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Definição 
Pressões Anormais são altas pressões (condições 
hiperbáricas) que ocorre em atividades ou operações sob ar 
comprimido ou em trabalhos submersos (mergulho). 
Classificação 
As Pressões Anormais podem ser divididas em duas 
categorias: Altas Pressões e Baixas Pressões.
Exposição Ocupacional 
◦ As situações de pressões atmosféricas anormais podem 
ocorrer em atividades como as de construção civil, em 
trabalhos em tubulões pressurizados e na atividade de 
mergulho. O trabalho em ambiente pressurizado faz com 
que os gases se dissolvam no sangue e nos tecidos, 
exigindo, após o término da atividade, uma descompressão 
por estágios e em alguns casos extremamente demorados, 
em função da pressão e do tempo de exposição. 
◦ As pressões anormais tem aplicação também na medicina 
através da oxigenoterapia hiperbárica em casos em que os 
tratamentos convencionais não tem se mostrado eficientes.
Efeitos Tóxicos 
◦ A atmosfera contém habitualmente cerca de 20% de 
oxigênio, sendo que o organismo humano está adaptado 
para respirar o oxigênio atmosférico a uma pressão em 
torno de 160mmHg ao nível do mar. A esta pressão, a 
molécula que transporta o oxigênio aos tecidos, a 
hemoglobina, encontra-se praticamente saturada (98%). 
◦ A medida que aumenta a pressão, como a hemoglobina 
está já saturada, uma quantidade significativa de oxigênio 
não é consumida e entra em solução física no plasma 
sanguíneo. Se essa exposição se prolonga pode produzir, a 
longo prazo, uma intoxicação pelo oxigênio.
Efeitos Tóxicos 
◦ Os seres humanos, na superfície terrestre, podem respirar 
100% de oxigênio de forma contínua durante 24-36 horas 
sem nenhum risco. Após esse período, sobrevém a 
intoxicação pelo oxigênio (efeito de Lorrain-Smith). Os 
sintomas de toxicidade pulmonar são principalmente a dor 
no peito (retroesternal) e a tosse seca. A pressões 
superiores a 2 (duas) atmosferas, o oxigênio produz 
toxicidade cerebral, podendo provocar convulsões. A 
susceptibilidade a convulsão varia consideravelmente de 
um indivíduo para outro. A administração de 
anticonvulsivantes pode evitar as convulsões por oxigênio 
mas não reduz a lesão cerebral ou da medula espinhal.
 Trabalho sob condições de Altas Pressões 
◦ O trabalho sob condições de alta pressão só é permitido 
para trabalhadores com mais de 18 (dezoito) e menos de 
45 (quarenta e cinco) anos de idade. 
◦ Antes de cada jornada de trabalho, os trabalhadores 
deverão ser inspecionados pelo médico, sendo que o 
trabalhador não poderá sofrer mais de uma compressão 
num período de 24 horas. 
◦ A duração do período de trabalho sob ar comprimido não 
poderá ser superior a 8 horas, em pressões de trabalho de 
0 a 1,0 kgf/cm², a 6 horas em pressões de trabalho de 1,1 
a 2,5 kgf/cm², e a 4 horas, em pressão de trabalho de 2,6 a 
3,4 kgf/cm².
 Trabalho sob condições de Altas Pressões 
◦ Nenhum trabalhador pode ser exposto à pressão superior a 
3,4 kgf/cm². 
◦ Após a descompressão, os trabalhadores são obrigados a 
permanecer, no mínimo, por duas horas, no local de 
trabalho, cumprindo um período de observação médica. 
Como é possível a ocorrência de necrose óssea, 
especialmente nos ossos longos, é também obrigatória a 
realização de radiografias de articulações da coxa e do 
ombro, por ocasião do exame admissional e 
posteriormente a cada ano.
 Trabalho sob condições de Baixas Pressões 
◦ Nos trabalhos em grandes altitudes, como no caso dos 
aeronautas, a medida que se ganha altura sobre o nível do 
mar a pressão total do ar ambiental e a concentração de 
oxigênio vão diminuindo gradualmente. O efeito é um 
menor aporte de oxigênio aos tecidos do corpo humano 
(hipóxia), sendo que o organismo, em resposta, adota 
medidas compensatórias de adaptação fisiológica 
(“aclimatação”), especialmente o aumento da freqüência 
respiratória. 
◦ A tolerância à altura varia de um indivíduo para outro e, em 
geral, a adaptação deve melhorar após 2 a 3 dias de 
exposição. Todavia, a hipóxia grave pode exercer diversos 
efeitos nocivos para o organismo humano.
 Trabalho sob condições de Baixas Pressões 
◦ O órgão mais sensível à falta de oxigenação é o cérebro e 
os sintomas mais comuns são a irritabilidade, a diminuição 
da capacidade motora e sensitiva, alterações do sono, 
fadiga muscular, hemorragias na retina e, nos casos mais 
graves, edema cerebral e edema agudo do pulmão
 Medidas Preventivas 
◦ Nas atividades ou operações onde trabalhadores possam 
ser expostos a pressões anormais, os limites de tolerância, 
os princípios, as obrigações e controles básicos para a 
proteção do trabalhador, são tratados no Anexo nº 6 da 
NR-15 da Portaria 3214/78 que trata cuidadosamente 
sobre a compressão e descompressão.

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Pressões Anormais e Efeitos na Saúde

  • 1. Definição Pressões Anormais são altas pressões (condições hiperbáricas) que ocorre em atividades ou operações sob ar comprimido ou em trabalhos submersos (mergulho). Classificação As Pressões Anormais podem ser divididas em duas categorias: Altas Pressões e Baixas Pressões.
  • 2. Exposição Ocupacional ◦ As situações de pressões atmosféricas anormais podem ocorrer em atividades como as de construção civil, em trabalhos em tubulões pressurizados e na atividade de mergulho. O trabalho em ambiente pressurizado faz com que os gases se dissolvam no sangue e nos tecidos, exigindo, após o término da atividade, uma descompressão por estágios e em alguns casos extremamente demorados, em função da pressão e do tempo de exposição. ◦ As pressões anormais tem aplicação também na medicina através da oxigenoterapia hiperbárica em casos em que os tratamentos convencionais não tem se mostrado eficientes.
  • 3. Efeitos Tóxicos ◦ A atmosfera contém habitualmente cerca de 20% de oxigênio, sendo que o organismo humano está adaptado para respirar o oxigênio atmosférico a uma pressão em torno de 160mmHg ao nível do mar. A esta pressão, a molécula que transporta o oxigênio aos tecidos, a hemoglobina, encontra-se praticamente saturada (98%). ◦ A medida que aumenta a pressão, como a hemoglobina está já saturada, uma quantidade significativa de oxigênio não é consumida e entra em solução física no plasma sanguíneo. Se essa exposição se prolonga pode produzir, a longo prazo, uma intoxicação pelo oxigênio.
  • 4. Efeitos Tóxicos ◦ Os seres humanos, na superfície terrestre, podem respirar 100% de oxigênio de forma contínua durante 24-36 horas sem nenhum risco. Após esse período, sobrevém a intoxicação pelo oxigênio (efeito de Lorrain-Smith). Os sintomas de toxicidade pulmonar são principalmente a dor no peito (retroesternal) e a tosse seca. A pressões superiores a 2 (duas) atmosferas, o oxigênio produz toxicidade cerebral, podendo provocar convulsões. A susceptibilidade a convulsão varia consideravelmente de um indivíduo para outro. A administração de anticonvulsivantes pode evitar as convulsões por oxigênio mas não reduz a lesão cerebral ou da medula espinhal.
  • 5.  Trabalho sob condições de Altas Pressões ◦ O trabalho sob condições de alta pressão só é permitido para trabalhadores com mais de 18 (dezoito) e menos de 45 (quarenta e cinco) anos de idade. ◦ Antes de cada jornada de trabalho, os trabalhadores deverão ser inspecionados pelo médico, sendo que o trabalhador não poderá sofrer mais de uma compressão num período de 24 horas. ◦ A duração do período de trabalho sob ar comprimido não poderá ser superior a 8 horas, em pressões de trabalho de 0 a 1,0 kgf/cm², a 6 horas em pressões de trabalho de 1,1 a 2,5 kgf/cm², e a 4 horas, em pressão de trabalho de 2,6 a 3,4 kgf/cm².
  • 6.  Trabalho sob condições de Altas Pressões ◦ Nenhum trabalhador pode ser exposto à pressão superior a 3,4 kgf/cm². ◦ Após a descompressão, os trabalhadores são obrigados a permanecer, no mínimo, por duas horas, no local de trabalho, cumprindo um período de observação médica. Como é possível a ocorrência de necrose óssea, especialmente nos ossos longos, é também obrigatória a realização de radiografias de articulações da coxa e do ombro, por ocasião do exame admissional e posteriormente a cada ano.
  • 7.  Trabalho sob condições de Baixas Pressões ◦ Nos trabalhos em grandes altitudes, como no caso dos aeronautas, a medida que se ganha altura sobre o nível do mar a pressão total do ar ambiental e a concentração de oxigênio vão diminuindo gradualmente. O efeito é um menor aporte de oxigênio aos tecidos do corpo humano (hipóxia), sendo que o organismo, em resposta, adota medidas compensatórias de adaptação fisiológica (“aclimatação”), especialmente o aumento da freqüência respiratória. ◦ A tolerância à altura varia de um indivíduo para outro e, em geral, a adaptação deve melhorar após 2 a 3 dias de exposição. Todavia, a hipóxia grave pode exercer diversos efeitos nocivos para o organismo humano.
  • 8.  Trabalho sob condições de Baixas Pressões ◦ O órgão mais sensível à falta de oxigenação é o cérebro e os sintomas mais comuns são a irritabilidade, a diminuição da capacidade motora e sensitiva, alterações do sono, fadiga muscular, hemorragias na retina e, nos casos mais graves, edema cerebral e edema agudo do pulmão
  • 9.  Medidas Preventivas ◦ Nas atividades ou operações onde trabalhadores possam ser expostos a pressões anormais, os limites de tolerância, os princípios, as obrigações e controles básicos para a proteção do trabalhador, são tratados no Anexo nº 6 da NR-15 da Portaria 3214/78 que trata cuidadosamente sobre a compressão e descompressão.