O documento discute a comunicação de Deus através da revelação, incluindo a Bíblia, a tradição e Jesus Cristo. Aborda temas como a inspiração divina, a hermenêutica e a interpretação contínua da Palavra de Deus ao longo dos tempos.
2. • O falar de Deus.
• A comunicação de Deus na História.
• A comunicação de Deus no mundo.
• A Sagrada Escritura.
• A Sagrada Tradição
• A revelação
• …
• O Verbo de Deus - Jesus Cristo.
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3. • A dimensão da Inspiração.
• Uma existência que se torna texto (narração).
• Deus e o ser humano verdadeiros autores.
• Não podemos sem mais lê-la a partir dos critérios
de hoje.
• Não podemos sem mais expressar-nos hoje com
os critérios de então.
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4. • Hermenêutica - a Sagrada Escritura deve ser lida e
interpretada com o mesmo espírito com que foi
escrita. (DV 12 ; VD 29)
• Dimensão eclesial da hermenêutica - o lugar
originário da interpretação da Escritura é a vida da
Igreja. (VD 29)
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5. • Palavra…
– … inspirada (já vimos)
– … verdadeira
– … santa
– … normativa
– … nas palavras
– … feita livros (traduzida, interpretada)
– … com sentido plural
– … acolhida e acreditada
– … viva que dá vida
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6. “« A PALAVRA DO SENHOR permanece eternamente. E esta é
a palavra do Evangelho que vos foi anunciada» (1Ped 1, 25;
cf. Is 40, 8). Com esta citação da Primeira Carta de São Pedro,
que retoma as palavras do profeta Isaías, vemo-nos
colocados diante do mistério de Deus que se comunica as
mesmo por meio do dom da sua Palavra. Esta Palavra, que
permanece eternamente, entrou no tempo. Deus pronunciou
a sua Palavra eterna de modo humano; o seu Verbo «fez-se
carne» (Jo 1, 14). Esta é a boa nova.”
(VD 1)
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7. “A novidade da revelação bíblica consiste no facto de Deus se
dar a conhecer no diálogo que deseja ter connosco.”
(VD 6)
“É à luz da revelação feita pelo Verbo divino que se esclarece
definitivamente o enigma da condição humana.”
(VD 6)
“*…] o cristianismo é a «religião da Palavra de Deus», não de
«uma palavra escrita e muda, mas do Verbo incarnado e
vivo».”
(VD 7)
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8. • É a marca específica do ‘religioso’ no geral.
– Porque assinala a inaudita pretensão da sua origem.
• Deus…
– não somente o ser humano.
• Dom…
– não simplesmente conquista.
• Palavra escutada…
– não teoria construída.
– Aqui reside a sua grandeza e simultaneamente a sua fragilidade,
• porque pode ‘solidificar-se’ num corpo estranho como que caído
do céu.
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9. • …a partir da categoria da palavra.
– A experiência da revelação é traduzida como um falar de Deus.
• A lei fundamental são as 10 palavras.
• Os profetas.
• Em Jesus Cristo a Palavra encarna.
• Jesus que é a Palavra encarnada torna-se Palavra anunciada.
• Jesus que é o Evangelho…
– …torna-se o evangelho…
– …que se traduz e comunica nos evangelhos.
• Os textos acabam por constituir um ‘corpus’ do qual se diz que é
Palavra revelada.
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10. • Ganha força a ideia de que a revelação é um depósito de verdades…
– Que é necessário conservar;
– Que é necessário transmitir.
• Com o passar do tempo surge a sistematização da constelação conceptual:
– Deus autor;
– Ser humano instrumento.
• Isto levou a que a revelação fosse redutoramente entendida como:
– Um conjunto de saberes;
– Que pouco ou nada têm a ver com o saber humano.
• Em todo este processo podemos ver uma dinâmica que vai de fora para
dentro.
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11. • Deus revela-se porque é mistério de amor.
– Como um pai/mãe vive debruçado sobre a nossa existência:
• querendo dar a conhecer a sua presença,
• querendo fazer sentir o seu amor.
• A revelação não ‘entra’ na vida do ser humano a partir de fora.
– Deus não está fora .
– Ele é o que sustenta o nosso ser e a história.
• Há revelação quando ‘caímos na conta’ dessa presença.
– A revelação não é o chegar de Deus (de fora para dentro) ao ser humano.
– A manifestação da vontade e da presença de Deus…
• … implica o tomar conhecimento dessa vontade, ‘caindo na conta’ dessa
presença.
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12. • A revelação é um processo rico, mas complexo…
– É um processo de discernimento, no qual somos interpelados e
‘sacudidos’, por situações da nossa existência que nos podem abrir a
essa presença que a habita…
– … ‘caindo na conta’ dessa presença.
• Neste processo esta presente:
– Deus;
– A história e a existência concretas;
– O ser humano.
• A iniciativa é sempre de Deus.
– É sempre dom.
• Mas a resposta humana é constitutiva dessa realidade,
• porque a iniciativa de Deus a exige e requer.
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13. • Jesus Cristo concretiza plenamente esta revelação.
– Nele a revelação…
• …não acontece de fora para dentro,
• mas no coração da sua existência
– Nele a revelação…
• … não acontece em determinados momentos,
• mas na totalidade da sua existência.
• O Mistério de Deus revela-se e acontece na humanidade de Jesus
– Não ao lado da humanidade de Jesus.
– Não por cima da humanidade de Jesus.
– Não apesar da humanidade de Jesus.
– E muito menos contra a humanidade de Jesus.
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14. • A revelação não ficou reduzida a uma letra escrita, nem
‘amarrada’ a um tempo.
• Deus continua a falar em cada tempo da história.
• Continuamos a ter que 'dialogar' com Deus em cada tempo da
História.
• Relegere – reelegere.
• A tradição rio vivo de existência.
• Dimensão eclesial da tradição.
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15. • Jesus Cristo é o rosto da Palavra!
• Façamos um exercício na tentativa de procurar alguns dos
traços desse rosto.
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16. – Mc 7, 1-23 (Tradições, o que é puro e o que é impuro);
– Mt 5, 21-24 (Homicídio);
– Mt 5, 38-42 (Lei do Talião);
– Mt 5, 43-48 (Amor aos inimigos);
– Mt 12, 1-8 (Sábado).
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17. – Jo 2, 13-22 (Templo);
– Jo 4, 15-24 (Adoradores em Espírito e Verdade).
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19. – Age assim porque Deus é assim!
• O Deus de Jesus Cristo encontra-se no humano, no
verdadeiramente humano.
– Mais do que no sagrado, no religioso e no espiritual.
• O sagrado o religioso e o espiritual são autênticos
itinerários para Deus na medida, e só na medida, em
que contribuem para a dignificação do ser humano.
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20. – Mc 1, 21-28 (Expulsão de um espírito imundo);
– Mc 1, 29-31 (Cura da sogra de Simão);
– Mc 1, 32-42 (Várias curas);
– Mc 2, 1-12 (Cura de um paralítico);
– Mc 5, 21-43 (Ressurreição da filha de Jairo e cura de uma
mulher).
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21. – O que nos dizem acerca de Deus?
• A mensagem do Evangelho é uma mensagem religiosa.
• Para Deus o bem estar das pessoas, a sua ‘saúde’ é
fundamental.
• A mensagem de Jesus modifica a maneira como a
religião era entendida no seu tempo.
• O Deus de Jesus preocupa-se em primeira mão com as
pessoas.
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22. – Os traços deste rosto não são:
• De poder (mesmo quando manifesta poder);
• De prodígios (mesmo quando realiza prodígios).
– O anúncio do Reino de Deus passa por esta atenção ao
humano:
• Por isso ele cura os doentes;
• Por isso ele alivia os sofrimentos;
• Por isso ele promove a vida.
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23. – “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para
evangelizar os pobres, enviou-me a proclamar a remissão aos presos e
aos cegos a recuperação da vista, para restituir a liberdade aos
oprimidos e para proclamar um ano de graça do senhor.”
– “O espírito do Senhor Iahweh está sobre mim, porque Iahweh me
ungiu: enviou-me a anunciar a boa nova aos pobres, a curar os
quebrantados de coração e proclamar a liberdade aos cativos, a
libertação aos que estão presos, a proclamar um ano aceitável a
Iahweh e um dia de vingança do nosso Deus.”
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24. – “És tu aquele que há de vir, ou devemos esperar um
outro?”
• Ide contar a João o que estais ouvindo e vendo:
– os cegos recuperam a vista,
– os coxos andam,
– os leprosos são purificados e os surdos ouvem,
– os mortos ressuscitam e os pobres são
evangelizados.”
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