2. Psicopatologia é uma área do conhecimento que objectiva estudar os
estados psíquicos relacionados ao sofrimento mental . É a área de estudos
que está na base da psiquiatria, cujo enfoque é clínico.
3. Pode-se considerar a
psicopatologia um campo de
pesquisa principalmente de
psicanalistas, psiquiatras e
de psicólogos clínicos. A
palavra "Psico-pato-logia" é
composta de três palavras
gregas: "psychê", que
produziu "psique",
"psiquismo", "psíquico",
"alma"; "pathos", que
resultou em "paixão",
"excesso", "passagem",
"passividade", "sofrimento",
e "logos", que resultou em
"lógica", "discurso",
"narrativa", "conhecimento".
Psicopatologia seria, então,
um discurso, um saber,
(logos) sobre o sofrimento,
(pathos) da mente (psiquê).
Ou seja, um discurso
representativo a respeito do
pathos.
4. 1. Transtornos geralmente diagnosticados pela primeira vez
na infância ou na adolescência
2. Delírios , demência, transtorno amnéstico e outros
transtornos cognitivos
3. Transtornos mentais causados por uma condição médica
geral
4. Transtornos relacionados a substâncias
5. Esquizofrenia e outros transtornos psicóticos
6. Transtornos do humor
7. Transtornos de ansiedade
8. Transtornos factícios
9. Transtornos dissociativos
10.Transtornos sexuais e da identidade de género
11. Transtornos da alimentação
12. Transtornos do sono
13. Transtornos do controle do impulso não classificados
em outro local
14. Transtornos de adaptação
15. Transtornos de personalidade
Organização
geral das
categorias:
5. A esquizofrenia infantil é uma
perturbação que se engloba num
comportamento e pensamento
anormais; inicia-se entre os 7 anos
e o princípio da adolescência.
A causa da esquizofrenia infantil
não é conhecida. Continuam as
especulações sobre as anomalias
químicas cerebrais
comprometidas e o papel que tem
o factor hereditário. Também não
se sabe por que razão algumas
crianças desenvolvem
esquizofrenia na infância, quando
a maioria não apresenta sintomas
até à adolescência já muito
avançada. O que se sabe é que a
esquizofrenia não é causada por
uma deficiente atenção por parte
dos pais.
6. A esquizofrenia infantil
habitualmente aparece
depois dos 7 anos. A criança
torna-se introvertida, perde
interesse pelas actividades
usuais e desenvolve um
pensamento e uma percepção
distorcidas. Esta
esquizofrenia é semelhante à
que começa na adolescência
tardia ou no princípio da
idade adulta. Uma criança
com esquizofrenia, tal como
acontece com os adultos, é
propensa a sofrer de
alucinações, enganos e
paranóia, teme que outros
estejam a tentar fazer-lhe mal
ou a controlar os seus
pensamentos
7. Teorias familiares[|
Assim como a abordagem
psicanalítica, outras abordagens
responsabilizam a família, mas
apesar de terem bastante impacto
histórico, tiveram pouco
embasamento empírico. Surgiram
na decada de 1950, umas baseadas
no tipo de comunicação entre os
vários elementos da familia, e
outras aparecendo mais ligadas à
estrutura familiar. Dos estudos
desenvolvidos surge o conceito de
mãe esquizofrenogénica - a mãe
possessiva e dominadora dos seus
filhos como geradora de
personalidades esquizofrénicas.
Estudos posteriores vieram
contudo desconfirmar esta
hipótese, relacionando esse
comportamento mais com
etiologia neuroticas e não com a
psicose
8. A doença mental é com frequência relacionada com o mendigo que perambula pelas ruas,
falando sozinho, ou com a mulher que aparece na TV dizendo ter 16 personalidades ou ainda
com o maníaco homicida que aparece nos filmes. De fato, a doença mental é, há séculos,
sinónimo de exclusão social, e o diagnóstico de esquizofrenia, significou por muito tempo
um destino certo: os hospitais psiquiátricos ou asilos, onde os pacientes ficavam internados
durante anos - às vezes, pela maior parte de suas vidas.
Em muitos casos, os indivíduos diagnosticados como esquizofrênicos foram crianças tímidas,
introvertidas, com dificuldades de relacionamento e com pouca interacção emocional,
eventualmente também com dificuldades de atenção. Durante a adolescência o isolamento
vai se tornando cada vez maior e o rendimento escolar vai diminuindo. Estas modificações
são frequentemente associadas à crise da adolescência. "Para o adolescente, este é um
período de confusão, sente-se desconcentrado, não sabe o que se está a passar com ele. O
jovem começa a passar grandes períodos frente ao espelho, a observar o seu corpo, revelando
a presença de alterações do seu esquema corporal que podem surgir associadas à vivência
psicótica. Isto não acontece só ao nível do corpo, mas também na consciência de si próprio
(perturbação da vivência do "eu") apresentando neste caso sentimentos de
despersonalização".6