2. Sofistas
Quem eram os sofistas?
Eram professores viajantes que, por
determinado preço, vendiam ensinamentos
práticos de Filosofia, também conhecidos
por “ aqueles que se dedicavam a instruir e
a educar os cidadãos atenienses
interessados em participar na vida da
cidade-estado”.
3. Os sofistas ensinavam técnicas que
auxiliavam as pessoas a defenderem o seu
pensamento particular e suas próprias
opiniões contrárias sobre o mesmo para que
dessa forma conseguisse seu espaço. Por
desprezarem algumas discussões feitas
pelos filósofos, eram chamados de céticos
até mesmo por Sócrates.
4. Os sofistas foram os primeiros filósofos do
período socrático, se opunham à filosofia pré-
socrática dizendo que estes ensinavam coisas
contraditórias e repletas de erros que não
apresentavam utilidade nas polis (cidades).
Dessa forma, substituíram a natureza que
antes era o principal objeto de reflexão pela
arte da persuasão . Seus ensinamentos foram
abertos para todos que queriam e pudessem
pagar e não só para os nobres.
5. Dualismo Platônico
Durante muito tempo os filósofos ocidentais
explicaram o ser humano como composto de duas
partes diferentes e separadas: o corpo (material) e a
alma (espiritual e consciente). Segundo Platão,
antes de se encarnar, a alma teria vivido no mundo
das ideias, onde tudo conheceu por simples
intuição, ou seja, por conhecimento intelectual direto
e imediato, sem precisar usar os sentidos.
Quando a alma se une ao corpo, ela se degrada
por se tornar prisioneira dele. Passa então a se
compor de duas partes
a) Alma superior (a alma intelectiva)
b) Alma inferior e irracional (a alma do corpo).
6. Esta, por sua vez, divide-se em duas
partes:
- A alma irascível, impulsiva, sede de
coragem, localizada no peito;
-A alma concupiscível, centrada no
ventre e sede do desejo intenso de bens
ou gozos materiais, inclusive o apetite
7. Escravizada pelo sensível, a alma inferior
conduz á opinião e, consequentemente, ao
erro, perturbando o conhecimento
verdadeiro. O corpo é também ocasião de
corrupção e decadência moral, caso a alma
superior não saiba controlar as paixões e
os desejos. Portanto, todo esforço humano
consiste no domínio da alma superior sobre
a inferior.
8. Epicurismo
Epicurismo é o sistema filosófico que prega a
procura dos prazeres moderados para atingir um
estado de tranquilidade e de libertação do medo, com
a ausência de sofrimento corporal pelo conhecimento
do funcionamento do mundo e da limitação dos
desejos.
Para Epicuro, para ser feliz era necessário controlar
os nossos medos e desejos de maneira que o estado
de prazer seja estável e equilibrado
consequentemente a um estado de tranquilidade e de
ausência de pertubação.
9. A teoria do Epicurismo
Caracterizava-se pela valorização da experiência
imediata,ou seja, todo o conhecimento tem como origem
as sensações e impressões dos sentidos e todas as
sensações são sempre verdadeiras. Por exemplo, um
remo, se visto dentro da água, possui uma imagem
retorcida, porém, se visto fora dela, o remo possui uma
aparência reta e plana. Neste caso, qual das sensações
estaria correta? Para Epicuro, não há erro, apenas uma
precipitação. O remo sempre aparentará ser retorcido,
caso visto de dentro da água. Para esclarecer isto, o
filósofo utilizado do termo "prolepse", que pode ser
entendido como um resquício de percepção anterior, uma
espécie de "arquivo de nossa memória." Será a repetição
das percepções que irão determinar qual a "verdadeira"
forma do remo e construir o conhecimento dentro da ética
epicurista.
10. Segundo Epicuro, temos 3 tipos de prazeres:
1° os naturais e necessários (são os desejos
que livram o corpo da dor da fome e da sede)
2° naturais, porém não necessários (desejos
que surgem da vontade de variar, bebida e
alimento)
3° nem naturais, nem necessários (são os que
nascem de uma opinião falsa sobre o mundo,
incentivados por sentimentos de vaidade,
orgulho ou inveja.)
11. Epicuro tem uma finalidade concreta: a eliminação
das dores e a busca dos prazeres, o sábio deveria
desejar os objetos simples e naturais e saber que, por
ser imperfeito, sentirá dor, inevitavelmente.
O sábio é, portanto, aquele que toma consciência da
própria existência e destino, não aceitando o
determinismo de nenhum deus. Para ele, o importante
na busca é a saúde física e a serenidade interior. Ser
feliz é ter pleno domínio destes prazeres, o que pode
ser alcançado com a compreensão da natureza dos
deuses, da morte e dos desejos.
12. Pirronismo
Tudo é relativo.
É a atitude cética ou efectícia (que consiste
em suspender o juízo). Recusa-se a fazer
uso de um entendimento cuja validade não
lhe parece comprovada e cujos produtos não
são garantidos. Contenta-se como o imediato
e vive em paz.
13. Por exemplo, pirrônicos afirmam que uma falta
de provas não constitui prova do oposto, e
que essa falta de crença é profundamente
diferente de uma descrença ativa.
baseados na falta de evidências de tais
coisas, pirrônicos reconhecem que não
podemos estar certos de que evidências
novas não possam aparecer no futuro, de
modo que eles mantém-se abertos em sua
pesquisa. Também questionam o saber
estabelecido, e vêem o dogmatismo como
uma doença da mente.
14. Cinismo
O cínico rejeita o modo de vida que se baseia na
investigação científica, bem como também aquilo que os
homens em geral consideram indispensável: as regras, a
vida em sociedade, a propriedade, o governo, a política.
A prática de vida dos cínicos baseia-se no impudor
deliberado: fazem sexo em locais públicos, comem sem
utensílios e sem preparar os alimentos, não usam
vestimentas, etc., isto é, não se adaptam às conveniências
sociais e à opinião. Desprezam o dinheiro, mendigam, não
querem posição estável na vida, não têm cidade, nem casa,
nem pátria; são miseráveis, errantes, vivem o dia a dia. Têm
somente o necessário para sua sobrevivência.