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Por que estudar as propriedades mecânicas
dos metais ?
É obrigação dos Engenheiros e Técnicos compreender como as várias

propriedades mecânicas são medidas e o que essas propriedades

representam;      elas     serão     necessárias   para   projeto   de

estruturas/componentes.



O conhecimento dessas propriedades é importante para que não ocorram

falhas e/ou níveis inaceitáveis de deformação.
PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS
  LIMITE DE RESISTÊNCIA À TRAÇÃO – MÁXIMA TENSÃO DE
    TRAÇÃO QUE PODE SER SUPORTADA SEM QUE HAJA
    FRATURA.

  LIMITE DE ESCOAMENTO – TENSÃO NECESSÁRIA PARA
    INICIAR A DEFORMAÇÃO PLÁSTICA DE UM MATERIAL
    TRACIONADO.

  DUCTILIDADE – CAPACIDADE DE UM MATERIAL DEFORMAR
   ELASTICAMENTE SEM SOFRER FRATURA.
PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS
  TENACIDADE – QUANTIDADE DE ENERGIA ABSORVIDA POR
    UM MATERIAL À MEDIDA QUE SE FRATURA (DEFORMAÇÃO
    PLASTICA).

  DUREZA – MEDIDA DE RESISTÊNCIA DE UM MATERIAL À
   DEFORMAÇÃO PELA INDENTAÇÃO DA SUA SUPEFÍCIE OU
   POR ABRASÃO.

  RESILIÊNCIA – CAPACIDADE DE UM MATERIAL EM ABSORVER
    ENERGIA QUANDO ELE É DEFORMADO ELASTICAMENTE.
Considerações - Ensaio de Tração
        Ensaio amplamente utilizado na indústria de componentes
mecânicos como teste para controle das especificações da entrada de
matéria-prima.

        Ensaio relativamente simples e de realização rápida além de
fornecer informações significativas para o projeto e fabricação de peças e
componentes.
        Consiste na aplicação de carga de tração uniaxial crescente em
corpo-de-prova até a ruptura.

         Objetivo compreender como reage o material devido aos esforços de
tração, avaliando as deformações, limites de resistência e a ruptura do material.
Definição do Ensaio de Tração
      O ensaio de tração consiste em submeter o material a um
 esforço que tende a alongá-lo até a ruptura. Os esforços ou
 cargas são medidos na própria máquina de ensaio.

      No ensaio de tração o corpo é deformado por
 alongamento, até o momento em que se rompe.

      Os ensaios de tração permitem conhecer como os
 materiais reagem aos esforços de tração, quais os limites de
 tração que suportam e a partir de que momento se rompem.
Deformação Antes da Ruptura
 Imagine um corpo preso numa das extremidades, submetido a uma força,
 como na ilustração ao lado. Quando esta força é aplicada na direção do
 eixo longitudinal, se diz que se trata de uma força axial.
 Observe novamente a ilustração anterior. Repare que a força axial está
 dirigida para fora do corpo sobre o qual foi aplicada. Quando a força axial
 está dirigida no sentido mostrado, trata-se de uma força axial de tração.
 A aplicação de uma força axial de tração num corpo preso produz uma
 deformação, isto é, um aumento no seu comprimento com diminuição da
 área da seção transversal.
Fatores de influência
          Os resultados fornecidos pelo ensaio de tração são fortementes
 influenciados pela:

 Composição química da liga (AISI 1020, AISI 1040...)
 Temperatura do ensaio
 Velocidade de deformação

Anisotropia do material (é a característica que uma substância possui em que
uma certa propriedade física varia com a direção).
 Tamanho de grão

 Tratamento térmico
Influência da Composição Química
Quanto maior a quantidade de carbono existente no aço maior a sua resistência
mecânica e, conseqüentemente, menor a sua ductilidade e tenacidade.
Influência da temperatura e da taxa de deformação
no ensaio de tração
Influência da temperatura no ensaio de
tração




       Aumento de resistência e perda de ductilidade em
       baixas temperaturas.
Anisotropia
  EM MATERIAS DEFORMADOS TERMOMECANICAMENTE (LAMINAÇÃO,
    FORJAMENTO, EXTRUSÃO, ETC...) AS PROPRIDADES MECÂNICAS VARIAM
    DE ACORDO COM A DIREÇÃO.
  POR ESTE MOTIVO É IMPORTANTE A DIREÇÃO QUE É EXTRAÍDO O CORPO DE
    PROVA.




                              Direção
  Direção                   Transversal      Direção
Longitudinal                                Laminação
Anisotropia
Bandeamento microestrutural influencia na resistência a tração. Sentido
longitudinal a direção de laminação possui maior resistência a tração do
que no sentido transversal.
Orientação dos Corpos-de-Prova
Ensaio de Tração



                   magnitude da carga aplicada




     alongamento
Máquina do Ensaio
Corpo-de-prova padrão1



       Diâmetro padrão 12.8 mm;
       Onde o comprimento da seção reduzida deve ser no mínimo 4 vezes seu
       diâmetro, 60 mm é o valor comum;
       O comprimento útil é 50 mm.

          Os corpos-de-prova também podem ter seção retangular (chapa, placa ou perfil)




1   ASTM Standards E 8 and E 8M, “Standard Test Methods for Tension Testing of Metallic Materials.”
Especificações dos Corpos-de-Prova



 A parte útil do corpo de prova, identificada no desenho anterior por Lo, é a região onde
 são feitas as medidas das propriedades mecânicas do material.
 As cabeças são as regiões extremas, que servem para fixar o corpo de prova à máquina
 de modo que a força de tração atuante seja axial. Devem ter seção maior do que a parte
 útil para que a ruptura do corpo de prova não ocorra nelas.
 Suas dimensões e formas dependem do tipo de fixação à máquina. Os tipos de fixação
 mais comuns são:
 Entre as cabeças e a parte útil há um raio de concordância para evitar que a ruptura
 ocorra fora da parte útil do corpo de prova (Lo).
 Segundo a ABNT, o comprimento da parte útil dos corpos de prova utilizados nos ensaios
 de tração deve corresponder a 4 vezes o diâmetro da seção da parte útil.
Especificações dos Corpos-de-Prova
 Por acordo internacional, sempre que possível um corpo de prova deve
 ter 10 mm de diâmetro e 50 mm de comprimento inicial. Não sendo
 possível a retirada de um corpo de prova deste tipo, deve-se adotar um
 corpo com dimensões proporcionais a essas.

 Corpos de prova com seção retangular são geralmente retirados de
 placas, chapas ou lâminas. Suas dimensões e tolerâncias de usinagem
 são normalizadas pela ISO/R377 enquanto não existir norma brasileira
 correspondente. A norma brasileira (NBR 6152, dez./1980) somente
 indica que os corpos de prova devem apresentar bom acabamento de
 superfície e ausência de trincas.
Alongamento
 Aumento de comprimento que ocorre quando se
 realiza um ensaio de tração.
Curva Tensão-Deformação Convencional/Engenharia
     σ




                               x




                                              ε
Tipos de Deformação

 Deformação elástica: não é permanente. Uma vez
 cessados os esforços, o material volta à sua forma
 original.

 Deformação plástica: é permanente. Uma vez cessados
 os esforços, o material recupera a deformação elástica,
 mas fica com uma deformação residual plástica, não
 voltando mais à sua forma original.
Curva Tensão-Deformação Convencional/Engenharia
        σ                                             Tensão máxima, após ela
                                                        começa a estricção !


         σu                                    x

                                                     x                     Ruptura !
    σp = σe


                                           2
                                                                        Mostrar vídeo !
                 1



                                                                                  ε
1. Regime elástico – Lei de Hooke σ = Eε           Resiliência = área da região 1 da curva

2. Regime plástico – deformações permanentes       Tenacidade = área total da curva (1+2)
Materiais Dúcteis e Frágeis
 Materiais Dúcteis: Qualquer material que possa ser submetido
 a grandes deformações antes da ruptura é chamado de
 material dúctil. Freqüentemente, os engenheiros escolhem
 materiais dúcteis para o projeto, pois estes são capazes de
 absorver choque ou energia e, quando sobrecarregados,
 exibem, em geral, grande deformação antes de falhar.

 Materiais Frágeis: Os materiais que apresentam pouco ou
 nenhum escoamento são chamados de materiais frágeis.
Tipos de Falhas
Tipos de Falhas
(a) Fratura frágil: pouca deformação, superfícies praticamente paralelas
    entre si.
(b) Fratura muito dúctil: muita deformação, superfícies em forma de
    cones.
(c) Fratura dúctil: há deformação considerável, porém menor do que no
    exemplo (b).
Relações de Tensão e Deformação
  Com os dados registrados no ensaio, se determina a tensão nominal ou de
  engenharia dividindo a carga aplicada P pela área da seção transversal inicial do
  corpo de prova So.


                                P
                             
                                So
   A deformação normal ou de engenharia é encontrada
dividindo-se a variação no comprimento de referência L,
pelo comprimento de referência inicial Lo.

                                  L
                               
                                  Lo
Módulo de Elasticidade ou Módulo de Young
  σ
      σp
                                              y = a.x        σ = E.ε

           E
                                                            E=σ/ε



                           ε
Fornece uma indicação da rigidez do material, e depende fundamentalmente das
forças de ligação interatômica do material;
Varia com a temperatura;
Aumenta com o aumento da temperatura de fusão do material (avaliando materiais
diferentes);
Módulo de Elasticidade ou Módulo de Young
Módulo de Elasticidade ou Módulo de Young
   O módulo de elasticidade do aço (Eaço= 210 GPa) é cerca de três vezes maior
 que o correspondente para ligas de alumínio (EAl = 70 GPa), conseqüentemente,
 quanto maior o módulo de elasticidade, menor a deformação elástica resultante
 da aplicação de uma determinada carga.
Coeficiente de Poisson (v):
   Esse coeficiente mede a rigidez do material na direção perpendicular à
   direção de aplicação da carga uniaxial, considerando εx = εy; O valor
   numérico desse coeficiente é determinado conforme segue:




                                                    εy
                                            εx
Coeficiente de Poisson (v):
Escoamento
    A maioria dos metais apresenta nas curvas tensão/deformação, uma
    transição do comportamento elástico para o comportamento plástico.




Curva tensão-deformação: não apresenta   Curva tensão-deformação: transição elastoplástica é
um limite de escoamento nítido.          muito bem definida e ocorre de forma abrupta.
Tensão de Escoamento
     O limite de escoamento pode ser contínuo ou descontínuo.

σe = ???

           σp                 σp = σe




                contínuo                descontínuo
Escoamento Contínuo
Metodologia para determinação do limite de escoamento
                              Adotar a tensão correspondente a uma
                              deformação permanente igual ao valor “n”.
 σe
                                      O valor de n pode assumir:
                                      Metais e ligas em geral
                                      n = 0,2 % (e = 0,002);
                                      Cobre e suas ligas
                                      n = 0,5 % (e = 0,005);
                                      Ligas metálicas muito duras.
                                      n = 0,1 % (e = 0,001);
      0,002

              contínuo
Comportamento tensão-deformação Material Dúctil e
Frágil
Corpo de Prova após Ensaio
 No ensaio de tração, pode-se observar na superfície
 fraturada três regiões distintas, denominadas zona
 fibrosa, radial e de cisalhamento.

 A zona fibrosa, no centro do corpo-de-prova,
 corresponde à propagação lenta da fratura,
 predominantemente pelo mecanismo de coalescimento
 de microcavidades.
Corpo de Prova após Ensaio
Na zona radial, predomina a fratura
frágil, de propagação rápida, que produz
marcas radiais na superfície, apontando
para a origem da fratura. A fratura frágil
produz pouca deformação plástica
associada.
A zona de cisalhamento se forma sempre
junto à superfície livre, em conseqüência
da diminuição da seção resistente do
corpo-de-prova. Isto causa a diminuição
de sua rigidez e maior possibilidade de
deformação plástica. Nesta região, nota-
se o coalescimento das microcavidades.
Corpo de Prova após Ensaio
       Um corpo-de-prova após fratura, num ensaio de tração, apresenta os
 aspectos típicos onde a fratura dúctil é denominada “taça e cone”. A zona
 fibrosa forma a “taça” e a zona de cisalhamento formando o “cone”.

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Propriedades mecânicas dos metais

  • 1.
  • 2. Por que estudar as propriedades mecânicas dos metais ? É obrigação dos Engenheiros e Técnicos compreender como as várias propriedades mecânicas são medidas e o que essas propriedades representam; elas serão necessárias para projeto de estruturas/componentes. O conhecimento dessas propriedades é importante para que não ocorram falhas e/ou níveis inaceitáveis de deformação.
  • 3. PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS LIMITE DE RESISTÊNCIA À TRAÇÃO – MÁXIMA TENSÃO DE TRAÇÃO QUE PODE SER SUPORTADA SEM QUE HAJA FRATURA. LIMITE DE ESCOAMENTO – TENSÃO NECESSÁRIA PARA INICIAR A DEFORMAÇÃO PLÁSTICA DE UM MATERIAL TRACIONADO. DUCTILIDADE – CAPACIDADE DE UM MATERIAL DEFORMAR ELASTICAMENTE SEM SOFRER FRATURA.
  • 4. PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS TENACIDADE – QUANTIDADE DE ENERGIA ABSORVIDA POR UM MATERIAL À MEDIDA QUE SE FRATURA (DEFORMAÇÃO PLASTICA). DUREZA – MEDIDA DE RESISTÊNCIA DE UM MATERIAL À DEFORMAÇÃO PELA INDENTAÇÃO DA SUA SUPEFÍCIE OU POR ABRASÃO. RESILIÊNCIA – CAPACIDADE DE UM MATERIAL EM ABSORVER ENERGIA QUANDO ELE É DEFORMADO ELASTICAMENTE.
  • 5. Considerações - Ensaio de Tração Ensaio amplamente utilizado na indústria de componentes mecânicos como teste para controle das especificações da entrada de matéria-prima. Ensaio relativamente simples e de realização rápida além de fornecer informações significativas para o projeto e fabricação de peças e componentes. Consiste na aplicação de carga de tração uniaxial crescente em corpo-de-prova até a ruptura. Objetivo compreender como reage o material devido aos esforços de tração, avaliando as deformações, limites de resistência e a ruptura do material.
  • 6. Definição do Ensaio de Tração O ensaio de tração consiste em submeter o material a um esforço que tende a alongá-lo até a ruptura. Os esforços ou cargas são medidos na própria máquina de ensaio. No ensaio de tração o corpo é deformado por alongamento, até o momento em que se rompe. Os ensaios de tração permitem conhecer como os materiais reagem aos esforços de tração, quais os limites de tração que suportam e a partir de que momento se rompem.
  • 7. Deformação Antes da Ruptura Imagine um corpo preso numa das extremidades, submetido a uma força, como na ilustração ao lado. Quando esta força é aplicada na direção do eixo longitudinal, se diz que se trata de uma força axial. Observe novamente a ilustração anterior. Repare que a força axial está dirigida para fora do corpo sobre o qual foi aplicada. Quando a força axial está dirigida no sentido mostrado, trata-se de uma força axial de tração. A aplicação de uma força axial de tração num corpo preso produz uma deformação, isto é, um aumento no seu comprimento com diminuição da área da seção transversal.
  • 8. Fatores de influência Os resultados fornecidos pelo ensaio de tração são fortementes influenciados pela: Composição química da liga (AISI 1020, AISI 1040...) Temperatura do ensaio Velocidade de deformação Anisotropia do material (é a característica que uma substância possui em que uma certa propriedade física varia com a direção). Tamanho de grão Tratamento térmico
  • 9. Influência da Composição Química Quanto maior a quantidade de carbono existente no aço maior a sua resistência mecânica e, conseqüentemente, menor a sua ductilidade e tenacidade.
  • 10. Influência da temperatura e da taxa de deformação no ensaio de tração
  • 11. Influência da temperatura no ensaio de tração Aumento de resistência e perda de ductilidade em baixas temperaturas.
  • 12. Anisotropia EM MATERIAS DEFORMADOS TERMOMECANICAMENTE (LAMINAÇÃO, FORJAMENTO, EXTRUSÃO, ETC...) AS PROPRIDADES MECÂNICAS VARIAM DE ACORDO COM A DIREÇÃO. POR ESTE MOTIVO É IMPORTANTE A DIREÇÃO QUE É EXTRAÍDO O CORPO DE PROVA. Direção Direção Transversal Direção Longitudinal Laminação
  • 13. Anisotropia Bandeamento microestrutural influencia na resistência a tração. Sentido longitudinal a direção de laminação possui maior resistência a tração do que no sentido transversal.
  • 15. Ensaio de Tração magnitude da carga aplicada alongamento
  • 17. Corpo-de-prova padrão1 Diâmetro padrão 12.8 mm; Onde o comprimento da seção reduzida deve ser no mínimo 4 vezes seu diâmetro, 60 mm é o valor comum; O comprimento útil é 50 mm. Os corpos-de-prova também podem ter seção retangular (chapa, placa ou perfil) 1 ASTM Standards E 8 and E 8M, “Standard Test Methods for Tension Testing of Metallic Materials.”
  • 18. Especificações dos Corpos-de-Prova A parte útil do corpo de prova, identificada no desenho anterior por Lo, é a região onde são feitas as medidas das propriedades mecânicas do material. As cabeças são as regiões extremas, que servem para fixar o corpo de prova à máquina de modo que a força de tração atuante seja axial. Devem ter seção maior do que a parte útil para que a ruptura do corpo de prova não ocorra nelas. Suas dimensões e formas dependem do tipo de fixação à máquina. Os tipos de fixação mais comuns são: Entre as cabeças e a parte útil há um raio de concordância para evitar que a ruptura ocorra fora da parte útil do corpo de prova (Lo). Segundo a ABNT, o comprimento da parte útil dos corpos de prova utilizados nos ensaios de tração deve corresponder a 4 vezes o diâmetro da seção da parte útil.
  • 19. Especificações dos Corpos-de-Prova Por acordo internacional, sempre que possível um corpo de prova deve ter 10 mm de diâmetro e 50 mm de comprimento inicial. Não sendo possível a retirada de um corpo de prova deste tipo, deve-se adotar um corpo com dimensões proporcionais a essas. Corpos de prova com seção retangular são geralmente retirados de placas, chapas ou lâminas. Suas dimensões e tolerâncias de usinagem são normalizadas pela ISO/R377 enquanto não existir norma brasileira correspondente. A norma brasileira (NBR 6152, dez./1980) somente indica que os corpos de prova devem apresentar bom acabamento de superfície e ausência de trincas.
  • 20. Alongamento Aumento de comprimento que ocorre quando se realiza um ensaio de tração.
  • 22. Tipos de Deformação Deformação elástica: não é permanente. Uma vez cessados os esforços, o material volta à sua forma original. Deformação plástica: é permanente. Uma vez cessados os esforços, o material recupera a deformação elástica, mas fica com uma deformação residual plástica, não voltando mais à sua forma original.
  • 23. Curva Tensão-Deformação Convencional/Engenharia σ Tensão máxima, após ela começa a estricção ! σu x x Ruptura ! σp = σe 2 Mostrar vídeo ! 1 ε 1. Regime elástico – Lei de Hooke σ = Eε Resiliência = área da região 1 da curva 2. Regime plástico – deformações permanentes Tenacidade = área total da curva (1+2)
  • 24.
  • 25. Materiais Dúcteis e Frágeis Materiais Dúcteis: Qualquer material que possa ser submetido a grandes deformações antes da ruptura é chamado de material dúctil. Freqüentemente, os engenheiros escolhem materiais dúcteis para o projeto, pois estes são capazes de absorver choque ou energia e, quando sobrecarregados, exibem, em geral, grande deformação antes de falhar. Materiais Frágeis: Os materiais que apresentam pouco ou nenhum escoamento são chamados de materiais frágeis.
  • 27. Tipos de Falhas (a) Fratura frágil: pouca deformação, superfícies praticamente paralelas entre si. (b) Fratura muito dúctil: muita deformação, superfícies em forma de cones. (c) Fratura dúctil: há deformação considerável, porém menor do que no exemplo (b).
  • 28. Relações de Tensão e Deformação Com os dados registrados no ensaio, se determina a tensão nominal ou de engenharia dividindo a carga aplicada P pela área da seção transversal inicial do corpo de prova So. P  So A deformação normal ou de engenharia é encontrada dividindo-se a variação no comprimento de referência L, pelo comprimento de referência inicial Lo. L   Lo
  • 29. Módulo de Elasticidade ou Módulo de Young σ σp y = a.x σ = E.ε E E=σ/ε ε Fornece uma indicação da rigidez do material, e depende fundamentalmente das forças de ligação interatômica do material; Varia com a temperatura; Aumenta com o aumento da temperatura de fusão do material (avaliando materiais diferentes);
  • 30. Módulo de Elasticidade ou Módulo de Young
  • 31. Módulo de Elasticidade ou Módulo de Young O módulo de elasticidade do aço (Eaço= 210 GPa) é cerca de três vezes maior que o correspondente para ligas de alumínio (EAl = 70 GPa), conseqüentemente, quanto maior o módulo de elasticidade, menor a deformação elástica resultante da aplicação de uma determinada carga.
  • 32. Coeficiente de Poisson (v): Esse coeficiente mede a rigidez do material na direção perpendicular à direção de aplicação da carga uniaxial, considerando εx = εy; O valor numérico desse coeficiente é determinado conforme segue: εy εx
  • 34. Escoamento A maioria dos metais apresenta nas curvas tensão/deformação, uma transição do comportamento elástico para o comportamento plástico. Curva tensão-deformação: não apresenta Curva tensão-deformação: transição elastoplástica é um limite de escoamento nítido. muito bem definida e ocorre de forma abrupta.
  • 35. Tensão de Escoamento O limite de escoamento pode ser contínuo ou descontínuo. σe = ??? σp σp = σe contínuo descontínuo
  • 36. Escoamento Contínuo Metodologia para determinação do limite de escoamento Adotar a tensão correspondente a uma deformação permanente igual ao valor “n”. σe O valor de n pode assumir: Metais e ligas em geral n = 0,2 % (e = 0,002); Cobre e suas ligas n = 0,5 % (e = 0,005); Ligas metálicas muito duras. n = 0,1 % (e = 0,001); 0,002 contínuo
  • 38. Corpo de Prova após Ensaio No ensaio de tração, pode-se observar na superfície fraturada três regiões distintas, denominadas zona fibrosa, radial e de cisalhamento. A zona fibrosa, no centro do corpo-de-prova, corresponde à propagação lenta da fratura, predominantemente pelo mecanismo de coalescimento de microcavidades.
  • 39. Corpo de Prova após Ensaio Na zona radial, predomina a fratura frágil, de propagação rápida, que produz marcas radiais na superfície, apontando para a origem da fratura. A fratura frágil produz pouca deformação plástica associada. A zona de cisalhamento se forma sempre junto à superfície livre, em conseqüência da diminuição da seção resistente do corpo-de-prova. Isto causa a diminuição de sua rigidez e maior possibilidade de deformação plástica. Nesta região, nota- se o coalescimento das microcavidades.
  • 40. Corpo de Prova após Ensaio Um corpo-de-prova após fratura, num ensaio de tração, apresenta os aspectos típicos onde a fratura dúctil é denominada “taça e cone”. A zona fibrosa forma a “taça” e a zona de cisalhamento formando o “cone”.