IOB – Input/Output Block:
-
São os blocos de lógica responsáveis pela ligação com com os pinos de
entrada/saída dos FPGAs;
-
Garantem os níveis de tensão e corrente das interfaces;
-
São capazes de implementar interfaces tanto single ended como diferenciais;
-
Possibilitam também a implementação de pull-ups e pull-downs (normalmente
fracos) nos sinais de entrada e saída;
-
Podem gerar estado de alta impedância (tri-state) para a implementação de canais
bidirecionais (portas de inout);
-
São dependentes da alimentação do banco a que eles correspondem, para a
implementação de cada uma destas características.
73. Sinais
Sinais Digitais:
• Os sinais digitais assim como os analógicos possuem
características a serem levadas em consideração quando utilizados
em um projeto;
• Serão abordadas as principais características a serem avaliadas,
analisadas e respeitadas durante o projeto de um sistema digital;
• Existem características relevantes para todos os sinais digitais e
outras específicas para os sinais de controle, ou seja, os sinais de
clock.
IMPORTANTE: ter em mente que o sinal digital é um sinal
analógico que possui níveis de interpretação pré-definidos!
74. Sinais
Sinais Digitais:
• As principais características a serem conhecidas e reconhecidas
em sinais digitais são:
-
Skew;
-
Slew Rate;
-
Setup Time e Hold Time;
-
Fan-in e Fan-out;
-
Glitch;
-
Jitter e Wander.
75. Sinais
Skew:
• Escorregamento do sinal digital causado pelo atraso de
propagação do mesmo pelo caminho elétrico;
• Este escorregamento pode ser causado também pelo chamado
tempo de porta (port timing), que nada mais é do que o atraso que
o sinal digital sofre ao ser processado por uma porta lógica, ou por
um conjunto destas.
76. Sinais
Slew Rate:
• Resposta de uma porta digital ao comutar de nível;
• É ele que definirá a freqüência máxima de operação de um circuito,
ou dispositivo digital;
• Um Slew Rate muito alto torna o dispositivo mais lento;
• Um Slew Rate muito baixo torna o dispositivo mais rápido porém,
suscetível a ruídos internos (bouncing) e externos (eletromagnéticos ou crosstalking);
• O Slew Rate está ligado diretamente aos Setup e Hold Time, porém ele ajuda a defini-los e não o contrário.
78. Sinais
Setup Time & Hold Time:
• Tsetup: ou Tsu, é o tempo mínimo para que um sinal (dado) deve
ser estabilizado para estar pronto a ser avaliado;
• Thold: ou Tho, é o tempo mínimo para que um sinal (dado) deve
ficar estabilizado após ser avaliados.
79. Sinais
Fan-in & Fan-out:
• Fan-in: capacidade máxima de um elemento digital fazer o drive de
sinais em sua entrada. Normalmente em portas lógicas o fan-in é
igual ao número de entradas:
80. Sinais
Fan-in & Fan-out:
• Fan-out: capacidade máxima de um elemento digital fazer o drive
de sinais para sua saída. Cada saída possuirá um fan-out
específico, pois este é totalmente dependente da construção
eletrônica da porta:
81. Sinais
Glitch:
• Sinal espúrio causado pela instabilidade no momento de análise de
um sinal (assincronicidade);
• Normalmente ocorre quando a transição do sinal analisado
acontece junto com a transição do sinal de controle;
• Com o uso de Latches deve-se cuidar para não deixar-se uma
condição na qual glitches possam aparecer;
• Utilizando Flip-Flops deve-se cuidar para garantir que a borda de
análise do clock nunca coincida com a borda do sinal a ser
avaliado.
84. Sinais
Jitter & Wander:
• O desvio ou deslocamento de um sinal periódico em torno de seu
formato fundamental, seja em freqüência, período, duty cycle, amplitude ou ainda fase;
• Em sistemas digitais jitter e wander referem-se sempre a período,
freqüência ou duty-cycle;
• Causam problemas relacionados ao timing (temporização) do
circuito, podendo gerar perda de sincronia parcial ou permanente,
o que leva a perda de informação.
85. Sinais
Jitter & Wander:
• O desvio ou deslocamento de um sinal periódico em torno de seu
formato fundamental, seja em freqüência, período, duty cycle, amplitude ou ainda fase;
• Em sistemas digitais jitter e wander referem-se sempre a período,
freqüência ou duty-cycle;
• Causam problemas relacionados ao timing (temporização) do
circuito, podendo gerar perda de sincronia parcial ou permanente,
o que leva a perda de informação.
87. Sinais
Jitter & Wander:
• Para sistemas digitais o mais crítico dos problemas ocorridos com
clock é o jitter.
88. Sinais
Jitter & Wander:
• Jitter RMS:
J RMS
n
1
Ti T
n 1 i 1
n : número de amostras;
Ti : período dado para cada amostra;
T : média dos períodos medidos dados pela equação
2
1 n
T Ti
n i 1
89. Sinais
Jitter & Wander:
• Jitter Ciclo-a-Ciclo:
J c 2c Pn Pn1
Pn : Período medido na amosta n
Pn1: Período medido na amosta n 1
90. Sinais
Jitter & Wander:
• Jitter de Distorção de Duty Cycle:
J DCD
H period
H period L period
H period : Perído em nível lógico alto;
L period : Perído em nível lógico baixo.
100%
91. Sinais
Jitter & Wander:
• São especificados em Unidade Intervalar (UI):
1 UI = Período do sinal analisado.
92. Sinais
Jitter & Wander:
• Exemplo de Especificação:
O Jitter permitido para uma interface STM-1 (SDH - Synchronous Digital
Hierarchy) é definida em termos de pico-a-pico, como 2.6 mUI. Sendo que a
interface STM-1 possui freqüência de transmissão de 155M52Hz.
1UI
1
6,45ns
155,52MHz
Portanto:
2,6mUI
6,45ns
2,6 16,77 ps
1000
93. Sinais
• Diagrama de Olho:
•
O diagrama de olho provê uma útil informação visual que auxilia
na avaliação de problemas em transmissões digitais;
•
Faz uma análise qualitativa da transmissão;
•
Pode dar uma informação quantitativa aproximada;
•
Através de uma análise criteriosa e cuidadosa pode dar uma
aproximação inicial sobre a quantidade de skew e jitter
presentes no sinal;
94. Sinais
• Diagrama de Olho:
•
A técnica de aquisição da imagem do diagrama de olho baseia em
pegar um padrão de variação de dados no barramento ou canal de
transmissão;
•
Pode-se criar este padrão (recomendável) ou então analisar o
barramento em condição normal de funcionamento;
IMPORTANTE: Não será válida a análise do diagrama de olho (não
haverá olho) em sinais repetitivos do mesmo padrão.
97. Sinais
• Diagrama de Olho:
• Na prática:
• Em a temos uma maior quantidade de jitter;
• Em b temos apesar de uma menor quantidade de jitter
uma abertura de olha menor.
IMPORTANTE: em b temos uma maior taxa de dados, o
que explica a diferença de abertura de olho, apesar da
melhor qualidade do sinal.
102. Interfaceamento
Interfaces elétricas de FPGAs:
•
As aplicações modernas superaram a um certo tempo os padrões de interfaceamento TTL e CMOS;
•
Principalmente pelo aumento da velocidade de sinalização e distância entre
transmissores e receptores;
•
Cada interface elétrica busca melhorar um aspecto não coberto ou fragilizado
na aplicação de sua predecessora;
•
Atualmente tem-se uma gama muito grande de interfaces elétrica tanto para
sistemas analógicos como para digitais;
•
Interfaces digitais evoluíram de maneira exponencial nos anos 90, com as
novas exigências do mercado para com emissão eletromagnética.
103. Interfaceamento
Interfaces elétricas de FPGAs:
•
LVTTL:
-
Low Voltage TTL;
-
Para uso de propósito geral;
-
Padrão de 3V3;
-
Possui um buffer de entrada e um buffer push-pull na saída.
Buffer de Entrada
Buffer de Saída
104. Interfaceamento
Interfaces elétricas de FPGAs:
•
LVCMOS:
-
Low Voltage CMOS;
-
Para uso de propósito geral;
-
Padrão de 1V2 a 3V3 (Requer alimentação nos pinos auxiliares);
-
Possui a mesma configuração de entrada e saída do LVTTL, porém com a adição de
referências auxiliares (Vref).
Buffer de Entrada
Buffer de Saída
105. Interfaceamento
Interfaces elétricas de FPGAs:
•
PCI:
-
Peripheral Component Interface;
-
Para uso em barramentos com freqüências típicas de 33 a 66MHz;
-
Utiliza os buffers de saída do LVTTL e de entrada do LVCMOS;
-
Trabalha a 3V3.
Buffer de Entrada
Buffer de Saída
106. Interfaceamento
Interfaces elétricas de FPGAs:
•
HSTL:
-
High Speed Tranceiver Logic;
-
Para uso de propósito geral em alta velocidade (200 MHz);
-
Utiliza padrão de tensão de 1V5 a 1V8;
-
Necessita de alimentação auxiliar.
Buffer de Saída
Buffer de Entrada
107. Interfaceamento
Interfaces elétricas de FPGAs:
•
HSTL:
-
High Speed Tranceiver Logic;
-
Para uso de propósito geral em alta velocidade (200 MHz);
-
Utiliza padrão de tensão de 1V5 a 1V8;
-
Necessita de alimentação auxiliar.
Buffer de Saída
Buffer de Entrada
Linha de
Comunicação
109. Interfaceamento
Interfaces elétricas de FPGAs:
•
SSTL x:
-
Stub Series Terminated Logic xV;
-
Para uso em barramentos de memória;
-
Utiliza padrão de tensão de 1V8 (SSTL18) a 3V3 SSTL3;
-
Necessita de alimentação auxiliar;
-
Utiliza o mesmo buffer utilizado pelo padrão de tensão HSTL.
110. Interfaceamento
Interfaces elétricas de FPGAs:
•
LVDS:
-
Low Voltage Differencial Signal;
-
Para uso de propósito geral de alta velocidade diferencial (333 MHz);
-
Requer o uso de 2 pinos vizinhos do FPGA (já definidos pela arquitetura);
-
Necessita de terminação externa via resistor;
-
Utiliza 3V3 e 2V5 como padrão de sinalização.
Buffer
de
Saída
Buffer
de
Entrada
111. Interfaceamento
Interfaces elétricas de FPGAs:
•
LVDS:
-
Low Voltage Differencial Signal;
-
Para uso de propósito geral de alta velocidade diferencial (333 MHz);
-
Requer o uso de 2 pinos vizinhos do FPGA (já definidos pela arquitetura);
-
Necessita de terminação externa via resistor;
-
Utiliza 3V3 e 2V5 como padrão de sinalização.
Buffer
de
Saída
Buffer
de
Entrada
Linha de
Comunicação
112. Interfaceamento
Interfaces elétricas de FPGAs:
•
LVDS Extended:
-
•
Possui maior potência de transmissão que o LVDS.
BLVDS:
-
•
LVDS para aplicações bidirecionais.
LVPECL:
-
•
Similar ao LVDS porém com potência de transmissão superior ao LVDS Extended.
TMDS:
-
•
Próprio para transmissão de alta fidelidade em alta velocidade.
RSDS:
-
•
Próprio para drives de controle de LCDs.
PPDS:
-
Variação do RSDS com suporte a maiores velocidades
113. Interfaceamento
Interfaces elétricas de FPGAs:
•
•
Os pinos dos FPGAs salvo algumas exceções são configuráveis quanto ao
sentido de troca de informação;
Para tanto existem alguns blocos de implementação que explicitam este
desejo por parte do projetista:
IBUF/
OBUF
IBUFDS
OBUF
IOBUF
114. Interfaceamento
Interfaces elétricas de FPGAs:
•
MGT:
-
Multigigabit Transceiver;
-
Transmissão full-duplex;
-
Velocidade variável de 600 Mpbs até 3.125 Gbps;
-
Não necessita de componentes externos;
-
Função de auto lock reference;
-
Cinco níveis de potência de transmissão configuráveis;
-
Quatro níveis de pre-enphasis programáveis;
-
Acoplamento AC e DC;
-
Impedância configurável (50 Ω ou 75Ω);
-
Preâmbulo de 10 bits programável;
-
Loopbacks programáveis em tempo de operação.
115. Fontes
Fontes para PLDs:
•
Com o avançar da tecnologia os PLDs passaram por processos de:
-
•
Aumento da velocidade de suas interfaces elétricas;
-
•
Aumento da velocidade de processamento;
-
•
Miniaturilização;
Aumento da potência consumida.
Outra característica interessante é a necessidade de um número cada vez
maior de diferentes tensões para garantir o funcionamento dos PLDs
modernos;
Isto se deve ao fato da especialização de cada grupo interno destes dispositivos (IOBs, MGTs, DCMs, LUTs, Cores de Lógica Digital e Cores de microprocessadores);
Quanto maior a velocidade permitida pelo PLD, maior será sei consumo.
116. Fontes
Fontes para PLDs:
•
•
•
-
Para chegar as velocidades máximas atuais os fabricantes baixaram a
alimentação dos cores;
Com a corrente aumenta e a dissipação por Efeito Joule aumenta;
Fontes de PLDs tem diferentes níveis de exigência e por conseqüência diferentes níveis de complexidade:
SPLDs podem trabalhar com tolerâncias tensão e ripple de 10%;
-
CPLDs toleram tensão e ripple em 5%;
-
FPGAs (low-end e medium-end) toleram tensão em 5% e ripple em 2%;
-
FPGAs (high-end) toleram tensão e ripple em 2%;
-
FPGAs especializados (Aplicações Militar/Aeroespacial) toleram tensão e ripple em
no máximo 1%.
117. Fontes
Requisitos para Fontes de PLDs:
•
Necessidade de pouca variação de tensão quando do chaveamento entre
modos de consumo:
É bastante comum um PLD ficar em trabalhando em um modo de baixo consumo
(sem processamento) e chavear para um modo de alto consumo (com processamento) de maneira freqüente.
-
•
•
•
Fontes com baixo ruído e baixa emissão eletromagnética;
Rápida resposta ao degrau;
Seqüenciamento de partida;
118. Fontes
Requisitos para Fontes de PLDs:
•
•
Para atender os requisitos mostrados anteriormente o tipo de regulador de
tensão ideal é o linear;
Porém este regulador tem uma baixa eficiência o que o torna por vezes impossível de ser utilizado;
*Performance no transiente!
124. Fontes
Fontes para PLDs:
•
PLDs possuem bancos de alimentação, que definem as possibilidades de
padrões de interface nos pinos relacionados aos mesmos;
•
É bastante comum ter-se ao menos 2 tensões diferentes para a alimentação
de um CPLD e 3 para FPGAs;
-
•
CPLD: bancos de alimentação;
FPGA: bancos de alimentação, tensões auxiliares e alimentação do core;
Utilizando uma solução conjunta de módulos conversores DC-DC e de POL
(Point of Load) pode-se cobrir de maneira eficiente as diferentes tensões
necessárias.
125. Fontes
Fontes para PLDs:
Gnd (ligado ao terra digital)
Vcore
(alimentação
do core)
Vref (interfaces específicas)
Vbank0 (alimentação banco 0)