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Apresentação dos 10 Livros
E.E. Professor João Cruz
Nome: Aline Nogueira de Oliveira nº01
1º EM B
Índice de Livros:
-1-Pedro Nava: Baú de Ossos
2-Autran Dourado: Ópera dos Mortos
3-Rubem Fonseca: A Coleira do Cão
4-Murilo Rubião: O Ex-Mágico
5-José Lins do Rego: Fogo Morto
6-Ignágio de Loyola Brandão: Zero
7-Haroldo de Campos: Galáxias
8-Dias Gomes: O Pagador de Promessas
9-Erico Verissimo: O Tempo e o Vento
10-Aluísio Azevedo: O Cortiço
Pedro Nava - Baú de Ossos
O Autor: Pedro Nava
Escritor e médico mineiro (5/6/1903-13/5/1984). Poeta bissexto, destaca-se como
memorialista e está entre os primeiros modernistas de Minas Gerais. Pedro da Silva
Nava nasce em Juiz de Fora e, em 1927, forma-se em medicina pela Universidade de
Minas Gerais.
Depois de passar algum tempo no interior de São Paulo, após a Revolução de 1930,
muda-se em 1933 para o Rio de Janeiro e trabalha em vários hospitais. Produz obras
sobre história da medicina, entre elasTerritório de Epidauro - Crônicas e Histórias
da História da Medicina (1947) e Capítulos da História da Medicina no Brasil (1948).
Na Juventude, em Minas, participa com Carlos Drummond de Andrade e outros da
edição de A Revista, publicação modernista. Como poeta produz pouco, tendo poemas
seus incluídos na Antologia de Poetas Bissextos(1948), organizada por Manuel
Bandeira.
Como memorialista, revela-se um escritor criativo, recuperando expressões
perdidas e criando neologismos interessantes. Escreve os livros de memóriasBaú de
Ossos (1972), Balão Cativo (1973), Chão de Ferro (1976), Beira-Mar(1978), Galo das
Trevas (1981) e O Círio Perfeito (1983). Suicida-se no Rio de Janeiro.
A obra:
Em “Baú de Ossos”, é facilmente perceptível a extensa pesquisa histórica realizada
pelo autor. Nava menciona viagens e a posse de inúmeros documentos, tais como
cartas, fotos, imagens, diários, relatos e tudo mais que o ajudasse a reconstruir o
passado, “a tradição que prolonga no tempo a conversa de bocas há muito abafadas
por um punhado de terra”². Com isso, de modo não linear, mas cronológico, o autor
vai reconstruindo sua própria identidade. Reconstrução tal qual o Frankenstein de
Mary Shelley, ou seja, a partir dos mortos – “Quem é que está na minha mão, na
minha cara, no meu coração, no meu gesto, na minha palavra; quem é que me envulta
e grita estou aqui de novo, meu filho! meu neto! Você não me conheceu logo porque
eu estive escondido cem, duzentos, trezentos anos”.
Porém, há falhas nesse quebra-cabeça que são impossíveis
de se “completar porque as peças que faltam deixam buracos
nos céus, hiatos nas águas, rombos nos sorrisos”.
E é aí que Pedro Nava, graciosamente, preenche o
vácuo deixado pela falta de documentação ou de relatos
com sua imaginação, juntando “à verdade o verossímil
que não é senão um esqueleto de verdade encarnado de poesia”.
Autran Dourado: Ópera dos Mortos
O Autor: Autran Dourado
Waldomiro Autran Dourado nasceu em 1926 em Patos de Minas (Minas
Gerais), pai de quatro filhos. Um jornalista e escritor que busca em seus
temas tradicionais mostrar a vida no interior. Tem vários prêmios
nacionais e internacionais, vejamos alguns: o primeiro deles foi em 1942
com o conto ″O Canivete de Cabo de Madrepérola″, posteriormente
tiveram outros como o prêmio Jabuti, o prêmio Gothe de Literatura e
por último o prêmio Luís de Camões.
Autran Dourado vive no Rio Janeiro desde 1954. Em seus livros fica
claro o estilo interiorano. ″Os Sinos da Agonia″ ocorre em uma pequena
vila um triângulo amoroso, já no livro ″Uma Vida em Segredo″ uma mulher
do campo vai viver na cidade após a morte do pai. Em ″Novelário de
Donga Novais″, conta a vida dos habitantes de Duas Pontes. No livro
chamado ″O Risco do Bordado″ também acontece em Duas Pontes.
A Obra:
No sobrado da família Honório Cota restou a filha Rosalina, o imponente
relógio-armário parado na hora da morte de sua mãe, as flores de pano
e a escrava Quiquina que se encarrega de vendê-las pelas ruas da cidade
por onde Rosalina raramente aparece, sempre trancada entre as paredes
sufocantes, as lembranças da família, dos mortos e do passado até
aparecer Juca Passarinho.
A monotonia, a solidão, a bebedeira a empurram para os braços de Juca,
que a via o dia inteiro como uma senhora
encastelada em sua soberba, mas a noite
a embriaguez transforma em flor de encantos
e sedução. Apesar da marcação cerrada da
escrava muda Quiquina a vigiá-la com os olhos,
pois a boca não podia falar, a desgraça recai
sobre a sua menina.
Por ordem de Quiquina só resta a Juca Passarinho carregar o
pequeno e macabro embrulho na calada da noite para enterrar nas
voçorocas, verdadeiras goelas plantadas na terra que avistara pela
primeira vez ao chegar na cidade. Mas a coragem lhe falta e Juca
Passarinho cava a terra vermelha do cemitério com as próprias mãos,
ali deixa o fruto do amor proibido antes de fugir daquela cidade, tão
sozinho como surgiu.
Rosalina passa a visitar o cemitério nas caladas da noite com seu
vestido branco, sua flor de pano no cabelo e sua
cantilena triste assombra quem a ouve.No final
do romance, desfeitos os
mistériosque envolvem a ensandecida
e infeliz cantilena, Rosalinaé conduzida
para longe da cidade para nunca mais voltar.
Rubem Fonseca: A Coleira do Cão
O Autor: Rubem Fonseca
Nascido em Juiz de Fora, Minas Gerais, em 11 de maio de 1925, José
Rubem Fonseca é formado em Direito, tendo exercido várias atividades
antes de dedicar-se inteiramente à literatura. Em 31 de dezembro de
1952 iniciou sua carreira na polícia, como comissário, no 16º Distrito
Policial, em São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Muitos dos fatos vividos
naquela época e dos seus companheiros de trabalho estão imortalizados
em seus livros. Aluno brilhante da Escola de Polícia, não demonstrava,
então, pendores literários. Ficou pouco tempo nas ruas. Foi, na maior
parte do tempo em que trabalhou, até ser exonerado em 06 de fevereiro
de 1958, um policial de gabinete. Cuidava do serviço de relações públicas
da polícia. Em julho de 1954 recebeu uma licença para estudar e depois
dar aulas sobre esse assunto na Fundação Getúlio Vargas, no Rio. Na
Escola de Polícia destacou-se em Psicologia. Contemporâneos de Rubem
Fonseca dizem que, naquela época, os policiais eram mais juízes de paz,
apartadores de briga, do que autoridades. Zé Rubem via, debaixo das
definições legais, as tragédias humanas e conseguia resolvê-las. Nesse
aspecto, afirmam, ele era admirável. Escolhido, com mais nove policiais
cariocas, para se aperfeiçoar nos Estados Unidos, entre setembro de
1953 e março de 1954, aproveitou a oportunidade para estudar
administração de empresas na New York University. Após sair da polícia,
Rubem Fonseca trabalhou na Light até se dedicar integralmente à
literatura. É viúvo e tem três filhos.
A Obra:
Essa coletânea de contos é o segundo livro de Rubem Fonseca. No primeiro, “Os
Prisioneiros”, o autor conta historias de personagens que são prisioneiros de si
mesmo. Neste, os personagens são como o cão do poema do início do livro: “com
grande esforço arranca-se da cadeia e foge. Mas preso à coleira, vai arrastando
um bom pedaço da corrente”.
Apesar de o livro ter só oito contos, Rubem sublinha sua maestria ao principiar o
alfarrábio com a continuação da história do halterofilista de “Os Prisioneiros” (que
também está presente em um dos contos de "Lucia MacCartney"). E ainda vale
citar que o último conto é protagonizado pelo delegado de policia Vilela, um dos
protagonistas do romance do livro “O Caso Morel”. (Adoro essa conexão de
personagens e histórias!)
A violência e a sexualidade – muito presentes nas
obras do autor - são abrandadas nesse livro
para destacar os conflitos psicológicos dos
personagens. Quase todos os protagonistas
conquistaram alguma liberdade, mas se veêm
confusos justamente por se acharem “com a coleira
ainda presa ao pescoço, mas arrastando a corrente”,
e ao mesmo tempo se ressentirem da ausência
do “dono”.
Murilo Rubião: O Ex-Mágico
O Autor: Murilo Rubião
Eugênio Murilo Rubião nasceu em Carmo de Minas. Fez seus primeiros
estudos em Conceição do Rio Verde e conclui-os depois em Belo
Horizonte. Ingressou na Faculdade de Direito, formando-se em 1942.
O jornalismo sempre o seduziu, tornou-se redator da Folha de Minas
e diretor da Rádio Inconfidência. Em 1947, lançou seu primeiro livro
de contos, O ex-mágico, que não teve maior repercussão na época. A
partir de então, ingressou no mundo da política, sempre como
assessor. Em 1951, ocupou a função de chefe de gabinete do
governador Juscelino Kubitschek. Entre 1956 e 1961, exerceu o
cargo de adido cultural do Brasil na Espanha. Em 1966 foi designado
para organizar o suplemento literário do jornal O Estado de Minas
Gerais, que se tornou um dos melhores órgãos de imprensa cultural
já surgidos no país. A publicação de O pirotécnico Zacarias, em 1974,
deu súbita fama a Murilo Rubião. Nos anos subseqüentes, a sua
exígua obra passou a ser vista como a mais significativa
manifestação da literatura fantástica no Brasil.
A Obra:
Quando Murilo Rubião estreou com O ex-mágico, um crítico apontou a
semelhança dos contos que compunham o livro e certas obras de Franz Kafka,
especificamente A metamorfose. Embora o autor mineiro não conhecesse, na
ocasião, o autor tcheco, havia de fato alguns traços comuns que permitiriam
incluí-los numa mesma família estética, a da literatura fantástica.
Entende-se por literatura fantástica aquelas narrativas em que ocorrem fatos
inconcebíveis, inexplicáveis, surreais e que produzem uma grande sensação
de estranhamento nas pessoas. Normalmente,
esta atmosfera de irrealidade tem uma dimensão
alegórica, ou seja, por meio do absurdo e do
inverossímil, ela alude à realidade concreta da
existência, cabendo ao leitor escolher um sentido
realista para eventos aparentemente sobrenaturais.
José Lins do Rego: Fogo Morto
O Autor: José Lins do Rego
José Lins do Rego Cavalcanti nasceu em 1901, no Estado da Paraíba, e
morreu em 1957 na cidade do Rio de Janeiro.
Viveu a maior parte de sua vida em Recife, cidade onde se formou em
Direito. A partir de 1936, passou a viver na cidade do Rio de Janeiro.
O dia a dia e os costumes tanto de Pernambuco quanto do Rio de Janeiro
eram evidentes em suas obras literárias. Ele deu início ao conhecido Ciclo da
Cana-de-Açúcar com a obra: Menino de Engenho. Além deste livro, este
notável escritor escreveu outros livros, como: Doidinho, Banguê, O Moleque
Ricardo e Usina. Este último possui narrativa descritiva do meio de vida nos
engenhos e nas plantações de cana-de-açúcar do Nordeste. Em sua segunda
fase, José Lins do Rego escreveu romances que tinham como tema a vida
rural. Deste período, fazem parte as seguintes obras: Pureza, Pedra Bonita,
Riacho Doce e Agua Mãe. No ano de 1943 publicou o livro Fogo Morto,
considerado a sua obra-prima; posteriormente escreveu Euridice,
Cangaceiros, alguns ensaios, crônicas e outras obras.
Este notável escritor foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras e
teve suas obras traduzidas para diferentes idiomas, entre eles, o russo.
A Obra:
Há um episódio da vida do escritor paraibano José Lins do Rego (1901 - 1957) que
ilustra o seu temperamento e a forma como via o mundo. Em seu discurso de posse na
Academia Brasileira de Letras (ABL), em 1955, ao falar sobre Ataulfo de Paiva, seu
antecessor na Cadeira nº 25, foi pouco diplomático: "Chegou ao Supremo Tribunal
Federal sem ter sido um juiz sábio e à Academia sem nunca ter gostado de um poema".
A partir desse fato, foi instituída na ABL a censura prévia aos discursos de posse.
Publicado em 1943, "Fogo Morto", é uma contundente visão do processo de mudanças
sociais e econômicas do Nordeste brasileiro. O título refere-se à transformação do
Engenho Santa Fé, localizado na zona
da mata da Paraíba, de núcleo de poder econômico a
pólo de miséria, com o apagar definitivo de suas fornalhas.
"Fogo morto" é a expressão utilizada no Nordeste para
denunciar a inatividade de um engenho.
Ignágio de Loyola Brandão: Zero
O Autor: Ignágio de Loyola Brandão
Nascido no dia 31 de julho de 1936 na cidade de Araraquara, interior de São
Paulo, Ignácio de Loyola Lopes Brandão era filho de Antônio Maria Brandão e
Maria do Rosário Lopes Brandão. Tinha quatro irmãos. Sua carreira foi
influenciada por seu pai, que o incentivou a ler quando pequeno e montou
uma biblioteca com 500 volumes, além de publicar histórias em jornais da
região. Um pouco da infância de Ignácio pode ser conferida no conto “O
menino que vendia palavras”, em que ele narra os episódios nos quais
trocava palavras por figurinhas e bolinhas de gude com os companheiros de
sala de aula. Em 1952, consegue publicar uma crítica de sua autoria no
jornal Folha Ferroviária. O texto em questão era sobre o filme “Rodolfo
Valentino”. A publicação também foi utilizada pelo Correio Popular. Assim,
Ignácio começa a se aventurar na escrita de críticas de filmes e reportagens
para o Diário de Araraquara, O Imparcial, entre outros jornais. Ganha
conhecimento em tipografia, paginação e acaba inaugurando uma coluna
social.
Após mudar-se para a cidade de São Paulo em 56, consegue trabalho no
jornal Última Hora, onde prestou serviços por quase dez anos. Um fato
curioso ocorrido naquela época foi que, Ignácio, ao ser perguntado na
entrevista se sabia inglês, disse que sim. Então, teve que utilizar o pouco que
havia aprendido em filmes para entrevistar o General Eisenhower, que estava
em São Paulo. No fim, conseguiu fazer a entrevista e acabou destacando-se
Ignácio vai para a Itália em 1957 para tentar arrumar trabalho como roteirista
em Cinecittà, complexo de estúdios e teatros que fica na periferia de Roma. De
lá, continua fazendo matérias para o Última Hora. Entre os assuntos abordados,
fez coberturas, sinopses e alguns trabalhos para a TV Excelsior. Conhece a
obra do diretor de cinema Federico Fellini, “Oito e Meio”. Tempos depois, o
escritor admite que o filme teve forte influência sobre “Zero”, um de seus
romances.
Retornou ao Brasil e começou a escrever “Os Imigrantes” junto a José Celso
Martinez Correa, um amigo de sua cidade natal. No ano de 1988, publica “A rua
de nomes no ar”, livro de contos e crônicas. Depois, encara o mercado editorial
infanto-juvenil com “O homem que espalhou o deserto”. Naquele mesmo ano, o
livro “Sonhando com o demônio” é publicado.
Em 2000, Ignácio de Loyola Brandão ganhou o Prêmio Jabuti na categoria
Contos e Crônicas pelo livro “O Homem que odiava a segunda-feira”.
A Obra:
Zero é um romance de Ignácio de Loyola Brandão publicado originalmente
em 1974, na Itália, após ter sido recusado por várias editoras brasileiras .
Sua primeira edição nacional veio apenas um ano depois. Em 1976, foi
proibido em todo o país pelo Ministério da Justiça, por ser considerado
atentatório à moral e aos bons costumes. Tem como um dos temas principais
a repressão e o desejo de liberdade, temática que seria explorada
novamente em Não Verás País Nenhum, de 1981 . Seu pano de fundo
histórico é a Ditadura Militar Brasileira, o mesmo período em que o próprio
livro foi escrito.
Romance de cunho grotesco, no qual Rosa e José, o casal protagonista,
nutrem um pelo outro um sentimento de desdém, no qual, ao mesmo tempo
em que se enojam, são fisgados por um desejo descomunal
em suas noites de prazer. Em meio a um cenário social
recheado de aberrações (que trabalham no circo da cidade),
entregam-se a uma rotina de tapas e beijos que só
pode entreter a eles.
Haroldo de Campos: Galáxias
O Autor: Haroldo de Campos
Haroldo Eurico Browne de Campos (São Paulo, 19 de agosto de 1929 — São Paulo, 16 de agosto
de 2003) foi um poeta e tradutor brasileiro. Haroldo fez seus estudos secundários no Colégio
São Bento, onde aprendeu os primeiros idiomas estrangeiros, como latim, inglês, espanhol
efrancês. Ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, no final da década
de 1940, lançando seu primeiro livro em 1949, O Auto do Possesso quando, ao lado de Décio
Pignatari, participava do Clube de Poesia.Em 1952, Décio, Haroldo e seu irmão Augusto de
Campos rompem com o Clube, por divergirem quanto ao conservadorismo predominante entre os
poetas, conhecidos como "Geração de 45". Fundam, então, o grupo Noigandres, passando a
publicar poemas na revista do grupo, de mesmo título. Nos anos seguintes defendeu as teses
que levariam os três a inaugurar em 1956 o movimento concretista, ao qual manteve-se fiel até
o ano de 1963, quando inaugura um trajeto particular, centrando-se suas atenções no projeto
do livro-poema "Galáxias".Haroldo doutorou-se pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências
Humanas da USP, sob orientação de Antonio Candido, tendo sido professor da PUC-SP, bem
como na Universidade doTexas, em Austin.Haroldo dirigiu até o final de sua vida a coleção
Signos da Editora Perspectiva. "Transcriou" em português poemas de autores como Homero,
Dante, Mallarmé, Goethe, Mayakovski, além de textos bíblicos, como o Gênesis e o Eclesiastes.
Publicou, ainda, numerosos ensaios de teoria literária, entre eles A Arte no Horizonte do
Provável (1969).Faleceu em São Paulo, tendo publicado, pouco antes, sua transcriação em
A Obra:
Galáxias é um livro experimental escrito por Haroldo de Campos, um dos maiores nomes da
Poesia concreta brasileira, entre os anos de 1963 e 1976, mas sendo integralmente publicado
apenas em 1984 . Devido a seu caráter experimental, está no limite entre a prosa e a poesia , o
que levou Caetano Veloso(amigo do poeta) a classificá-lo como proesia . Por um lado, apresenta
uma escrita corrida e direta, característica da prosa (a obra não apresenta separação de
parágrafos, nem nenhum elemento de pontuação, nem mesmo numeração de páginas), sendo,
supostamente, um relato de viagens ; por outro, utiliza-se de recursos e imagens poéticas .
Duas das grandes influências para este livro foram James Joyce e Guimarães Rosa. Seria, por
sua vez, umas das grandes inspirações para o Catatau de Paulo Leminski
Trata-se de um livro pouco conhecido fora da crítica especializada e do meio literário. Isso se
deve, em parte, ao baixo número de exemplares da primeira edição, por um lado ; e por outro,
ao próprio caráter experimental do livro, que torna sua leitura não raras vezes difícil ou
hermética8 . Mas o livro despertou o entusiasmo não só de artistas
amigos do poeta, como os já mencionadosCaetano Veloso e
Paulo Leminski, bem como o de vários
outros intelectuais. Mereceu, em 1966, grandes elogios de Guimarães
Rosa,reconhecidamente um dos maiores escritores brasileiros
Dias Gomes: O Pagador de Promessas
O Autor: Dias Gomes
Dias Gomes (1922-1999) foi um escritor, dramaturgo e novelista brasileiro, autor de novelas
conhecidas no Brasil como “O Bem Amado” e “Roque Santeiro” e o filme "O Pagador de
Promessas".Alfredo de Freitas Dias Gomes nasceu em Salvador. Escreveu a primeira peça teatral
aos 15 anos, a “Comédia dos Moralistas”. A peça foi premiada no Concurso do Serviço Nacional
de Teatro em 1939, embora nunca tenha sido encenada.Em 1942 foi encenada “Pé de Cabra",
censurada pelo Estado Novo, regime ditatorial implantado pelo presidente Getúlio Vargas. Dias
Gomes escreveu radionovelas nos anos 50, mas deixou de exercer a atividade com a chegada da
ditadura militar em 1964.
A peça teatral que causou maior repercussão foi “O Pagador de Promessas”, sucesso de crítica no
cinema, onde ganhou Palma de Ouro de Cannes em 1962.
Nas telenovelas na Rede Globo, fez grande sucesso com as novelas “O Bem Amado” (1973), “O
Espigão” (1974), "Saramandaia “(1976) e "Roque Santeiro" (1985). A novela “O Bem Amado”
destacou-se pela intepretação do político corrupto feita pelo ator Paulo Gracindo e tornou-se série
entre os anos de 1985 e 1986. Já em “Roque Santeiro”, considerada uma das telenovelas de maior
audiência, os atores Lima Duarte e Regina Duarte interpretaram os personagens Sinhozinho Malta
e a “viúva” Porcina, casal que conquistou o público brasileiro.
Em 1983, as esposa de Dias Gomes, Janete Clair, outra novelista atuante, morreu vítima de
câncer.
A Obra:
O Pagador de Promessas foi escrito em 1959 por Dias Gomes. O texto é
“brasileiríssimo” e retrata a miscigenação religiosa do país. Muitos críticos e
especialistas consideram o texto “um instante de graça” sintetizado por uma
perfeita estrutura.
Dias Gomes destaca a sincera devoção e ingenuidade do povo em contrapartida
à burocratização da organização interior católica. Através da insistência do
protagonista e herói da peça, Zé do Burro, em levar adiante a “paga” de sua
promessa apesar da argumentação da igreja, da perda amorosa e da lei, o
autor, explora a força da fé popular.
A obra é escrita para o teatro e está dividida
em três atos.
Erico Verissimo: O Tempo e o Vento
O Autor: Erico Verissimo
Erico Lopes Verissimo nasceu na cidade Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, em 1905.
Desde novo, demonstrou sua adoração pela literatura, lendo autores brasileiros
consagrados como Coelho Neto, Aluísio Azevedo, Joaquim Manoel de Macedo, Afrânio
Peixoto e Afonso Arinos, e também autores internacionais como Walter Scott, Tolstoi,
Eça de Queirós, Émile Zola e Dostoievski.
Pode-se dizer que sua vida de escritor se iniciou em 1929, com a publicação de um
conto seu “Chico: um conto de Natal”, no periódico mensal “Cruz Alta em Revista”. A
partir daí, outros escritos de sua autoria são enviados às revistas importantes da época
e aos suplementos de jornais.
No ano seguinte, Erico se mudou para Porto Alegre, com a intenção de viver apenas
com a literatura. O que realmente dá certo, pois foi contratado como secretário de
redação da revista “O globo” e inicia uma brilhante carreira no periódico.
Apenas dois anos depois, em 1932, o autor já era diretor da revista. Além disso, é
chamado para trabalhar no departamento editorial da Livraria do Globo, seu trabalho
consistia na indicação de livros para serem traduzidos e publicados.
Seu primeiro livro, “Fantoches”, foi uma coletânea de histórias de peças de teatro. Já
seu primeiro romance foi o livro “Clarissa”, lançado em 1933.
Após uma temporada nos Estados Unidos, onde deu aula de literatura e história do
Brasil no Mills College, de Oakland, Califórnia, retornou para o Brasil em 1945.
O autor também fez traduções de clássicos estrangeiros, publicou livros infantis, criou
programas de auditório para crianças e escreveu mais de 30 livros, entre romances,
autobiografias, relatos de viagens e ensaios.
Em 1975, Erico faleceu subitamente.
A Obra:
O Tempo e o Vento é uma saga, uma das mais importantes obras de Érico Veríssimo
que narra 200 anos de história da formação do Rio Grande do Sul sob o ponto de
vista da família Terra-Cambará.
Parte integrante da Obra “O Tempo e o Vento”, “O Continente” é o início da história,
que é narrado em estilo flash-back pela personagem Bibiana Terra, quase
centenária, quando os moradores do casarão onde a família mora estão presos por
conta da Revolução Federalista de 1895. Contando com um exímio trabalho de
pesquisa histórica e um brilhante estilo narrativo, Érico Veríssimo traz sob o olhar
da ficção uma série de fatos reais que contornam a história de O Tempo e o Vento.
Através de uma narrativa rápida, bastante parecida com o estilo
novelístico, ele conseguiu trazer uma série de
elementos que vão se repetindo ao longo de toda a
narrativa, em seus 200 anos de história, tais como
o punhal de Pedro Missioneiro e a frase de Ana
Terra: “noite dos ventos, noite dos mortos”.
Aluísio Azevedo: O Cortiço
O Autor: Aluisio Azevedo
Romancista brasileiro nascido em São Luís, MA, cujos temas prediletos foram o
anticlericalismo, a luta contra o preconceito de cor, o adultério, os vícios, o povo
humilde e considerado o criador do naturalismo no Brasil. A chamado do irmão, o
teatrólogo Artur Azevedo, viajou para o Rio de Janeiro aos 17 anos e começou a
estudar na Academia Imperial de Belas-Artes. Logo passou a colaborar, com
caricaturas e poesias, em jornais e revistas. A partir da publicação de seu primeiro
romance, Uma lágrima de mulher (1880), passou a viver do que ganhava como
escritor.
Ao ingressar por concurso na carreira diplomática (1895), encerrou a carreira
literária durante a qual escreveu ao todo 19 trabalhos, entre romances e peças
teatrais. A serviço do Brasil, esteve na Espanha, Japão, Uruguai, Inglaterra, Itália,
Paraguai e Argentina. Membro fundador da Academia Brasileira de Letras (cadeira
nº 4), morreu em Buenos Aires, Argentina, quando ocupava o posto de vice-cônsul do
Brasil.
Além de O mulato (1881), os romances que o consagraram perante a crítica e o
público foram Casa de pensão (1884) e O cortiço (1890), considerado sua obra-
prima. Entre seus demais romances estão: A condessa de Vésper (1902), Memórias
de um condenado (1882), Girândola de amores (1900), Filomena Borges (1884), O
homem (1887), O Coruja (1895), O esqueleto (1890), publicado sob o pseudônimo de
Victor Leal, A mortalha de Alzira (1893) e O livro de uma sogra (1895).
O Cortiço é um romance de autoria do escritor brasileiro Aluísio Azevedo publicado em
1890. É um marco do naturalismo no Brasil, onde os personagens principais são os
moradores de um cortiço no Rio de Janeiro, precursor das favelas, onde moram os
excluídos, os humildes, todos aqueles que não se misturavam com a burguesia, e todos
eles possuindo os seus problemas e vícios, decorrentes do meio em que vivem.
O autor descreve a sociedade brasileira da época, formada pelos portugueses, os
burgueses, os negros e os mulatos, pessoas querendo mais e mais dinheiro e poder,
pensando em si só, ao mesmo tempo em que presenciam a miséria, ou mesmo a
simplicidade de outros. Essa obra de Aluísio Azevedo tem dois elementos importantes:
primeiro, o extensivo uso de zoomorfismo;
Embalado pela onda científica, Aluísio escreve 'O Cortiço' sob as bases do
determinismo (o meio, o lugar, e o momento influenciam o
ser humano) e do darwinismo, com a teoria do evolucionismo
. Sob aspectos naturalistas, isto é, sob olhar científico, a
narração se desenvolve em meio a insalubridade do cortiço,
propício à promiscuidade, característica do naturalismo. Ao
contrário do que se desenvolvia no romantismo,
Esse trabalho foi feito afim de
incentivar as pessoas a lerem
Literatura brasileira!
Espero que tenha gostado!
--- Obrigada!

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  • 1. Apresentação dos 10 Livros E.E. Professor João Cruz Nome: Aline Nogueira de Oliveira nº01 1º EM B
  • 2. Índice de Livros: -1-Pedro Nava: Baú de Ossos 2-Autran Dourado: Ópera dos Mortos 3-Rubem Fonseca: A Coleira do Cão 4-Murilo Rubião: O Ex-Mágico 5-José Lins do Rego: Fogo Morto 6-Ignágio de Loyola Brandão: Zero 7-Haroldo de Campos: Galáxias 8-Dias Gomes: O Pagador de Promessas 9-Erico Verissimo: O Tempo e o Vento 10-Aluísio Azevedo: O Cortiço
  • 3. Pedro Nava - Baú de Ossos
  • 5. Escritor e médico mineiro (5/6/1903-13/5/1984). Poeta bissexto, destaca-se como memorialista e está entre os primeiros modernistas de Minas Gerais. Pedro da Silva Nava nasce em Juiz de Fora e, em 1927, forma-se em medicina pela Universidade de Minas Gerais. Depois de passar algum tempo no interior de São Paulo, após a Revolução de 1930, muda-se em 1933 para o Rio de Janeiro e trabalha em vários hospitais. Produz obras sobre história da medicina, entre elasTerritório de Epidauro - Crônicas e Histórias da História da Medicina (1947) e Capítulos da História da Medicina no Brasil (1948). Na Juventude, em Minas, participa com Carlos Drummond de Andrade e outros da edição de A Revista, publicação modernista. Como poeta produz pouco, tendo poemas seus incluídos na Antologia de Poetas Bissextos(1948), organizada por Manuel Bandeira. Como memorialista, revela-se um escritor criativo, recuperando expressões perdidas e criando neologismos interessantes. Escreve os livros de memóriasBaú de Ossos (1972), Balão Cativo (1973), Chão de Ferro (1976), Beira-Mar(1978), Galo das Trevas (1981) e O Círio Perfeito (1983). Suicida-se no Rio de Janeiro.
  • 6. A obra: Em “Baú de Ossos”, é facilmente perceptível a extensa pesquisa histórica realizada pelo autor. Nava menciona viagens e a posse de inúmeros documentos, tais como cartas, fotos, imagens, diários, relatos e tudo mais que o ajudasse a reconstruir o passado, “a tradição que prolonga no tempo a conversa de bocas há muito abafadas por um punhado de terra”². Com isso, de modo não linear, mas cronológico, o autor vai reconstruindo sua própria identidade. Reconstrução tal qual o Frankenstein de Mary Shelley, ou seja, a partir dos mortos – “Quem é que está na minha mão, na minha cara, no meu coração, no meu gesto, na minha palavra; quem é que me envulta e grita estou aqui de novo, meu filho! meu neto! Você não me conheceu logo porque eu estive escondido cem, duzentos, trezentos anos”. Porém, há falhas nesse quebra-cabeça que são impossíveis de se “completar porque as peças que faltam deixam buracos nos céus, hiatos nas águas, rombos nos sorrisos”. E é aí que Pedro Nava, graciosamente, preenche o vácuo deixado pela falta de documentação ou de relatos com sua imaginação, juntando “à verdade o verossímil que não é senão um esqueleto de verdade encarnado de poesia”.
  • 8. O Autor: Autran Dourado
  • 9. Waldomiro Autran Dourado nasceu em 1926 em Patos de Minas (Minas Gerais), pai de quatro filhos. Um jornalista e escritor que busca em seus temas tradicionais mostrar a vida no interior. Tem vários prêmios nacionais e internacionais, vejamos alguns: o primeiro deles foi em 1942 com o conto ″O Canivete de Cabo de Madrepérola″, posteriormente tiveram outros como o prêmio Jabuti, o prêmio Gothe de Literatura e por último o prêmio Luís de Camões. Autran Dourado vive no Rio Janeiro desde 1954. Em seus livros fica claro o estilo interiorano. ″Os Sinos da Agonia″ ocorre em uma pequena vila um triângulo amoroso, já no livro ″Uma Vida em Segredo″ uma mulher do campo vai viver na cidade após a morte do pai. Em ″Novelário de Donga Novais″, conta a vida dos habitantes de Duas Pontes. No livro chamado ″O Risco do Bordado″ também acontece em Duas Pontes.
  • 10. A Obra: No sobrado da família Honório Cota restou a filha Rosalina, o imponente relógio-armário parado na hora da morte de sua mãe, as flores de pano e a escrava Quiquina que se encarrega de vendê-las pelas ruas da cidade por onde Rosalina raramente aparece, sempre trancada entre as paredes sufocantes, as lembranças da família, dos mortos e do passado até aparecer Juca Passarinho. A monotonia, a solidão, a bebedeira a empurram para os braços de Juca, que a via o dia inteiro como uma senhora encastelada em sua soberba, mas a noite a embriaguez transforma em flor de encantos e sedução. Apesar da marcação cerrada da escrava muda Quiquina a vigiá-la com os olhos, pois a boca não podia falar, a desgraça recai sobre a sua menina.
  • 11. Por ordem de Quiquina só resta a Juca Passarinho carregar o pequeno e macabro embrulho na calada da noite para enterrar nas voçorocas, verdadeiras goelas plantadas na terra que avistara pela primeira vez ao chegar na cidade. Mas a coragem lhe falta e Juca Passarinho cava a terra vermelha do cemitério com as próprias mãos, ali deixa o fruto do amor proibido antes de fugir daquela cidade, tão sozinho como surgiu. Rosalina passa a visitar o cemitério nas caladas da noite com seu vestido branco, sua flor de pano no cabelo e sua cantilena triste assombra quem a ouve.No final do romance, desfeitos os mistériosque envolvem a ensandecida e infeliz cantilena, Rosalinaé conduzida para longe da cidade para nunca mais voltar.
  • 12. Rubem Fonseca: A Coleira do Cão
  • 13. O Autor: Rubem Fonseca
  • 14. Nascido em Juiz de Fora, Minas Gerais, em 11 de maio de 1925, José Rubem Fonseca é formado em Direito, tendo exercido várias atividades antes de dedicar-se inteiramente à literatura. Em 31 de dezembro de 1952 iniciou sua carreira na polícia, como comissário, no 16º Distrito Policial, em São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Muitos dos fatos vividos naquela época e dos seus companheiros de trabalho estão imortalizados em seus livros. Aluno brilhante da Escola de Polícia, não demonstrava, então, pendores literários. Ficou pouco tempo nas ruas. Foi, na maior parte do tempo em que trabalhou, até ser exonerado em 06 de fevereiro de 1958, um policial de gabinete. Cuidava do serviço de relações públicas da polícia. Em julho de 1954 recebeu uma licença para estudar e depois dar aulas sobre esse assunto na Fundação Getúlio Vargas, no Rio. Na Escola de Polícia destacou-se em Psicologia. Contemporâneos de Rubem Fonseca dizem que, naquela época, os policiais eram mais juízes de paz, apartadores de briga, do que autoridades. Zé Rubem via, debaixo das definições legais, as tragédias humanas e conseguia resolvê-las. Nesse aspecto, afirmam, ele era admirável. Escolhido, com mais nove policiais cariocas, para se aperfeiçoar nos Estados Unidos, entre setembro de 1953 e março de 1954, aproveitou a oportunidade para estudar administração de empresas na New York University. Após sair da polícia, Rubem Fonseca trabalhou na Light até se dedicar integralmente à literatura. É viúvo e tem três filhos.
  • 15. A Obra: Essa coletânea de contos é o segundo livro de Rubem Fonseca. No primeiro, “Os Prisioneiros”, o autor conta historias de personagens que são prisioneiros de si mesmo. Neste, os personagens são como o cão do poema do início do livro: “com grande esforço arranca-se da cadeia e foge. Mas preso à coleira, vai arrastando um bom pedaço da corrente”. Apesar de o livro ter só oito contos, Rubem sublinha sua maestria ao principiar o alfarrábio com a continuação da história do halterofilista de “Os Prisioneiros” (que também está presente em um dos contos de "Lucia MacCartney"). E ainda vale citar que o último conto é protagonizado pelo delegado de policia Vilela, um dos protagonistas do romance do livro “O Caso Morel”. (Adoro essa conexão de personagens e histórias!) A violência e a sexualidade – muito presentes nas obras do autor - são abrandadas nesse livro para destacar os conflitos psicológicos dos personagens. Quase todos os protagonistas conquistaram alguma liberdade, mas se veêm confusos justamente por se acharem “com a coleira ainda presa ao pescoço, mas arrastando a corrente”, e ao mesmo tempo se ressentirem da ausência do “dono”.
  • 16. Murilo Rubião: O Ex-Mágico
  • 17. O Autor: Murilo Rubião
  • 18. Eugênio Murilo Rubião nasceu em Carmo de Minas. Fez seus primeiros estudos em Conceição do Rio Verde e conclui-os depois em Belo Horizonte. Ingressou na Faculdade de Direito, formando-se em 1942. O jornalismo sempre o seduziu, tornou-se redator da Folha de Minas e diretor da Rádio Inconfidência. Em 1947, lançou seu primeiro livro de contos, O ex-mágico, que não teve maior repercussão na época. A partir de então, ingressou no mundo da política, sempre como assessor. Em 1951, ocupou a função de chefe de gabinete do governador Juscelino Kubitschek. Entre 1956 e 1961, exerceu o cargo de adido cultural do Brasil na Espanha. Em 1966 foi designado para organizar o suplemento literário do jornal O Estado de Minas Gerais, que se tornou um dos melhores órgãos de imprensa cultural já surgidos no país. A publicação de O pirotécnico Zacarias, em 1974, deu súbita fama a Murilo Rubião. Nos anos subseqüentes, a sua exígua obra passou a ser vista como a mais significativa manifestação da literatura fantástica no Brasil.
  • 19. A Obra: Quando Murilo Rubião estreou com O ex-mágico, um crítico apontou a semelhança dos contos que compunham o livro e certas obras de Franz Kafka, especificamente A metamorfose. Embora o autor mineiro não conhecesse, na ocasião, o autor tcheco, havia de fato alguns traços comuns que permitiriam incluí-los numa mesma família estética, a da literatura fantástica. Entende-se por literatura fantástica aquelas narrativas em que ocorrem fatos inconcebíveis, inexplicáveis, surreais e que produzem uma grande sensação de estranhamento nas pessoas. Normalmente, esta atmosfera de irrealidade tem uma dimensão alegórica, ou seja, por meio do absurdo e do inverossímil, ela alude à realidade concreta da existência, cabendo ao leitor escolher um sentido realista para eventos aparentemente sobrenaturais.
  • 20. José Lins do Rego: Fogo Morto
  • 21. O Autor: José Lins do Rego
  • 22. José Lins do Rego Cavalcanti nasceu em 1901, no Estado da Paraíba, e morreu em 1957 na cidade do Rio de Janeiro. Viveu a maior parte de sua vida em Recife, cidade onde se formou em Direito. A partir de 1936, passou a viver na cidade do Rio de Janeiro. O dia a dia e os costumes tanto de Pernambuco quanto do Rio de Janeiro eram evidentes em suas obras literárias. Ele deu início ao conhecido Ciclo da Cana-de-Açúcar com a obra: Menino de Engenho. Além deste livro, este notável escritor escreveu outros livros, como: Doidinho, Banguê, O Moleque Ricardo e Usina. Este último possui narrativa descritiva do meio de vida nos engenhos e nas plantações de cana-de-açúcar do Nordeste. Em sua segunda fase, José Lins do Rego escreveu romances que tinham como tema a vida rural. Deste período, fazem parte as seguintes obras: Pureza, Pedra Bonita, Riacho Doce e Agua Mãe. No ano de 1943 publicou o livro Fogo Morto, considerado a sua obra-prima; posteriormente escreveu Euridice, Cangaceiros, alguns ensaios, crônicas e outras obras. Este notável escritor foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras e teve suas obras traduzidas para diferentes idiomas, entre eles, o russo.
  • 23. A Obra: Há um episódio da vida do escritor paraibano José Lins do Rego (1901 - 1957) que ilustra o seu temperamento e a forma como via o mundo. Em seu discurso de posse na Academia Brasileira de Letras (ABL), em 1955, ao falar sobre Ataulfo de Paiva, seu antecessor na Cadeira nº 25, foi pouco diplomático: "Chegou ao Supremo Tribunal Federal sem ter sido um juiz sábio e à Academia sem nunca ter gostado de um poema". A partir desse fato, foi instituída na ABL a censura prévia aos discursos de posse. Publicado em 1943, "Fogo Morto", é uma contundente visão do processo de mudanças sociais e econômicas do Nordeste brasileiro. O título refere-se à transformação do Engenho Santa Fé, localizado na zona da mata da Paraíba, de núcleo de poder econômico a pólo de miséria, com o apagar definitivo de suas fornalhas. "Fogo morto" é a expressão utilizada no Nordeste para denunciar a inatividade de um engenho.
  • 24. Ignágio de Loyola Brandão: Zero
  • 25. O Autor: Ignágio de Loyola Brandão
  • 26. Nascido no dia 31 de julho de 1936 na cidade de Araraquara, interior de São Paulo, Ignácio de Loyola Lopes Brandão era filho de Antônio Maria Brandão e Maria do Rosário Lopes Brandão. Tinha quatro irmãos. Sua carreira foi influenciada por seu pai, que o incentivou a ler quando pequeno e montou uma biblioteca com 500 volumes, além de publicar histórias em jornais da região. Um pouco da infância de Ignácio pode ser conferida no conto “O menino que vendia palavras”, em que ele narra os episódios nos quais trocava palavras por figurinhas e bolinhas de gude com os companheiros de sala de aula. Em 1952, consegue publicar uma crítica de sua autoria no jornal Folha Ferroviária. O texto em questão era sobre o filme “Rodolfo Valentino”. A publicação também foi utilizada pelo Correio Popular. Assim, Ignácio começa a se aventurar na escrita de críticas de filmes e reportagens para o Diário de Araraquara, O Imparcial, entre outros jornais. Ganha conhecimento em tipografia, paginação e acaba inaugurando uma coluna social. Após mudar-se para a cidade de São Paulo em 56, consegue trabalho no jornal Última Hora, onde prestou serviços por quase dez anos. Um fato curioso ocorrido naquela época foi que, Ignácio, ao ser perguntado na entrevista se sabia inglês, disse que sim. Então, teve que utilizar o pouco que havia aprendido em filmes para entrevistar o General Eisenhower, que estava em São Paulo. No fim, conseguiu fazer a entrevista e acabou destacando-se
  • 27. Ignácio vai para a Itália em 1957 para tentar arrumar trabalho como roteirista em Cinecittà, complexo de estúdios e teatros que fica na periferia de Roma. De lá, continua fazendo matérias para o Última Hora. Entre os assuntos abordados, fez coberturas, sinopses e alguns trabalhos para a TV Excelsior. Conhece a obra do diretor de cinema Federico Fellini, “Oito e Meio”. Tempos depois, o escritor admite que o filme teve forte influência sobre “Zero”, um de seus romances. Retornou ao Brasil e começou a escrever “Os Imigrantes” junto a José Celso Martinez Correa, um amigo de sua cidade natal. No ano de 1988, publica “A rua de nomes no ar”, livro de contos e crônicas. Depois, encara o mercado editorial infanto-juvenil com “O homem que espalhou o deserto”. Naquele mesmo ano, o livro “Sonhando com o demônio” é publicado. Em 2000, Ignácio de Loyola Brandão ganhou o Prêmio Jabuti na categoria Contos e Crônicas pelo livro “O Homem que odiava a segunda-feira”.
  • 28. A Obra: Zero é um romance de Ignácio de Loyola Brandão publicado originalmente em 1974, na Itália, após ter sido recusado por várias editoras brasileiras . Sua primeira edição nacional veio apenas um ano depois. Em 1976, foi proibido em todo o país pelo Ministério da Justiça, por ser considerado atentatório à moral e aos bons costumes. Tem como um dos temas principais a repressão e o desejo de liberdade, temática que seria explorada novamente em Não Verás País Nenhum, de 1981 . Seu pano de fundo histórico é a Ditadura Militar Brasileira, o mesmo período em que o próprio livro foi escrito. Romance de cunho grotesco, no qual Rosa e José, o casal protagonista, nutrem um pelo outro um sentimento de desdém, no qual, ao mesmo tempo em que se enojam, são fisgados por um desejo descomunal em suas noites de prazer. Em meio a um cenário social recheado de aberrações (que trabalham no circo da cidade), entregam-se a uma rotina de tapas e beijos que só pode entreter a eles.
  • 29. Haroldo de Campos: Galáxias
  • 30. O Autor: Haroldo de Campos
  • 31. Haroldo Eurico Browne de Campos (São Paulo, 19 de agosto de 1929 — São Paulo, 16 de agosto de 2003) foi um poeta e tradutor brasileiro. Haroldo fez seus estudos secundários no Colégio São Bento, onde aprendeu os primeiros idiomas estrangeiros, como latim, inglês, espanhol efrancês. Ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, no final da década de 1940, lançando seu primeiro livro em 1949, O Auto do Possesso quando, ao lado de Décio Pignatari, participava do Clube de Poesia.Em 1952, Décio, Haroldo e seu irmão Augusto de Campos rompem com o Clube, por divergirem quanto ao conservadorismo predominante entre os poetas, conhecidos como "Geração de 45". Fundam, então, o grupo Noigandres, passando a publicar poemas na revista do grupo, de mesmo título. Nos anos seguintes defendeu as teses que levariam os três a inaugurar em 1956 o movimento concretista, ao qual manteve-se fiel até o ano de 1963, quando inaugura um trajeto particular, centrando-se suas atenções no projeto do livro-poema "Galáxias".Haroldo doutorou-se pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, sob orientação de Antonio Candido, tendo sido professor da PUC-SP, bem como na Universidade doTexas, em Austin.Haroldo dirigiu até o final de sua vida a coleção Signos da Editora Perspectiva. "Transcriou" em português poemas de autores como Homero, Dante, Mallarmé, Goethe, Mayakovski, além de textos bíblicos, como o Gênesis e o Eclesiastes. Publicou, ainda, numerosos ensaios de teoria literária, entre eles A Arte no Horizonte do Provável (1969).Faleceu em São Paulo, tendo publicado, pouco antes, sua transcriação em
  • 32. A Obra: Galáxias é um livro experimental escrito por Haroldo de Campos, um dos maiores nomes da Poesia concreta brasileira, entre os anos de 1963 e 1976, mas sendo integralmente publicado apenas em 1984 . Devido a seu caráter experimental, está no limite entre a prosa e a poesia , o que levou Caetano Veloso(amigo do poeta) a classificá-lo como proesia . Por um lado, apresenta uma escrita corrida e direta, característica da prosa (a obra não apresenta separação de parágrafos, nem nenhum elemento de pontuação, nem mesmo numeração de páginas), sendo, supostamente, um relato de viagens ; por outro, utiliza-se de recursos e imagens poéticas . Duas das grandes influências para este livro foram James Joyce e Guimarães Rosa. Seria, por sua vez, umas das grandes inspirações para o Catatau de Paulo Leminski Trata-se de um livro pouco conhecido fora da crítica especializada e do meio literário. Isso se deve, em parte, ao baixo número de exemplares da primeira edição, por um lado ; e por outro, ao próprio caráter experimental do livro, que torna sua leitura não raras vezes difícil ou hermética8 . Mas o livro despertou o entusiasmo não só de artistas amigos do poeta, como os já mencionadosCaetano Veloso e Paulo Leminski, bem como o de vários outros intelectuais. Mereceu, em 1966, grandes elogios de Guimarães Rosa,reconhecidamente um dos maiores escritores brasileiros
  • 33. Dias Gomes: O Pagador de Promessas
  • 34. O Autor: Dias Gomes
  • 35. Dias Gomes (1922-1999) foi um escritor, dramaturgo e novelista brasileiro, autor de novelas conhecidas no Brasil como “O Bem Amado” e “Roque Santeiro” e o filme "O Pagador de Promessas".Alfredo de Freitas Dias Gomes nasceu em Salvador. Escreveu a primeira peça teatral aos 15 anos, a “Comédia dos Moralistas”. A peça foi premiada no Concurso do Serviço Nacional de Teatro em 1939, embora nunca tenha sido encenada.Em 1942 foi encenada “Pé de Cabra", censurada pelo Estado Novo, regime ditatorial implantado pelo presidente Getúlio Vargas. Dias Gomes escreveu radionovelas nos anos 50, mas deixou de exercer a atividade com a chegada da ditadura militar em 1964. A peça teatral que causou maior repercussão foi “O Pagador de Promessas”, sucesso de crítica no cinema, onde ganhou Palma de Ouro de Cannes em 1962. Nas telenovelas na Rede Globo, fez grande sucesso com as novelas “O Bem Amado” (1973), “O Espigão” (1974), "Saramandaia “(1976) e "Roque Santeiro" (1985). A novela “O Bem Amado” destacou-se pela intepretação do político corrupto feita pelo ator Paulo Gracindo e tornou-se série entre os anos de 1985 e 1986. Já em “Roque Santeiro”, considerada uma das telenovelas de maior audiência, os atores Lima Duarte e Regina Duarte interpretaram os personagens Sinhozinho Malta e a “viúva” Porcina, casal que conquistou o público brasileiro. Em 1983, as esposa de Dias Gomes, Janete Clair, outra novelista atuante, morreu vítima de câncer.
  • 36. A Obra: O Pagador de Promessas foi escrito em 1959 por Dias Gomes. O texto é “brasileiríssimo” e retrata a miscigenação religiosa do país. Muitos críticos e especialistas consideram o texto “um instante de graça” sintetizado por uma perfeita estrutura. Dias Gomes destaca a sincera devoção e ingenuidade do povo em contrapartida à burocratização da organização interior católica. Através da insistência do protagonista e herói da peça, Zé do Burro, em levar adiante a “paga” de sua promessa apesar da argumentação da igreja, da perda amorosa e da lei, o autor, explora a força da fé popular. A obra é escrita para o teatro e está dividida em três atos.
  • 37. Erico Verissimo: O Tempo e o Vento
  • 38. O Autor: Erico Verissimo
  • 39. Erico Lopes Verissimo nasceu na cidade Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, em 1905. Desde novo, demonstrou sua adoração pela literatura, lendo autores brasileiros consagrados como Coelho Neto, Aluísio Azevedo, Joaquim Manoel de Macedo, Afrânio Peixoto e Afonso Arinos, e também autores internacionais como Walter Scott, Tolstoi, Eça de Queirós, Émile Zola e Dostoievski. Pode-se dizer que sua vida de escritor se iniciou em 1929, com a publicação de um conto seu “Chico: um conto de Natal”, no periódico mensal “Cruz Alta em Revista”. A partir daí, outros escritos de sua autoria são enviados às revistas importantes da época e aos suplementos de jornais. No ano seguinte, Erico se mudou para Porto Alegre, com a intenção de viver apenas com a literatura. O que realmente dá certo, pois foi contratado como secretário de redação da revista “O globo” e inicia uma brilhante carreira no periódico. Apenas dois anos depois, em 1932, o autor já era diretor da revista. Além disso, é chamado para trabalhar no departamento editorial da Livraria do Globo, seu trabalho consistia na indicação de livros para serem traduzidos e publicados. Seu primeiro livro, “Fantoches”, foi uma coletânea de histórias de peças de teatro. Já seu primeiro romance foi o livro “Clarissa”, lançado em 1933. Após uma temporada nos Estados Unidos, onde deu aula de literatura e história do Brasil no Mills College, de Oakland, Califórnia, retornou para o Brasil em 1945. O autor também fez traduções de clássicos estrangeiros, publicou livros infantis, criou programas de auditório para crianças e escreveu mais de 30 livros, entre romances, autobiografias, relatos de viagens e ensaios. Em 1975, Erico faleceu subitamente.
  • 40. A Obra: O Tempo e o Vento é uma saga, uma das mais importantes obras de Érico Veríssimo que narra 200 anos de história da formação do Rio Grande do Sul sob o ponto de vista da família Terra-Cambará. Parte integrante da Obra “O Tempo e o Vento”, “O Continente” é o início da história, que é narrado em estilo flash-back pela personagem Bibiana Terra, quase centenária, quando os moradores do casarão onde a família mora estão presos por conta da Revolução Federalista de 1895. Contando com um exímio trabalho de pesquisa histórica e um brilhante estilo narrativo, Érico Veríssimo traz sob o olhar da ficção uma série de fatos reais que contornam a história de O Tempo e o Vento. Através de uma narrativa rápida, bastante parecida com o estilo novelístico, ele conseguiu trazer uma série de elementos que vão se repetindo ao longo de toda a narrativa, em seus 200 anos de história, tais como o punhal de Pedro Missioneiro e a frase de Ana Terra: “noite dos ventos, noite dos mortos”.
  • 42. O Autor: Aluisio Azevedo
  • 43. Romancista brasileiro nascido em São Luís, MA, cujos temas prediletos foram o anticlericalismo, a luta contra o preconceito de cor, o adultério, os vícios, o povo humilde e considerado o criador do naturalismo no Brasil. A chamado do irmão, o teatrólogo Artur Azevedo, viajou para o Rio de Janeiro aos 17 anos e começou a estudar na Academia Imperial de Belas-Artes. Logo passou a colaborar, com caricaturas e poesias, em jornais e revistas. A partir da publicação de seu primeiro romance, Uma lágrima de mulher (1880), passou a viver do que ganhava como escritor. Ao ingressar por concurso na carreira diplomática (1895), encerrou a carreira literária durante a qual escreveu ao todo 19 trabalhos, entre romances e peças teatrais. A serviço do Brasil, esteve na Espanha, Japão, Uruguai, Inglaterra, Itália, Paraguai e Argentina. Membro fundador da Academia Brasileira de Letras (cadeira nº 4), morreu em Buenos Aires, Argentina, quando ocupava o posto de vice-cônsul do Brasil. Além de O mulato (1881), os romances que o consagraram perante a crítica e o público foram Casa de pensão (1884) e O cortiço (1890), considerado sua obra- prima. Entre seus demais romances estão: A condessa de Vésper (1902), Memórias de um condenado (1882), Girândola de amores (1900), Filomena Borges (1884), O homem (1887), O Coruja (1895), O esqueleto (1890), publicado sob o pseudônimo de Victor Leal, A mortalha de Alzira (1893) e O livro de uma sogra (1895).
  • 44. O Cortiço é um romance de autoria do escritor brasileiro Aluísio Azevedo publicado em 1890. É um marco do naturalismo no Brasil, onde os personagens principais são os moradores de um cortiço no Rio de Janeiro, precursor das favelas, onde moram os excluídos, os humildes, todos aqueles que não se misturavam com a burguesia, e todos eles possuindo os seus problemas e vícios, decorrentes do meio em que vivem. O autor descreve a sociedade brasileira da época, formada pelos portugueses, os burgueses, os negros e os mulatos, pessoas querendo mais e mais dinheiro e poder, pensando em si só, ao mesmo tempo em que presenciam a miséria, ou mesmo a simplicidade de outros. Essa obra de Aluísio Azevedo tem dois elementos importantes: primeiro, o extensivo uso de zoomorfismo; Embalado pela onda científica, Aluísio escreve 'O Cortiço' sob as bases do determinismo (o meio, o lugar, e o momento influenciam o ser humano) e do darwinismo, com a teoria do evolucionismo . Sob aspectos naturalistas, isto é, sob olhar científico, a narração se desenvolve em meio a insalubridade do cortiço, propício à promiscuidade, característica do naturalismo. Ao contrário do que se desenvolvia no romantismo,
  • 45. Esse trabalho foi feito afim de incentivar as pessoas a lerem Literatura brasileira! Espero que tenha gostado! --- Obrigada!