3. Na história do pensamento grego houve uma fase muito particular que foi extremamente importante,
mas de duração relativamente curta: o período dos sofistas. Esse período compreendeu os séculos IV
e V a.C. e envolveu poucos, porém grandes intelectuais, pensadores e cientistas, dentre eles:
Demócrito, Protágoras, Górgias e Hipías.
Os sofistas sistematizaram e transmitiram uma série de conhecimentos estudas até os dias de hoje,
dominavam técnicas avançadas de discurso e atraiam muitos aprendizes. Eles não ensinavam em um
determinado local, eram conferencistas itinerantes, viajando constantemente. Os sofistas ensinavam
por meio de uma designação geral de filosofia que compreendia uma série de conhecimentos não
abordados pela escola regular, como: física, geometria, medicina, astronomia, retórica, artes e a
filosofia em si.
Antes de mais nada, os sofistas se preocupavam em manejar minuciosamente as técnicas de discurso,
a tal ponto que o interlocutor se convencesse rapidamente daquilo que estavam discursando. Para eles
não interessava se o que estavam falando era verdadeiro, pois o essencial era conquistar a adesão do
público ouvinte.
5. É a existência de dois mundos, o mundo real e o mundo das ideias.
Para Platão existe dois tipos de conhecimento:
O mundo das ideias, que é o mais verdadeiro porque se mantém igual.
O mundo real, que se altera-se, se transforma, não se mantém igual.
No mundo das ideias: Vemos uma árvore, podemos fechar os olhos ou passar muito tempo, mas, ainda
nos lembramos da árvore exatamente como a vimos um dia. Na ideia a árvore se mantém sempre igual.
No mundo real: Quando vemos uma árvore, ela pode ser queimada ou arrancada, ou seja, o que vimos
desaparece. Na realidade tudo muda, pode deixar de existir, pode não ser mais uma verdade amanhã.
7. Epicurismo é um sistema filosófico, que prega a procura dos prazeres moderados para atingir um estado
de tranquilidade e de libertação do medo, com a ausência de sofrimento corporal pelo conhecimento do
funcionamento do mundo e da limitação dos desejos.
No entanto, quando os desejos são exacerbados podem ser fonte de perturbações constantes, dificultando
o encontro da felicidade que é manter a saúde do corpo e a serenidade do espírito.
Epicurismo é um sistema criado por um filósofo ateniense chamado Epicuro de Samos no século IV a.C.
Existem vários fundamentos básicos do Epicurismo, porém, se distingue o desejo para encontrar a
felicidade, buscar a saúde da alma, lembrando que o sentido da vida é o prazer, objetivo imediato de cada
ação humana considerando sem sentido as angústias em relação à morte, e a preocupação com o destino.
9. O Cinismo foi uma escola filosófica grega criada por Antístenes, seguidor de Sócrates,
aproximadamente no ano 400 a.C., mas seu nome de maior destaque foi Diógenes de Sínope. Estes
filósofos menosprezavam os pactos sociais, defendiam o desprendimento dos bens materiais e a
existência nômade que levavam.
A origem dessa expressão é um tanto controvertida, pois alguns pesquisadores crêem que ela provém
do Ginásio Cinosarge, espaço no qual Antístenes teria edificado sua Escola, enquanto outros afirmam
que ela deriva da palavra grega kŷőn, kynós, que significa ‘cachorro’, alusão à vida destes animais,
que seria igual à pregada pelos cínicos. Aliás, o símbolo deste grupo era justamente a imagem de um
cão. De qualquer forma, porém, ela se origina do grego Kynismós, passando pelo latim cynismu, e
assim chegando até nossos dias. Hoje, através de desvios de significado, este termo se refere àqueles
desprovidos de vergonha e de qualquer sentimento de generosidade em relação à dor do outro. Mas
não por acaso, pois os cínicos desejavam se desprender de todo tipo de preocupação, inclusive com o
sofrimento alheio.
Sócrates já expressava seu repúdio pelo excesso de bens materiais dos quais a Humanidade dependia
para sobreviver. Ele tinha como alvo a verdadeira felicidade, para a qual nada disso era necessário,
pois ela estava conectada aos estados da alma, não a objetos externos. Posteriormente os cínicos
passaram a pregar justamente esta forma de viver, na prática diária. O nome de Diógenes, seu
principal defensor, tornou-se praticamente sinônimo desta Escola. Segundo histórias antigas, ele
encontrou-se com Antístenes assim que chegou a Atenas, mas este não queria a seu lado nenhum
discípulo. Diógenes, porém, gradualmente convenceu-o do contrário.
10. Pirronismo
(em grego: Πυρρωνισμός, transl. Pirrōnismós), também conhecido como ceticismo pirrônico, foi
uma tradição da corrente filosófica do ceticismo fundada por Enesidemo de Cnossos no século I d.C.,
e registrada por Sexto Empírico no século III. Toma o seu nome de Pirro de Élis, um cético que viveu
cerca de 360 a 270 a.C., embora a relação entre a filosofia da escola e essa figura histórica seja pouco
clara. O pirronismo tornou-se influente há alguns séculos desde o surgimento da moderna visão
científica do mundo.
"Nada pode ser conhecido, nem mesmo isto". Os céticos pirrônicos negam assentimento a
proposições não imediatamente evidentes e permanecem num estado de inquirição perpétua. Por
exemplo, pirrônicos afirmam que uma falta de provas não constitui prova do oposto, e que essa falta
de crença é profundamente diferente de uma descrença ativa. Ao invés de descrer em Deus, poderes
psíquicos etc., baseados na falta de evidências de tais coisas, pirrônicos reconhecem que não
podemos estar certos de que evidências novas não possam aparecer no futuro, de modo que eles
mantém-se abertos em sua pesquisa. Também questionam o saber estabelecido, e veem o dogmatismo
como uma doença da mente.
12. Conhecimento lógico é todo raciocínio que possuímos desde o nascimento, é baseado nas reações naturais do ser
humano, ditados pelo instinto de sobrevivência, não há necessidade de cursarmos uma escola para aprendermos
a nos defender, a este tipo de pensamento Emmanuel Kant em Critica da razão pura denominou “a priori”. O
Pensamento intelectual já é o raciocínio que precisa de estudo e aperfeiçoamento constante para a consecção, foi
chamado por Kant de “a posteriori”.
Podemos dizer que o homem detém vários tipos de conhecimento científico, desde aquele mais simples,
comum a todas pessoas e que nos passa despercebido, até aquele mais profundo e complexo não comum a
todos indivíduos.
Primeiramente analisemos o conhecimento de senso comum, o qual é estendido a todos indivíduos, mesmo
que não o percebemos, e nos vem como herança genética de geração em geração. Usamos este conhecimento
diariamente, muitas vezes sem nos dar conta, em atividades corriqueiras sem questionarmos se está certo ou
errado. Um exemplo disto é o uso secular que fizemos de ervas para confecção de vários tipos de chás para a
cura de vários tipos de moléstias. Nunca paramos para pensar como elas funcionam em nosso organismo,
confiamos em sua eficácia porque todas pessoas usam e principalmente porque nos é indicado pelos mais
velhos.
Outro tipo de conhecimento é o científico. Surgiu da necessidade do ser humano querer saber como as coisas
funcionam ao invés de apenas aceitá-las passivamente. Com este tipo de conhecimento o homem começou a
entender o porquê de vários fenômenos naturais e com isso vir a intervir cada vez mais nos acontecimentos ao
nosso redor. Este conhecimento se bem usado é muito útil para humanidade, porém se usado incorretamente
pode vir a gerar enormes catástrofes para o ser humano e tudo mais ao seu redor. Usamos como exemplo a
descoberta pela ciência da cura de uma moléstia que assola uma cidade inteira salvando várias pessoas da
morte, mas também, pode-se destruir esta mesma cidade em um piscar de olhos com uma arma de destruição
em massa criada com este mesmo conhecimento.