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Andrés Guevara e
a reformulação gráfica
da revista A Maçã
Andrés Guevara and
the new design project for
the A Maçã magazine

Aline Haluch
Introdução
• A imprensa no Rio de Janeiro no início do século XX
A modernização da imprensa e a presença
das revistas ilustradas no cotidiano

• Humberto de Campos e A Maçã
• Da leveza do desenho de Ivan à ruptura gráfica de Guevara
• O design como diferencial n’A Maçã
• A Maçã: arte, técnica e design
• Conclusão
Introdução
A Modernidade de impõe ao passado colonial
1898 Início da Belle Époque carioca

Rio de Janeiro 1920: centro político, cultural e financeiro do país;
Remodelação urbana realizada em três planos:

• Modernização do Porto
• Saneamento da cidade
• Reforma Urbana
Arte e Cultura
Modernismo no Rio de Janeiro
• Novos padrões de consumo e desenvolvimento da publicidade;
Confronto entre o desejo pela tradição e o desejo pelo novo

• Valores da Belle Époque dão origem a valores modernistas

Design, Indústria e Comércio
• O design fez parte da reconfiguração da vida social cultura material e visual da época.

• O trabalho do designer pode ter surgido organicamente
do processo produtivo da divisão de tarefas.
A modernização da imprensa
e a presença das revistas ilustradas
A partir de 1880
• Novas tecnologias / modernização da cidade
• Novas técnicas de impressão e reprodução
• Expansão da prática do reclame;
Profissionalização dos homens-de-letras
• Imprensa:

Pode ter sido uma das primeiras áreas de atuação do designer.

Revistas Ilustradas:
arte, técnica e literatura no 1900
• Inovações técnicas permitiram uso da

gravura em escala industrial;
• Nascimento de uma tradição cultural
carioca, e hoje nacional: a revista semanal;
• A ilustração criava códigos e dava
identidade às publicações, definindo seu
público.
Principais revistas ilustradas do início do século XX:
• Revista da Semana – 1900

• Kosmos - 1904

• Careta - 1908

• O Malho - 1902

• Fon-Fon – 1907

• Para Todos – 1918
Humberto de Campos e A Maçã
Humberto de Campos: o Conselheiro XX
• Nasceu no Maranhão em 1886;
• Aos 12 anos aprendiz de tipografia, paixão pelos livros, autodidata;
• Renovação do design editorial brasileiro na déc.1920;
• Conselheiro XX - contos satíricos são um sucesso de vendas;
• Em 1922 fundou a revista A Maçã, onde assumiu outros
pseudônimos;
• Duplo sentido, sátira e ironia no texto e na ilustração;
A Maçã
Semanário galante - dirigido ao público masculino editado no Rio de Janeiro entre 1922 e 1929
• Lançada em 11 de fevereiro de 1922 em pleno carnaval,
no Rio de Janeiro;
• O pseudônimo era um recurso de escritores e ilustradores.
A Maçã era uma revista mal-vista;
• Ascensão social das prostitutas de luxo, mudanças de
comportamento da mulher, traição, desejo, pecado;
• Projeto gráfico inovador, diagramação incomum, destaque
às ilustrações e vinhetas;
• Consumida e repudiada ao mesmo tempo.
1. Quem fazia o desenho da página,
planejamento do uso das vinhetas,
ilustrações e textos?
2. Qual o papel do ilustrador na
linguagem da revista?
Será que o ilustrador e o diagramador
trabalhavam juntos?
3. Será que o cronista dava palpites?
4. As mudanças da linguagem gráfica
da revista foram planejadas? Quais as
influências sofridas em seu projeto?
5. Pode-se alegar que não há projeto?
Da leveza do desenho de Ivan
à ruptura gráfica de Guevara
O traço Art Nouveau migrou
para o moderno Art Déco
Planejamento gráfico
Ivan / Manlius Mello, decorador de interiores,
criador de anúncios
1º projeto gráfico, logotipos e principais vinhetas.
Desenhos puramente ornamentais, decorativos,
de traço levíssimo.
Injustamente relegado a segundo plano em toda
bibliografia consultada.
Andres Guevara, O único paraguaio que venceu o Brasil!
responsável pela reestruturação gráfica d’A Maçã em 1923
Caricaturas com traço cubista tem rápida inserção na
imprensa.
Década 1940 - grande reformador da imprensa brasileira.
Diagramação calculada e sistematizada nos jornais.
Responsável pelo design de vários jornais cariocas:
Diário da Noite, Folha Carioca e Última Hora.
1.

Uso da linguagem Art Nouveau, no editorial de 1922, impresso em
apenas uma cor;

2.

Editorial com o mesmo design mas impresso em duas cores;

3.

Ruptura no design de Guevara em dezembro de 1923: a geometrização,
o traço Art Déco, o uso de acabamentos tipográficos para criar desenhos
e a aplicação definitiva das duas cores.

1

2

3
Recurso
Outra grande solução de projeto foi o uso
da sobreposição (overprint) da segunda cor
(mais escura) para solucionar o problema
da falta de registro, recurso utilizado até
hoje em produção gráfica.
O novo projeto de capa de Andrés Guevara não possui mais o
cabeçalho com o logotipo centralizado e a partir daí não há mais um
padrão, o logotipo da revista passou a fazer parte da ilustração e
acompanhava o estilo de cada capa, desenhada por diferentes
ilustradores.

Capa editada em 1922: cabeçalho que mostra a serpente circulando o
logotipo da revista e ao lado a ruptura de Guevara, uso da tipografia
com forte traço Art Déco e o desenho inconfundível
1922

O design como diferencial n’A Maçã
A Maçã reflete modelos, propostas gráficas,
estilo, moda, literatura e linguagem artística
de uma década de grandes mudanças de
comportamento e de pensamento.
1923

A mulher d’A Maçã é uma mulher poderosa,
que não perde a oportunidade de humilhar e usar os homens;
É também a mulher bela, vaidosa e amorosa.
1924

Tudo muda! Guevara entra em cena;
Personagens políticos
Recurso do retrato nas capas,
formas mais simplificadas;
Logotipo acompanha a linguagem da capa;
Editorial valorizado, acabamentos tipográficos e
diagramações inovadoras;
Miolo estruturado, desenhos crescem na página.
1925

Capas com ilustrações que preenchem a capa toda;
Novos recursos de linguagem visual:
terceira dimensão, perfil e planos diferentes;
Amadurecimento da publicação. Liberdade formal;
Excelente uso das cores;
Acabamentos tipográficos se intensifica;
Miolo com uso mais objetivo da ilustração;
1926

Capas provocantes e explícitas em relação ao sexo;
Editorial com grande variação na ornamentação
e diagramação. Linguagem Art Déco;
Estrutura arquitetônica;
Diminuição no uso de vinhetas;
Linguagem verbal ousada;
Uso da fotografia.
A Maçã: arte, técnica e design
• surgimento e a popularização do Art Nouveau reflete todas as
contradições que caracterizam a arte moderna.
• O Art Nouveau tornou-se o primeiro estilo divulgado em escala
maciça, possibilitando a reprodução industrial intensiva de suas
formas em artigos de todas as espécies. (DENIS. 2000:88)
A proliferação dos dois estilos foi surpreendente, especialmente
na arquitetura e na área gráfica — onde as revistas ilustradas
tiveram seus grandes momentos, com belas capas e novos
acabamentos.
A Maçã
• Transformação do uso do ornamento
No início predominavam ilustrações e caricaturas –
a estes vão se somando os acabamentos tipográficos
ascensão do movimento Art Déco: geometrização
supressão gradativa da linha curva e ondulante do Art Nouveau.
• Vermelho e preto: característica do Art Déco
combinação bastante utilizada n’A Maçã
Conclusão
• A Maçã – projeto editorial cuidadoso, requintado, inegável
seu valor estético, literário, histórico e de conteúdo gráfico.
• Conceitos, recursos e inovações gráficas que são
surpreendentes ainda hoje.
• Profissionais pioneiros que ajudaram a consolidar as bases
do design brasileiro.
• Desenho Industrial em 1922;
• Desenvolver a visão crítica: questionar as verdades que
aprendemos como absolutas;
• História do design a partir de uma perspectiva brasileira
• Embasamento intelectual: essencial ao designer
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Obrigada pela atenção!
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A Maçã e a reformulação gráfica de Andrés Guevara

  • 1. Andrés Guevara e a reformulação gráfica da revista A Maçã Andrés Guevara and the new design project for the A Maçã magazine Aline Haluch
  • 2. Introdução • A imprensa no Rio de Janeiro no início do século XX A modernização da imprensa e a presença das revistas ilustradas no cotidiano • Humberto de Campos e A Maçã • Da leveza do desenho de Ivan à ruptura gráfica de Guevara • O design como diferencial n’A Maçã • A Maçã: arte, técnica e design • Conclusão
  • 3. Introdução A Modernidade de impõe ao passado colonial 1898 Início da Belle Époque carioca Rio de Janeiro 1920: centro político, cultural e financeiro do país; Remodelação urbana realizada em três planos: • Modernização do Porto • Saneamento da cidade • Reforma Urbana
  • 4. Arte e Cultura Modernismo no Rio de Janeiro • Novos padrões de consumo e desenvolvimento da publicidade; Confronto entre o desejo pela tradição e o desejo pelo novo • Valores da Belle Époque dão origem a valores modernistas Design, Indústria e Comércio • O design fez parte da reconfiguração da vida social cultura material e visual da época. • O trabalho do designer pode ter surgido organicamente do processo produtivo da divisão de tarefas.
  • 5. A modernização da imprensa e a presença das revistas ilustradas A partir de 1880 • Novas tecnologias / modernização da cidade • Novas técnicas de impressão e reprodução • Expansão da prática do reclame;
  • 6. Profissionalização dos homens-de-letras • Imprensa: Pode ter sido uma das primeiras áreas de atuação do designer. Revistas Ilustradas: arte, técnica e literatura no 1900 • Inovações técnicas permitiram uso da gravura em escala industrial; • Nascimento de uma tradição cultural carioca, e hoje nacional: a revista semanal; • A ilustração criava códigos e dava identidade às publicações, definindo seu público.
  • 7. Principais revistas ilustradas do início do século XX: • Revista da Semana – 1900 • Kosmos - 1904 • Careta - 1908 • O Malho - 1902 • Fon-Fon – 1907 • Para Todos – 1918
  • 8. Humberto de Campos e A Maçã Humberto de Campos: o Conselheiro XX • Nasceu no Maranhão em 1886; • Aos 12 anos aprendiz de tipografia, paixão pelos livros, autodidata; • Renovação do design editorial brasileiro na déc.1920; • Conselheiro XX - contos satíricos são um sucesso de vendas; • Em 1922 fundou a revista A Maçã, onde assumiu outros pseudônimos; • Duplo sentido, sátira e ironia no texto e na ilustração;
  • 9. A Maçã Semanário galante - dirigido ao público masculino editado no Rio de Janeiro entre 1922 e 1929 • Lançada em 11 de fevereiro de 1922 em pleno carnaval, no Rio de Janeiro; • O pseudônimo era um recurso de escritores e ilustradores. A Maçã era uma revista mal-vista; • Ascensão social das prostitutas de luxo, mudanças de comportamento da mulher, traição, desejo, pecado; • Projeto gráfico inovador, diagramação incomum, destaque às ilustrações e vinhetas; • Consumida e repudiada ao mesmo tempo.
  • 10. 1. Quem fazia o desenho da página, planejamento do uso das vinhetas, ilustrações e textos? 2. Qual o papel do ilustrador na linguagem da revista? Será que o ilustrador e o diagramador trabalhavam juntos? 3. Será que o cronista dava palpites? 4. As mudanças da linguagem gráfica da revista foram planejadas? Quais as influências sofridas em seu projeto? 5. Pode-se alegar que não há projeto?
  • 11. Da leveza do desenho de Ivan
  • 12. à ruptura gráfica de Guevara O traço Art Nouveau migrou para o moderno Art Déco
  • 13. Planejamento gráfico Ivan / Manlius Mello, decorador de interiores, criador de anúncios 1º projeto gráfico, logotipos e principais vinhetas. Desenhos puramente ornamentais, decorativos, de traço levíssimo. Injustamente relegado a segundo plano em toda bibliografia consultada. Andres Guevara, O único paraguaio que venceu o Brasil! responsável pela reestruturação gráfica d’A Maçã em 1923 Caricaturas com traço cubista tem rápida inserção na imprensa. Década 1940 - grande reformador da imprensa brasileira. Diagramação calculada e sistematizada nos jornais. Responsável pelo design de vários jornais cariocas: Diário da Noite, Folha Carioca e Última Hora.
  • 14. 1. Uso da linguagem Art Nouveau, no editorial de 1922, impresso em apenas uma cor; 2. Editorial com o mesmo design mas impresso em duas cores; 3. Ruptura no design de Guevara em dezembro de 1923: a geometrização, o traço Art Déco, o uso de acabamentos tipográficos para criar desenhos e a aplicação definitiva das duas cores. 1 2 3
  • 15. Recurso Outra grande solução de projeto foi o uso da sobreposição (overprint) da segunda cor (mais escura) para solucionar o problema da falta de registro, recurso utilizado até hoje em produção gráfica.
  • 16. O novo projeto de capa de Andrés Guevara não possui mais o cabeçalho com o logotipo centralizado e a partir daí não há mais um padrão, o logotipo da revista passou a fazer parte da ilustração e acompanhava o estilo de cada capa, desenhada por diferentes ilustradores. Capa editada em 1922: cabeçalho que mostra a serpente circulando o logotipo da revista e ao lado a ruptura de Guevara, uso da tipografia com forte traço Art Déco e o desenho inconfundível
  • 17. 1922 O design como diferencial n’A Maçã A Maçã reflete modelos, propostas gráficas, estilo, moda, literatura e linguagem artística de uma década de grandes mudanças de comportamento e de pensamento.
  • 18. 1923 A mulher d’A Maçã é uma mulher poderosa, que não perde a oportunidade de humilhar e usar os homens; É também a mulher bela, vaidosa e amorosa.
  • 19. 1924 Tudo muda! Guevara entra em cena; Personagens políticos Recurso do retrato nas capas, formas mais simplificadas; Logotipo acompanha a linguagem da capa; Editorial valorizado, acabamentos tipográficos e diagramações inovadoras; Miolo estruturado, desenhos crescem na página.
  • 20. 1925 Capas com ilustrações que preenchem a capa toda; Novos recursos de linguagem visual: terceira dimensão, perfil e planos diferentes; Amadurecimento da publicação. Liberdade formal; Excelente uso das cores; Acabamentos tipográficos se intensifica; Miolo com uso mais objetivo da ilustração;
  • 21. 1926 Capas provocantes e explícitas em relação ao sexo; Editorial com grande variação na ornamentação e diagramação. Linguagem Art Déco; Estrutura arquitetônica; Diminuição no uso de vinhetas; Linguagem verbal ousada; Uso da fotografia.
  • 22. A Maçã: arte, técnica e design • surgimento e a popularização do Art Nouveau reflete todas as contradições que caracterizam a arte moderna. • O Art Nouveau tornou-se o primeiro estilo divulgado em escala maciça, possibilitando a reprodução industrial intensiva de suas formas em artigos de todas as espécies. (DENIS. 2000:88)
  • 23. A proliferação dos dois estilos foi surpreendente, especialmente na arquitetura e na área gráfica — onde as revistas ilustradas tiveram seus grandes momentos, com belas capas e novos acabamentos.
  • 24. A Maçã • Transformação do uso do ornamento No início predominavam ilustrações e caricaturas – a estes vão se somando os acabamentos tipográficos ascensão do movimento Art Déco: geometrização supressão gradativa da linha curva e ondulante do Art Nouveau. • Vermelho e preto: característica do Art Déco combinação bastante utilizada n’A Maçã
  • 25. Conclusão • A Maçã – projeto editorial cuidadoso, requintado, inegável seu valor estético, literário, histórico e de conteúdo gráfico. • Conceitos, recursos e inovações gráficas que são surpreendentes ainda hoje. • Profissionais pioneiros que ajudaram a consolidar as bases do design brasileiro. • Desenho Industrial em 1922; • Desenvolver a visão crítica: questionar as verdades que aprendemos como absolutas; • História do design a partir de uma perspectiva brasileira • Embasamento intelectual: essencial ao designer • Reinventar o cotidiano de maneira mais humana e criativa