Friedrich Nietzsche foi um filósofo alemão que criticou a religião, moral, arte e ciência em suas obras. Ele foi influenciado por Schopenhauer e desenvolveu conceitos como a "vontade de potência" e a distinção entre os princípios apolíneo e dionisíaco. Nietzsche também criticou valores morais cristãos e defendeu que cada pessoa deveria cultivar seus próprios valores individuais.
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Friedrich nietzsche 35 tp
1. Colégio Estadual Visconde De Bom Retiro
Componente Curricular: Filosofia
Professor: Alexandre Misturini
FRIEDRICH NIETZSCHE
Bárbara Trevisan Casagrande
Gabriele Bordignon Primieri
Turma: 35 TP
Bento Gonçalves, abril de 2015.
2. Friedrich Nietzsche
Nasceu na Alemanha e estudou grego, latim, filosofia e teologia. Ainda jovem,
começou a sentir os sintomas de uma doença que o levaria gradativamente à
deterioração física, perda da consciência, bem como crises de loucura no final da
vida.
Em suas obras, Nietzsche fez uso de uma escrita aforística, que baseava-se em
frases curtas e pensamentos que exprimiam suas ideias pautadas na crítica à
religião, à moral, às artes e à ciência. Um desses aforismos pode ser percebido
abaixo:
“Como? É o homem apenas um erro de Deus? Ou é Deus unicamente um erro
do homem? Quem “criou” quem? ou seria como se “criou”?”
Nietzsche foi influenciado por Schopenhauer. Dentre as concepções que
marcaram a filosofia desse pensador pode-se destacar a crítica à Hegel, baseada na
sua ideia que concebia a realidade como sendo algo dinâmico e seu
desenvolvimento sempre culminaria em algo melhor. Entretanto, essa ideia foi
contestada por muitos filósofos porque poderia ser aplicada a fatos históricos, como
o Nazismo, que seria interpretado como sendo algo necessário para o
desenvolvimento de uma sociedade, nesse caso alemã.
Para este filósofo, o mundo era uma representação dependendo do sujeito para
existir. Por isso, o que nós observamos poderia ser uma ilusão. Além disso, ele
defendia que o conhecimento verdadeiro só pode ser atingido pela iluminação que a
arte proporciona.
Além disso, Schopenhauer acreditava que a essência do mundo seria a vontade
que estava presente em tudo, podendo der interpretada como o impulso dos desejos
que deveriam ser saciados para não provocar sofrimentos. No entanto, se todos os
desejos fossem satisfeitos causaria tédio; dessa forma a vida oscilaria entre o tédio
e o sofrimento. Também poderia ocorrer um choque de interesses entre a vontade
de duas ou mais pessoas culminado em uma disputa de ideais, como foi dissertado
por Karl Marx na luta de classes.
3. Nietzsche entendia a felicidade como um sentimento pleno, discordando do
pessimismo de Schopenhauer e passa a criticá-lo. Porém, suas ideias filosóficas
ainda tinham a influência de Schopenhauer, como na vontade de potência, usada
por Nietzsche para explicar o mundo e a vida.
Tal conceito sofreu distintas interpretações ao longo da história, como no
nazismo que justificava sua vontade de potência através de uma tese biológica,
alegando que a raça alemã era superior as demais.
Nietzsche também criticou Sócrates acusando-o de ter negado a instituição
criadora da filosofia anterior, a pré-socrática. A partir disso, ele distinguiu dois
princípios: o apolíneo (derivado do deus grego Apolo) e dionisíaco (derivado do deus
grego Dionísio).
Para esse filósofo, esses dois princípios complementares da realidade foram
separados por Sócrates optando pelo culto da razão e acabando com a filosofia
criadora (dionisíaca). Além disso, ele não concordava com a separação do sensível
e do inteligível (ocorrida na Grécia Antiga durante o período clássico) acreditando
que o mundo seria turbulências, misturas e complexidades.
Outro ideal formado por Nietzsche concretizou-se através da crítica aos valores
morais, criando em contraponto a genealogia da moral. Seguindo essa linha de
pensamento, ele afirma que o bem e o mal não são concepções absolutas e sim
concepções morais criadas pelos seres humanos e seus interesses.
O bem e o mal foram originados com o judaísmo e o cristianismo definindo-os
como “vontade de Deus” e impondo um sentimento de culpa e pecado. Assim, as
pessoas tornaram-se seres tímidos, medíocres e submissos. Por isso, Nietzsche
denunciava a “moral do rebanho”-submissão das pessoas aos valores morais
dominantes na civilização cristã e burguesa.
Portanto, para esse filósofo, se as pessoas compreenderem que os valores são
apenas construção humanas e não valores absolutos, deverão refletir sobre os
mesmos e construir seus próprios ideais.
Além disso, Nietzsche afirma que quando o cristianismo deixou de ser a única
verdade, tornando-se apenas uma possível interpretação do mundo, a civilização
4. ocidental também decaiu. Tal decadência passou a ser chamada de Niilismo, que
baseia-se no sentimento difuso e opressivo dessa crise cultural.
Esse filósofo contata também que o niilismo moderno consiste na “morte de
Deus”, desencadeada por nós mesmos ao excluirmos os valores cristãos da
sociedade. Por isso, Nietzsche defende que cada pessoa deveria cultuar valores que
negavam o conformismo e a submissão, combatendo o sentimento niilístico.