O Crisma é o segundo sacramento da iniciação cristã que confere os sete dons do Espírito Santo e torna os cristãos construtores e testemunhas da comunidade. Embora o Espírito Santo seja recebido no Batismo, o Crisma sublinha a missão de espalhar o cheiro de Cristo no mundo.
2. • O Crisma é o 2º sacramento da iniciação cristã.
• A expressão confirmação é perigosa porque
pode ser entendida como confirmação do
Batismo que a criança não podia assumir.
• O Crisma pode ser comparado ao crescimento
enquanto o Batismo é o nascimento.
• O Espírito Santo já é comunicado plenamente
no Batismo, mas na Sagrada Escritura
aparecem referências a ritos que remetem para
o Crisma.
3. • Além da ligação ao ES há também a ligação aos
apóstolos – eles impunham as mãos para
complementar o Batismo sublinhando outra
dimensão – ligam o Batismo à remissão dos
pecados e a imposição das mãos aos dons do
ES.
• Na liturgia antiga, Batismo, Crisma e
Eucaristia, eram celebrados em conjunto. Não
se deve perder esta unidade.
4. • Sempre houve a consciência de serem 2
momentos diferentes. Hoje vê-se Jesus Cristo
como o único sacramento que se celebra em 7
momentos diferentes.
• O crisma foi reservado ao bispo, mas evoluiu de
modo diferente nas Igrejas Oriental e
Ocidental.
• Na Igreja Oriental os presbíteros celebram o
Crisma, ao celebrarem de uma vez os 3
sacramentos.
5. • No Ocidente, devido às necessidades pastorais
houve a necessidade de separação no tempo.
• Mudou-se de uma vida nas cidades para uma
vida no campo e o bispo não estava neste.
• Criaram-se novas comunidades onde o bispo
mandava presbíteros, mas para não perder a
unidade é ele que celebra o Crisma.
• Surge a prática de batizar os bebés não
esperando pela noite da Páscoa.
6. • Surgiu a consciência de um verdadeiro
catecumenato – como as crianças eram
pequenas, queria-se um Batismo assumido –
surge a catequese de preparação para o Crisma.
• Os protestantes no séc. XVI negaram a sacra
mentalidade do Crisma. Calvino diz que se trata
apenas de uma catequese através da qual os
adolescentes podem afirmar a fé.
• Trento, 1545 – 1563, diz que se alguém não
aceitar o Crisma seja excomungado.
7. • O Crisma não acrescenta mais ES, mais graça
ou mais Cristianismo.
• Tudo o que acrescenta é já vivência da
dinâmica batismal.
• Jesus Cristo acontece plenamente em cada
um dos 7 sacramentos porque Ele é o
Sacramento/Igreja.
8. A especificidade do Crisma
• A expressão Crisma tem a ver com unção.
• No AT, a unção era de 3 tipos: real; profética e
sacerdotal – destinava-se a uma missão.
• Eram ungidos para uma missão e essa unção
era mesmo um besunto para que todos
soubessem quem era o escolhido.
• No NT, Cristo é o ungido. É-lhe dado esse nome
nas comunidades paulinas. A expressão só lhe é
aplicada depois do Mistério Pascal – Ele é o
ungido de Deus para a missão (Ungido =
Escolhido = Cristo = Messias).
9. A especificidade do Crisma
• A unção, na simbologia bíblica e antiga, é rica
de significados: o óleo é sinal de abundância e
alegria, purifica (unção depois do banho) e
torna ágil (unção dos atletas e lutadores); é
sinal de cura (amacia contusões e feridas) e dá
beleza, saúde e força.
• O óleo com que se faz a unção no Crisma tem
bálsamo. É um óleo perfumado. A pessoa é
ungida para deixar o cheiro de Cristo. A missão
do cristão é espalhar o bom odor de Cristo. É o
testemunho cristão.
10. A especificidade do
Crisma
• Enquanto o Batismo tem uma dimensão de
entrada na comunidade, o Crisma torna-nos
construtores, proclamadores, testemunhas
e anunciantes da comunidade/Igreja.
Tornamo-nos mártires (= testemunhas).
11. Os dons do Espírito Santo
• Os Sete Dons do Espírito Santo, são
enumerados na Bíblia em Is 11,2: “Sobre ele
repousará o Espírito do Senhor, espírito de
SABEDORIA e de INTELIGÊNCIA (ou
Entendimento), espírito de CONSELHO e de
FORTALEZA, espírito de CIÊNCIA, de
PIEDADE, e de TEMOR DE DEUS”.
• O número 7 no contexto bíblico significa
universalidade, totalidade, perfeição; receber
os 7 dons do Espírito
significa, portanto, receber todos os seus
12.
13. Notas finais:
• A celebração do Crisma não pode ser um facto
isolado na vida eclesial e no caminho pessoal
de fé.
• Tanto como os demais sacramentos, a
confirmação não é "pontual" – Ela abre uma
Fonte para sempre... mas é preciso beber
dela.
• Confirmar os leigos e depois não os colocar
em situação de responsabilidade na Igreja, é
o mesmo que não os ver livres e
responsáveis... é não saber o que se faz...