O documento discute a importância da Comunicação Alternativa e Ampliada (CAA) e do letramento visual para alunos com necessidades educacionais especiais, mencionando pesquisas realizadas por universidades como a UERJ e a UFRJ em parceria com a SME/IHA. Também aborda os desafios na aquisição da leitura e escrita por esse público-alvo e a necessidade de ampliar o ideal de aluno e de colaboração entre colegas.
1. Comunicação Alternativa e Ampliada, Letramento Visual e os obstáculos na aquisição da leitura e escrita pelo público- alvo da Educação Especial
por Cristiane Taveira
SME | IHA
Doutora em Educação, PUC-Rio
2. 20 minutos
Sobre a Jornada de Edu Especial
e os Pesquisadores em CAA (UERJ, UFRJ, IHA/SME)
3. UERJ em parceria com a SME/IHA, Oficina Vivencial de Ajudas Técnicas.
Artigo “Comunicação Alternativa: passaporte para a inclusão escolar” de autoria de Leila Regina d’ Oliveira de Paula Nunes, Cátia Crivelentide Figueiredo Walter e Carolina RizzotoSchirmer. Este artigo é capítulo do livro “Tecnologias Assistivas: Experiências e Desafios”, organizado por CiciliaMaia, UERN, 2013.
Contexto de produção de pesquisas
4. UFRJ em parceria com a SME/IHA, Oficina Vivencial de Ajudas Técnicas.
Artigo “Adaptação de livros de histórias: recurso de imersão nos símbolos” de autoria MiryamPelosiet al. Este artigo está no volume 1 do livro “Um retrato da comunicação alternativa no Brasil”, organizado por Leila Nunes et.al. Editora Quatro Pontos, 2007.
Contexto de produção de pesquisas
6. Ainda persiste o ideal de aluno que copia do quadro, escreve a lápis e caneta no caderno, fala e tem autonomia.
O ideal de aluno
Aluno apontando a foto do que gosta mais de beber na prancha apoiada em plano inclinado
Cartões com fotos de encartes, rótulos e pictogramas para experimentação com aluno.
7. UERJ em parceria com a SME/IHA, Oficina Vivencial de Ajudas Técnicas.
Artigo “Comunicação Alternativa: passaporte para a inclusão escolar” de autoria de Leila Regina d’ Oliveira de Paula Nunes, Cátia Crivelentide Figueiredo Walter e Carolina RizzotoSchirmer. Este artigo é capítulo do livro “Tecnologias Assistivas: Experiências e Desafios”, organizado por CiciliaMaia, UERN, 2013.
Contexto de produção de pesquisas
13. No IHA/SME : do surgimento para orientar práticas a uma prática a ser analisada
14. Muitos dos nossos problemas mais críticos não estão no mundo das coisas, mas no mundo das pessoas. Nosso maior fracasso como seres humanos tem sido a incapacidade de assegurar a cooperação e o entendimento com os outros.
VILLA, R. A. & THOUSAND, J. S. Colaboração dos alunos: um elemento essencial para a elaboração de currículos no Século XXI In: STAINBACK, S & STAINBACK, W. Inclusão: um guia para educadores. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999. p. 200-222
Colaboração dos alunos: um elemento essencial
15. 1. Quando você era aluno, teve oportunidade e treinamento para atuar como instrutor, mediador ou colaborador de um colega?
Nunca Raramente Às vezes Frequentemente Muitas vezes
2. Com que frequência era esperado que você ajudasse a aprendizagem acadêmica de outros alunos, ao mesmo tempo em que era responsável por sua própria aprendizagem?
Nunca Raramente Às vezes Frequentemente Muitas vezes
3. Como aluno, você teve oportunidade para servir de mediador de conflitos entre colegas?
Nunca Raramente Às vezes Frequentemente Muitas vezes
STAINBACK, S & STAINBACK, W, 1999, p. 203
Questões para reflexão
16. Perspectivas
Professora Ana Rita de Paula, PRÊMIO USP DE DIREITOS HUMANOS –2001
faz um desafio as velhas questões sobre a tão proclamada autonomia.
Explica que autonomia, para ela, significava poder contar com a ajuda de qualquer pessoa, não mais ser ajudado ou compreendido apenas pelos familiares, ou seja, ampliar os círculos de colaboração.
17. Ampliando o círculo de colaboração
Aluno surdo com autismo e alunos surdos
Aluno surdo ampliando o círculo de colaboração com outros colegas.
18. Aluno surdo com autismo (reálias, fotografias e LIBRAS)
Primeiras aproximações em CAA
Instrutora surda interagindo a partir de reálias(objeto real), sinais, registro a partir de fotografia do objeto.
19. Primeiras aproximações em CAA
Aluno surdo com autismo (fotografias, sinais de pessoa)
Aluno Surdo explorando e construindo acervo imagético (fotografia) sinal de pessoas
20. A urgência de mostrar quem sou, o que sei e do que o outro precisa saber para me ajudar a ter autonomia...
O uso de histórias em CAA
Acervo imagético (fotografia) sinais das ações de rotina de surdo adulto
22. Artigo “Letramento desde a Educação Infantil: ampliação do uso de imagem e texto em ambientes acessíveis ao público-alvo da Educação Especial” de autoria de pesquisadores/professores do IHA, em 2014.
Nº de cópias: 80 (há para todos os participantes).
Letramento / CAA
23. Reily(2006) nos chama a atenção ao dizer: “Se a palavra é para todos, a imagem também tem de ser” (p.26).
Princípio democrático de letramento
24. Os tipos de leitura ou tipo de leitores se revezam ao longo das atividades de um mesmo leitor (SANTAELLA, 2004):
Leitor imersivo, das redes formadas pelos suportes digitais;
Leitor movente, habitante dos centros urbanos altamente ornamentados com letreiros, propagandas e luzes;
Leitor contemplativo, meditativo, concentrado na leitura solitária em casa ou em espaços públicos como bibliotecas.
Tipos de Leitores
26. Letramento verbal
Letramento (verbal), na formulação de Magda Soares (2002), é um conceito que não pode ser entendido como um conjunto de habilidades individuais, mas sim, como um conjunto de práticas sociais ligadas à leitura e à escrita em que os sujeitos, coletivamente, se envolvem no seu contexto social, seja por meio de interação com o material escrito de modo participativoou a partir dos usos da língua em práticas sociaisdiversas.
27. Letramento visual
Letramento visual é compreendido por alargamento e refinamento de estratégias para interpretar e entender o que é visto.
O letramento ou alfabetização visual significa sistematização e, até mesmo, empoderamentode pessoas que se apropriam das habilidades(e técnicas) de leitura de imagens, criando deste modo um corpo comum, um universal de significações e um refinamento de leitura próprio dos letrados.
28. Matrizes da linguagem
A complexidade do trabalho com imagens traz consigo o conceito fundamental do raciocínio lógico, com a imagem permitindo generalizações e pensamentos relacionais, e o raciocínio classificatório, ao trazer características como léxico, traçando-se um paralelo com o processo de letramento verbal.
As matrizes de linguagem e pensamento são: sonora, visual e verbal.
32. Atividade em trio (três participantes)
O que vocês precisam discutir e realizar? (em até 25 minutos)
1) O uso / a seleção de pictogramas para compor a história. Necessitam experimentar recortar, montar a história até o final enquanto discutem e fazem anotações do trio. Anotações sobre: a pertinência das imagens, o grau de dificuldade, de clareza, de provocar /divertir /informar /ler imagens.
2) Reler a sugestão de roteiro de trabalho(página 2) e criar um breve plano do que poderia ser feito ou de que modo(s) abordariam esta história nas anotações do trio.
3) Colocar os nomes e e-mails para recebimento do material (da história) e para retomarmos a dinâmica a tarde.
4) Bonus> O trio poderá solicitar atividades de múltipla-escolha (a serem discutidas)
Ou de imagens (desenhos) da história, se desejarem incluí-las
no planejamento.
35. CAA -na Rodinha
Cartões de atividades (com uso de objetos reais) para o varal coletivo
Figura 4 –Opções “EU QUERO” confeccionadas com pictogramas (PELOSI, 2014)
36. CAA -memória organizativa
Prancha individual
Objetos reais –Objetos parciais
Figura 5 -Agenda em formato vertical com sequência de símbolos: tomar banho, comer, escovar os dentes, pegar a mochila, ir para escola de ônibus (SARTORETTO & BERSCH, 2014)
37. Nos avisos das salas, dos ambientes
Aluna utiliza mesa adaptada, notebook e caixa com dimensões que facilitam preensão de acionador no laboratório.
Figura 6 -Cartaz com símbolos móveis para indicações de lugares e atividades realizadas pela turma. (SARTORETTO & BERSCH, 2014)
38. Nas tarefas de casa e da escola
Peças imantadas em plano inclinado
Placa com tiras (de velcro) como se fossem linhas
Figura 8 -Sequência de atividades individuais de um usuário da CAA (SARTORETTO & BERSCH, 2014)
39. Como saber se compreendeu a história que foi lida para a turma?
Nas tarefas escolares
Prancha de atividade (opções de resposta para marcar “X”)
49. Seção Documentos
Apresentações de documentos e artigos produzidos no IHA e por colaboradores professores e pesquisadores.
50. Referências bibliográficas citadas no artigo:
REILY, L. As imagens: o lúdico e o absurdo no ensino de arte para pré-escolares surdos. In: SILVA, I. R.; KAUCHAKJE, S.; GESUELI, Z. M. (Org.). Cidadania, surdez e linguagem: Desafios e realidades. São Paulo, Editora Plexus, 2003.
REILY, L. Escola inclusiva: Linguagem e mediação. Campinas, SP: Papirus, 2 ed., 2006.
SANTAELLA, L. Navegar no ciberespaço: o perfil cognitivo do leitor imersivo. São Paulo: Paulus, 2004.
SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.
Referências bibliográficas para aprofundamento em linguagem visual:
DONDIS, D. A. Sintaxe da linguagem visual. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
SANTAELLA, L. Matrizes da linguagem e pensamento: sonora visual verbal: aplicações na hipermídia. São Paulo: Iluminuras: FAPESP, 2005.
SANTAELLA, L. Leitura de imagens. São Paulo: Editora Melhoramentos, 2012.
Referências das imagens presentes neste texto com sites informativos:
PELOSI, M. B. Tecnologia AssistivabyMyrianPelosi(2014). Disponível em: http://www.comunicacaoalternativa.com.br/estrategias
SARTORETTO, M. L.; BERSCH, R. Assistiva: Tecnologia e educação (2014). Disponível em: http://www.assistiva.com.br/ca.html
Bibliografia
51. BERSCH, R. Introdução à tecnologia assistiva. Disponível em: http://www.assistiva.com.br/Introducao%20TA%20Rita%20Bersch.pdf Acesso em: 20 de agosto de 2008.
PELOSI, M. B. Por uma escola que ensine e não apenas acolha -Recursos e estratégias para inclusão escolar. In: Eduardo José Manzini. (Org.). Inclusão e acessibilidade. Marília: ABPEE, 2006, v., p. 121-132.
PELOSI, M. B. O papel da comunicação alternativa e ampliada (CAA) na integração das crianças com necessidades educacionais especiais. In: A Comunicação Alternativa e Ampliada nas Escolas do Município do Rio de Janeiro: formação de professores e caracterização dos alunos com necessidades educacionais especiais. Rio de Janeiro: Tese de Mestrado em Educação defendida na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, cap.II, p. 34 –57, 2000.
REILY, L. Recursos pedagógicos: A imagem visual em três dimensões e a imagem em movimento. In: REILY, L. Escola inclusiva: linguagem e mediação. Campinas, SP: Papirus, 2004, cap. 2, p.25-48.
REILY, L. Sistemas de comunicação suplementar e alternativa. In: Escola inclusiva: linguagem e mediação. Campinas, SP: Papirus, 2004, cap. 4, p.67-88.
Bibliografia
53. Oficina
1)Montar a história com os pictogramas.
2)Deixar a história montada.
3)Breve anotação sobre opiniões do grupo e os e-mails para receber o material.
4)Entregar o material produzido no grupo.
5)Quem continuar a tarde finalizará a atividade e levará o material.
6)Às 11:30 abriremos para a finalização: sorteio.
7)Retornar 13:30 min.