SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  5
Télécharger pour lire hors ligne
Colégio Estadual Visconde De Bom Retiro
Componente Curricular: Filosofia
Professor: Alexandre Misturini
FRIEDRICH NIETZSCHE
Bárbara Trevisan Casagrande
Gabriele Bordignon Primieri
Turma: 35 TP
Bento Gonçalves, abril de 2015.
Friedrich Nietzsche
Nasceu na Alemanha e estudou grego, latim, filosofia e teologia. Ainda jovem,
começou a sentir os sintomas de uma doença que o levaria gradativamente à
deterioração física, perda da consciência, bem como crises de loucura no final da
vida.
Em suas obras, Nietzsche fez uso de uma escrita aforística, que baseava-se em
frases curtas e pensamentos que exprimiam suas ideias pautadas na crítica à
religião, à moral, às artes e à ciência. Um desses aforismos pode ser percebido
abaixo:
“Como? É o homem apenas um erro de Deus? Ou é Deus unicamente um erro
do homem? Quem “criou” quem? ou seria como se “criou”?”
Nietzsche foi influenciado por Schopenhauer. Dentre as concepções que
marcaram a filosofia desse pensador pode-se destacar a crítica à Hegel, baseada na
sua ideia que concebia a realidade como sendo algo dinâmico e seu
desenvolvimento sempre culminaria em algo melhor. Entretanto, essa ideia foi
contestada por muitos filósofos porque poderia ser aplicada a fatos históricos, como
o Nazismo, que seria interpretado como sendo algo necessário para o
desenvolvimento de uma sociedade, nesse caso alemã.
Para este filósofo, o mundo era uma representação dependendo do sujeito para
existir. Por isso, o que nós observamos poderia ser uma ilusão. Além disso, ele
defendia que o conhecimento verdadeiro só pode ser atingido pela iluminação que a
arte proporciona.
Além disso, Schopenhauer acreditava que a essência do mundo seria a vontade
que estava presente em tudo, podendo der interpretada como o impulso dos desejos
que deveriam ser saciados para não provocar sofrimentos. No entanto, se todos os
desejos fossem satisfeitos causaria tédio; dessa forma a vida oscilaria entre o tédio
e o sofrimento. Também poderia ocorrer um choque de interesses entre a vontade
de duas ou mais pessoas culminado em uma disputa de ideais, como foi dissertado
por Karl Marx na luta de classes.
Nietzsche entendia a felicidade como um sentimento pleno, discordando do
pessimismo de Schopenhauer e passa a criticá-lo. Porém, suas ideias filosóficas
ainda tinham a influência de Schopenhauer, como na vontade de potência, usada
por Nietzsche para explicar o mundo e a vida.
Tal conceito sofreu distintas interpretações ao longo da história, como no
nazismo que justificava sua vontade de potência através de uma tese biológica,
alegando que a raça alemã era superior as demais.
Nietzsche também criticou Sócrates acusando-o de ter negado a instituição
criadora da filosofia anterior, a pré-socrática. A partir disso, ele distinguiu dois
princípios: o apolíneo (derivado do deus grego Apolo) e dionisíaco (derivado do deus
grego Dionísio).
Para esse filósofo, esses dois princípios complementares da realidade foram
separados por Sócrates optando pelo culto da razão e acabando com a filosofia
criadora (dionisíaca). Além disso, ele não concordava com a separação do sensível
e do inteligível (ocorrida na Grécia Antiga durante o período clássico) acreditando
que o mundo seria turbulências, misturas e complexidades.
Outro ideal formado por Nietzsche concretizou-se através da crítica aos valores
morais, criando em contraponto a genealogia da moral. Seguindo essa linha de
pensamento, ele afirma que o bem e o mal não são concepções absolutas e sim
concepções morais criadas pelos seres humanos e seus interesses.
O bem e o mal foram originados com o judaísmo e o cristianismo definindo-os
como “vontade de Deus” e impondo um sentimento de culpa e pecado. Assim, as
pessoas tornaram-se seres tímidos, medíocres e submissos. Por isso, Nietzsche
denunciava a “moral do rebanho”-submissão das pessoas aos valores morais
dominantes na civilização cristã e burguesa.
Portanto, para esse filósofo, se as pessoas compreenderem que os valores são
apenas construção humanas e não valores absolutos, deverão refletir sobre os
mesmos e construir seus próprios ideais.
Além disso, Nietzsche afirma que quando o cristianismo deixou de ser a única
verdade, tornando-se apenas uma possível interpretação do mundo, a civilização
ocidental também decaiu. Tal decadência passou a ser chamada de Niilismo, que
baseia-se no sentimento difuso e opressivo dessa crise cultural.
Esse filósofo contata também que o niilismo moderno consiste na “morte de
Deus”, desencadeada por nós mesmos ao excluirmos os valores cristãos da
sociedade. Por isso, Nietzsche defende que cada pessoa deveria cultuar valores que
negavam o conformismo e a submissão, combatendo o sentimento niilístico.
Friedrich nietzsche 35 tp

Contenu connexe

Tendances

Friedrich nietzsche
Friedrich nietzscheFriedrich nietzsche
Friedrich nietzsche
Kelly Maria
 
Genealogia da moral nietzsche
Genealogia da moral  nietzscheGenealogia da moral  nietzsche
Genealogia da moral nietzsche
masalas
 
Nietzsche e sua filosofia a golpes de martelo
Nietzsche e sua filosofia a golpes de marteloNietzsche e sua filosofia a golpes de martelo
Nietzsche e sua filosofia a golpes de martelo
Paloma Meneses
 

Tendances (20)

Nietzsche 1 (livro filosofando)
Nietzsche 1 (livro filosofando)Nietzsche 1 (livro filosofando)
Nietzsche 1 (livro filosofando)
 
Friedrich nietzsche
Friedrich  nietzscheFriedrich  nietzsche
Friedrich nietzsche
 
Friedrich nietzsche
Friedrich nietzscheFriedrich nietzsche
Friedrich nietzsche
 
Friedrich nietzsche
Friedrich  nietzscheFriedrich  nietzsche
Friedrich nietzsche
 
Nietzsche e o existencialismo
Nietzsche e o existencialismoNietzsche e o existencialismo
Nietzsche e o existencialismo
 
Genealogia da moral nietzsche
Genealogia da moral  nietzscheGenealogia da moral  nietzsche
Genealogia da moral nietzsche
 
Nietzsche
NietzscheNietzsche
Nietzsche
 
Nietzsche - tragédia e existência
Nietzsche - tragédia e existênciaNietzsche - tragédia e existência
Nietzsche - tragédia e existência
 
Nietzsche
NietzscheNietzsche
Nietzsche
 
Nietzsche e a Genealogia da Moral
Nietzsche e a Genealogia da MoralNietzsche e a Genealogia da Moral
Nietzsche e a Genealogia da Moral
 
6 nietzsche e a virada linguistica
6   nietzsche e a virada linguistica6   nietzsche e a virada linguistica
6 nietzsche e a virada linguistica
 
Nietzsche e sua filosofia a golpes de martelo
Nietzsche e sua filosofia a golpes de marteloNietzsche e sua filosofia a golpes de martelo
Nietzsche e sua filosofia a golpes de martelo
 
A crítica ao cristianismo em nietzsche
A crítica ao cristianismo em nietzscheA crítica ao cristianismo em nietzsche
A crítica ao cristianismo em nietzsche
 
Nietzsche
NietzscheNietzsche
Nietzsche
 
Nietzsche e a transmutacao de valores
Nietzsche e a transmutacao de valoresNietzsche e a transmutacao de valores
Nietzsche e a transmutacao de valores
 
Nietzsche e a história
Nietzsche e a históriaNietzsche e a história
Nietzsche e a história
 
Friedrich nietzsche
Friedrich nietzscheFriedrich nietzsche
Friedrich nietzsche
 
Nietzsche 1 2
Nietzsche 1 2Nietzsche 1 2
Nietzsche 1 2
 
Nietzsche e Foucault
Nietzsche e FoucaultNietzsche e Foucault
Nietzsche e Foucault
 
Friedrich nietzsche
Friedrich  nietzscheFriedrich  nietzsche
Friedrich nietzsche
 

En vedette (20)

Apriorismo kantiano 1 23 mp
Apriorismo kantiano 1 23 mpApriorismo kantiano 1 23 mp
Apriorismo kantiano 1 23 mp
 
Empirismo 23 mp
Empirismo 23 mpEmpirismo 23 mp
Empirismo 23 mp
 
Texto para o prefessor sobre o capitalismo 35 tp
Texto para o prefessor sobre o capitalismo 35 tpTexto para o prefessor sobre o capitalismo 35 tp
Texto para o prefessor sobre o capitalismo 35 tp
 
Felicidade novo 11 mp
Felicidade novo 11 mpFelicidade novo 11 mp
Felicidade novo 11 mp
 
Trabalho de filosofia 11
Trabalho de filosofia 11Trabalho de filosofia 11
Trabalho de filosofia 11
 
Racionalismow 21 mp
Racionalismow 21 mpRacionalismow 21 mp
Racionalismow 21 mp
 
Racionalismo 22 mp
Racionalismo 22 mpRacionalismo 22 mp
Racionalismo 22 mp
 
Dogmatismo 23 mp
Dogmatismo 23 mpDogmatismo 23 mp
Dogmatismo 23 mp
 
Felicidade 11 mp 111
Felicidade 11 mp 111Felicidade 11 mp 111
Felicidade 11 mp 111
 
Sensação, percepção e razão
Sensação, percepção e razãoSensação, percepção e razão
Sensação, percepção e razão
 
Meu prezi 35 tp
Meu prezi 35 tpMeu prezi 35 tp
Meu prezi 35 tp
 
Filosofia positivismo 33 mp
Filosofia  positivismo 33 mpFilosofia  positivismo 33 mp
Filosofia positivismo 33 mp
 
Gnosiologia 21 mp
Gnosiologia 21 mpGnosiologia 21 mp
Gnosiologia 21 mp
 
12 mp 222
12 mp 22212 mp 222
12 mp 222
 
Felicidade 13
Felicidade 13Felicidade 13
Felicidade 13
 
O que é felicidade
O que é felicidadeO que é felicidade
O que é felicidade
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismo
 
Romantismo e positivismo 35 tp
Romantismo e positivismo 35 tpRomantismo e positivismo 35 tp
Romantismo e positivismo 35 tp
 
Gnosiologia 22 mp
Gnosiologia 22 mpGnosiologia 22 mp
Gnosiologia 22 mp
 
Ceticismo 22 julia
Ceticismo 22 juliaCeticismo 22 julia
Ceticismo 22 julia
 

Similaire à Friedrich nietzsche 35 tp

Asp 2015 cfo i - filosofia - trabalho - 20140606 - filosofia pós-moderna
Asp 2015   cfo i - filosofia - trabalho - 20140606 - filosofia pós-modernaAsp 2015   cfo i - filosofia - trabalho - 20140606 - filosofia pós-moderna
Asp 2015 cfo i - filosofia - trabalho - 20140606 - filosofia pós-moderna
Vagner Gavioli
 
Resumo da genealogia da moral de Nietzsche -mail sergio.cavalcante.942@faceb...
Resumo da genealogia da moral de Nietzsche -mail	 sergio.cavalcante.942@faceb...Resumo da genealogia da moral de Nietzsche -mail	 sergio.cavalcante.942@faceb...
Resumo da genealogia da moral de Nietzsche -mail sergio.cavalcante.942@faceb...
Sergio cavalcante silva
 
“Psicologia, uma (nova) introdução” resumo
“Psicologia, uma (nova) introdução”   resumo“Psicologia, uma (nova) introdução”   resumo
“Psicologia, uma (nova) introdução” resumo
Nicolas Pelicioni
 
Complemento 2 - 3º ano - Sociologia
Complemento 2 - 3º ano - SociologiaComplemento 2 - 3º ano - Sociologia
Complemento 2 - 3º ano - Sociologia
Isadora Salvari
 
Racionalismo alessandra 21 mp
Racionalismo alessandra 21 mpRacionalismo alessandra 21 mp
Racionalismo alessandra 21 mp
alemisturini
 
Filosofia - do Idealismo Alemão a Marx
Filosofia - do Idealismo Alemão a MarxFilosofia - do Idealismo Alemão a Marx
Filosofia - do Idealismo Alemão a Marx
Rodrigo Moysés
 
éTica Aula005
éTica Aula005éTica Aula005
éTica Aula005
Luiz
 
Introducao a exegese_e_hermeneutica_-_filosofias_e_heresias_do_novo_testamento
Introducao a exegese_e_hermeneutica_-_filosofias_e_heresias_do_novo_testamentoIntroducao a exegese_e_hermeneutica_-_filosofias_e_heresias_do_novo_testamento
Introducao a exegese_e_hermeneutica_-_filosofias_e_heresias_do_novo_testamento
jeconiaseandreia
 

Similaire à Friedrich nietzsche 35 tp (20)

Asp 2015 cfo i - filosofia - trabalho - 20140606 - filosofia pós-moderna
Asp 2015   cfo i - filosofia - trabalho - 20140606 - filosofia pós-modernaAsp 2015   cfo i - filosofia - trabalho - 20140606 - filosofia pós-moderna
Asp 2015 cfo i - filosofia - trabalho - 20140606 - filosofia pós-moderna
 
Resumo da genealogia da moral de Nietzsche -mail sergio.cavalcante.942@faceb...
Resumo da genealogia da moral de Nietzsche -mail	 sergio.cavalcante.942@faceb...Resumo da genealogia da moral de Nietzsche -mail	 sergio.cavalcante.942@faceb...
Resumo da genealogia da moral de Nietzsche -mail sergio.cavalcante.942@faceb...
 
Nietzsche - alguns conceitos
Nietzsche - alguns conceitosNietzsche - alguns conceitos
Nietzsche - alguns conceitos
 
Filosofia
FilosofiaFilosofia
Filosofia
 
Aula de Filosofia - Filosofia Contemporânea
Aula de Filosofia - Filosofia ContemporâneaAula de Filosofia - Filosofia Contemporânea
Aula de Filosofia - Filosofia Contemporânea
 
Quando nietzsche-chorou
Quando nietzsche-chorouQuando nietzsche-chorou
Quando nietzsche-chorou
 
Ideologia e adorno
Ideologia e adornoIdeologia e adorno
Ideologia e adorno
 
Nietzsche, vida e principais ideias
Nietzsche, vida e principais ideiasNietzsche, vida e principais ideias
Nietzsche, vida e principais ideias
 
Homo religiosus
Homo religiosusHomo religiosus
Homo religiosus
 
Filosofia Contemporânea.ppt
Filosofia Contemporânea.pptFilosofia Contemporânea.ppt
Filosofia Contemporânea.ppt
 
Apresentação (14).pdf
Apresentação (14).pdfApresentação (14).pdf
Apresentação (14).pdf
 
Liberalismo Teológico
Liberalismo TeológicoLiberalismo Teológico
Liberalismo Teológico
 
“Psicologia, uma (nova) introdução” resumo
“Psicologia, uma (nova) introdução”   resumo“Psicologia, uma (nova) introdução”   resumo
“Psicologia, uma (nova) introdução” resumo
 
6 Descrença no positivismo e novas conceções científicas
6   Descrença no positivismo e novas conceções científicas6   Descrença no positivismo e novas conceções científicas
6 Descrença no positivismo e novas conceções científicas
 
Complemento 2 - 3º ano - Sociologia
Complemento 2 - 3º ano - SociologiaComplemento 2 - 3º ano - Sociologia
Complemento 2 - 3º ano - Sociologia
 
Racionalismo alessandra 21 mp
Racionalismo alessandra 21 mpRacionalismo alessandra 21 mp
Racionalismo alessandra 21 mp
 
Alguns dos primeiros Filosófos da História.docx
Alguns dos primeiros Filosófos da História.docxAlguns dos primeiros Filosófos da História.docx
Alguns dos primeiros Filosófos da História.docx
 
Filosofia - do Idealismo Alemão a Marx
Filosofia - do Idealismo Alemão a MarxFilosofia - do Idealismo Alemão a Marx
Filosofia - do Idealismo Alemão a Marx
 
éTica Aula005
éTica Aula005éTica Aula005
éTica Aula005
 
Introducao a exegese_e_hermeneutica_-_filosofias_e_heresias_do_novo_testamento
Introducao a exegese_e_hermeneutica_-_filosofias_e_heresias_do_novo_testamentoIntroducao a exegese_e_hermeneutica_-_filosofias_e_heresias_do_novo_testamento
Introducao a exegese_e_hermeneutica_-_filosofias_e_heresias_do_novo_testamento
 

Plus de Alexandre Misturini

Trabalho 26 tp mateus e pedro - escolástica e patrística
Trabalho 26 tp   mateus e pedro - escolástica e patrísticaTrabalho 26 tp   mateus e pedro - escolástica e patrística
Trabalho 26 tp mateus e pedro - escolástica e patrística
Alexandre Misturini
 

Plus de Alexandre Misturini (20)

Reunião de pais 21032017 2 e 3 º anos
Reunião de pais  21032017 2 e 3 º anosReunião de pais  21032017 2 e 3 º anos
Reunião de pais 21032017 2 e 3 º anos
 
Reunião de pais 21032017 2 e 3 º anos
Reunião de pais  21032017 2 e 3 º anosReunião de pais  21032017 2 e 3 º anos
Reunião de pais 21032017 2 e 3 º anos
 
Reunião de pais 20032017 1º anos
Reunião de pais  20032017 1º anosReunião de pais  20032017 1º anos
Reunião de pais 20032017 1º anos
 
Reunião de pais 20032017 1º anos
Reunião de pais  20032017 1º anosReunião de pais  20032017 1º anos
Reunião de pais 20032017 1º anos
 
Política filo 33 mp
Política filo 33 mpPolítica filo 33 mp
Política filo 33 mp
 
Filosofia eduarda, ana laura e jaqueline 11 mp
Filosofia eduarda, ana laura e jaqueline 11 mpFilosofia eduarda, ana laura e jaqueline 11 mp
Filosofia eduarda, ana laura e jaqueline 11 mp
 
éTica
éTicaéTica
éTica
 
Modelo de divulgação do projeto social
Modelo de divulgação do projeto socialModelo de divulgação do projeto social
Modelo de divulgação do projeto social
 
Filosofia medieval sociologia e filosofia 27np fabricio e uilian
Filosofia medieval sociologia e filosofia 27np fabricio e uilianFilosofia medieval sociologia e filosofia 27np fabricio e uilian
Filosofia medieval sociologia e filosofia 27np fabricio e uilian
 
Filosofia medieval raiana 27 np
Filosofia medieval raiana 27 npFilosofia medieval raiana 27 np
Filosofia medieval raiana 27 np
 
Filosofia medieval 27 np
Filosofia medieval 27 npFilosofia medieval 27 np
Filosofia medieval 27 np
 
(Bruna castro, gabrielle rohden e helen calza
(Bruna castro, gabrielle rohden e helen calza(Bruna castro, gabrielle rohden e helen calza
(Bruna castro, gabrielle rohden e helen calza
 
Filosofia medieval julia 22mp
Filosofia medieval julia 22mpFilosofia medieval julia 22mp
Filosofia medieval julia 22mp
 
Fslide de filo 22mpppppp
Fslide de filo 22mppppppFslide de filo 22mpppppp
Fslide de filo 22mpppppp
 
Filosofia medieval 01 pimel 24
Filosofia medieval 01 pimel 24Filosofia medieval 01 pimel 24
Filosofia medieval 01 pimel 24
 
Filo 02 26tptptptp
Filo 02 26tptptptpFilo 02 26tptptptp
Filo 02 26tptptptp
 
Filosofia medieval 24
Filosofia medieval 24Filosofia medieval 24
Filosofia medieval 24
 
Trabalho ética 15 tp
Trabalho ética 15 tpTrabalho ética 15 tp
Trabalho ética 15 tp
 
Trabalho 26 tp mateus e pedro - escolástica e patrística
Trabalho 26 tp   mateus e pedro - escolástica e patrísticaTrabalho 26 tp   mateus e pedro - escolástica e patrística
Trabalho 26 tp mateus e pedro - escolástica e patrística
 
Filosofia medieval 25tp
Filosofia medieval 25tpFilosofia medieval 25tp
Filosofia medieval 25tp
 

Dernier

421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
LeloIurk1
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
LeloIurk1
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
WagnerCamposCEA
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
TailsonSantos1
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
FabianeMartins35
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
RavenaSales1
 

Dernier (20)

421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
Antero de Quental, sua vida e sua escrita
Antero de Quental, sua vida e sua escritaAntero de Quental, sua vida e sua escrita
Antero de Quental, sua vida e sua escrita
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 

Friedrich nietzsche 35 tp

  • 1. Colégio Estadual Visconde De Bom Retiro Componente Curricular: Filosofia Professor: Alexandre Misturini FRIEDRICH NIETZSCHE Bárbara Trevisan Casagrande Gabriele Bordignon Primieri Turma: 35 TP Bento Gonçalves, abril de 2015.
  • 2. Friedrich Nietzsche Nasceu na Alemanha e estudou grego, latim, filosofia e teologia. Ainda jovem, começou a sentir os sintomas de uma doença que o levaria gradativamente à deterioração física, perda da consciência, bem como crises de loucura no final da vida. Em suas obras, Nietzsche fez uso de uma escrita aforística, que baseava-se em frases curtas e pensamentos que exprimiam suas ideias pautadas na crítica à religião, à moral, às artes e à ciência. Um desses aforismos pode ser percebido abaixo: “Como? É o homem apenas um erro de Deus? Ou é Deus unicamente um erro do homem? Quem “criou” quem? ou seria como se “criou”?” Nietzsche foi influenciado por Schopenhauer. Dentre as concepções que marcaram a filosofia desse pensador pode-se destacar a crítica à Hegel, baseada na sua ideia que concebia a realidade como sendo algo dinâmico e seu desenvolvimento sempre culminaria em algo melhor. Entretanto, essa ideia foi contestada por muitos filósofos porque poderia ser aplicada a fatos históricos, como o Nazismo, que seria interpretado como sendo algo necessário para o desenvolvimento de uma sociedade, nesse caso alemã. Para este filósofo, o mundo era uma representação dependendo do sujeito para existir. Por isso, o que nós observamos poderia ser uma ilusão. Além disso, ele defendia que o conhecimento verdadeiro só pode ser atingido pela iluminação que a arte proporciona. Além disso, Schopenhauer acreditava que a essência do mundo seria a vontade que estava presente em tudo, podendo der interpretada como o impulso dos desejos que deveriam ser saciados para não provocar sofrimentos. No entanto, se todos os desejos fossem satisfeitos causaria tédio; dessa forma a vida oscilaria entre o tédio e o sofrimento. Também poderia ocorrer um choque de interesses entre a vontade de duas ou mais pessoas culminado em uma disputa de ideais, como foi dissertado por Karl Marx na luta de classes.
  • 3. Nietzsche entendia a felicidade como um sentimento pleno, discordando do pessimismo de Schopenhauer e passa a criticá-lo. Porém, suas ideias filosóficas ainda tinham a influência de Schopenhauer, como na vontade de potência, usada por Nietzsche para explicar o mundo e a vida. Tal conceito sofreu distintas interpretações ao longo da história, como no nazismo que justificava sua vontade de potência através de uma tese biológica, alegando que a raça alemã era superior as demais. Nietzsche também criticou Sócrates acusando-o de ter negado a instituição criadora da filosofia anterior, a pré-socrática. A partir disso, ele distinguiu dois princípios: o apolíneo (derivado do deus grego Apolo) e dionisíaco (derivado do deus grego Dionísio). Para esse filósofo, esses dois princípios complementares da realidade foram separados por Sócrates optando pelo culto da razão e acabando com a filosofia criadora (dionisíaca). Além disso, ele não concordava com a separação do sensível e do inteligível (ocorrida na Grécia Antiga durante o período clássico) acreditando que o mundo seria turbulências, misturas e complexidades. Outro ideal formado por Nietzsche concretizou-se através da crítica aos valores morais, criando em contraponto a genealogia da moral. Seguindo essa linha de pensamento, ele afirma que o bem e o mal não são concepções absolutas e sim concepções morais criadas pelos seres humanos e seus interesses. O bem e o mal foram originados com o judaísmo e o cristianismo definindo-os como “vontade de Deus” e impondo um sentimento de culpa e pecado. Assim, as pessoas tornaram-se seres tímidos, medíocres e submissos. Por isso, Nietzsche denunciava a “moral do rebanho”-submissão das pessoas aos valores morais dominantes na civilização cristã e burguesa. Portanto, para esse filósofo, se as pessoas compreenderem que os valores são apenas construção humanas e não valores absolutos, deverão refletir sobre os mesmos e construir seus próprios ideais. Além disso, Nietzsche afirma que quando o cristianismo deixou de ser a única verdade, tornando-se apenas uma possível interpretação do mundo, a civilização
  • 4. ocidental também decaiu. Tal decadência passou a ser chamada de Niilismo, que baseia-se no sentimento difuso e opressivo dessa crise cultural. Esse filósofo contata também que o niilismo moderno consiste na “morte de Deus”, desencadeada por nós mesmos ao excluirmos os valores cristãos da sociedade. Por isso, Nietzsche defende que cada pessoa deveria cultuar valores que negavam o conformismo e a submissão, combatendo o sentimento niilístico.