2. SOFISTAS
• A palavra sofista era, antigamente, sinônima de sábio e se aplicava indistintamente para
poetas, músicos e filósofos. Mas no século V AC toma uma outra conotação pejorativa e se
aplica a um grupo de mestres ambulantes que vão para as cidades gregas ensinando o que
eles chamam de “sabedoria” em troca de polpudos honorários.
• Essa acepção pejorativa da palavra toma mais força com Platão e Aristóteles. “É sofista,
disse Platão, aquele que em sua disputa se compromete ao afirmar coisas contraditórias e
com suas palavras engana de maneira maravilhosa seus ouvintes”. Aristóteles diz “Sofista
é aquele que tira dinheiro da ciência que parece ser e não é”. Ambas definições coincidem
em que a ciência dos sofistas é aparente e enganosa, pura inutilidade retórica e
malabarismo conceitual no sentido de deslumbrar os ouvintes e sacar destes bons
volumes de dinheiro. Platão não deixou de lado uma série de modelos interessantes para
contrapor argumentações sofísticas envolvendo os sofistas em um turbilhão de palavras.
Os sofistas ensinam o ascetismo e o relativismo tanto teoricamente como praticamente.
3. CINISMO
• O cinismo foi uma escola filosófica grega, fundada por Antístenes, discípulo de
Sócrates. O seu nome deriva, segundo vários testemunhos, do fato de alguns
membros da escola se reunirem no Cinosargo, ginásio situado perto de Atenas.
Segundo outros, a sua origem vem da palavra grega kýon (que significa "cão"),
pelo fato de Diógenes de Sinope dormir no local que era usado frequentemente
como abrigo para cães, para assim demonstrar o seu desacordo com o modo de
viver dos homens.
• A maior virtude para eles era a autarcia, o que se basta a si mesmo, e renunciar os
bens e prazeres terrenos até conseguir uma total independência das necessidades
vitais e sociais. O autodomínio permitia alcançar a felicidade, entendida como o
não ser afetado pelas coisas más da vida, pelas leis e convencionalismos, que eram
valorizados de acordo com o seu grau de conformidade com a razão.
4. • O ideal do sábio era a indiferença perante o mundo. As origens da escola, que
remontam aos séculos III e II A.C., com um ressurgimento posterior, nos séculos I e
II d.C., foram objeto de discussão. Alguns filósofos a classificam como escola
socrática, na linha de Sócrates-Antístenes-Diógenes. Outros negam a relação
Antístenes-Diógenes, não a consideram uma escola socrática e vêm em Diógenes
o seu fundador e inspirador.
5. DUALISMO PLATÔNICO
• Segundo Platão, antes de se encarnar, a alma teria vivido no mundo das ideias,
onde tudo conheceu por simples intuição, ou seja, por conhecimento intelectual
direto e imediato, sem precisar usar os sentidos. Quando a alma se une ao corpo,
ela se degrada por se tornar prisioneira dele. Passa então a se compor de duas
partes
• a)Alma superior (a alma intelectiva)
• b)Alma inferior e irracional (a alma do corpo).
• Esta, por sua vez, divide-se em duas partes:
• ·A alma irascível, impulsiva, sede de coragem, localizada no peito;
• .A alma concupiscível, centrada no ventre e sede do desejo intenso de bens ou
gozos materiais, inclusive o apetite sexual.
6. • Escravizada pelo sensível, a alma inferior conduz á opinião e, consequentemente,
ao erro, perturbando o conhecimento verdadeiro. O corpo é também ocasião de
corrupção e decadência moral, caso a alma superior não saiba controlar as paixões
e os desejos. Portanto, todo esforço humano consiste no domínio da alma
superior sobre a inferior.
• Não deixa de parecer contraditória essa desvalorização do corpo, se sabemos o
quanto os gregos apreciavam os exercícios físicos, os esportes, além de cultuar a
beleza do corpo.
• Nesse contexto, fica claro que a felicidade para Platão é de natureza racional e
moral, e depende do controle do corpo e das paixões.
7. EPICURISMO
• Epicurismo é um sistema criado por um filósofo ateniense chamado Epicuro de
Samos no século IV a.C. Existem vários fundamentos básicos do Epicurismo,
porém, se distingue o desejo para encontrar a felicidade, buscar a saúde da alma,
lembrando que o sentido da vida é o prazer, objetivo imediato de cada ação
humana considerando sem sentido as angústias em relação à morte, e a
preocupação com o destino.
• Os seguidores do epicurismo são chamados de epicuristas e, de acordo com o
sistema filosófico, devem procurar evitar a dor e as perturbações, levar uma vida
longe das multidões (mas não solitário), dos luxos excessivos, se colocando em
harmonia com a natureza e desfrutando da paz.
8. • Outro valor defendido pelo epicurismo e seus defensores é a amizade. A amizade
traz uma grande felicidade para as pessoas, já que a convivência pode ocasionar
uma troca saudável de pensamentos e opiniões enriquecedoras.
• Segundo Epicuro, o criador do epicurismo, as pessoas não podem viver de forma
agradável se não forem prudentes, gentis com os outros e justas em suas atitudes
e pensamentos sem viver prazerosamente. As virtudes então devem ser
praticadas como garantia dos prazeres.
9. PIRRONISMO
• “Pirronismo, também conhecido como cepticismo pirrónico, foi uma tradição da corrente filosófica
do ceticismo fundada por Enesidemo de Cnossos no século I d.C., e registada por Sexto Empírico no
século III.
• Toma o seu nome de Pirro de Élis, um cético que viveu cerca 360 a 270 a.C., embora a relação entre a
filosofia da escola e essa figura histórica seja pouco clara.
• O pirronismo tornou-se influente há alguns séculos desde o surgimento da moderna visão científica
do mundo.
• “Nada pode ser conhecido, nem mesmo isto”.
• Os céticos pirrônicos negam assentimento a proposições não imediatamente evidentes e
permanecem num estado de inquirição perpétua. Por exemplo, pirrônicos afirmam que uma falta de
provas não constitui prova do oposto, e que essa falta de crença é profundamente diferente de uma
descrença ativa. Ao invés de descrer em Deus, poderes psíquicos etc., baseados na falta de
evidências de tais coisas, pirrônicos reconhecem que não podemos estar certos de que evidências
novas não possam aparecer no futuro, de modo que eles mantém-se abertos em sua pesquisa.
Também questionam o saber estabelecido, e veem o dogmatismo como uma doença da mente.”
10. CONHECIMENTO CIENTÍFICO
• O conhecimento científico, no entanto, é aquele que é resultado de estudos e
busca por conhecimento. Esse tipo de conhecimento surgiu da necessidade e do
desejo que o ser humano tem em saber como as coisas funcionam, não aceitando-
as de forma passiva e sem questionamentos. Com isso, foi possível ao ser humano
entender os fenômenos naturais e intervir cada vez mais nos acontecimentos
diários.
• Quando utilizado de forma correta, esse tipo de conhecimento traz muitos
avanços para a humanidade. No entanto, quando for usado incorretamente, pode
gerar catástrofes. Como exemplo de aplicação desse conhecimento, citamos a
descoberta da cura de doenças que destroem milhares de vida. Mas quando
usadas de forma errada, podem, com o mesmo conhecimento, criar uma arma de
destruição em massa.
11. CONHECIMENTO LÓGICO
• Lógica é uma parte da filosofia que estuda o fundamento, a estrutura e as
expressões humanas do conhecimento. A lógica foi criada por Aristóteles no
século IV a.C. para estudar o pensamento humano e distinguir interferências e
argumentos certos e errados.
• As falácias que são falhas na argumentação possíveis de serem percebidas são
bastante usadas no estudo da lógica, pois auxilia na detecção de verdades e
falsidades.