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Relatório de auto-avaliação da sessão 1


A Biblioteca Escolar: desafios e oportunidades
no contexto da mudança


       É a partir do título desta primeira sessão online que escrevo algumas linhas
de reflexão sobre os caminhos pelos quais a biblioteca escolar avança. Antes de mais
são caminhos de incerteza em que se erguem obstáculos mas que deixam igualmente
entrever mais oportunidades de mudança – de práticas, procedimentos enraizados, de
modos de pensar.
       Antes de mais este contexto de mudança traz, a par dessa incerteza, a
oportunidade única de partilhar - através de redes de professores bibliotecários, da
partilha de ideias e de experiências, em fóruns, redes sociais, como o twitter, facebook
ou wikis, blogues e plataformas – e, desta forma, disseminar a mudança. Neste tempo
de instabilidade (própria dos tempos de mudança)              surgem, ainda, outras
oportunidades incontornáveis, como a formação disponibilizada para os professores
bibliotecários, horários a tempo inteiro nas bibliotecas escolares, o Plano Tecnológico,
o Plano Nacional de Leitura.
       Este contexto de mudança em que vivemos pede-nos obviamente mais - é
pedido ao professor bibliotecário que seja capaz de transformar a BE num local de
conhecimento privilegiando os acessos à literacia da informação, propiciando a
aprendizagem dos alunos e a construção de conhecimentos.
       Achei por tudo isto os textos propostos para análise nesta sessão
extremamente pertinentes. Mais do que um espaço de informação, a biblioteca escolar
é, nestes tempos de mudança um espaço de conhecimento (knowledge space, not
information place como refere Ross Todd), eu diria, de conhecimentos, nos mais
diversos suportes e que nos chegam das mais diversas formas. Como poderemos lidar
com essas mudanças? Aderindo, tomando parte nelas, através da construção de
materiais e desenvolvimento de acções de apoio ao currículo e à aprendizagem,
dialogando, partilhando dúvidas para criar.
       Por fim, mudança também na avaliação. De uma forma geral, não há uma
cultura de avaliação no ensino. Muito menos de uma forma sistemática a partir
evidências como aqui se lê. A instauração do modelo de auto-avaliação da RBE traz,
assim, mais possibilidades de mudar este estado de coisas ao colocar como central a



Formanda: Alexandra Lopes                                        3 de Novembro de 2010
necessidade premente de reunir evidências do que foi feito, está a ser feito, para
reflectir, avaliar e planear o que pode ser feito, de forma articulada, entre o professor
bibliotecário e a sua equipa, em colaboração com a direcção da escola, professores,
pais, alunos (apesar da dificuldade em agendar reuniões em parte devido à carga
burocrática excessiva dos professores).




Formanda: Alexandra Lopes                                         3 de Novembro de 2010

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  • 2. necessidade premente de reunir evidências do que foi feito, está a ser feito, para reflectir, avaliar e planear o que pode ser feito, de forma articulada, entre o professor bibliotecário e a sua equipa, em colaboração com a direcção da escola, professores, pais, alunos (apesar da dificuldade em agendar reuniões em parte devido à carga burocrática excessiva dos professores). Formanda: Alexandra Lopes 3 de Novembro de 2010