SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  51
Télécharger pour lire hors ligne
Meningites
Aspectos Clínicos

   Ceará, 2009
Meningites

• Processo inflamatório das leptomeninges
 (conjunto das membranas pia-máter e
 aracnóide que envolvem o cerébro),
 caracterizado pela presença de exsudato
 no espaço subaracnóide, detectável no
 líquido cefalorraquidiano (LCR)
Meningoencefalite

• Quando o processo inflamatório entende-se
  à medula espinhal e ao parênquima cerebral
Epidemiologia

• OMS - anualmente 171.000 óbitos
• Alta letalidade nos países do terceiro mundo
• Letalidade - 5 a 10% (países em desenvolvimento)
• Sequelas - 10 a 20% (retardo mental, surdez ou
  epilepsia (WHO-2004)
Epidemiologia
• Brasil - N. meningitidis, S. pneumoniae e H.
influenzae
• Diminuição da incidência H. influenzae com
vacinação
• 6 a 50 a - N. meningitidis e S. pneumoniae
Etiologia

• Vírus
• Bactérias
• Fungos
• Parasitos




     Foto: Kenneth Todar/Dep. de Bacteriologia/Universidade do Wisconsin
Classificação

• Meningites Agudas

• Meningites Subagudas

• Meningites Crônicas
Classificação

• Meningites Linfomonocitárias

• Meningites Linfomonocitárias Bacterianas

• Meningites purulentas
    - Bacteriana
    - Não bacteriana
Classificação

• Meningites purulentas
    - Bacteriana
    - Não bacteriana
Meningites Bacterianas
• Meningite purulenta bacteriana
    - Neisseria meningitidis (A, B , C, W135, Y)
    - Strepcoccus pneumoniae
    - Haemophilus influenzaeus
    - Listeria monocytogenes
    - Streptococcus agalactiae
    - Enterobacteriaceae (E. coli, K. pneumoniae,
      Entercoccus sp, Salmonella sp)
    - Saphylococcus aureus

• Meningite purulenta não bacteriana
   - Amebas de vida livre (Naegleria fowleri e
      Acanthamoeba)
Meningite Linfomonocitária Viral
• Enterovírus - Família Picornaviridae
          - echovírus - 11, 9, 30, 4e, 6, 3, 75 e 21
          - coxackievírus - B5, B4, B3, B2, B1
          - enterovírus - 70, 21
      Lactentes e pré-escolares (1 a 4 anos)

• Vírus da Caxumba
• Arbovírus
• Vírus da coriomeningite linfocítica
• Herpesvírus HSV-1 e HSV-2
• Citomegalovírus (CMV)
• Ebstein-Barr (EB)
Meningite Linfomonocitária Bacteriana

• Micobacterium tuberculosis

• Espiroquetas
         - Leptospira
         - Treponema pallidum
         - Borrelia burgdorferi

• Meningite bacteriana purulenta parcialmente
  tratada
Meningite Linfomonocitária Fúngica

    • Cryptococcus neoformans

    • Cândida
Meningite Linfomonocitária Parasitária

   • Cysticercus cellulosae

   • Angiotrongylus cantonensis

   • Baylisascarisis procyonis - EUA
Meningite Bacteriana Purulenta - Etiologia

Recém-nascidos (RN) e lactentes até 3 meses
de vida
    - Streptococcus agalactiae (estreptococo B),
   Listeria monocytogenes e bacilos Gram-negativos,
   como Escherichia coli e salmonelas e
   Streptococcus pneumoniae (pneumococo)
Meningite Bacteriana Purulenta - Etiologia

• 4 meses até os 5 anos de idade
   - Haemophilus influenza tipo b, Neisseria
meningitidis (meningococo) e Streptococcus
pneumoniae

• 5 anos até a idade adulta
  - Streptococcus pneumoniae e Neisseria
meningitides (1º lugar em períodos de epidemia)
Quadro clínico
       Meningite bacteriana purulenta
• Clássico - febre, cefaléia e sinais de irritação
meníngea
• Irritação meníngea - rigidez de nuca, sinais de Kerning
e Brudzinski
• Criança - sinal do gatilho de fuzil
• Diversos graus de disfunção cerebral - confusão mental,
sonolência, torpor e coma
• 10 a 20% - paralisia de nervos cranianos (III, IV. VI e VII)
e sinais focais
Quadro clínico
       Meningite bacteriana purulenta
• Recém-nascido e lactentes - sinais de irritação
meníngea não presentes
• Alteração do estado de alerta
• Irritabilidade, recusa alimentar, apatia, apnéia,
crises convulsivas, instabilidade térmica (hipertermia
ou hipotermia)
• Hipertensão intracraniana - vômitos, hipertensão
arterial, bradicardia, paralisia do III par craniano e
edema de papila
• Abaulamento de fontanela
• Agravamento - encefalite e sepse
Quadro clínico
          Doença meningocócica
• Meningococcemia
   - mal-estar súbito, febre alta, calafrios, prostração e
   manifestações hemorrágicas na pele (petéquias,
   equimoses)

• Meningite - com ou sem meningococcemia
    - febre, cefaléia intensa, naúseas, vômitos e rigidez
   de nuca ou outros sinais (Kerning e Brudzinski)
   - consciente, sonolento, torporoso ou coma
   - lactente - sinais raros de irritaçãomeníngea
(Foto: CDC
(Foto: CDC
Foto: Universidade do Virginia
Quadro clínico
       Meningite bacteriana linfomonocitária
• Meningite ou meningoencefalite tuberculosa
• Início insidioso (criança agudo)
• Febre baixa, anorexia e adinamia
• Cefaléia - adulto
• Alterações do comportamento, redução do nível de
consciência e confusão mental
• Convulsões, vômitos, alterações visuais e da fala
• Crises focais (adultos)
Quadro clínico
       Meningite bacteriana linfomonocitária

• Crianças - apresentação inicial
    - apatia, perda de interesse por brincadeiras, agitação noturna,
    cefaléia leve, perda do apetite, náuseas, vômitos e dor abdominal
• Início da irritação - cefaléia e vômitos
• < 3 anos - vômito (cefaléia é rara)
• Crises convulsivas generalizadas
Quadro clínico
       Meningite bacteriana linfomonocitária
• Exame físico - sinais de irritação meníngea, altearções
de nervos cranianos (VI, III, IV. VIII e II) e alterações
cerebelares
• Hemiparesia (artéria cerebral média)
• Tubérculos coróides na retina (80%)
• Hipertensão intracraniana, descorticação e
descerebração
• Evolução grave - letalidadee e sequelas elevados
Quadro clínico
   Meningite linfomonocitária viral
Enterovírus
• Início súbito
• Febre - 76 a 100%
• Rigidez de nuca (50%)
• Cefaléia e fotofobia (adultos)
• Alteração no nível de consciência
• Raro - sinais neurológicos focais
• Sinais e sintomas inespecíficos (faringite, tosse,
  anorexia, diarréia e mialgias)
Quadro clínico
  Meningite linfomonocitária viral
Enterovírus
• Exantema variável
• Miopericardite
• Conjuntivite, pleurodínea, hepargina e doença
  de mãos-pés-boca
• Sazonalidade
• Evolução benigna
• Alívio pós-punção
• Duração < 1 semana
Quadro clínico
     Meningite linfomonocitária viral
Enterovírus
•Recém-nascidos
    - febre, vômitos, anorexia, exantema ou
   sinais e sintomas respiratórios
    - neurológico - abaulamento de fontanela
    anterior < 1a
Quadro clínico
            Complicações
• Efusão e empiema subdural
• Ventriculite
• Hidrocefalia e abscesso cerebral
• Outras - artite purulenta e complicação
metabólica (redução da secreção de hormônio
 antidiurético - ADH)
Quadro clínico
                  Sequelas

• Surdez
• Hidrocefalia
• Encefalite herpética - 70% sinais neurológicos
persistentes (sequelas em 30%)
• Meningite tuberculosa - 10 a 30% (crianças)
Abordagem diagnóstica

• DIAGNÓSTICO PRECOCE
• Falta de experiência no reconhecimento
clínico - evolução fatal
Abordagem diagnóstica
• Punção lombar
• História clínica completa e exame físico acurado
• Avaliar necessidade de TC antes da punção lombar
• Contra-indicações
   - infecção no local da punção
   - sinais neurológicos focais - pupilas não reativas
  e dilatadas, anormalidades na motilidade ocular,
  paralisia da marcha, paresia de membro superior
  ou inferior
  - hipertensão intracraniana grave e papiledema
Abordagem diagnóstica
• Líquor
  - aspecto
  - bioquímica
  - bacterioscopia
  - detecção de antígeno (latéx ou contra-
  imunoeletroforese)
  - cultivo

• PCR

• Diagnóstico por imagem
Abordagem diagnóstica
Abordagem diagnóstica
Meningite viral
• Pleocitose linfocítica (100 a 1000/mm3 ), precocemente
neutrofilia
• Pequeno aumento de proteína e diminuição de glicose
• Enterovírus (80%), arbovírus, caxumba, herpes vírus
• PCR enterovírus
• PCR- T
• Ausência de alterações consciência e sinais focais
Abordagem diagnóstica

• Hemograma completo
• Hemocultura
• Raios X tórax e seios da face
• Tomografia computadorizada
• Otoscopia
• Proteína C reativa
Tratamento

       Meningite bacteriana purulenta
• Reconhecimento precoce da síndrome
• Avaliação diagnóstica rápida
• Terapia antimicrobiana
• Terapia adjuvante - corticosteróides
Tratamento
         Meningite bacteriana purulenta
• Sensibilidade e resistência regional do microrganismo
• Boa penetração na barreira hematoencefálica
e SNC
• Atividade em meio purulento
• Menor frequência de efeitos colaterais
• Via de administração (Farmacodinâmica)
Tratamento
            Meningite bacteriana purulenta
• Cabeceira elevada
• Monitorização rigorosa (Graves - UTI, PVC)
• Hidratação venosa
• Correção distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-basico
• Manitol
• Corticosteróides
• Antibioticoterapia
• Bloqueadores H2
• Anticonvulsivantes
Tratamento
Microorganismo               Recomendação                 Alternativa
H. Influenza
(β-lactamase -)              Ampicilina                   Cefalosporina 3ª geração,
(β-lactamase +)              Cefalosporina 3ª geração     Cefepime, Aztreonam
                             (ceftriaxona, cefotaxima)
N. Meningitidis
Penicilina MIC < 0µg/ml      Penicilina G Cristalina,     Cefalosporina 3ª geração,
Penicilina MIC < 0,1 -1µg/   Cefalosporina 3ª geração     Cloranfenicol
ml                           (ceftriaxona, cefotaxima)

S. Pneumoniae
Penicilina MIC < 0,1µg/ml    Penicilina G Cristalina ou   Cefalosporina 3ª geração
                             Ampicilina                   (ceftriaxona, cefotaxima)
Penicilina MIC < 0,1 -1µg/   Cefalosporina 3ª geração     Meropenem, Vancomicina
ml
                             (ceftriaxona, cefotaxima)
Penicilina MIC >= 2µg/ml     Cefalosporina 3ª geração
                             (ceftriaxona, cefotaxima)    Meropenem
                             + Vancomicin
Enterobactérias              Cefalosporina 3ª geração     Aztreonam, Sulfametoazol +
                             (ceftriaxona, cefotaxima)    Trimetropima
Meningococcemia/com ou sem
   Meningite
Suspeita clínica - Tratamento precoce
       - Penicilina Cristalina
       - Início antes de transferir paciente
       para serviço de referência
Tratamento

• L. monocytogenes (RN e idosos) – Ampicilina
• Micobactéria tuberculosis – Rifampicina, Isoniazida e
Pirazinamida (RIP)
• Fungos - Anfotericina B, Fluoconazol e 5-fluocitosina
• Herpes - Aciclovir (reduz letalidade da encefalite
por HSV)
Prevenção e Controle
Imunização
• Hib - calendário básico (2, 4, 6 meses)
• Vacina antimeningocócica (sorogrupos específicas)
          - polissacarideas - imunidade de curta
duração
          - surtos
• Pneumococo - situações especiais
Prevenção e Controle

Quimioprofilaxia dos comunicantes

• Crianças e adultos que moram no mesmo domicílio
ou que tiverm contato > 4 horas ( 5-7 dias antes internação)

• Creches ou escolas (< 24 meses)
Prevenção e Controle

                       N. meningitidis
    ATB                Dose              Intervalo   Duração
Rifampicina   Adulto 600mg             24/24 h       2 dias
Rifampicina   Criança > 1 mês até 10   24/24 h       2 dias
              anos - 20mg/Kg/dose      (max 600mg)

              < 1 mês - 10mg/Kg/dose 24/24 h
                                     (max 600mg)
Prevenção e Controle

                      H. influenza
    ATB                Dose              Intervalo   Duração
Rifampicina   Adulto 600mg             24/24 h       4 dias
Rifampicina   Criança > 1 mês até 10   24/24 h       4 dias
              anos - 20mg/Kg/dose      (max 600mg)

              < 1 mês - 10mg/Kg/dose 24/24 h
                                     (max 600mg)
Prevenção e Controle
• Isolamento respiratório
   - Quarto privativo ou coorte (1 metro)
   - Máscara cirúrgica pelo profissional de saúde
   -Transporte do paciente - máscara cirúrgica
   - 24 horas após início do antibiótico

• Educação em saúde
Meningites
Reconhecimento precoce e instituição
  imediata de terapias salva vidas

Contenu connexe

Tendances

HIV/Aids em 2019 Epidemiologia, Fisiopatologia, Tratamento e Prevencao
HIV/Aids em 2019 Epidemiologia, Fisiopatologia, Tratamento e PrevencaoHIV/Aids em 2019 Epidemiologia, Fisiopatologia, Tratamento e Prevencao
HIV/Aids em 2019 Epidemiologia, Fisiopatologia, Tratamento e PrevencaoAlexandre Naime Barbosa
 
Bases Imunológicas - Vacinas
Bases Imunológicas - VacinasBases Imunológicas - Vacinas
Bases Imunológicas - VacinasLABIMUNO UFBA
 
Crises convulsivas na infancia
Crises convulsivas na infanciaCrises convulsivas na infancia
Crises convulsivas na infanciaHenrique Fiorillo
 
HIV e Aids - Epidemiologia, Fisiopatologia, Diagnóstico e Tratamento
HIV e Aids - Epidemiologia, Fisiopatologia, Diagnóstico e TratamentoHIV e Aids - Epidemiologia, Fisiopatologia, Diagnóstico e Tratamento
HIV e Aids - Epidemiologia, Fisiopatologia, Diagnóstico e TratamentoAlexandre Naime Barbosa
 
Sinais meningorradiculares 18
Sinais meningorradiculares 18Sinais meningorradiculares 18
Sinais meningorradiculares 18pauloalambert
 
Meningite bacteriana
Meningite bacterianaMeningite bacteriana
Meningite bacterianaFausto Barros
 
Slide Vigilância Epidemiológica
Slide Vigilância EpidemiológicaSlide Vigilância Epidemiológica
Slide Vigilância EpidemiológicaIlca Rocha
 
Leishmaniose visceral
Leishmaniose visceralLeishmaniose visceral
Leishmaniose visceralHIAGO SANTOS
 
Manejo da Meningite Bacteriana na Infância
Manejo da Meningite Bacteriana na InfânciaManejo da Meningite Bacteriana na Infância
Manejo da Meningite Bacteriana na InfânciaProfessor Robson
 
Aula sobre resistência microbiana
Aula sobre resistência microbianaAula sobre resistência microbiana
Aula sobre resistência microbianaProqualis
 

Tendances (20)

HIV/Aids em 2019 Epidemiologia, Fisiopatologia, Tratamento e Prevencao
HIV/Aids em 2019 Epidemiologia, Fisiopatologia, Tratamento e PrevencaoHIV/Aids em 2019 Epidemiologia, Fisiopatologia, Tratamento e Prevencao
HIV/Aids em 2019 Epidemiologia, Fisiopatologia, Tratamento e Prevencao
 
TUBERCULOSE
TUBERCULOSETUBERCULOSE
TUBERCULOSE
 
Bases Imunológicas - Vacinas
Bases Imunológicas - VacinasBases Imunológicas - Vacinas
Bases Imunológicas - Vacinas
 
Crises convulsivas na infancia
Crises convulsivas na infanciaCrises convulsivas na infancia
Crises convulsivas na infancia
 
HIV e Aids - Epidemiologia, Fisiopatologia, Diagnóstico e Tratamento
HIV e Aids - Epidemiologia, Fisiopatologia, Diagnóstico e TratamentoHIV e Aids - Epidemiologia, Fisiopatologia, Diagnóstico e Tratamento
HIV e Aids - Epidemiologia, Fisiopatologia, Diagnóstico e Tratamento
 
Meningite Bacteriana
Meningite BacterianaMeningite Bacteriana
Meningite Bacteriana
 
Sinais meningorradiculares 18
Sinais meningorradiculares 18Sinais meningorradiculares 18
Sinais meningorradiculares 18
 
Meningite bacteriana
Meningite bacterianaMeningite bacteriana
Meningite bacteriana
 
Meningite - Liga de Pediatria UNICID
Meningite - Liga de Pediatria UNICIDMeningite - Liga de Pediatria UNICID
Meningite - Liga de Pediatria UNICID
 
Slide Vigilância Epidemiológica
Slide Vigilância EpidemiológicaSlide Vigilância Epidemiológica
Slide Vigilância Epidemiológica
 
Leishmaniose visceral
Leishmaniose visceralLeishmaniose visceral
Leishmaniose visceral
 
04 aula tétano
04 aula   tétano04 aula   tétano
04 aula tétano
 
Tuberculose
TuberculoseTuberculose
Tuberculose
 
Febre
Febre Febre
Febre
 
Manejo da Meningite Bacteriana na Infância
Manejo da Meningite Bacteriana na InfânciaManejo da Meningite Bacteriana na Infância
Manejo da Meningite Bacteriana na Infância
 
HIV Aids Caso Clinico
HIV Aids Caso ClinicoHIV Aids Caso Clinico
HIV Aids Caso Clinico
 
Meningite
MeningiteMeningite
Meningite
 
Parte_0_ImunologiaBásica_Introdução à Imunologia_[Profª.Zilka]
Parte_0_ImunologiaBásica_Introdução à Imunologia_[Profª.Zilka]Parte_0_ImunologiaBásica_Introdução à Imunologia_[Profª.Zilka]
Parte_0_ImunologiaBásica_Introdução à Imunologia_[Profª.Zilka]
 
Aula sobre resistência microbiana
Aula sobre resistência microbianaAula sobre resistência microbiana
Aula sobre resistência microbiana
 
Sarampo
Sarampo Sarampo
Sarampo
 

En vedette (17)

Meningite
MeningiteMeningite
Meningite
 
Meningite tuberculosa
Meningite tuberculosaMeningite tuberculosa
Meningite tuberculosa
 
Infecções do SNC
Infecções do SNCInfecções do SNC
Infecções do SNC
 
Encefalitis herpetica
Encefalitis herpeticaEncefalitis herpetica
Encefalitis herpetica
 
Eventos de massa | Monitoramento ambiental da Cólera,VIGIAPP e Vigidesastres
Eventos de massa | Monitoramento ambiental da Cólera,VIGIAPP e  VigidesastresEventos de massa | Monitoramento ambiental da Cólera,VIGIAPP e  Vigidesastres
Eventos de massa | Monitoramento ambiental da Cólera,VIGIAPP e Vigidesastres
 
Encefalitis herpética
Encefalitis herpéticaEncefalitis herpética
Encefalitis herpética
 
Meningite e Interpretação do LCR
Meningite e Interpretação do LCRMeningite e Interpretação do LCR
Meningite e Interpretação do LCR
 
4. protozoa do TGI
4. protozoa do TGI4. protozoa do TGI
4. protozoa do TGI
 
Encefalite herpética
Encefalite herpéticaEncefalite herpética
Encefalite herpética
 
04 aula cólera
04 aula   cólera04 aula   cólera
04 aula cólera
 
Colera
ColeraColera
Colera
 
Meningite
MeningiteMeningite
Meningite
 
Cólera
CóleraCólera
Cólera
 
Cólera
CóleraCólera
Cólera
 
Colera
ColeraColera
Colera
 
Meningitis
MeningitisMeningitis
Meningitis
 
Módulo de libras
Módulo de librasMódulo de libras
Módulo de libras
 

Similaire à Meningites: causas, sinais e tratamento

MENINGITES para UPAS classificação.pptx
MENINGITES para UPAS classificação.pptxMENINGITES para UPAS classificação.pptx
MENINGITES para UPAS classificação.pptxnirheha
 
Micoses pulmonares e sistemicas
Micoses pulmonares e sistemicasMicoses pulmonares e sistemicas
Micoses pulmonares e sistemicasManzelio Cavazzana
 
Manifestacoes neurologicas do VIH
Manifestacoes neurologicas do VIHManifestacoes neurologicas do VIH
Manifestacoes neurologicas do VIHsebastiaomoises
 
10. Aula Tuberculose PDF.pdf
10. Aula Tuberculose PDF.pdf10. Aula Tuberculose PDF.pdf
10. Aula Tuberculose PDF.pdfFlaviaAlves91
 
Seminário Estomatologia - Infecções virais e Lesões Aftosas
Seminário Estomatologia - Infecções virais e Lesões AftosasSeminário Estomatologia - Infecções virais e Lesões Aftosas
Seminário Estomatologia - Infecções virais e Lesões AftosasDario Hart
 
Meningiomas Fossa Posterior - Clivus / Petroclival / APC / Forame Magno / For...
Meningiomas Fossa Posterior - Clivus / Petroclival / APC / Forame Magno / For...Meningiomas Fossa Posterior - Clivus / Petroclival / APC / Forame Magno / For...
Meningiomas Fossa Posterior - Clivus / Petroclival / APC / Forame Magno / For...Dr. Peterson Xavier @drpetersonxavier
 
Linfadenopatias cervicais na infância
Linfadenopatias cervicais na infânciaLinfadenopatias cervicais na infância
Linfadenopatias cervicais na infânciaDario Hart
 
Manifestações Neurológicas do paciente com HIV
Manifestações Neurológicas do paciente com HIVManifestações Neurológicas do paciente com HIV
Manifestações Neurológicas do paciente com HIVDr. Rafael Higashi
 
MALARIA(2019) 2.pptx Tudo Sobre a Malária , para melhor aprendizado e informa...
MALARIA(2019) 2.pptx Tudo Sobre a Malária , para melhor aprendizado e informa...MALARIA(2019) 2.pptx Tudo Sobre a Malária , para melhor aprendizado e informa...
MALARIA(2019) 2.pptx Tudo Sobre a Malária , para melhor aprendizado e informa...claracarloss
 
A importância do exame do líquor para o diagnóstico neurológ
A importância do exame do líquor para o diagnóstico neurológA importância do exame do líquor para o diagnóstico neurológ
A importância do exame do líquor para o diagnóstico neurológDr. Rafael Higashi
 
Meningite na Infancia Pediatria Sanar Flix AULA
Meningite na Infancia Pediatria Sanar Flix AULAMeningite na Infancia Pediatria Sanar Flix AULA
Meningite na Infancia Pediatria Sanar Flix AULArafaelileus1
 
Distúrbios respiratórios agudos no P.S. infantil: laringite x crise asmática
Distúrbios respiratórios agudos no P.S. infantil: laringite x crise asmáticaDistúrbios respiratórios agudos no P.S. infantil: laringite x crise asmática
Distúrbios respiratórios agudos no P.S. infantil: laringite x crise asmáticaLaped Ufrn
 
Síndrome da rubéola congênita
Síndrome da rubéola congênitaSíndrome da rubéola congênita
Síndrome da rubéola congênitaPietro de Azevedo
 

Similaire à Meningites: causas, sinais e tratamento (20)

MENINGITES para UPAS classificação.pptx
MENINGITES para UPAS classificação.pptxMENINGITES para UPAS classificação.pptx
MENINGITES para UPAS classificação.pptx
 
Meningites
MeningitesMeningites
Meningites
 
Meningite bacteriana
Meningite bacterianaMeningite bacteriana
Meningite bacteriana
 
Doenças bacterianas 1
Doenças bacterianas 1Doenças bacterianas 1
Doenças bacterianas 1
 
Micoses pulmonares e sistemicas
Micoses pulmonares e sistemicasMicoses pulmonares e sistemicas
Micoses pulmonares e sistemicas
 
Manifestacoes neurologicas do VIH
Manifestacoes neurologicas do VIHManifestacoes neurologicas do VIH
Manifestacoes neurologicas do VIH
 
Doenas granulomatosas -_pdf
Doenas granulomatosas -_pdfDoenas granulomatosas -_pdf
Doenas granulomatosas -_pdf
 
10. Aula Tuberculose PDF.pdf
10. Aula Tuberculose PDF.pdf10. Aula Tuberculose PDF.pdf
10. Aula Tuberculose PDF.pdf
 
Infeccoes perinatais torch
Infeccoes perinatais torchInfeccoes perinatais torch
Infeccoes perinatais torch
 
Seminário Estomatologia - Infecções virais e Lesões Aftosas
Seminário Estomatologia - Infecções virais e Lesões AftosasSeminário Estomatologia - Infecções virais e Lesões Aftosas
Seminário Estomatologia - Infecções virais e Lesões Aftosas
 
Meningiomas Fossa Posterior - Clivus / Petroclival / APC / Forame Magno / For...
Meningiomas Fossa Posterior - Clivus / Petroclival / APC / Forame Magno / For...Meningiomas Fossa Posterior - Clivus / Petroclival / APC / Forame Magno / For...
Meningiomas Fossa Posterior - Clivus / Petroclival / APC / Forame Magno / For...
 
Linfadenopatias cervicais na infância
Linfadenopatias cervicais na infânciaLinfadenopatias cervicais na infância
Linfadenopatias cervicais na infância
 
Manifestações Neurológicas do paciente com HIV
Manifestações Neurológicas do paciente com HIVManifestações Neurológicas do paciente com HIV
Manifestações Neurológicas do paciente com HIV
 
MALARIA(2019) 2.pptx Tudo Sobre a Malária , para melhor aprendizado e informa...
MALARIA(2019) 2.pptx Tudo Sobre a Malária , para melhor aprendizado e informa...MALARIA(2019) 2.pptx Tudo Sobre a Malária , para melhor aprendizado e informa...
MALARIA(2019) 2.pptx Tudo Sobre a Malária , para melhor aprendizado e informa...
 
A importância do exame do líquor para o diagnóstico neurológ
A importância do exame do líquor para o diagnóstico neurológA importância do exame do líquor para o diagnóstico neurológ
A importância do exame do líquor para o diagnóstico neurológ
 
Meningite na Infancia Pediatria Sanar Flix AULA
Meningite na Infancia Pediatria Sanar Flix AULAMeningite na Infancia Pediatria Sanar Flix AULA
Meningite na Infancia Pediatria Sanar Flix AULA
 
Citomegalovirose neonatal
Citomegalovirose neonatalCitomegalovirose neonatal
Citomegalovirose neonatal
 
Distúrbios respiratórios agudos no P.S. infantil: laringite x crise asmática
Distúrbios respiratórios agudos no P.S. infantil: laringite x crise asmáticaDistúrbios respiratórios agudos no P.S. infantil: laringite x crise asmática
Distúrbios respiratórios agudos no P.S. infantil: laringite x crise asmática
 
Síndrome da rubéola congênita
Síndrome da rubéola congênitaSíndrome da rubéola congênita
Síndrome da rubéola congênita
 
Infecções Osteoarticulares
Infecções OsteoarticularesInfecções Osteoarticulares
Infecções Osteoarticulares
 

Plus de Alinebrauna Brauna (20)

Pnab
PnabPnab
Pnab
 
Orientacoes coleta analise_dados_antropometricos
Orientacoes coleta analise_dados_antropometricosOrientacoes coleta analise_dados_antropometricos
Orientacoes coleta analise_dados_antropometricos
 
Livro completo senad5
Livro completo senad5Livro completo senad5
Livro completo senad5
 
Radis 131 web
Radis 131 webRadis 131 web
Radis 131 web
 
Copia de radis_129_23maio2013
Copia de radis_129_23maio2013Copia de radis_129_23maio2013
Copia de radis_129_23maio2013
 
O que são conferências 21.05.2012
O que são conferências 21.05.2012O que são conferências 21.05.2012
O que são conferências 21.05.2012
 
Pmaq
PmaqPmaq
Pmaq
 
Pmaq
PmaqPmaq
Pmaq
 
Violência sexual contra crianças e adolescentes
Violência sexual contra crianças e adolescentesViolência sexual contra crianças e adolescentes
Violência sexual contra crianças e adolescentes
 
Todo sentimento
Todo sentimentoTodo sentimento
Todo sentimento
 
Suas os desafios da assistencia social
Suas   os desafios da assistencia socialSuas   os desafios da assistencia social
Suas os desafios da assistencia social
 
Slides infanto completo
Slides infanto completoSlides infanto completo
Slides infanto completo
 
Saúde mental
Saúde mentalSaúde mental
Saúde mental
 
O papel do cuidador e seus aspectos psicossociais
O papel do cuidador e seus aspectos psicossociaisO papel do cuidador e seus aspectos psicossociais
O papel do cuidador e seus aspectos psicossociais
 
Mpcda
MpcdaMpcda
Mpcda
 
Histórico sobre o eca
Histórico sobre o ecaHistórico sobre o eca
Histórico sobre o eca
 
Politica de ad
Politica de adPolitica de ad
Politica de ad
 
Perguntas e-respostas-crack
Perguntas e-respostas-crackPerguntas e-respostas-crack
Perguntas e-respostas-crack
 
Palestra álcool
Palestra álcoolPalestra álcool
Palestra álcool
 
O que é violência sexual
O que é violência sexualO que é violência sexual
O que é violência sexual
 

Meningites: causas, sinais e tratamento

  • 2. Meningites • Processo inflamatório das leptomeninges (conjunto das membranas pia-máter e aracnóide que envolvem o cerébro), caracterizado pela presença de exsudato no espaço subaracnóide, detectável no líquido cefalorraquidiano (LCR)
  • 3. Meningoencefalite • Quando o processo inflamatório entende-se à medula espinhal e ao parênquima cerebral
  • 4. Epidemiologia • OMS - anualmente 171.000 óbitos • Alta letalidade nos países do terceiro mundo • Letalidade - 5 a 10% (países em desenvolvimento) • Sequelas - 10 a 20% (retardo mental, surdez ou epilepsia (WHO-2004)
  • 5. Epidemiologia • Brasil - N. meningitidis, S. pneumoniae e H. influenzae • Diminuição da incidência H. influenzae com vacinação • 6 a 50 a - N. meningitidis e S. pneumoniae
  • 6. Etiologia • Vírus • Bactérias • Fungos • Parasitos Foto: Kenneth Todar/Dep. de Bacteriologia/Universidade do Wisconsin
  • 7. Classificação • Meningites Agudas • Meningites Subagudas • Meningites Crônicas
  • 8. Classificação • Meningites Linfomonocitárias • Meningites Linfomonocitárias Bacterianas • Meningites purulentas - Bacteriana - Não bacteriana
  • 9. Classificação • Meningites purulentas - Bacteriana - Não bacteriana
  • 10. Meningites Bacterianas • Meningite purulenta bacteriana - Neisseria meningitidis (A, B , C, W135, Y) - Strepcoccus pneumoniae - Haemophilus influenzaeus - Listeria monocytogenes - Streptococcus agalactiae - Enterobacteriaceae (E. coli, K. pneumoniae, Entercoccus sp, Salmonella sp) - Saphylococcus aureus • Meningite purulenta não bacteriana - Amebas de vida livre (Naegleria fowleri e Acanthamoeba)
  • 11. Meningite Linfomonocitária Viral • Enterovírus - Família Picornaviridae - echovírus - 11, 9, 30, 4e, 6, 3, 75 e 21 - coxackievírus - B5, B4, B3, B2, B1 - enterovírus - 70, 21 Lactentes e pré-escolares (1 a 4 anos) • Vírus da Caxumba • Arbovírus • Vírus da coriomeningite linfocítica • Herpesvírus HSV-1 e HSV-2 • Citomegalovírus (CMV) • Ebstein-Barr (EB)
  • 12. Meningite Linfomonocitária Bacteriana • Micobacterium tuberculosis • Espiroquetas - Leptospira - Treponema pallidum - Borrelia burgdorferi • Meningite bacteriana purulenta parcialmente tratada
  • 13. Meningite Linfomonocitária Fúngica • Cryptococcus neoformans • Cândida
  • 14. Meningite Linfomonocitária Parasitária • Cysticercus cellulosae • Angiotrongylus cantonensis • Baylisascarisis procyonis - EUA
  • 15. Meningite Bacteriana Purulenta - Etiologia Recém-nascidos (RN) e lactentes até 3 meses de vida - Streptococcus agalactiae (estreptococo B), Listeria monocytogenes e bacilos Gram-negativos, como Escherichia coli e salmonelas e Streptococcus pneumoniae (pneumococo)
  • 16. Meningite Bacteriana Purulenta - Etiologia • 4 meses até os 5 anos de idade - Haemophilus influenza tipo b, Neisseria meningitidis (meningococo) e Streptococcus pneumoniae • 5 anos até a idade adulta - Streptococcus pneumoniae e Neisseria meningitides (1º lugar em períodos de epidemia)
  • 17. Quadro clínico Meningite bacteriana purulenta • Clássico - febre, cefaléia e sinais de irritação meníngea • Irritação meníngea - rigidez de nuca, sinais de Kerning e Brudzinski • Criança - sinal do gatilho de fuzil • Diversos graus de disfunção cerebral - confusão mental, sonolência, torpor e coma • 10 a 20% - paralisia de nervos cranianos (III, IV. VI e VII) e sinais focais
  • 18. Quadro clínico Meningite bacteriana purulenta • Recém-nascido e lactentes - sinais de irritação meníngea não presentes • Alteração do estado de alerta • Irritabilidade, recusa alimentar, apatia, apnéia, crises convulsivas, instabilidade térmica (hipertermia ou hipotermia) • Hipertensão intracraniana - vômitos, hipertensão arterial, bradicardia, paralisia do III par craniano e edema de papila • Abaulamento de fontanela • Agravamento - encefalite e sepse
  • 19. Quadro clínico Doença meningocócica • Meningococcemia - mal-estar súbito, febre alta, calafrios, prostração e manifestações hemorrágicas na pele (petéquias, equimoses) • Meningite - com ou sem meningococcemia - febre, cefaléia intensa, naúseas, vômitos e rigidez de nuca ou outros sinais (Kerning e Brudzinski) - consciente, sonolento, torporoso ou coma - lactente - sinais raros de irritaçãomeníngea
  • 22.
  • 23.
  • 25. Quadro clínico Meningite bacteriana linfomonocitária • Meningite ou meningoencefalite tuberculosa • Início insidioso (criança agudo) • Febre baixa, anorexia e adinamia • Cefaléia - adulto • Alterações do comportamento, redução do nível de consciência e confusão mental • Convulsões, vômitos, alterações visuais e da fala • Crises focais (adultos)
  • 26. Quadro clínico Meningite bacteriana linfomonocitária • Crianças - apresentação inicial - apatia, perda de interesse por brincadeiras, agitação noturna, cefaléia leve, perda do apetite, náuseas, vômitos e dor abdominal • Início da irritação - cefaléia e vômitos • < 3 anos - vômito (cefaléia é rara) • Crises convulsivas generalizadas
  • 27. Quadro clínico Meningite bacteriana linfomonocitária • Exame físico - sinais de irritação meníngea, altearções de nervos cranianos (VI, III, IV. VIII e II) e alterações cerebelares • Hemiparesia (artéria cerebral média) • Tubérculos coróides na retina (80%) • Hipertensão intracraniana, descorticação e descerebração • Evolução grave - letalidadee e sequelas elevados
  • 28. Quadro clínico Meningite linfomonocitária viral Enterovírus • Início súbito • Febre - 76 a 100% • Rigidez de nuca (50%) • Cefaléia e fotofobia (adultos) • Alteração no nível de consciência • Raro - sinais neurológicos focais • Sinais e sintomas inespecíficos (faringite, tosse, anorexia, diarréia e mialgias)
  • 29. Quadro clínico Meningite linfomonocitária viral Enterovírus • Exantema variável • Miopericardite • Conjuntivite, pleurodínea, hepargina e doença de mãos-pés-boca • Sazonalidade • Evolução benigna • Alívio pós-punção • Duração < 1 semana
  • 30. Quadro clínico Meningite linfomonocitária viral Enterovírus •Recém-nascidos - febre, vômitos, anorexia, exantema ou sinais e sintomas respiratórios - neurológico - abaulamento de fontanela anterior < 1a
  • 31. Quadro clínico Complicações • Efusão e empiema subdural • Ventriculite • Hidrocefalia e abscesso cerebral • Outras - artite purulenta e complicação metabólica (redução da secreção de hormônio antidiurético - ADH)
  • 32. Quadro clínico Sequelas • Surdez • Hidrocefalia • Encefalite herpética - 70% sinais neurológicos persistentes (sequelas em 30%) • Meningite tuberculosa - 10 a 30% (crianças)
  • 33. Abordagem diagnóstica • DIAGNÓSTICO PRECOCE • Falta de experiência no reconhecimento clínico - evolução fatal
  • 34. Abordagem diagnóstica • Punção lombar • História clínica completa e exame físico acurado • Avaliar necessidade de TC antes da punção lombar • Contra-indicações - infecção no local da punção - sinais neurológicos focais - pupilas não reativas e dilatadas, anormalidades na motilidade ocular, paralisia da marcha, paresia de membro superior ou inferior - hipertensão intracraniana grave e papiledema
  • 35. Abordagem diagnóstica • Líquor - aspecto - bioquímica - bacterioscopia - detecção de antígeno (latéx ou contra- imunoeletroforese) - cultivo • PCR • Diagnóstico por imagem
  • 36.
  • 38. Abordagem diagnóstica Meningite viral • Pleocitose linfocítica (100 a 1000/mm3 ), precocemente neutrofilia • Pequeno aumento de proteína e diminuição de glicose • Enterovírus (80%), arbovírus, caxumba, herpes vírus • PCR enterovírus • PCR- T • Ausência de alterações consciência e sinais focais
  • 39. Abordagem diagnóstica • Hemograma completo • Hemocultura • Raios X tórax e seios da face • Tomografia computadorizada • Otoscopia • Proteína C reativa
  • 40. Tratamento Meningite bacteriana purulenta • Reconhecimento precoce da síndrome • Avaliação diagnóstica rápida • Terapia antimicrobiana • Terapia adjuvante - corticosteróides
  • 41. Tratamento Meningite bacteriana purulenta • Sensibilidade e resistência regional do microrganismo • Boa penetração na barreira hematoencefálica e SNC • Atividade em meio purulento • Menor frequência de efeitos colaterais • Via de administração (Farmacodinâmica)
  • 42. Tratamento Meningite bacteriana purulenta • Cabeceira elevada • Monitorização rigorosa (Graves - UTI, PVC) • Hidratação venosa • Correção distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-basico • Manitol • Corticosteróides • Antibioticoterapia • Bloqueadores H2 • Anticonvulsivantes
  • 43. Tratamento Microorganismo Recomendação Alternativa H. Influenza (β-lactamase -) Ampicilina Cefalosporina 3ª geração, (β-lactamase +) Cefalosporina 3ª geração Cefepime, Aztreonam (ceftriaxona, cefotaxima) N. Meningitidis Penicilina MIC < 0µg/ml Penicilina G Cristalina, Cefalosporina 3ª geração, Penicilina MIC < 0,1 -1µg/ Cefalosporina 3ª geração Cloranfenicol ml (ceftriaxona, cefotaxima) S. Pneumoniae Penicilina MIC < 0,1µg/ml Penicilina G Cristalina ou Cefalosporina 3ª geração Ampicilina (ceftriaxona, cefotaxima) Penicilina MIC < 0,1 -1µg/ Cefalosporina 3ª geração Meropenem, Vancomicina ml (ceftriaxona, cefotaxima) Penicilina MIC >= 2µg/ml Cefalosporina 3ª geração (ceftriaxona, cefotaxima) Meropenem + Vancomicin Enterobactérias Cefalosporina 3ª geração Aztreonam, Sulfametoazol + (ceftriaxona, cefotaxima) Trimetropima
  • 44. Meningococcemia/com ou sem Meningite Suspeita clínica - Tratamento precoce - Penicilina Cristalina - Início antes de transferir paciente para serviço de referência
  • 45. Tratamento • L. monocytogenes (RN e idosos) – Ampicilina • Micobactéria tuberculosis – Rifampicina, Isoniazida e Pirazinamida (RIP) • Fungos - Anfotericina B, Fluoconazol e 5-fluocitosina • Herpes - Aciclovir (reduz letalidade da encefalite por HSV)
  • 46. Prevenção e Controle Imunização • Hib - calendário básico (2, 4, 6 meses) • Vacina antimeningocócica (sorogrupos específicas) - polissacarideas - imunidade de curta duração - surtos • Pneumococo - situações especiais
  • 47. Prevenção e Controle Quimioprofilaxia dos comunicantes • Crianças e adultos que moram no mesmo domicílio ou que tiverm contato > 4 horas ( 5-7 dias antes internação) • Creches ou escolas (< 24 meses)
  • 48. Prevenção e Controle N. meningitidis ATB Dose Intervalo Duração Rifampicina Adulto 600mg 24/24 h 2 dias Rifampicina Criança > 1 mês até 10 24/24 h 2 dias anos - 20mg/Kg/dose (max 600mg) < 1 mês - 10mg/Kg/dose 24/24 h (max 600mg)
  • 49. Prevenção e Controle H. influenza ATB Dose Intervalo Duração Rifampicina Adulto 600mg 24/24 h 4 dias Rifampicina Criança > 1 mês até 10 24/24 h 4 dias anos - 20mg/Kg/dose (max 600mg) < 1 mês - 10mg/Kg/dose 24/24 h (max 600mg)
  • 50. Prevenção e Controle • Isolamento respiratório - Quarto privativo ou coorte (1 metro) - Máscara cirúrgica pelo profissional de saúde -Transporte do paciente - máscara cirúrgica - 24 horas após início do antibiótico • Educação em saúde
  • 51. Meningites Reconhecimento precoce e instituição imediata de terapias salva vidas