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PORTAS ABERTAS
Caminhada Espiritual sob a Luz do Santo Daime
“A caminhada somente prosseguirá serena, sob a orientação iluminada de nossa própria fé.
Abençoemos os filhos queridos, mesmo que se encontrem à distância, enviando-lhes
pensamentos de paz e esperança, encorajamento e bom ânimo, e confiemos em Jesus, cuja
Infinita Bondade jamais nos desampara.”
Bezerra de Menezes
“Sentir a Doutrina! Quão difícil é! Porque a
Doutrina é o Cristo, são as virtudes do seu Espírito e senti-la
é sentir o próprio Mestre, na acepção completa da palavra.”
Bittencourt Sampaio
“Quando os homens forem bons, organizarão boas instituições, que serão duráveis, porque todos
terão interesse em conservá-las. O progresso geral é a resultante de todos os progressos
individuais.” (Allan Kardec - Credo Espírita - "Obras Póstumas".)
Quando se abrem as portas de um templo espírita cristão, uma Igreja, um ponto de
luz, uma casa de oração ou de um santuário doméstico, dedicado a comunhão do Santo
Daime, uma luz Divina acende-se nas trevas da ignorância humana e, através de raios
benfazejos desse astro de fraternidade e conhecimento, que brilha para o bem da
comunidade, os homens que dele se avizinham, ainda que não desejem, caminham, sem
perceber, para a vida melhor.
A Igreja é uma escola onde podemos aprender e ensinar, plantar o bem e recolher-
lhe as graças, aprimorar-nos e aperfeiçoar os outros, na senda eterna.
É o posto de atendimento fraternal a todos os que o procuram, com o propósito de
obter orientação, esclarecimento, ajuda ou consolação. É o núcleo de estudo, de
fraternidade, de oração e de trabalho, com base no Evangelho de Jesus, à luz da Doutrina
apresentada pelo Mestre Irineu Serra. É o recanto de paz construtiva, propiciando a união
de seus frequentadores na vivência da recomendação de Jesus: “Amai uns aos outros”.
É um erro enorme transformar o trabalho espiritual em campo de experiências e
práticas próprias de outras correntes espiritualistas, a pretexto de que o Santo Daime admite
tudo em seu contexto, em nome da liberdade e desde que a prática não seja prejudicial.
O trabalho sob a Luz do Santo Daime tem finalidades definidas, que são clara e
límpida em seus objetivos, não podem e não devem estar à mercê dos que, por opinião
pessoal, por simpatia a certas tendências, buscam transformá-lo em laboratório dos mais
diferentes exercícios.
A Igreja Daimista, descaracterizada por práticas não autorizadas pela Doutrina, gira
ao sabor dos interesses individuais e grupais. O modismo é outro responsável pelo
induzimento a teorias e práticas prejudiciais à limpidez doutrinária. Esquecem que a Igreja
só deve dar guarida ao que autoriza a Doutrina, ou ao que seja decorrência natural dela.
A gênese da Igreja bem orientada, voltada ao bem, está na Espiritualidade Superior.
Seus fardados dedicados tomam compromissos de bem servir, seja antes da reencarnação,
seja no decorrer da vida carnal.
Todos estão sujeitos a transvios e enganos leves ou sérios, sob as influências da
materialidade da vida e de injunções espirituais de toda ordem.
A Igreja, por sua natureza, por suas finalidades e por seu desempenho, é sempre alvo
das tentativas da Espiritualidade inferior de desviá-la de seu roteiro normal. A vigilância,
tanto individual quanto coletiva, é dever de todos os fardados da Casa.
A igreja deve ser o refúgio, o porto de esperanças e consolações para todos os
carentes que lhe batem às portas, especialmente os necessitados do espírito. Por isso, a
Igreja precisa contar com fardados conscientes de seus deveres, conhecedores da Doutrina,
capazes de, em nome do Consolador, socorrer e ajudar, elucidar e exemplificar, aprender e
servir.
Ideias nobres e generosas, demonstrações vivas de fraternidade para com todos, é o
que nunca deve faltar na instituição que tem a responsabilidade da aplicação da mensagem
de Jesus, na interpretação inequívoca da Doutrina da Virgem Soberana Mãe.
Essa Doutrina libera as consciências. Seus princípios e postulados são lógicos e
exprimem uma realidade imanente. Quem se propõe a transmiti-la precisa, antes de tudo,
conhecê-la. O processo de transmissão do conhecimento deve ser simples e direto, sem
desvios, com apelo constante à razão e ao bom senso.
A Igreja, sendo grande ou pequena, preparando seus fardados por meio do estudo
constante, é agente permanente de difusão da Doutrina.
“A condição absoluta de vitalidade para toda reunião ou associação, qualquer que seja o
seu objetivo, é a homogeneidade, isto é, a unidade de vistas, de princípios e de sentimentos, a
tendência para um mesmo fim determinado, numa palavra: a comunhão de ideias.
Todas as vezes que alguns homens se congregam em nome de uma ideia vaga jamais
chegam a entender-se, porque cada um apreende essa ideia de maneira diferente.” (Allan
Kardec,OBRAS PÓSTUMAS, item VIII)
Ao planejarmos a construção de uma Igreja, devemos ter também assegurados os
recursos necessários à sua manutenção, vez que isso proporcionará aos dirigentes da
instituição a possibilidade de desenvolver as atividades sem tantas preocupações com a
conta de luz, água etc.
A experiência tem demonstrado que as casas espíritas que não produziram um
planejamento adequado para esse fim, geralmente, acabam por adotar atitudes
antidoutrinárias, tais como a realização de rifas, sorteios, etc. e principalmente a falta de
caridade ao cobrar pelo atendimento prestado.
Temos visto muitos companheiros, imbuídos da melhor das boas vontades,
empenharem-se na construção de uma casa espírita sem, contudo, atentarem para as
despesas que todo empreendimento acarreta.
Com isso, quando conseguem levar a bom termo a obra, passam a vivenciar uma
necessidade imperiosa de recursos financeiros para manter a instituição, acabando por
transformar a obtenção de recursos financeiros como atividade principal em detrimento das
atividades doutrinárias.
Diante disso, a Igreja, que deveria ser local de meditação e paz, estudo e serenidade
passa a vivenciar o ambiente próprio das organizações humanas, ávidas pela arrecadação de
dinheiro.
É comum que as Igrejas, na sua fase de formação, utilizem-se de sedes provisórias,
sendo importante tecer considerações quanto ao local que deve oferecer condições mínimas
de trabalho.
A sede deve possuir um mínimo de conforto, de condições higiênicas e garantir a
facilidade de acesso aos seus frequentadores e fardados.
“O mais urgente seria prover a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas de um local
convenientemente situado e disposto para as reuniões e recepções. Sem lhe dar o luxo
desnecessário e, ao demais, sem cabimento, seria preciso que aí nada denotasse penúria, mas
aparentasse um aspecto tal que as pessoas de distinção pudessem estar ali sem se considerar
muito diminuídas.” (Allan Kardec,OBRAS PÓSTUMAS)
Essas considerações ainda estão válidas em nossos dias, especialmente quando a
direção de algumas casas enfrenta críticas para promover melhorias nas instalações, o que,
por vezes, é confundido com excessos ou ostentações.
Mesmo no caso de instituições localizadas em regiões mais carente, do ponto de vista
sócio econômico, o descuido com a aparência do espaço e mobiliário utilizado não se
justifica, tendo em vista que toda pessoa deseja estar em um local que lhe propicie
condições agradáveis de permanência e conforto.
A harmonia e beleza do local não precisam, no entanto, ser confundidos com luxo
ou ostentação. Porém, precisam traduzir para os frequentadores condições de tranquilidade
e harmonia íntima, como também demonstrar a preocupação dos responsáveis pelo
trabalho em acolher e atender melhor a todos.
As diferentes atividades que uma Igreja pode e deve desenvolver pedem locais
próprios e fixos, considerando a organização de mobiliário e a preparação espiritual do
ambiente.
Ressalta-se, assim, a importância da preocupação dos dirigentes quanto ao espaço da
Igreja, sendo essencial que o mesmo procure acomodar de maneira adequada todas as
atividades que são desenvolvidas e suas especificidades.
O bem-estar dos frequentadores e trabalhadores deve ser propiciado ainda com os
ajustes necessários de luz, som, ventilação, limpeza e organização dos espaços.
Os dirigentes deverão ainda estar atentos quanto à segurança funcional da sede da
Igreja, mantendo uma revisão periódica da rede elétrica e da estrutura do prédio e dos
extintores contra incêndio. Promover a limpeza da caixa de água, filtros e bebedouros do
salão, evitando entulhos que possam provocar acidentes e/ou doenças.
Atentar para as necessidades de desinfecção e da instalação dos botijões de gás em
ambiente próprio e adequadamente protegido.
“Em outras palavras, isso significa que os homens que querem mudar seu estado de consciência
necessitam de uma escola. Mas, antes de tudo, devem dar-se conta de que precisam dela.
Enquanto acreditarem poder fazer algo por si mesmos, não poderão tirar nenhum proveito de
uma escola, ainda que a encontrem. As escolas existem somente para aqueles que precisam delas
e sabem que precisam delas.” (P.D. Ouspensky, Psicologia da Evolução Possível do Homem)
Uma escola espiritual tem a princípio três funções principais. Guardar o
Conhecimento, transmitir o Entendimento e agregar os que buscam Sabedoria.
A primeira função é manter todo o conhecimento da escola intacto, todos os
escritos, toda a tradição oral, a ritualística, a forma de ver o mundo, todos os dados, as
informações que essa ordem possui e virá a possuir estão aqui. A importância dessa função
se dá pelo fato que o mundo se transforma, as pessoas vêm e vão, mas o conhecimento
permanece, ele deve ser guardado para as próximas gerações, para os novos buscadores,
para o futuro. Dessa forma o conhecimento não se perde.
A segunda função é transmitir aos alunos dessa escola todo o entendimento
adquirido na posse desse conhecimento, ele pode ser a interpretação dos textos ou os
significados extraídos dos símbolos e simbolismos presentes nos ensinamentos da Doutrina,
é o produto do esforço daqueles que conduziram a escola para traduzir em entendimento
toda a experiência que a Igreja teve em manter vivo seu conhecimento, praticando,
vivendo e experienciando.
Ele é a tradução mais pura do que foi escrito e ensinado no início, dessa forma ainda
que releituras sejam feitas serão baseadas no entendimento real bebendo sempre direto da
fonte original.
Através do entendimento o conhecimento não se torna obsoleto, nem fica
inacessível com o passar das gerações.
O terceiro papel de uma escola é agregar aqueles que buscam a Sabedoria. Dentro da
Doutrina o estudante terá um Mestre para orientá-lo e companheiros para acompanhá-lo
no caminho.
Seus companheiros podem lhe servir de guia de seu próprio desenvolvimento,
relembrando-o de seu propósito sempre em que ele vacilar, podem oferecer uma visão
segura e honesta do seu desenvolvimento na medida em que aumenta a convivência,
podem identificar suas falhas e vícios seus pontos fortes e fracos.
Esses irmãos e irmãs mantém a chama da iniciação acesa uma vez que ao manter-se
sempre por perto desses companheiros seu centro de gravidade estará sempre orbitando a
esfera da expansão da consciência, seja estudando juntos, seja tomando o Santo Daime, seja
simplesmente em um ligeiro e sagrado momento de silêncio compartilhado.
Assim não seremos cegos guiando cegos, mas discípulos procurando a perfeição de si
mesmos.
Nessa jornada encontraremos o Mestre Raimundo Irineu Serra, o Padrinho Sebastião
Mota, guias e companheiros mais adiantados que nos ajudarão e teremos a possibilidade de
ajudar aqueles que necessitarem de nós.
A escola espiritual deve organizar em seu espaço cursos, vivências, encontros e mais
uma gama de atividades para agregar buscadores.
“Mas, uma constituição, por muito boa que seja, não poderia ser perpétua. O que é bom
para certa época pode tornar-se deficiente em época posterior.
As necessidades variam com as épocas e com o desenvolvimento das ideias. Se não se
quiser que com o tempo ela caia em desuso, ou que venha a ser postergada pelas ideias
progressistas, será necessário caminhe com essas idéias.
Dá-se com as doutrinas filosóficas e com as sociedades particulares o que acontece em
política e religião: acompanhar ou não o movimento propulsivo é uma questão de vida ou de
morte.
No caso de que aqui se trata, fora grave erro acorrentar o futuro por meio de uma regra
que se declare inflexível. Não menos grave erro seria introduzir com muita freqüência, na
constituição orgânica, modificações que acabariam por privála de estabilidade.
Faz-se mister proceder com ponderação e circunspeção. Só uma experiência de certa
duração pode permitir se julgue da utilidade real das modificações. Ora, quem pode em tal caso
ser juiz?
Não será um único homem, que geralmente só de seu ponto de vista vê as coisas;
tampouco será o autor do trabalho primitivo, porque poderá ser demasiado complacente na
apreciação da sua obra.
Serão os próprios interessados, porque experimentam de modo direto e permanente os
efeitos da instituição e podem perceber por onde ela peca.” (Allan Kardec, OBRAS PÓSTUMAS)
Nenhuma espécie evoluiu com vida mansa, seja pela abundância de presas para caçar
ou pela ausência completa de predadores.
Sem a adversidade, seja esta um predador faminto ou um estômago suplicando por
energia, os seres não teriam motivo para evoluir.
Embora todos gostemos de paz, de que tudo “ande nos trilhos”, não podemos
esperar que as adversidades passem ao largo. Esta seria, ao longo prazo, uma grande
armadilha. A estagnação, seja física, seja mental, seja espiritual, é o grande mal da
humanidade.
A época negra na Europa medieval demonstrou que dogmas não nos servem de
salvação, e que manuais de verdades absolutas de nada adiantam se as pessoas ainda são
ignorantes da real interpretação dessas verdades. Adquirir conhecimento não faz de
ninguém um santo: é preciso praticar, é preciso sujar os pés de lama, é preciso encarar o
deserto e compreender que, onde quer que haja estagnação, a natureza não nos deixará
relaxar.
Em nossa vã esperança de que fossemos o centro de todo o Cosmos, acreditamos
que os deuses é quem deveriam nos servir, ainda que através das mais variadas formas de
barganha. Ainda hoje, há cientistas que crêem que podem ditar os rumos da natureza,
“criando” novas espécies ou retardando indefinidamente o envelhecimento das células do
corpo. Tudo em vão: nada está parado, tudo flui, tudo vibra.
A natureza se move em ciclos, e dentre eras glaciais terrestres, surgiu o ser humano e
todo o seu conhecimento. Mas nem todo conhecimento é em vão. A maior prova está na
compreensão de que, muito mais do que as disputas pela sobrevivência, é o meio-ambiente
que molda a evolução das espécies. E mesmo aqui, uma vez mais, os índios estavam certos:
estamos todos conectados, principalmente com a natureza a nossa volta.
O homem vem tentando compreender os mecanismos da natureza, mas até hoje
falha miseravelmente em qualquer tipo de previsão mais aprofundada sobre para onde o
vento soprará a seguir. Prever o clima a curto prazo é possível, a longo prazo não: é que a
natureza insiste em erguer o seu véu, e dentre pequenos eventos que, por não sabermos a
causa real, chamamos de “caóticos” ou “aleatórios”, nada realmente pode ser previsto do
futuro. Nem onde o vento vai soprar, nem onde a terra vai tremer, nem até onde a
evolução poderá nos levar.
A perfeição é o amanhã, é o porvir, é a potencialidade das consciências etéreas a
bailar por entre eras e espécies – e ninguém pode realmente prever aonde tudo isso vai dar.
De sua agenda, a vida mesmo cuida: a natureza é livre.
Nem o mais forte, nem o mais inteligente. Sobrevive e evolui aquele que melhor se
adapta as condições do ambiente, e as suas mudanças.
Fisicamente, fazemos parte da espécie que obteve o maior sucesso em se adaptar ao
meio-ambiente. Exploramos e ocupamos as zonas mais remotas do planeta, e hoje estamos
em via de nos lançar ao oceano do Cosmos. Que nos faltará, senão uma adaptação de
consciência? Senão explorar e ocupar nosso infinito interior?
Para o Universo não existem os conceitos de bem ou mal. Existem os conceitos de
acordo individual e acordo coletivo: a aceitação. A resistência está ligada a entender os
fatos e aceitá-los como verdadeiros. Causa e efeito, então, têm relação com resistência. E
resistência tem relação com entendimento do que é correto ou ruim para cada forma de
existência.
Imaginemos que alguém tome uma atitude de benevolência geral e acredite
completamente nesses conceitos. Sai dela uma atitude sem resistência que alcança a todos os
seres e a ela retorna, sem qualquer tipo de violação dos princípios internos, o que ela
recebe como amor e harmonia. Porém, quando ela toma uma atitude com resistência, ela
fere o princípio que foi combinado socialmente; ela fere o princípio pessoal e individual —
comete um ato que ela entende como magoar, machucar outro ser.
A energia vai com resistência e volta com a mesma resistência: machucar, magoar e
ferir.
“Solidários, seremos união. Separados uns dos outros, seremos pontos de vista. Juntos,
alcançaremos a realização de nossos propósitos. Distanciados entre nós, continuaremos à
procura do trabalho com que já nos encontramos honrados pela Divina Providência”.
(Bezerra de Menezes - Psicografia de F. C. Xavier - Mensagem de União - “Unificação” nov/dez - 1980.)
Há muitos irmãos paralisados e infrutíferos por causa de feridas na alma. A Ilusão, o
Ego e a maldade atacam os seres humanos desde o ventre materno, para que levem, pelo
resto de suas vidas, feridas e lembranças que lhes tiram a liberdade e impedem de serem o
que Deus quer que sejam.
Esses males tem atingido a alma de muitos irmãos, fazendo-os melindrosos e
refratários a todo nível de confronto, o que lhes impede de serem confortados e consolados
pela Luz do Santo Daime. Impedindo dessa forma a expansão da consciência e a Ligação
Divina com o Senhor Deus.
Mas nosso Mestre que quer uma Igreja liberta, sadia e sem melindres, quer fardados
plenamente libertos e curados para liderarem o Seu projeto de Expandir a Santa Doutrina
aqui na Terra.
“Quando a chuva cai das nuvens a água não está contaminada, ela é como a água destilada; mas
tão logo toque o solo ela fica suja e turva. Da mesma forma, somos originalmente almas
espirituais puras, partes integrantes do Universo, e, portanto, nossa posição constitucional e
original é tão pura quanto à de Deus.” (A.C Bhaktivedanta Swami Prabhupãda – Karma Justiça Infalivel)
São muitas as evidências de alguém traumatizado na alma; dentre elas citamos:
mágoas, perfeccionismo, depressão, desvalor, amargura, rejeição, insegurança, medo, fugas,
falta de perdão, agressividade, indiferença, complexos, hipersensibilidade, perversões
sexuais, ódio.
Os traumas emocionais geram pessoas aprisionadas e limitadas. Afetando seus
conceitos, seus valores e sua identidade na vida, trazendo crise e dor.
Desta forma há sofrimento no lar, no trabalho, na igreja, no trabalho espiritual por
causa dos relacionamentos mal conduzidos, em virtude daquelas deformidades que estão na
alma. Tais pessoas estão em constante conflito consigo mesmo e com os outros, agindo com
medo, cobranças e desconfiança, por causa das constantes decepções.
As crianças são o principal alvo dessas energias, pois se conseguir traumatizar a alma
de uma criança haverá grandes chances de produzir um adulto deformado. Antes mesmo
do nascimento essas forças do mal já estão agindo por meio das adversidades na concepção
e gestação, tentativas de aborto, brigas do casal, morte, divórcio.
Na infância, tentam traumatizar por meio de pais cruéis, abusos físicos, morais e
sexuais, castigos desumanos, separação dos pais, morte de pais ou entes muito queridos,
brigas do casal, cenas de violência.
Essas forças inferiores sabem que através da mágoa eles podem nos prender às
pessoas que nos feriram, porque as feridas prendem pela mágoa. Toda vez que ao ser
ferido eu permito que a mágoa entre em meu coração, eu me amarro ao meu agressor
pelas cadeias da mágoa e estou pondo em ação mais um plano diabólico contra a vida. As
cadeias da mágoa PRENDEM O FERIDO A QUEM O FERIU.
Ter mágoa de alguém é amarrá-lo a você, é ser escravo dele, ainda que não saiba!
Com cadeias de mágoa no coração o fardado está incapaz de amar e ser amado.
Ninguém escolhe ser ferido e nem sempre tem culpa de o ser, mas deixar a ferida
crescer e contaminar todo o ser, pela aceitação da mágoa, é abrir porta para o mal - e isto é
pecado.
Amargura é aquele sentimento de mal-estar produzido pela ferida que foi adubada
por ressentimento e mágoa. Sempre que sua mente se detém em lembranças desagradáveis,
você está abrindo caminho para que a ferida se degenere em amargura.
Se você recebe a ferida e alimenta a mágoa, a amargura virá. Você estará cheio de
ódio e falta de perdão. Uma pessoa amargurada tem a mente cheia de argumentos e possui
fortalezas terríveis, com muralhas enormes, na alma.
A amargura manifesta-se de várias formas: nas palavras e atitudes (por isso é que
contamina) e nas enfermidades físicas e psíquicas. Um fardado não pode estar enlaçado pela
mágoa, nem amargurado, para não contaminar seu território através de suas palavras e
atitudes.
Alguém pode estar amargurado consigo mesmo, com os outros e até com Deus. A
solução para tal flagelo é aplicar o perdão e a Palavra de Deus.
Não perdoar é estar preso ao passado, é ser prisioneiro das pessoas do passado.
Perdoe e aja como Deus: seja misericordioso e perdoador.
Não perdoar é pecado e isto nos coloca como prisioneiros do mal. Só seremos
perdoados do pecado de não perdoar, quando liberarmos o perdão para o nosso ofensor.
Seguir a linha da Verdade é liberar o perdão por uma questão de convicção, de fé.
Tomar uma posição e aceitar sua responsabilidade no fato de não perdoar aos que lhe
feriram (deixe de culpar os outros por causa do seu pecado de não perdoar).
Confesse a Deus o seu pecado de não perdoar, estar magoado e amargurado.
Pergunte a você mesmo se quer ser curado. Peça ao Santo Daime para lhe mostrar seu real
problema e o que fazer a respeito.
Perdoe a todos os envolvidos na sua história de dor. Perdoe a si próprio. Assuma sua
identidade de liberto nessa Verdade, vencedor e consciente da sua vida espiritual. Afinal,
temos a essência de Deus em nossas veias.
O Mestre ensina que precisamos aprender a nos separar dos problemas, nos
desapegar, sair do drama que nos aprisiona na vibração das crenças inferiores. Devemos
resgatar nossas faltas sem perder a consciência de que somos seres com uma grande luz e
uma enorme capacidade de amar e perdoar.
“Deus nos deu língua e ouvidos, e talvez nos surpreendamos ao saber que Deus Se revela através
dos ouvidos e da língua e não através dos olhos. Por ouvir sua mensagem aprendemos a
controlar a língua, e uma vez que a língua esteja controlada, os outros sentidos a seguem.
De todos os sentidos a língua é o mais voraz e difícil de controlar, mas podemos controla-la
simplesmente cantando (...)” (A.C Bhaktivedanta Swami Prabhupãda – Karma Justiça Infalivel)
A espiritualidade do ser que, como nos define Dalai Lama, é aquilo que produz no
ser humano uma mudança interior, isto é, se não produz uma transformação, não é
espiritualidade. São inúmeros os caminhos que se nos descortinam como alternativas para o
êxito desse encontro com a espiritualidade. E um tem se destacado e tocado nossas mais
íntimas fibras da alma: “A Música”!
“Toda gente reconhece a influência da música sobre a alma e sobre o progresso.
Mas, a razão dessa influência é em geral ignorada. Sua explicação está toda neste fato: que
a harmonia coloca a alma sob o poder de um sentimento que a desmaterializa. Este
sentimento existe em certo grau, mas desenvolve-se sob a ação de um sentimento similar
mais elevado. Aquele que esteja desprovido de tal sentimento é conduzido gradativamente
a adquiri-lo; acaba deixando-se penetrar e arrastar por ele ao mundo ideal, onde esquece,
por instantes, os prazeres inferiores e prefere a divina harmonia.”
Platão nos ensina que: “A música é um meio mais poderoso do que qualquer outro
porque o ritmo e a harmonia têm a sua sede na alma. Ela enriquece esta última, confere-lhe
a graça e ilumina aquele que recebe uma verdadeira educação.”
O som criou todas as coisas. Isto nos foi comunicado por São João no primeiro
capítulo do seu Evangelho com as seguintes palavras: “No principio era o Verbo e o Verbo
estava com Deus e o Verbo era Deus”.
Sendo o som um poderoso fator desde o princípio da criação, é evidente a
importância da necessidade do desenvolvimento do ouvido desde os primeiros tempos da
nossa jornada pela matéria.
O ouvido fornece com exatidão à nossa consciência as impressões exteriores. É
menos sujeito aos enganos do que qualquer outro órgão dos sentidos. É o instrumento
receptor de todas as vibrações sonoras. Tudo o que foi criado, seja animado ou inanimado,
emite um som e uma cor definidos.
Nossa consciência é enriquecida pelos sons dos ventos nas florestas e pelos sons das
quedas d’águas. Toda criação de Deus é influenciada pelas ondas sonoras emitidas. Sabemos
que nossa mente finita não pode compreender plenamente aquilo que é verdadeiramente
espiritual; mas podemos tentar compreender os mistérios da criação.
Os hinos são intangíveis e vem do mundo espiritual. Os hinos transportam os
sentimentos e os ensinos de uma alma à outra sem necessidade de pregações ou sermões, os
hinos falam por si mesmos, sendo eles o guia instrutor nos trabalhos com o Santo Daime.
O hino e a musica influi mais no crescimento e no desenvolvimento do nosso ser do
que qualquer outra arte porque tem o poder de nos acalmar nas ocasiões de inquietação e
de furor e de nos impelir à ação quando necessário. Eles tocam nossos corações como nada
pode fazer, pois estão vinculada aos nossos veículos superiores e nos mantém ligados com
os mundos superiores. É a influência mais poderosa que conhecemos na condução da
Doutrina.
Sabemos que, a grosso modo, a comunicação entre os planos espiritual e material,
efetua-se através da sintonização de frequências. Cantar, tocar maracá e bater palmas, faz
com que a vibração das pessoas entre na mesma faixa de frequência do trabalho que será
realizado, afastando maus espíritos, diluindo miasmas, larvas astrais e criando toda uma
atmosfera psíquica com condições ideais para a realização das práticas espirituais.
Uma só melodia, ritmo cardíaco igualado, foco em um mesmo objetivo, tudo isso
fortalece os trabalhos dentro de uma egrégora e facilita a aproximação dos Seres Superiores.
Os cantos, quando vibrados de coração, atuam diretamente nos chakras superiores,
notavelmente o cardíaco, laríngeo e frontal, ativando-os naturalmente e melhorando a
sintonia com a espiritualidade superior.
A Igreja deve abrir definitivamente suas portas para a Arte. E a doutrina que já possui
magníficos mecanismos pedagógicos, como ela o é por si mesma, ganha a excelência dessa
aliada.
“A criança pequena não aprende por conceitos abstratos que falam ao cérebro, mas
está mais aberta ao ritmo e ao sentimento que a música transmite. O ritmo e a harmonia da
música auxiliam a sua harmonização interior. Assim, letras simples e objetivas, em ritmo
harmonioso, alcançarão o coração infantil de forma adequada (...)
A música representa elevada interação vertical com as esferas espirituais. Mediante
essa vivência, em nível espiritual, o sentir e o querer se harmonizam, aprimorando o
sentimento e o lado moral da vida.” Walter de Oliveira Alves. Educação do Espírito – Introdução à
Pedagogia Espírita
“Ensinar, mas fazer; crer, mas estudar; aconselhar, mas exemplificar; reunir, mas alimentar.”
“Falamos em provações e sofrimentos, mas não dispomos de outros veículos para assegurar a
vitória da verdade e do amor sobre a Terra. Ninguém edifica sem amor, ninguém ama sem
lágrimas.”
“Nada que lembre castas, discriminações, evidências individuais injustificáveis, privilégios,
imunidades, prioridades.”
“Em cada templo, o mais forte deve ser escudo para o mais fraco, o mais esclarecido, a luz para o
menos esclarecido, e sempre e sempre seja o sofredor o mais protegido e o mais auxiliado, como
entre os que menos sofram seja o maior aquele que se fizer o servidor de todos, conforme a
observação do Mentor Divino.” (“Unificação” - Psic. F. C. Xavier - Reformador - dez/1975.)
“Recordemos, na palavra de Jesus, que “a casa dividida rui”; todavia ninguém pode arrebentar
um feixe de varas que se agregam numa união de forças”.
“Unificação, sim. União, também. Imprescindível que nos unifiquemos no ideal espírita, mas
que, acima de tudo, nos unamos como irmãos”.
“Demo-nos as mãos e ajudemo-nos; esqueçamos as opiniões contraditórias para nos
recordarmos dos conceitos de identificação, confiando no tempo, o grande enxugador de
lágrimas, que a tudo corrige.”
“Não vos conclamamos à inércia, ao parasitismo, à aceitação tácita, sem a discussão ou o exame
das informações. Convidamo-vos à verdadeira dinâmica do amor.” (“Unificação paulatina, união
imediata, trabalho constante...” - Psicofonia de Divaldo P. Franco - Reformador - Fev./1976)
Todo aquele que queira trabalhar em sintonia com o plano superior, tem que se
disciplinar tanto nos trabalhos como na vida particular.
Nas tarefas, seguir rigorosamente as orientações dos diversos departamentos, a
solicitação do dirigente, sem queixas ou melindres. Se notar algo que o desagrade ou que
desaprove, deve comunicar em sigilo ao dirigente, evitando assim comentários ou
desavenças.
Deve-se tentar manter o equilíbrio espiritual e psicológico, pois tratamos com as mais
diversas vibrações, com situações complicadas e embaraçosas e, se não tivermos equilíbrio
suficiente, acabamos por nos envolver com desdobramentos que não temos capacidade
espiritual de trabalha-los.
A pontualidade é muito importante, nós trabalhamos em contato com o plano
espiritual, assumimos um compromisso com eles e, portanto, devemos respeitar os horários.
Entrar atrasado implica em desequilibrar o ambiente, que já foi preparado tanto pelos
companheiros encarnados como pelos Espíritos Superiores.
A tarefa do trabalho espiritual é cansativa e depende de muita paciência e
concentração. Uma pessoa agitada não se adapta bem a essa situação. A agitação pode
tumultuar o ambiente e envolver negativamente os demais irmãos.
Todo trabalho é aperfeiçoado pela prática. Não podemos deixar que pequenos
empecilhos nos afastem dos nossos propósitos. Devemos ser perseverantes e não nos
magoarmos com possíveis críticas, pois a cada dia estamos aprendendo e nos aperfeiçoando
cada vez mais.
Devemos acatar as sugestões com humildade, lembrando sempre que não existe
fardado e nem ser humano perfeito. Todos nós somos passíveis de erro, a pessoa que se
irrita ou magoa-se não está apta para essa tarefa.
Ao tomar contato com as fichas dos frequentadores, deparamo-nos com os mais
variados problemas, as mais complicadas situações que, sob hipótese alguma, devem ser
comentadas fora do recinto do trabalho. As pessoas contam-nos os mais íntimos problemas
e confiam na nossa sinceridade e discrição. O plano maior confia também em nós,
portanto, é nossa responsabilidade guardar esses segredos. O correio da má noticia, as
fofocas, os futricos ou qualquer coisa de ordem inferior devem ser banidas dos trabalhos.
Respeitar sempre a opinião e a posição dos irmãos, mesmo não concordando com
elas. Acatar as orientações do dirigente. Este, por sua vez, deve dirigir-se a cada um com o
devido respeito.
Nós sabemos que no plano espiritual, sob a força do Santo Daime, é utilizado o
arquivo mental de cada um. Para tanto, devemos estar em constante estudo e
evangelização, a fim de nos tornarmos cada dia mais capacitados e equilibrados.
O fardado deve abster-se do fumo, do álcool e de outros vícios ou costumes que
possam levá-lo ao desequilíbrio.
Os Espíritos Superiores não vão a reuniões em que sabem que sua presença é inútil.
Nos meios pouco instruídos, mas em que há sinceridade eles vão de boa vontade, mesmo
quando neles não encontram senão instrumentos medíocres; mas nos meios instruídos, em
que a ironia domina, não vão. Aí é preciso falar aos olhos e aos ouvidos; é o papel dos
espíritos batedores e zombeteiros.
Todos nós temos possibilidades mediúnicas, mas nem todos possuem faculdades
suficientemente desenvolvidas, para atuarem, dominantemente, no ambiente em que
vivem, pois somente em determinada fase do desenvolvimento tal coisa é possível. Muito
raramente os médiuns podem ser autodidatas. Invariavelmente precisam de orientação e de
orientadores competentes.
A Igreja deve sempre orientar aos fardados e aos visitantes a prática do evangelho
no lar, pois este é um dos meios mais seguros para melhorar-se e para auxiliar os familiares.
Devemos lembrar que somos Espíritos em evolução, passíveis de envolvimentos negativos.
Nesse sentido, para mantermos o equilíbrio necessário ao trabalho é imprescindível a
prática do evangelho em nossos lares.
O problema da obsessão é problema de mente a mente ou de mentes para com
outras mentes. É, pois, uma questão de “atitudes” mutuamente assumidas. E as “atitudes”
são um problema da Psicologia Social.
Mas o que é uma atitude? É uma maneira organizada e coerente de pensar, sentir e
reagir em relação a grupos, questões, outros seres humanos, ou, mais especificamente, a
acontecimentos ocorridos em nosso meio.
As tentativas de modificar ou substituir “atitudes” assentam-nos mesmos princípios de
aprendizagem. Mas é evidentemente muito mais difícil mudar ou esquecer “atitudes” do
que aprendê-las.
O Santo Daime vai além da psicologia social, pois acrescenta a hipótese do
“automatismo” adquirido em vidas passadas. Em suma, a chamada reforma íntima,
esquematizada e forçada, não modifica ninguém; apenas artificializa enganosamente os que
a seguem. As mudanças interiores da criatura decorrem de suas experiências na existência,
experiências vitais e conscienciais que produzem mudanças profundas na visão íntima da
vida e do mundo.
É verdade que não se deve forçar a eclosão de faculdades, porque isto depende de
amadurecimento espontâneo e oportuno, mas é certo também que se pode e deve
aperfeiçoar e disciplinar tais dotes, para se obterem resultados mais favoráveis.
“Um curso d’água entregue a si mesmo pode se perder na planície, fazendo voltas
inúteis, se estagnando e provocando malefícios, mas devidamente canalizado vai
diretamente à foz e em muito menos tempo”.
No caso da espiritualidade, o que se procura é justamente canalizar a corrente,
discipliná-la, para que haja maior harmonia no caminhar; afastar obstáculos para que flua
com mais desembaraço e rapidez.
À falta de tais cuidados é que as Igrejas estão cheias de fardados obsediados,
fracassados ou, na melhor das hipóteses, estagnados.
A imaturidade é uma conduta irresponsável, sem visão, precipitada e egoísta. Mas
não nos referimos a idade das pessoas. Pessoas com sessenta anos ou mais podem ser
imaturas – comportando-se como crianças quando não conseguem o que querem, ou
quando são obrigados a enfrentarem as realidades desta vida.
São incapazes de serem objetivos e seu orgulho é facilmente ferido e fazem pirraça.
Se já é ruim na vida cotidiana, pode ser trágica na igreja.
A maturidade no conhecimento é encontrada naqueles que habitam em algo além
dos princípios elementares. Maturidade para lidar com pessoas vem apenas depois de
reconhecermos que somos pecadores, e formos completamente humilhados perante Deus.
A “criança” procura um “problema” para poder fazer um escândalo e talvez
conseguir um nome para si. Mas a maturidade procura almas, esperando dar-lhes o céu e as
salvar. A “criança” se vê como um general no exército do Senhor; o santo maduro é um
servo sacrificável do Senhor.
A maturidade na doutrina não negocia com o erro. Simplesmente é sábio o suficiente
para saber que não sabemos tudo.
A criança passeia alegremente pela superfície da água, proclamando altamente seu
domínio dos mares; mas a maturidade está ciente das profundezas não exploradas abaixo.
O tolo tem uma resposta; o sábio, um motivo.
Não há “maturidade instantânea” para nenhum de nós. Devemos começar com
instruções para os jovens e “pela prática” podemos crescer expandindo a consciência dentro
da Santa Luz.
Devemos ser pacientes e tolerantes com as crianças espirituais sem os escolher como
líderes, professores ou dirigentes. Com tempo, e leite e cuidado suficiente, podemos
aprender a agir como homens.
A Moral é o conjunto de regras que constituem os bons costumes e os princípios
salutares de comportamento de que resultam o respeito ao próximo e a si mesmo. Sem as
quais o homem, por mais avançado nos esquemas técnicos, poucos passos teria conseguido
desde os estados primários do sentimento.
Com Jesus, a Moral assume relevante proposição, que modifica a estrutura do
pensamento humano e social, abrindo o campo a experiências vigorosas, em que vemos as
legitimas aspirações humanas, que transitam do poder da força para a força do amor.
Jesus se preocupa com a perfeição íntima, ética, intransferível, dos homens,
conclamando-os a realizarem, interiormente, o “Reino de Deus”.
Certamente a moral cristã ainda não alcançou os seus objetivos elevados. A vigência
do postulado Maximo do Cristo, sempre sábio e atual: “Fazer ao próximo o que desejar
que este lhe faça” leva o homem ao encontro da felicidade espiritual.
A virtude, no mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades essenciais que
constituem o homem de bem. Ser bom, caridoso, trabalhador, sóbrio, modesto, são
qualidades do homem virtuoso. Infelizmente, quase sempre as acompanham pequenas
enfermidades morais que as atenuam.
Não é virtuoso aquele que faz ostentação da sua virtude, pois que lhe falta a
qualidade principal: a modéstia; e tem o vício que mais se lhe opõe: o orgulho.
O benfeitor espiritual é o mensageiro da perfeição e beleza. O homem é o veiculo
de sua presença e intervenção. Todavia, se o homem esta mergulhado no desespero ou no
desalento, na indisciplina ou no abuso, como desempenhar a função de refletor dos
emissários Divinos?
Cada homem tem a vida exterior, conhecida e analisada pelos que o rodeiam, e a
vida intima da qual somente ele próprio poderá fornecer o testemunho.
O mundo interior é a fonte de todos os princípios bons ou maus e todas as
expressões exteriores guardam ai os seus fundamentos. Somos portadores de graves
deficiências intimas, necessitando de retificação.
Será muito fácil ao homem confessar a aceitação de verdades religiosas, operar
adesão verbal a ideologias edificantes. Porém, outra coisa é realizar a obra da elevação de si
mesmo, valendo-se da autodisciplina, da compreensão fraternal e do Espírito de sacrifício,
efetuando-se assim a purificação do sentimento, no recinto sagrado da consciência, apenas
conhecido pelo aprendiz, em seus pensamentos. Isso requer trabalho de duplo ânimo,
porque semelhante renovação jamais se fará tão somente a custa de palavras brilhantes.
A Santa Luz é clima de paz em permanente efusão de esperança. O mundo é só
oportunidade. O que não conseguimos hoje, conseguiremos depois. A caminhada na Terra
tem como objetivo a aprendizagem e a renovação. Voltaremos à vida verdadeira
concluindo o nosso curso.
Não podemos gastar energias desnecessariamente diante dos problemas naturais, o
que importa é a nossa filiação à Verdade lembrando-nos sempre das palavras de Jesus que
se encontra em Mateus, 4-19: “Segui-me e eu vos farei pescadores de homens.”
Sábio é o homem que tem discernimento, fazendo opções elevadas; trocando o
transitório de agora pelo permanente de sempre.
A superioridade moral é como o Sol, que dissipa o nevoeiro pelo poder de seus
raios, se esforçar para ser bom, tornar-se melhor se já é bom, purificar-se de suas
imperfeições, em poucas palavras, elevar-se moralmente o mais possível, tal é o meio de
adquirir o poder de dominar os Espíritos inferiores para afastá-los e antes de esperar domar
os maus Espíritos, é preciso aprendera domar a si mesmo.
De todos os meios de adquirir a forca para isso chegar, o mais eficaz é à vontade
secundada pela prece, a prece de coração, entenda-se, e não de palavras repetidas sem
fervor.
Nos tempos modernos, os daimistas sinceros não podem desconhecer o sentido
revolucionário da tarefa que lhes cabe. Não se atingira a finalidade dos ideais elevados e
luminosos que alimentam a doutrina, sem a formação da base espiritual, mantenedora da
estabilidade das grandes realizações.
Encontram-se apressados os que buscam apenas o dinheiro, os títulos convencionais,
as situações de destaque, os desejos satisfeitos, sob o ponto de vista planetário. Os homens,
identificados no mesmo ideal mundano, abraçam-se, na comunhão do interesse, nesses
encontros fortuitos. Os demais saúdam-se ligeiramente, em atitudes suspeitosas, temendo a
alheia intromissão nos seus inferiores desígnios, pois, quase todas as criaturas marcham
ansiosas, na valorização da oportunidade falsa, e chegam esgotadas ao término da luta,
esbarrando na realidade da morte, desprevenidas e infelizes.
Ninguém vive deserdado da participação nas boas obras, de vez que todos retêm
sobras de valores específicos da existência. Não somente disponibilidades de recursos
materiais, mas também de tempo, conhecimento, amizade, influência. Todos nós, Espíritos
em evolução no educandário do mundo, assemelhamo-nos a viajores demandando
eminências que conduzem a definitiva sublimação.
Colossenses, 3:14 diz o seguinte: “Todo discípulo do Evangelho precisará coragem
para atacar os serviços da redenção de si mesmo. Nenhum dispensara as armaduras da fé, a
fim de marchar com desassombro sob tempestades. O caminho de resgate e elevação
permanece cheio de espinhos.
(...) A nobreza de caráter, a confiança, a benevolência, a fé, a ciência, a penetração,
os dons e as possibilidades são fios preciosos, mas o amor é o tear divino que os
entrelaçará, tecendo a túnica da perfeição espiritual”.
O Mestre Jesus nos chamou a fim de compreendermos e auxiliarmos, construirmos e
reconstruirmos para o bem de todos, e, portanto, devemos aceitar os ensinamentos de
Paulo (I Coríntios, 3:16): “Eu plantei, Apolo regou, mas o crescimento veio de Deus”.
Já dizia Paulo “Somos cooperadores de Deus” (I Coríntios, 3:9) e, para nos ensinar
como cooperar, Jesus veio pessoalmente trazer sua mensagem de amor que nos ensina
como proceder. Esta mensagem esta concentrada nos Evangelhos que constituem um
verdadeiro manual de normas de conduta. E Jesus fornecendo padrões educativos nas
passagens do Evangelho, através dos seus exemplos e ensinamentos, que nos levarão a
plenitude, culminando na conquista do Reino dos Céus dentro de nós.
“Não basta fazer do Cristo Jesus o benfeitor que cura e protege. É indispensável
transformá-lo em padrão permanente da vida, exemplo e modelo de cada dia”.
Como absorver tal citação em nossas vidas se ainda estamos tão distantes do que
seria um bom exemplo?
Os Evangelhos nos ensinam o caminho, mas a prática a nos pertence totalmente. E é
justamente nessa prática, envolvida pela caridade, que estaremos aprendendo com o
Mestre do amor e da renúncia.
O trabalho digno é a oportunidade abençoada e, trazendo para o nosso contexto,
não resta duvida que o exercício da humildade seja um excelente campo na seara do bem.
Entretanto, boa Parte dos aprendizes é ainda motivada pela oportunidade de atuar
na prática do Santo Daime, atraídos muitas vezes pelo fanatismo e pela curiosidade.
Alcançar o título de Fardado, em obediência a meros preceitos constitucional, não
representa esforço essencialmente difícil. Receber mensagens do Alto e transmiti-las aos
outros, simplesmente, pouca valia possui, a menos que se esteja com propósitos elevados.
Sabemos que o Fardamento é acontecimento natural e o fardado é um ser humano
como qualquer outro. O que o diferencia é o agir e servir, ajudar e socorrer sem
recompensa e sem vangloriar-se, sabendo fazer bom uso do empréstimo que a Bondade
Infinita lhe concedeu, e pautando-se pelas diretrizes de Jesus.
Não podemos nos esquecer de que, como fardados somos instrumentos nas mãos do
divino Mestre – é indispensável afinar o nosso instrumento de serviço justamente pelo Seu
diapasão.
Todos podem transmitir recados espirituais, doutrinar irmãos e investigar os
fenômenos das mirações, mas para imantar corações em Jesus é indispensável sejamos fiéis
servidores do bem, trazendo o cérebro repleto de inspiração superior e o coração
inflamado na Fé viva.
Assim, todos aqueles que se vêem convidados a atuar no Jardim da Rainha da
Floresta, devem ter muito claro que todo o trabalho sempre devera ser feito em Espírito de
muita fraternidade e em nome de Jesus. Quanto mais o fardado se purifica mais se sintoniza
com a espiritualidade elevada e, para se purificar, a prática da Caridade é o melhor
caminho. “E tudo o quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não
aos homens” Paulo (Colossenses, 3:23).
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Portas abertas

  • 1. PORTAS ABERTAS Caminhada Espiritual sob a Luz do Santo Daime “A caminhada somente prosseguirá serena, sob a orientação iluminada de nossa própria fé. Abençoemos os filhos queridos, mesmo que se encontrem à distância, enviando-lhes pensamentos de paz e esperança, encorajamento e bom ânimo, e confiemos em Jesus, cuja Infinita Bondade jamais nos desampara.” Bezerra de Menezes
  • 2. “Sentir a Doutrina! Quão difícil é! Porque a Doutrina é o Cristo, são as virtudes do seu Espírito e senti-la é sentir o próprio Mestre, na acepção completa da palavra.” Bittencourt Sampaio
  • 3. “Quando os homens forem bons, organizarão boas instituições, que serão duráveis, porque todos terão interesse em conservá-las. O progresso geral é a resultante de todos os progressos individuais.” (Allan Kardec - Credo Espírita - "Obras Póstumas".) Quando se abrem as portas de um templo espírita cristão, uma Igreja, um ponto de luz, uma casa de oração ou de um santuário doméstico, dedicado a comunhão do Santo Daime, uma luz Divina acende-se nas trevas da ignorância humana e, através de raios benfazejos desse astro de fraternidade e conhecimento, que brilha para o bem da comunidade, os homens que dele se avizinham, ainda que não desejem, caminham, sem perceber, para a vida melhor. A Igreja é uma escola onde podemos aprender e ensinar, plantar o bem e recolher- lhe as graças, aprimorar-nos e aperfeiçoar os outros, na senda eterna. É o posto de atendimento fraternal a todos os que o procuram, com o propósito de obter orientação, esclarecimento, ajuda ou consolação. É o núcleo de estudo, de fraternidade, de oração e de trabalho, com base no Evangelho de Jesus, à luz da Doutrina apresentada pelo Mestre Irineu Serra. É o recanto de paz construtiva, propiciando a união de seus frequentadores na vivência da recomendação de Jesus: “Amai uns aos outros”. É um erro enorme transformar o trabalho espiritual em campo de experiências e práticas próprias de outras correntes espiritualistas, a pretexto de que o Santo Daime admite tudo em seu contexto, em nome da liberdade e desde que a prática não seja prejudicial. O trabalho sob a Luz do Santo Daime tem finalidades definidas, que são clara e límpida em seus objetivos, não podem e não devem estar à mercê dos que, por opinião pessoal, por simpatia a certas tendências, buscam transformá-lo em laboratório dos mais diferentes exercícios. A Igreja Daimista, descaracterizada por práticas não autorizadas pela Doutrina, gira ao sabor dos interesses individuais e grupais. O modismo é outro responsável pelo induzimento a teorias e práticas prejudiciais à limpidez doutrinária. Esquecem que a Igreja só deve dar guarida ao que autoriza a Doutrina, ou ao que seja decorrência natural dela. A gênese da Igreja bem orientada, voltada ao bem, está na Espiritualidade Superior. Seus fardados dedicados tomam compromissos de bem servir, seja antes da reencarnação, seja no decorrer da vida carnal. Todos estão sujeitos a transvios e enganos leves ou sérios, sob as influências da materialidade da vida e de injunções espirituais de toda ordem. A Igreja, por sua natureza, por suas finalidades e por seu desempenho, é sempre alvo das tentativas da Espiritualidade inferior de desviá-la de seu roteiro normal. A vigilância, tanto individual quanto coletiva, é dever de todos os fardados da Casa. A igreja deve ser o refúgio, o porto de esperanças e consolações para todos os carentes que lhe batem às portas, especialmente os necessitados do espírito. Por isso, a Igreja precisa contar com fardados conscientes de seus deveres, conhecedores da Doutrina, capazes de, em nome do Consolador, socorrer e ajudar, elucidar e exemplificar, aprender e servir. Ideias nobres e generosas, demonstrações vivas de fraternidade para com todos, é o que nunca deve faltar na instituição que tem a responsabilidade da aplicação da mensagem de Jesus, na interpretação inequívoca da Doutrina da Virgem Soberana Mãe. Essa Doutrina libera as consciências. Seus princípios e postulados são lógicos e exprimem uma realidade imanente. Quem se propõe a transmiti-la precisa, antes de tudo, conhecê-la. O processo de transmissão do conhecimento deve ser simples e direto, sem desvios, com apelo constante à razão e ao bom senso.
  • 4. A Igreja, sendo grande ou pequena, preparando seus fardados por meio do estudo constante, é agente permanente de difusão da Doutrina. “A condição absoluta de vitalidade para toda reunião ou associação, qualquer que seja o seu objetivo, é a homogeneidade, isto é, a unidade de vistas, de princípios e de sentimentos, a tendência para um mesmo fim determinado, numa palavra: a comunhão de ideias. Todas as vezes que alguns homens se congregam em nome de uma ideia vaga jamais chegam a entender-se, porque cada um apreende essa ideia de maneira diferente.” (Allan Kardec,OBRAS PÓSTUMAS, item VIII) Ao planejarmos a construção de uma Igreja, devemos ter também assegurados os recursos necessários à sua manutenção, vez que isso proporcionará aos dirigentes da instituição a possibilidade de desenvolver as atividades sem tantas preocupações com a conta de luz, água etc. A experiência tem demonstrado que as casas espíritas que não produziram um planejamento adequado para esse fim, geralmente, acabam por adotar atitudes antidoutrinárias, tais como a realização de rifas, sorteios, etc. e principalmente a falta de caridade ao cobrar pelo atendimento prestado. Temos visto muitos companheiros, imbuídos da melhor das boas vontades, empenharem-se na construção de uma casa espírita sem, contudo, atentarem para as despesas que todo empreendimento acarreta. Com isso, quando conseguem levar a bom termo a obra, passam a vivenciar uma necessidade imperiosa de recursos financeiros para manter a instituição, acabando por transformar a obtenção de recursos financeiros como atividade principal em detrimento das atividades doutrinárias. Diante disso, a Igreja, que deveria ser local de meditação e paz, estudo e serenidade passa a vivenciar o ambiente próprio das organizações humanas, ávidas pela arrecadação de dinheiro. É comum que as Igrejas, na sua fase de formação, utilizem-se de sedes provisórias, sendo importante tecer considerações quanto ao local que deve oferecer condições mínimas de trabalho. A sede deve possuir um mínimo de conforto, de condições higiênicas e garantir a facilidade de acesso aos seus frequentadores e fardados. “O mais urgente seria prover a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas de um local convenientemente situado e disposto para as reuniões e recepções. Sem lhe dar o luxo desnecessário e, ao demais, sem cabimento, seria preciso que aí nada denotasse penúria, mas aparentasse um aspecto tal que as pessoas de distinção pudessem estar ali sem se considerar muito diminuídas.” (Allan Kardec,OBRAS PÓSTUMAS) Essas considerações ainda estão válidas em nossos dias, especialmente quando a direção de algumas casas enfrenta críticas para promover melhorias nas instalações, o que, por vezes, é confundido com excessos ou ostentações. Mesmo no caso de instituições localizadas em regiões mais carente, do ponto de vista sócio econômico, o descuido com a aparência do espaço e mobiliário utilizado não se justifica, tendo em vista que toda pessoa deseja estar em um local que lhe propicie condições agradáveis de permanência e conforto. A harmonia e beleza do local não precisam, no entanto, ser confundidos com luxo ou ostentação. Porém, precisam traduzir para os frequentadores condições de tranquilidade
  • 5. e harmonia íntima, como também demonstrar a preocupação dos responsáveis pelo trabalho em acolher e atender melhor a todos. As diferentes atividades que uma Igreja pode e deve desenvolver pedem locais próprios e fixos, considerando a organização de mobiliário e a preparação espiritual do ambiente. Ressalta-se, assim, a importância da preocupação dos dirigentes quanto ao espaço da Igreja, sendo essencial que o mesmo procure acomodar de maneira adequada todas as atividades que são desenvolvidas e suas especificidades. O bem-estar dos frequentadores e trabalhadores deve ser propiciado ainda com os ajustes necessários de luz, som, ventilação, limpeza e organização dos espaços. Os dirigentes deverão ainda estar atentos quanto à segurança funcional da sede da Igreja, mantendo uma revisão periódica da rede elétrica e da estrutura do prédio e dos extintores contra incêndio. Promover a limpeza da caixa de água, filtros e bebedouros do salão, evitando entulhos que possam provocar acidentes e/ou doenças. Atentar para as necessidades de desinfecção e da instalação dos botijões de gás em ambiente próprio e adequadamente protegido. “Em outras palavras, isso significa que os homens que querem mudar seu estado de consciência necessitam de uma escola. Mas, antes de tudo, devem dar-se conta de que precisam dela. Enquanto acreditarem poder fazer algo por si mesmos, não poderão tirar nenhum proveito de uma escola, ainda que a encontrem. As escolas existem somente para aqueles que precisam delas e sabem que precisam delas.” (P.D. Ouspensky, Psicologia da Evolução Possível do Homem) Uma escola espiritual tem a princípio três funções principais. Guardar o Conhecimento, transmitir o Entendimento e agregar os que buscam Sabedoria. A primeira função é manter todo o conhecimento da escola intacto, todos os escritos, toda a tradição oral, a ritualística, a forma de ver o mundo, todos os dados, as informações que essa ordem possui e virá a possuir estão aqui. A importância dessa função se dá pelo fato que o mundo se transforma, as pessoas vêm e vão, mas o conhecimento permanece, ele deve ser guardado para as próximas gerações, para os novos buscadores, para o futuro. Dessa forma o conhecimento não se perde. A segunda função é transmitir aos alunos dessa escola todo o entendimento adquirido na posse desse conhecimento, ele pode ser a interpretação dos textos ou os significados extraídos dos símbolos e simbolismos presentes nos ensinamentos da Doutrina, é o produto do esforço daqueles que conduziram a escola para traduzir em entendimento toda a experiência que a Igreja teve em manter vivo seu conhecimento, praticando, vivendo e experienciando. Ele é a tradução mais pura do que foi escrito e ensinado no início, dessa forma ainda que releituras sejam feitas serão baseadas no entendimento real bebendo sempre direto da fonte original. Através do entendimento o conhecimento não se torna obsoleto, nem fica inacessível com o passar das gerações. O terceiro papel de uma escola é agregar aqueles que buscam a Sabedoria. Dentro da Doutrina o estudante terá um Mestre para orientá-lo e companheiros para acompanhá-lo no caminho. Seus companheiros podem lhe servir de guia de seu próprio desenvolvimento, relembrando-o de seu propósito sempre em que ele vacilar, podem oferecer uma visão
  • 6. segura e honesta do seu desenvolvimento na medida em que aumenta a convivência, podem identificar suas falhas e vícios seus pontos fortes e fracos. Esses irmãos e irmãs mantém a chama da iniciação acesa uma vez que ao manter-se sempre por perto desses companheiros seu centro de gravidade estará sempre orbitando a esfera da expansão da consciência, seja estudando juntos, seja tomando o Santo Daime, seja simplesmente em um ligeiro e sagrado momento de silêncio compartilhado. Assim não seremos cegos guiando cegos, mas discípulos procurando a perfeição de si mesmos. Nessa jornada encontraremos o Mestre Raimundo Irineu Serra, o Padrinho Sebastião Mota, guias e companheiros mais adiantados que nos ajudarão e teremos a possibilidade de ajudar aqueles que necessitarem de nós. A escola espiritual deve organizar em seu espaço cursos, vivências, encontros e mais uma gama de atividades para agregar buscadores. “Mas, uma constituição, por muito boa que seja, não poderia ser perpétua. O que é bom para certa época pode tornar-se deficiente em época posterior. As necessidades variam com as épocas e com o desenvolvimento das ideias. Se não se quiser que com o tempo ela caia em desuso, ou que venha a ser postergada pelas ideias progressistas, será necessário caminhe com essas idéias. Dá-se com as doutrinas filosóficas e com as sociedades particulares o que acontece em política e religião: acompanhar ou não o movimento propulsivo é uma questão de vida ou de morte. No caso de que aqui se trata, fora grave erro acorrentar o futuro por meio de uma regra que se declare inflexível. Não menos grave erro seria introduzir com muita freqüência, na constituição orgânica, modificações que acabariam por privála de estabilidade. Faz-se mister proceder com ponderação e circunspeção. Só uma experiência de certa duração pode permitir se julgue da utilidade real das modificações. Ora, quem pode em tal caso ser juiz? Não será um único homem, que geralmente só de seu ponto de vista vê as coisas; tampouco será o autor do trabalho primitivo, porque poderá ser demasiado complacente na apreciação da sua obra. Serão os próprios interessados, porque experimentam de modo direto e permanente os efeitos da instituição e podem perceber por onde ela peca.” (Allan Kardec, OBRAS PÓSTUMAS) Nenhuma espécie evoluiu com vida mansa, seja pela abundância de presas para caçar ou pela ausência completa de predadores. Sem a adversidade, seja esta um predador faminto ou um estômago suplicando por energia, os seres não teriam motivo para evoluir. Embora todos gostemos de paz, de que tudo “ande nos trilhos”, não podemos esperar que as adversidades passem ao largo. Esta seria, ao longo prazo, uma grande armadilha. A estagnação, seja física, seja mental, seja espiritual, é o grande mal da humanidade. A época negra na Europa medieval demonstrou que dogmas não nos servem de salvação, e que manuais de verdades absolutas de nada adiantam se as pessoas ainda são ignorantes da real interpretação dessas verdades. Adquirir conhecimento não faz de ninguém um santo: é preciso praticar, é preciso sujar os pés de lama, é preciso encarar o deserto e compreender que, onde quer que haja estagnação, a natureza não nos deixará relaxar.
  • 7. Em nossa vã esperança de que fossemos o centro de todo o Cosmos, acreditamos que os deuses é quem deveriam nos servir, ainda que através das mais variadas formas de barganha. Ainda hoje, há cientistas que crêem que podem ditar os rumos da natureza, “criando” novas espécies ou retardando indefinidamente o envelhecimento das células do corpo. Tudo em vão: nada está parado, tudo flui, tudo vibra. A natureza se move em ciclos, e dentre eras glaciais terrestres, surgiu o ser humano e todo o seu conhecimento. Mas nem todo conhecimento é em vão. A maior prova está na compreensão de que, muito mais do que as disputas pela sobrevivência, é o meio-ambiente que molda a evolução das espécies. E mesmo aqui, uma vez mais, os índios estavam certos: estamos todos conectados, principalmente com a natureza a nossa volta. O homem vem tentando compreender os mecanismos da natureza, mas até hoje falha miseravelmente em qualquer tipo de previsão mais aprofundada sobre para onde o vento soprará a seguir. Prever o clima a curto prazo é possível, a longo prazo não: é que a natureza insiste em erguer o seu véu, e dentre pequenos eventos que, por não sabermos a causa real, chamamos de “caóticos” ou “aleatórios”, nada realmente pode ser previsto do futuro. Nem onde o vento vai soprar, nem onde a terra vai tremer, nem até onde a evolução poderá nos levar. A perfeição é o amanhã, é o porvir, é a potencialidade das consciências etéreas a bailar por entre eras e espécies – e ninguém pode realmente prever aonde tudo isso vai dar. De sua agenda, a vida mesmo cuida: a natureza é livre. Nem o mais forte, nem o mais inteligente. Sobrevive e evolui aquele que melhor se adapta as condições do ambiente, e as suas mudanças. Fisicamente, fazemos parte da espécie que obteve o maior sucesso em se adaptar ao meio-ambiente. Exploramos e ocupamos as zonas mais remotas do planeta, e hoje estamos em via de nos lançar ao oceano do Cosmos. Que nos faltará, senão uma adaptação de consciência? Senão explorar e ocupar nosso infinito interior? Para o Universo não existem os conceitos de bem ou mal. Existem os conceitos de acordo individual e acordo coletivo: a aceitação. A resistência está ligada a entender os fatos e aceitá-los como verdadeiros. Causa e efeito, então, têm relação com resistência. E resistência tem relação com entendimento do que é correto ou ruim para cada forma de existência. Imaginemos que alguém tome uma atitude de benevolência geral e acredite completamente nesses conceitos. Sai dela uma atitude sem resistência que alcança a todos os seres e a ela retorna, sem qualquer tipo de violação dos princípios internos, o que ela recebe como amor e harmonia. Porém, quando ela toma uma atitude com resistência, ela fere o princípio que foi combinado socialmente; ela fere o princípio pessoal e individual — comete um ato que ela entende como magoar, machucar outro ser. A energia vai com resistência e volta com a mesma resistência: machucar, magoar e ferir. “Solidários, seremos união. Separados uns dos outros, seremos pontos de vista. Juntos, alcançaremos a realização de nossos propósitos. Distanciados entre nós, continuaremos à procura do trabalho com que já nos encontramos honrados pela Divina Providência”. (Bezerra de Menezes - Psicografia de F. C. Xavier - Mensagem de União - “Unificação” nov/dez - 1980.) Há muitos irmãos paralisados e infrutíferos por causa de feridas na alma. A Ilusão, o Ego e a maldade atacam os seres humanos desde o ventre materno, para que levem, pelo resto de suas vidas, feridas e lembranças que lhes tiram a liberdade e impedem de serem o que Deus quer que sejam.
  • 8. Esses males tem atingido a alma de muitos irmãos, fazendo-os melindrosos e refratários a todo nível de confronto, o que lhes impede de serem confortados e consolados pela Luz do Santo Daime. Impedindo dessa forma a expansão da consciência e a Ligação Divina com o Senhor Deus. Mas nosso Mestre que quer uma Igreja liberta, sadia e sem melindres, quer fardados plenamente libertos e curados para liderarem o Seu projeto de Expandir a Santa Doutrina aqui na Terra. “Quando a chuva cai das nuvens a água não está contaminada, ela é como a água destilada; mas tão logo toque o solo ela fica suja e turva. Da mesma forma, somos originalmente almas espirituais puras, partes integrantes do Universo, e, portanto, nossa posição constitucional e original é tão pura quanto à de Deus.” (A.C Bhaktivedanta Swami Prabhupãda – Karma Justiça Infalivel) São muitas as evidências de alguém traumatizado na alma; dentre elas citamos: mágoas, perfeccionismo, depressão, desvalor, amargura, rejeição, insegurança, medo, fugas, falta de perdão, agressividade, indiferença, complexos, hipersensibilidade, perversões sexuais, ódio. Os traumas emocionais geram pessoas aprisionadas e limitadas. Afetando seus conceitos, seus valores e sua identidade na vida, trazendo crise e dor. Desta forma há sofrimento no lar, no trabalho, na igreja, no trabalho espiritual por causa dos relacionamentos mal conduzidos, em virtude daquelas deformidades que estão na alma. Tais pessoas estão em constante conflito consigo mesmo e com os outros, agindo com medo, cobranças e desconfiança, por causa das constantes decepções. As crianças são o principal alvo dessas energias, pois se conseguir traumatizar a alma de uma criança haverá grandes chances de produzir um adulto deformado. Antes mesmo do nascimento essas forças do mal já estão agindo por meio das adversidades na concepção e gestação, tentativas de aborto, brigas do casal, morte, divórcio. Na infância, tentam traumatizar por meio de pais cruéis, abusos físicos, morais e sexuais, castigos desumanos, separação dos pais, morte de pais ou entes muito queridos, brigas do casal, cenas de violência. Essas forças inferiores sabem que através da mágoa eles podem nos prender às pessoas que nos feriram, porque as feridas prendem pela mágoa. Toda vez que ao ser ferido eu permito que a mágoa entre em meu coração, eu me amarro ao meu agressor pelas cadeias da mágoa e estou pondo em ação mais um plano diabólico contra a vida. As cadeias da mágoa PRENDEM O FERIDO A QUEM O FERIU. Ter mágoa de alguém é amarrá-lo a você, é ser escravo dele, ainda que não saiba! Com cadeias de mágoa no coração o fardado está incapaz de amar e ser amado. Ninguém escolhe ser ferido e nem sempre tem culpa de o ser, mas deixar a ferida crescer e contaminar todo o ser, pela aceitação da mágoa, é abrir porta para o mal - e isto é pecado. Amargura é aquele sentimento de mal-estar produzido pela ferida que foi adubada por ressentimento e mágoa. Sempre que sua mente se detém em lembranças desagradáveis, você está abrindo caminho para que a ferida se degenere em amargura. Se você recebe a ferida e alimenta a mágoa, a amargura virá. Você estará cheio de ódio e falta de perdão. Uma pessoa amargurada tem a mente cheia de argumentos e possui fortalezas terríveis, com muralhas enormes, na alma. A amargura manifesta-se de várias formas: nas palavras e atitudes (por isso é que contamina) e nas enfermidades físicas e psíquicas. Um fardado não pode estar enlaçado pela
  • 9. mágoa, nem amargurado, para não contaminar seu território através de suas palavras e atitudes. Alguém pode estar amargurado consigo mesmo, com os outros e até com Deus. A solução para tal flagelo é aplicar o perdão e a Palavra de Deus. Não perdoar é estar preso ao passado, é ser prisioneiro das pessoas do passado. Perdoe e aja como Deus: seja misericordioso e perdoador. Não perdoar é pecado e isto nos coloca como prisioneiros do mal. Só seremos perdoados do pecado de não perdoar, quando liberarmos o perdão para o nosso ofensor. Seguir a linha da Verdade é liberar o perdão por uma questão de convicção, de fé. Tomar uma posição e aceitar sua responsabilidade no fato de não perdoar aos que lhe feriram (deixe de culpar os outros por causa do seu pecado de não perdoar). Confesse a Deus o seu pecado de não perdoar, estar magoado e amargurado. Pergunte a você mesmo se quer ser curado. Peça ao Santo Daime para lhe mostrar seu real problema e o que fazer a respeito. Perdoe a todos os envolvidos na sua história de dor. Perdoe a si próprio. Assuma sua identidade de liberto nessa Verdade, vencedor e consciente da sua vida espiritual. Afinal, temos a essência de Deus em nossas veias. O Mestre ensina que precisamos aprender a nos separar dos problemas, nos desapegar, sair do drama que nos aprisiona na vibração das crenças inferiores. Devemos resgatar nossas faltas sem perder a consciência de que somos seres com uma grande luz e uma enorme capacidade de amar e perdoar. “Deus nos deu língua e ouvidos, e talvez nos surpreendamos ao saber que Deus Se revela através dos ouvidos e da língua e não através dos olhos. Por ouvir sua mensagem aprendemos a controlar a língua, e uma vez que a língua esteja controlada, os outros sentidos a seguem. De todos os sentidos a língua é o mais voraz e difícil de controlar, mas podemos controla-la simplesmente cantando (...)” (A.C Bhaktivedanta Swami Prabhupãda – Karma Justiça Infalivel) A espiritualidade do ser que, como nos define Dalai Lama, é aquilo que produz no ser humano uma mudança interior, isto é, se não produz uma transformação, não é espiritualidade. São inúmeros os caminhos que se nos descortinam como alternativas para o êxito desse encontro com a espiritualidade. E um tem se destacado e tocado nossas mais íntimas fibras da alma: “A Música”! “Toda gente reconhece a influência da música sobre a alma e sobre o progresso. Mas, a razão dessa influência é em geral ignorada. Sua explicação está toda neste fato: que a harmonia coloca a alma sob o poder de um sentimento que a desmaterializa. Este sentimento existe em certo grau, mas desenvolve-se sob a ação de um sentimento similar mais elevado. Aquele que esteja desprovido de tal sentimento é conduzido gradativamente a adquiri-lo; acaba deixando-se penetrar e arrastar por ele ao mundo ideal, onde esquece, por instantes, os prazeres inferiores e prefere a divina harmonia.” Platão nos ensina que: “A música é um meio mais poderoso do que qualquer outro porque o ritmo e a harmonia têm a sua sede na alma. Ela enriquece esta última, confere-lhe a graça e ilumina aquele que recebe uma verdadeira educação.” O som criou todas as coisas. Isto nos foi comunicado por São João no primeiro capítulo do seu Evangelho com as seguintes palavras: “No principio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus”. Sendo o som um poderoso fator desde o princípio da criação, é evidente a importância da necessidade do desenvolvimento do ouvido desde os primeiros tempos da nossa jornada pela matéria.
  • 10. O ouvido fornece com exatidão à nossa consciência as impressões exteriores. É menos sujeito aos enganos do que qualquer outro órgão dos sentidos. É o instrumento receptor de todas as vibrações sonoras. Tudo o que foi criado, seja animado ou inanimado, emite um som e uma cor definidos. Nossa consciência é enriquecida pelos sons dos ventos nas florestas e pelos sons das quedas d’águas. Toda criação de Deus é influenciada pelas ondas sonoras emitidas. Sabemos que nossa mente finita não pode compreender plenamente aquilo que é verdadeiramente espiritual; mas podemos tentar compreender os mistérios da criação. Os hinos são intangíveis e vem do mundo espiritual. Os hinos transportam os sentimentos e os ensinos de uma alma à outra sem necessidade de pregações ou sermões, os hinos falam por si mesmos, sendo eles o guia instrutor nos trabalhos com o Santo Daime. O hino e a musica influi mais no crescimento e no desenvolvimento do nosso ser do que qualquer outra arte porque tem o poder de nos acalmar nas ocasiões de inquietação e de furor e de nos impelir à ação quando necessário. Eles tocam nossos corações como nada pode fazer, pois estão vinculada aos nossos veículos superiores e nos mantém ligados com os mundos superiores. É a influência mais poderosa que conhecemos na condução da Doutrina. Sabemos que, a grosso modo, a comunicação entre os planos espiritual e material, efetua-se através da sintonização de frequências. Cantar, tocar maracá e bater palmas, faz com que a vibração das pessoas entre na mesma faixa de frequência do trabalho que será realizado, afastando maus espíritos, diluindo miasmas, larvas astrais e criando toda uma atmosfera psíquica com condições ideais para a realização das práticas espirituais. Uma só melodia, ritmo cardíaco igualado, foco em um mesmo objetivo, tudo isso fortalece os trabalhos dentro de uma egrégora e facilita a aproximação dos Seres Superiores. Os cantos, quando vibrados de coração, atuam diretamente nos chakras superiores, notavelmente o cardíaco, laríngeo e frontal, ativando-os naturalmente e melhorando a sintonia com a espiritualidade superior. A Igreja deve abrir definitivamente suas portas para a Arte. E a doutrina que já possui magníficos mecanismos pedagógicos, como ela o é por si mesma, ganha a excelência dessa aliada. “A criança pequena não aprende por conceitos abstratos que falam ao cérebro, mas está mais aberta ao ritmo e ao sentimento que a música transmite. O ritmo e a harmonia da música auxiliam a sua harmonização interior. Assim, letras simples e objetivas, em ritmo harmonioso, alcançarão o coração infantil de forma adequada (...) A música representa elevada interação vertical com as esferas espirituais. Mediante essa vivência, em nível espiritual, o sentir e o querer se harmonizam, aprimorando o sentimento e o lado moral da vida.” Walter de Oliveira Alves. Educação do Espírito – Introdução à Pedagogia Espírita “Ensinar, mas fazer; crer, mas estudar; aconselhar, mas exemplificar; reunir, mas alimentar.” “Falamos em provações e sofrimentos, mas não dispomos de outros veículos para assegurar a vitória da verdade e do amor sobre a Terra. Ninguém edifica sem amor, ninguém ama sem lágrimas.” “Nada que lembre castas, discriminações, evidências individuais injustificáveis, privilégios, imunidades, prioridades.”
  • 11. “Em cada templo, o mais forte deve ser escudo para o mais fraco, o mais esclarecido, a luz para o menos esclarecido, e sempre e sempre seja o sofredor o mais protegido e o mais auxiliado, como entre os que menos sofram seja o maior aquele que se fizer o servidor de todos, conforme a observação do Mentor Divino.” (“Unificação” - Psic. F. C. Xavier - Reformador - dez/1975.) “Recordemos, na palavra de Jesus, que “a casa dividida rui”; todavia ninguém pode arrebentar um feixe de varas que se agregam numa união de forças”. “Unificação, sim. União, também. Imprescindível que nos unifiquemos no ideal espírita, mas que, acima de tudo, nos unamos como irmãos”. “Demo-nos as mãos e ajudemo-nos; esqueçamos as opiniões contraditórias para nos recordarmos dos conceitos de identificação, confiando no tempo, o grande enxugador de lágrimas, que a tudo corrige.” “Não vos conclamamos à inércia, ao parasitismo, à aceitação tácita, sem a discussão ou o exame das informações. Convidamo-vos à verdadeira dinâmica do amor.” (“Unificação paulatina, união imediata, trabalho constante...” - Psicofonia de Divaldo P. Franco - Reformador - Fev./1976) Todo aquele que queira trabalhar em sintonia com o plano superior, tem que se disciplinar tanto nos trabalhos como na vida particular. Nas tarefas, seguir rigorosamente as orientações dos diversos departamentos, a solicitação do dirigente, sem queixas ou melindres. Se notar algo que o desagrade ou que desaprove, deve comunicar em sigilo ao dirigente, evitando assim comentários ou desavenças. Deve-se tentar manter o equilíbrio espiritual e psicológico, pois tratamos com as mais diversas vibrações, com situações complicadas e embaraçosas e, se não tivermos equilíbrio suficiente, acabamos por nos envolver com desdobramentos que não temos capacidade espiritual de trabalha-los. A pontualidade é muito importante, nós trabalhamos em contato com o plano espiritual, assumimos um compromisso com eles e, portanto, devemos respeitar os horários. Entrar atrasado implica em desequilibrar o ambiente, que já foi preparado tanto pelos companheiros encarnados como pelos Espíritos Superiores. A tarefa do trabalho espiritual é cansativa e depende de muita paciência e concentração. Uma pessoa agitada não se adapta bem a essa situação. A agitação pode tumultuar o ambiente e envolver negativamente os demais irmãos. Todo trabalho é aperfeiçoado pela prática. Não podemos deixar que pequenos empecilhos nos afastem dos nossos propósitos. Devemos ser perseverantes e não nos magoarmos com possíveis críticas, pois a cada dia estamos aprendendo e nos aperfeiçoando cada vez mais. Devemos acatar as sugestões com humildade, lembrando sempre que não existe fardado e nem ser humano perfeito. Todos nós somos passíveis de erro, a pessoa que se irrita ou magoa-se não está apta para essa tarefa. Ao tomar contato com as fichas dos frequentadores, deparamo-nos com os mais variados problemas, as mais complicadas situações que, sob hipótese alguma, devem ser comentadas fora do recinto do trabalho. As pessoas contam-nos os mais íntimos problemas e confiam na nossa sinceridade e discrição. O plano maior confia também em nós, portanto, é nossa responsabilidade guardar esses segredos. O correio da má noticia, as fofocas, os futricos ou qualquer coisa de ordem inferior devem ser banidas dos trabalhos.
  • 12. Respeitar sempre a opinião e a posição dos irmãos, mesmo não concordando com elas. Acatar as orientações do dirigente. Este, por sua vez, deve dirigir-se a cada um com o devido respeito. Nós sabemos que no plano espiritual, sob a força do Santo Daime, é utilizado o arquivo mental de cada um. Para tanto, devemos estar em constante estudo e evangelização, a fim de nos tornarmos cada dia mais capacitados e equilibrados. O fardado deve abster-se do fumo, do álcool e de outros vícios ou costumes que possam levá-lo ao desequilíbrio. Os Espíritos Superiores não vão a reuniões em que sabem que sua presença é inútil. Nos meios pouco instruídos, mas em que há sinceridade eles vão de boa vontade, mesmo quando neles não encontram senão instrumentos medíocres; mas nos meios instruídos, em que a ironia domina, não vão. Aí é preciso falar aos olhos e aos ouvidos; é o papel dos espíritos batedores e zombeteiros. Todos nós temos possibilidades mediúnicas, mas nem todos possuem faculdades suficientemente desenvolvidas, para atuarem, dominantemente, no ambiente em que vivem, pois somente em determinada fase do desenvolvimento tal coisa é possível. Muito raramente os médiuns podem ser autodidatas. Invariavelmente precisam de orientação e de orientadores competentes. A Igreja deve sempre orientar aos fardados e aos visitantes a prática do evangelho no lar, pois este é um dos meios mais seguros para melhorar-se e para auxiliar os familiares. Devemos lembrar que somos Espíritos em evolução, passíveis de envolvimentos negativos. Nesse sentido, para mantermos o equilíbrio necessário ao trabalho é imprescindível a prática do evangelho em nossos lares. O problema da obsessão é problema de mente a mente ou de mentes para com outras mentes. É, pois, uma questão de “atitudes” mutuamente assumidas. E as “atitudes” são um problema da Psicologia Social. Mas o que é uma atitude? É uma maneira organizada e coerente de pensar, sentir e reagir em relação a grupos, questões, outros seres humanos, ou, mais especificamente, a acontecimentos ocorridos em nosso meio. As tentativas de modificar ou substituir “atitudes” assentam-nos mesmos princípios de aprendizagem. Mas é evidentemente muito mais difícil mudar ou esquecer “atitudes” do que aprendê-las. O Santo Daime vai além da psicologia social, pois acrescenta a hipótese do “automatismo” adquirido em vidas passadas. Em suma, a chamada reforma íntima, esquematizada e forçada, não modifica ninguém; apenas artificializa enganosamente os que a seguem. As mudanças interiores da criatura decorrem de suas experiências na existência, experiências vitais e conscienciais que produzem mudanças profundas na visão íntima da vida e do mundo. É verdade que não se deve forçar a eclosão de faculdades, porque isto depende de amadurecimento espontâneo e oportuno, mas é certo também que se pode e deve aperfeiçoar e disciplinar tais dotes, para se obterem resultados mais favoráveis. “Um curso d’água entregue a si mesmo pode se perder na planície, fazendo voltas inúteis, se estagnando e provocando malefícios, mas devidamente canalizado vai diretamente à foz e em muito menos tempo”. No caso da espiritualidade, o que se procura é justamente canalizar a corrente, discipliná-la, para que haja maior harmonia no caminhar; afastar obstáculos para que flua com mais desembaraço e rapidez.
  • 13. À falta de tais cuidados é que as Igrejas estão cheias de fardados obsediados, fracassados ou, na melhor das hipóteses, estagnados. A imaturidade é uma conduta irresponsável, sem visão, precipitada e egoísta. Mas não nos referimos a idade das pessoas. Pessoas com sessenta anos ou mais podem ser imaturas – comportando-se como crianças quando não conseguem o que querem, ou quando são obrigados a enfrentarem as realidades desta vida. São incapazes de serem objetivos e seu orgulho é facilmente ferido e fazem pirraça. Se já é ruim na vida cotidiana, pode ser trágica na igreja. A maturidade no conhecimento é encontrada naqueles que habitam em algo além dos princípios elementares. Maturidade para lidar com pessoas vem apenas depois de reconhecermos que somos pecadores, e formos completamente humilhados perante Deus. A “criança” procura um “problema” para poder fazer um escândalo e talvez conseguir um nome para si. Mas a maturidade procura almas, esperando dar-lhes o céu e as salvar. A “criança” se vê como um general no exército do Senhor; o santo maduro é um servo sacrificável do Senhor. A maturidade na doutrina não negocia com o erro. Simplesmente é sábio o suficiente para saber que não sabemos tudo. A criança passeia alegremente pela superfície da água, proclamando altamente seu domínio dos mares; mas a maturidade está ciente das profundezas não exploradas abaixo. O tolo tem uma resposta; o sábio, um motivo. Não há “maturidade instantânea” para nenhum de nós. Devemos começar com instruções para os jovens e “pela prática” podemos crescer expandindo a consciência dentro da Santa Luz. Devemos ser pacientes e tolerantes com as crianças espirituais sem os escolher como líderes, professores ou dirigentes. Com tempo, e leite e cuidado suficiente, podemos aprender a agir como homens. A Moral é o conjunto de regras que constituem os bons costumes e os princípios salutares de comportamento de que resultam o respeito ao próximo e a si mesmo. Sem as quais o homem, por mais avançado nos esquemas técnicos, poucos passos teria conseguido desde os estados primários do sentimento. Com Jesus, a Moral assume relevante proposição, que modifica a estrutura do pensamento humano e social, abrindo o campo a experiências vigorosas, em que vemos as legitimas aspirações humanas, que transitam do poder da força para a força do amor. Jesus se preocupa com a perfeição íntima, ética, intransferível, dos homens, conclamando-os a realizarem, interiormente, o “Reino de Deus”. Certamente a moral cristã ainda não alcançou os seus objetivos elevados. A vigência do postulado Maximo do Cristo, sempre sábio e atual: “Fazer ao próximo o que desejar que este lhe faça” leva o homem ao encontro da felicidade espiritual. A virtude, no mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem. Ser bom, caridoso, trabalhador, sóbrio, modesto, são qualidades do homem virtuoso. Infelizmente, quase sempre as acompanham pequenas enfermidades morais que as atenuam. Não é virtuoso aquele que faz ostentação da sua virtude, pois que lhe falta a qualidade principal: a modéstia; e tem o vício que mais se lhe opõe: o orgulho. O benfeitor espiritual é o mensageiro da perfeição e beleza. O homem é o veiculo de sua presença e intervenção. Todavia, se o homem esta mergulhado no desespero ou no
  • 14. desalento, na indisciplina ou no abuso, como desempenhar a função de refletor dos emissários Divinos? Cada homem tem a vida exterior, conhecida e analisada pelos que o rodeiam, e a vida intima da qual somente ele próprio poderá fornecer o testemunho. O mundo interior é a fonte de todos os princípios bons ou maus e todas as expressões exteriores guardam ai os seus fundamentos. Somos portadores de graves deficiências intimas, necessitando de retificação. Será muito fácil ao homem confessar a aceitação de verdades religiosas, operar adesão verbal a ideologias edificantes. Porém, outra coisa é realizar a obra da elevação de si mesmo, valendo-se da autodisciplina, da compreensão fraternal e do Espírito de sacrifício, efetuando-se assim a purificação do sentimento, no recinto sagrado da consciência, apenas conhecido pelo aprendiz, em seus pensamentos. Isso requer trabalho de duplo ânimo, porque semelhante renovação jamais se fará tão somente a custa de palavras brilhantes. A Santa Luz é clima de paz em permanente efusão de esperança. O mundo é só oportunidade. O que não conseguimos hoje, conseguiremos depois. A caminhada na Terra tem como objetivo a aprendizagem e a renovação. Voltaremos à vida verdadeira concluindo o nosso curso. Não podemos gastar energias desnecessariamente diante dos problemas naturais, o que importa é a nossa filiação à Verdade lembrando-nos sempre das palavras de Jesus que se encontra em Mateus, 4-19: “Segui-me e eu vos farei pescadores de homens.” Sábio é o homem que tem discernimento, fazendo opções elevadas; trocando o transitório de agora pelo permanente de sempre. A superioridade moral é como o Sol, que dissipa o nevoeiro pelo poder de seus raios, se esforçar para ser bom, tornar-se melhor se já é bom, purificar-se de suas imperfeições, em poucas palavras, elevar-se moralmente o mais possível, tal é o meio de adquirir o poder de dominar os Espíritos inferiores para afastá-los e antes de esperar domar os maus Espíritos, é preciso aprendera domar a si mesmo. De todos os meios de adquirir a forca para isso chegar, o mais eficaz é à vontade secundada pela prece, a prece de coração, entenda-se, e não de palavras repetidas sem fervor. Nos tempos modernos, os daimistas sinceros não podem desconhecer o sentido revolucionário da tarefa que lhes cabe. Não se atingira a finalidade dos ideais elevados e luminosos que alimentam a doutrina, sem a formação da base espiritual, mantenedora da estabilidade das grandes realizações. Encontram-se apressados os que buscam apenas o dinheiro, os títulos convencionais, as situações de destaque, os desejos satisfeitos, sob o ponto de vista planetário. Os homens, identificados no mesmo ideal mundano, abraçam-se, na comunhão do interesse, nesses encontros fortuitos. Os demais saúdam-se ligeiramente, em atitudes suspeitosas, temendo a alheia intromissão nos seus inferiores desígnios, pois, quase todas as criaturas marcham ansiosas, na valorização da oportunidade falsa, e chegam esgotadas ao término da luta, esbarrando na realidade da morte, desprevenidas e infelizes. Ninguém vive deserdado da participação nas boas obras, de vez que todos retêm sobras de valores específicos da existência. Não somente disponibilidades de recursos materiais, mas também de tempo, conhecimento, amizade, influência. Todos nós, Espíritos em evolução no educandário do mundo, assemelhamo-nos a viajores demandando eminências que conduzem a definitiva sublimação.
  • 15. Colossenses, 3:14 diz o seguinte: “Todo discípulo do Evangelho precisará coragem para atacar os serviços da redenção de si mesmo. Nenhum dispensara as armaduras da fé, a fim de marchar com desassombro sob tempestades. O caminho de resgate e elevação permanece cheio de espinhos. (...) A nobreza de caráter, a confiança, a benevolência, a fé, a ciência, a penetração, os dons e as possibilidades são fios preciosos, mas o amor é o tear divino que os entrelaçará, tecendo a túnica da perfeição espiritual”. O Mestre Jesus nos chamou a fim de compreendermos e auxiliarmos, construirmos e reconstruirmos para o bem de todos, e, portanto, devemos aceitar os ensinamentos de Paulo (I Coríntios, 3:16): “Eu plantei, Apolo regou, mas o crescimento veio de Deus”. Já dizia Paulo “Somos cooperadores de Deus” (I Coríntios, 3:9) e, para nos ensinar como cooperar, Jesus veio pessoalmente trazer sua mensagem de amor que nos ensina como proceder. Esta mensagem esta concentrada nos Evangelhos que constituem um verdadeiro manual de normas de conduta. E Jesus fornecendo padrões educativos nas passagens do Evangelho, através dos seus exemplos e ensinamentos, que nos levarão a plenitude, culminando na conquista do Reino dos Céus dentro de nós. “Não basta fazer do Cristo Jesus o benfeitor que cura e protege. É indispensável transformá-lo em padrão permanente da vida, exemplo e modelo de cada dia”. Como absorver tal citação em nossas vidas se ainda estamos tão distantes do que seria um bom exemplo? Os Evangelhos nos ensinam o caminho, mas a prática a nos pertence totalmente. E é justamente nessa prática, envolvida pela caridade, que estaremos aprendendo com o Mestre do amor e da renúncia. O trabalho digno é a oportunidade abençoada e, trazendo para o nosso contexto, não resta duvida que o exercício da humildade seja um excelente campo na seara do bem. Entretanto, boa Parte dos aprendizes é ainda motivada pela oportunidade de atuar na prática do Santo Daime, atraídos muitas vezes pelo fanatismo e pela curiosidade. Alcançar o título de Fardado, em obediência a meros preceitos constitucional, não representa esforço essencialmente difícil. Receber mensagens do Alto e transmiti-las aos outros, simplesmente, pouca valia possui, a menos que se esteja com propósitos elevados. Sabemos que o Fardamento é acontecimento natural e o fardado é um ser humano como qualquer outro. O que o diferencia é o agir e servir, ajudar e socorrer sem recompensa e sem vangloriar-se, sabendo fazer bom uso do empréstimo que a Bondade Infinita lhe concedeu, e pautando-se pelas diretrizes de Jesus. Não podemos nos esquecer de que, como fardados somos instrumentos nas mãos do divino Mestre – é indispensável afinar o nosso instrumento de serviço justamente pelo Seu diapasão. Todos podem transmitir recados espirituais, doutrinar irmãos e investigar os fenômenos das mirações, mas para imantar corações em Jesus é indispensável sejamos fiéis servidores do bem, trazendo o cérebro repleto de inspiração superior e o coração inflamado na Fé viva. Assim, todos aqueles que se vêem convidados a atuar no Jardim da Rainha da Floresta, devem ter muito claro que todo o trabalho sempre devera ser feito em Espírito de muita fraternidade e em nome de Jesus. Quanto mais o fardado se purifica mais se sintoniza com a espiritualidade elevada e, para se purificar, a prática da Caridade é o melhor caminho. “E tudo o quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens” Paulo (Colossenses, 3:23).