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ELABORAÇÃO DE VÍDEOS DIDÁTICOS COMO UMA FERRAMENTA NO
ENSINO-APRENDIZAGEM DE QUÍMICA1
BRASIL, Robledo de Moraes3
; DALLA LANA, Regis2
; LIMA, Roberta
Medianeira dosSantos2
; PAGNONCELLI, Claudia2
; SANTOS, Maria Elena
Silva2
; SILVA, Aline Marques da4
, SOLNER, Tiago Barbosa2
.
1
Trabalho de Pesquisa _UNIFRA
2
Acadêmicos do Curso de Química do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa
Maria, RS, Brasil
3
Professor Supervisor do Subprojeto PIBID/QUÍMICA da Escola Estadual de Ensino Médio Dr.
Walter Jobim, Santa Maria, RS, Brasil
4
Professor Coordenador do Subprojeto PIBID/QUÍMICA do Centro Universitário Franciscano
(UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil
E-mail: robertalimas765@gmail.com
RESUMO
Este trabalho teve como objetivo facilitar a compreensão por parte dos alunos, no que
se refere aos conteúdos de química abordados no ensino médio, utilizando o recurso
audiovisual produzido pelo nosso grupo de trabalho e inserido no canal do Youtube,
considerado o maior site de compartilhamento de vídeos do mundo. Os vídeos foram
disponibilisados através de upload permitindo o compartilhamento dos mesmos em formato
digital.
O recurso audiovisual de modo geral pode ser uma excelente ferramenta para o ensino
de química. O caráter motivador e investigativo faz com que o aluno levante questões e busque
as respostas para as mesmas de um modo interativo e dinâmico, provocando discussões em
sala de aula e aumentando dessa forma a interação entre professor-aluno. Essa atividade
contribui de maneira significativa na assimilação e fixação do conteúdo abordado no ensino
médio, possibilitando desta forma, a construção dos conhecimentos químicos.
Palavras-chave: Vídeo didático; Experimentação; Ensino de Química; Aprendizagem.
1. INTRODUÇÃO
Segundo Ferrés (1996), um bom vídeo pode servir para introduzir um novo
assunto, para despertar a curiosidade, a motivação para novos temas. Isso facilita o
desejo de pesquisa nos alunos, para aprofundar o assunto do vídeo e do conteúdo
programático.
A vídeo aula, que é uma modalidade de exposição de conteúdos de forma
sistematizada, merece uma atenção especial. O vídeo também pode simular ex-
periências na tentativa de incluir atividades experimentais no currículo escolar durante
as aulas de química fica por conta dos professores que não veem empecilhos para a
realização das mesmas, seja pela falta de infraestrutura na instituição de ensino em
que trabalham ou até mesmo por ausência de tempo. São esses profissionais que
realmente querem fazer a diferença na construção do conhecimento com seus alunos,
dando enfoque na experimentação no decorrer das aulas de química no ensino médio.
A utilização de meios alternativos para as aulas de química pelos docentes,
principalmente no ensino médio nos traz uma nova forma de cativar os alunos, e abrir
caminhos para a construção de conhecimentos em química. Conhecimentos que, na
maioria das vezes são formulados de forma errônea por falta de atenção ou de
interesse a respeito do assunto. As diferentes formas de abordar os conteúdos
dependem muito da criatividade do professor, que deve saber o momento certo de
como aplicar uma atividade diferenciada em sala de aula.
Muitas vezes, o estudante torna-se simplesmente um ouvinte das propostas do
professor, o que pode prejudicar o desenvolvimento das habilidades desse aluno. E
para que isso não ocorra é importante lembrar que os professores necessitam de uma
proposta animadora e interessante para aplicação em sala de aula. Foi aí que então,
elaborou-se um meio para motivar os alunos a confeccionar um recurso audiovisual
que ilustrasse experimentos com objetivo de relacionar os conteúdos dos três níveis
do ensino médio, para facilitar a compreensão dos mesmos.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O vídeo tem sido utilizado em contextos educativos de diversas formas: para
motivação; ilustração de conceitos ou experiências; como simulações realistas de
processos não observáveis na realidade ou difíceis de descrever verbalmente; como
veículo principal da informação, por exemplo, através de documentários ou
apresentando professores conceituados; ou ainda como uma ferramenta para apoiar
experiências em processos de aprendizagem (CORREIA, 2004).
Deve estar claro, nesse ponto, que um vídeo educacional não consegue – nem
pretende! – esgotar ou aprofundar um tema. Como afirma Ligia Girão (2005), um vídeo
educativo “é uma peça ‘viva’, mesmo confinada entre as linhas da imagem eletrônica”.
A experimentação no ensino de química tem papel importante tanto para
alunos, quanto para os professores. É algo que desperta nos estudantes interesse e
curiosidade como afirma (PALOSCHI, 1998) “com experimentos desse tipo é possível
despertar o interesse e a motivação para a análise crítica dos resultados,
compensando dificuldades frequentemente citadas pelos alunos em relação ao
aprendizado de química e reforçando conceitos importantes”.
O ensino de química através da realização de experimentos é muitas vezes
rejeitada e não muito frequente durante as aulas (GOULART, 1995).
Um recurso digital é capaz de assegurar uma transmissão eficaz dos
conhecimentos escolares, porém os professores devem agir de maneira dinâmica,
para aula não se tornar cansativa para os alunos.
Atualmente, o ensino de Química, nas escolas segue o ritmo acelerado da
aprendizagem teórica, sem ligação com o cotidiano dos alunos e comunidade. Por
isso, Goulart diz que “muitas vezes se torna difícil à compreensão dos conteúdos por
parte do aluno e a disciplina acaba sendo vista como um amontoado de teorias sem
sentido prático”.
A partir disso, visando à qualidade nas aulas de químicas buscou-se a
elaboração de vídeos didáticos, demonstrando experimentalmente a teoria abordada
em sala de aula.
3. METODOLOGIA
A produção de vídeos de demonstrações experimentais curtas com recursos
simples pode ser usada como ferramenta autodidata que auxilia tanto em ambiente
escolar como qualquer outro ambiente que disponha de recurso digital.
Foram produzidos cinco vídeos com uma câmera digital mini DV SAMSUNG
(modelo SC-D371), no qual destacamos dois para demonstração. Um intitulado,
Chuva de Ouro, como mostra a figura 1 e o outro vídeo intitulado Como preparar uma
lâmpada de lava caseira, como mostra a figura 2. Ambos apresentam características
comuns à maioria dos vídeos didáticos com legendas contendo explicações do
experimento.
Figura 1 – Chuva de Ouro.
Figura 2 - Como preparar uma Lâmpada de Lava caseira.
Os vídeos foram editados utilizando o programa Pinnacle Studio 14 Ultimate e
estão disponibilizados no site gratuito de compartilhamento de vídeos
www.youtube.com.
Cada demonstração está relacionada a um conceito básico, e apresenta
elementos como materiais utilizados, título, fenômeno a ser observado e explicação do
experimento apresentado. A demonstração pretende fazer com que o aluno seja
envolvido a uma estratégia, como mostra a figura 3.
.
Figura 3 - Esquema da estratégia para envolver o aluno.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
As linguagens da TV e do vídeo respondem à sensibilidade dos jovens e da
grande maioria da população adulta. São dinâmicas, dirigem-se antes à afetividade do
que à razão. O jovem lê o que pode visualizar, precisa ver para compreender. Toda a
sua fala é mais sensorial-visual do que racional e abstrata. Lê, vendo (MORAN, 1995).
Como qualquer outro elemento que vai interagir no processo de aprendizagem,
deve ser cuidadosamente selecionado e compatível como conteúdo trabalhado. O uso
do vídeo na escola pode trazer um impacto muito maior do que de um livro ou de uma
aula expositiva. O aproveitamento de um vídeo pedagógico vai depender do tipo de
leitura que dele se deseja fazer (VIEIRA, 2010).
A linguagem audiovisual desenvolve múltiplas atitudes perceptivas: solicita
constantemente a imaginação e reinveste a afetividade com um papel de mediação
primordial no mundo, enquanto que a linguagem escrita desenvolve mais o rigor, a
organização, a abstração e a análise lógica (MORAN, 1995).
Com base nesses estudos foram produzidos recursos áudio visuais que se
encontram disponíveis no canal do YouTube
http://www.youtube.com/user/pibidunifra?feature=watch.
5. CONCLUSÃO
De acordo com o que foi descrito, a produção de recursos audiovisuais serve
como complemento no ensino de química, mesmo as situações mais abstratas e
desprovidas de imagens podem ser apresentadas por meio de algum tipo de estrutura
audiovisual. Isso porque a realização dessa atividade traz benefícios tanto para o
professor, quanto para o aluno. Pôde-se observar que a dificuldade que os alunos têm
em compreender conteúdos de química pode ser minimizada por meio das atividades
experimentais, não sendo possível realizar tal experimento, pela falta de infraestrutura
adequada para a prática laboratorial presente em muitas escolas, pode-se usar esse
recurso para demonstrar determinado conteúdo.
Além disso, quando o educador desenvolve algum tipo de prática que fuja do
convencional desperta ainda mais a curiosidade dos alunos, com isso os mesmos
consequentemente realizarão mais questionamentos com o propósito de sanar suas
dúvidas, buscando informações através da Internet. Essa metodologia torna a
aprendizagem mais significativa e, portanto, duradoura.
REFERÊNCIAS
CORREIA, Nuno; CHAMBEL, Teresa. Integração Multimídia em Meios e Ambientes
Aumentados nos Contextos Educativos e Culturais. Arte e Ciência n. 2. Maio de 2004.
Disponível em: http://www.multiciencia.rei.unicamp.br/artigos_02/a_02_.pdf Acesso em: 29 de
julho 2011.
FERRÉS, J. Vídeo e Educação. 2
a
ed. Trad. J. A. Lorens. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
GIRÃO, L.C. Processos de produção em vídeos educativos. In: Integração das tecnologias na
educação. SEED. Brasília: MEC. 2005.
GOULART, I. B. A educação na perspectiva construtivista. Petrópolis: Editora Vozes, 1995.
MORAN, José Manuel. O vídeo na sala de aula. Artigo publicado na revista Comunicação &
Educação. São Paulo, ECA-Ed. Moderna, [2]: 27 a 35, jan./abr. de 1995. Disponível em:
http://www.eca.usp.br/prof/moran/vidsal.htm#apresentação. Acesso em: 29 de julho de 2011.
PALOSCHI, R; ZENI, M.; RIVEROS, R. Cromatografia em giz no ensino de química: didática e
economia. Química Nova na Escola, n.7, p.35-36, 1998.
VIEIRA, Marlene Barbosa; MARCELINO JÚNIOR, Cristiano de Almeida Cardoso. A seleção de
vídeos didáticos para o ensino de química: O caso da eletroquímica. In: JORNADA DE
ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX, X, 2010, Recife, UFRPE: 18 a 22 de outubro.

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  • 1. ELABORAÇÃO DE VÍDEOS DIDÁTICOS COMO UMA FERRAMENTA NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE QUÍMICA1 BRASIL, Robledo de Moraes3 ; DALLA LANA, Regis2 ; LIMA, Roberta Medianeira dosSantos2 ; PAGNONCELLI, Claudia2 ; SANTOS, Maria Elena Silva2 ; SILVA, Aline Marques da4 , SOLNER, Tiago Barbosa2 . 1 Trabalho de Pesquisa _UNIFRA 2 Acadêmicos do Curso de Química do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil 3 Professor Supervisor do Subprojeto PIBID/QUÍMICA da Escola Estadual de Ensino Médio Dr. Walter Jobim, Santa Maria, RS, Brasil 4 Professor Coordenador do Subprojeto PIBID/QUÍMICA do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil E-mail: robertalimas765@gmail.com RESUMO Este trabalho teve como objetivo facilitar a compreensão por parte dos alunos, no que se refere aos conteúdos de química abordados no ensino médio, utilizando o recurso audiovisual produzido pelo nosso grupo de trabalho e inserido no canal do Youtube, considerado o maior site de compartilhamento de vídeos do mundo. Os vídeos foram disponibilisados através de upload permitindo o compartilhamento dos mesmos em formato digital. O recurso audiovisual de modo geral pode ser uma excelente ferramenta para o ensino de química. O caráter motivador e investigativo faz com que o aluno levante questões e busque as respostas para as mesmas de um modo interativo e dinâmico, provocando discussões em sala de aula e aumentando dessa forma a interação entre professor-aluno. Essa atividade contribui de maneira significativa na assimilação e fixação do conteúdo abordado no ensino médio, possibilitando desta forma, a construção dos conhecimentos químicos. Palavras-chave: Vídeo didático; Experimentação; Ensino de Química; Aprendizagem. 1. INTRODUÇÃO Segundo Ferrés (1996), um bom vídeo pode servir para introduzir um novo assunto, para despertar a curiosidade, a motivação para novos temas. Isso facilita o desejo de pesquisa nos alunos, para aprofundar o assunto do vídeo e do conteúdo programático. A vídeo aula, que é uma modalidade de exposição de conteúdos de forma sistematizada, merece uma atenção especial. O vídeo também pode simular ex- periências na tentativa de incluir atividades experimentais no currículo escolar durante
  • 2. as aulas de química fica por conta dos professores que não veem empecilhos para a realização das mesmas, seja pela falta de infraestrutura na instituição de ensino em que trabalham ou até mesmo por ausência de tempo. São esses profissionais que realmente querem fazer a diferença na construção do conhecimento com seus alunos, dando enfoque na experimentação no decorrer das aulas de química no ensino médio. A utilização de meios alternativos para as aulas de química pelos docentes, principalmente no ensino médio nos traz uma nova forma de cativar os alunos, e abrir caminhos para a construção de conhecimentos em química. Conhecimentos que, na maioria das vezes são formulados de forma errônea por falta de atenção ou de interesse a respeito do assunto. As diferentes formas de abordar os conteúdos dependem muito da criatividade do professor, que deve saber o momento certo de como aplicar uma atividade diferenciada em sala de aula. Muitas vezes, o estudante torna-se simplesmente um ouvinte das propostas do professor, o que pode prejudicar o desenvolvimento das habilidades desse aluno. E para que isso não ocorra é importante lembrar que os professores necessitam de uma proposta animadora e interessante para aplicação em sala de aula. Foi aí que então, elaborou-se um meio para motivar os alunos a confeccionar um recurso audiovisual que ilustrasse experimentos com objetivo de relacionar os conteúdos dos três níveis do ensino médio, para facilitar a compreensão dos mesmos. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O vídeo tem sido utilizado em contextos educativos de diversas formas: para motivação; ilustração de conceitos ou experiências; como simulações realistas de processos não observáveis na realidade ou difíceis de descrever verbalmente; como veículo principal da informação, por exemplo, através de documentários ou apresentando professores conceituados; ou ainda como uma ferramenta para apoiar experiências em processos de aprendizagem (CORREIA, 2004). Deve estar claro, nesse ponto, que um vídeo educacional não consegue – nem pretende! – esgotar ou aprofundar um tema. Como afirma Ligia Girão (2005), um vídeo educativo “é uma peça ‘viva’, mesmo confinada entre as linhas da imagem eletrônica”. A experimentação no ensino de química tem papel importante tanto para alunos, quanto para os professores. É algo que desperta nos estudantes interesse e curiosidade como afirma (PALOSCHI, 1998) “com experimentos desse tipo é possível despertar o interesse e a motivação para a análise crítica dos resultados, compensando dificuldades frequentemente citadas pelos alunos em relação ao aprendizado de química e reforçando conceitos importantes”.
  • 3. O ensino de química através da realização de experimentos é muitas vezes rejeitada e não muito frequente durante as aulas (GOULART, 1995). Um recurso digital é capaz de assegurar uma transmissão eficaz dos conhecimentos escolares, porém os professores devem agir de maneira dinâmica, para aula não se tornar cansativa para os alunos. Atualmente, o ensino de Química, nas escolas segue o ritmo acelerado da aprendizagem teórica, sem ligação com o cotidiano dos alunos e comunidade. Por isso, Goulart diz que “muitas vezes se torna difícil à compreensão dos conteúdos por parte do aluno e a disciplina acaba sendo vista como um amontoado de teorias sem sentido prático”. A partir disso, visando à qualidade nas aulas de químicas buscou-se a elaboração de vídeos didáticos, demonstrando experimentalmente a teoria abordada em sala de aula. 3. METODOLOGIA A produção de vídeos de demonstrações experimentais curtas com recursos simples pode ser usada como ferramenta autodidata que auxilia tanto em ambiente escolar como qualquer outro ambiente que disponha de recurso digital. Foram produzidos cinco vídeos com uma câmera digital mini DV SAMSUNG (modelo SC-D371), no qual destacamos dois para demonstração. Um intitulado, Chuva de Ouro, como mostra a figura 1 e o outro vídeo intitulado Como preparar uma lâmpada de lava caseira, como mostra a figura 2. Ambos apresentam características comuns à maioria dos vídeos didáticos com legendas contendo explicações do experimento. Figura 1 – Chuva de Ouro.
  • 4. Figura 2 - Como preparar uma Lâmpada de Lava caseira. Os vídeos foram editados utilizando o programa Pinnacle Studio 14 Ultimate e estão disponibilizados no site gratuito de compartilhamento de vídeos www.youtube.com. Cada demonstração está relacionada a um conceito básico, e apresenta elementos como materiais utilizados, título, fenômeno a ser observado e explicação do experimento apresentado. A demonstração pretende fazer com que o aluno seja envolvido a uma estratégia, como mostra a figura 3. . Figura 3 - Esquema da estratégia para envolver o aluno.
  • 5. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES As linguagens da TV e do vídeo respondem à sensibilidade dos jovens e da grande maioria da população adulta. São dinâmicas, dirigem-se antes à afetividade do que à razão. O jovem lê o que pode visualizar, precisa ver para compreender. Toda a sua fala é mais sensorial-visual do que racional e abstrata. Lê, vendo (MORAN, 1995). Como qualquer outro elemento que vai interagir no processo de aprendizagem, deve ser cuidadosamente selecionado e compatível como conteúdo trabalhado. O uso do vídeo na escola pode trazer um impacto muito maior do que de um livro ou de uma aula expositiva. O aproveitamento de um vídeo pedagógico vai depender do tipo de leitura que dele se deseja fazer (VIEIRA, 2010). A linguagem audiovisual desenvolve múltiplas atitudes perceptivas: solicita constantemente a imaginação e reinveste a afetividade com um papel de mediação primordial no mundo, enquanto que a linguagem escrita desenvolve mais o rigor, a organização, a abstração e a análise lógica (MORAN, 1995). Com base nesses estudos foram produzidos recursos áudio visuais que se encontram disponíveis no canal do YouTube http://www.youtube.com/user/pibidunifra?feature=watch. 5. CONCLUSÃO De acordo com o que foi descrito, a produção de recursos audiovisuais serve como complemento no ensino de química, mesmo as situações mais abstratas e desprovidas de imagens podem ser apresentadas por meio de algum tipo de estrutura audiovisual. Isso porque a realização dessa atividade traz benefícios tanto para o professor, quanto para o aluno. Pôde-se observar que a dificuldade que os alunos têm em compreender conteúdos de química pode ser minimizada por meio das atividades experimentais, não sendo possível realizar tal experimento, pela falta de infraestrutura adequada para a prática laboratorial presente em muitas escolas, pode-se usar esse recurso para demonstrar determinado conteúdo. Além disso, quando o educador desenvolve algum tipo de prática que fuja do convencional desperta ainda mais a curiosidade dos alunos, com isso os mesmos consequentemente realizarão mais questionamentos com o propósito de sanar suas dúvidas, buscando informações através da Internet. Essa metodologia torna a aprendizagem mais significativa e, portanto, duradoura.
  • 6. REFERÊNCIAS CORREIA, Nuno; CHAMBEL, Teresa. Integração Multimídia em Meios e Ambientes Aumentados nos Contextos Educativos e Culturais. Arte e Ciência n. 2. Maio de 2004. Disponível em: http://www.multiciencia.rei.unicamp.br/artigos_02/a_02_.pdf Acesso em: 29 de julho 2011. FERRÉS, J. Vídeo e Educação. 2 a ed. Trad. J. A. Lorens. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996. GIRÃO, L.C. Processos de produção em vídeos educativos. In: Integração das tecnologias na educação. SEED. Brasília: MEC. 2005. GOULART, I. B. A educação na perspectiva construtivista. Petrópolis: Editora Vozes, 1995. MORAN, José Manuel. O vídeo na sala de aula. Artigo publicado na revista Comunicação & Educação. São Paulo, ECA-Ed. Moderna, [2]: 27 a 35, jan./abr. de 1995. Disponível em: http://www.eca.usp.br/prof/moran/vidsal.htm#apresentação. Acesso em: 29 de julho de 2011. PALOSCHI, R; ZENI, M.; RIVEROS, R. Cromatografia em giz no ensino de química: didática e economia. Química Nova na Escola, n.7, p.35-36, 1998. VIEIRA, Marlene Barbosa; MARCELINO JÚNIOR, Cristiano de Almeida Cardoso. A seleção de vídeos didáticos para o ensino de química: O caso da eletroquímica. In: JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX, X, 2010, Recife, UFRPE: 18 a 22 de outubro.