3. As grandes navegações Os bens de consumo eram fruto do trabalho dos músculos, da força do homem e do animal. Não existiam máquinas e a carne era um bem precioso e caro, os animais eram Preservados para executar o trabalho. Muitos produtos vinham de regiões distantes do oriente. As especiarias eram muito valiosas e vinham exclusivamente da China e India. A conquista das rotas marítimas Para compreender o que levou Portugal e Espanha a se lançar no mar é preciso entender um pouco sobre a época em que isto ocorreu. No século XV e XVI, período que se iniciou as grandes conquistas nas navegações, os portugueses e espanhóis viviam um cenário de crise.
4. As grandes navegações Revolta camponesa na Idade Média. 1358: a violência da Jacquerie na visão de Jean Froissart. Com o clima tenso os governantes Estavam dispostos a investir em Outras alternativas. A fome no século XIV e XV Os solos onde se produziam os alimentos estavam esgotados o que provocou uma grande onda de fome na população européia, isto também favoreceu a exploração dos servos (na época os trabalhadores não recebiam salários), muito descontentes com as precárias condições de vida começaram a surgir as revoltas que pioraram ainda mais situação e tornaram ainda mais difícil a produção de alimentos.
7. As grandes navegações As especiarias As especiarias eram os produtos vindos do oriente principalmente da Índia, na maioria eram de origem vegetal, mas também podiam ser animal. O mais valioso ítem das especiarias era a pimenta pelo seu odor e sabor característico, muito utilizada para condimentar a carne salgada levada para o interior. As condições de armazenamento e conservação na época não preservavam por muito tempo os produtos e a pimenta era utilizada para disfarçar o gosto e o cheiro da carne apodrecida.
11. As grandes navegações A expansão maritíma foi uma tentativa para sair da crise. Assim pensavam os portugueses e espanhóis, queriam o domínio dos produtos que circulavam pelo Mediterrâneo. Portugal e Espanha Mar Mediterrâneo
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13. As grandes navegações Portugal e Espanha tinham que ter o controle dos produtos que os venezianos comercializavam. Era preciso encontrar um novo caminho para se chegar aos produtos e deixar os Italianos e outros atravessadores para trás. Avançar no oceano e ir direto as Índias.
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15. As grandes navegações A Escola de Sagres Em Portugal, desenvolveu-se um centro náutico que ficou conhecido como Escola de Sagres os investimentos neste centro do saber permitiram a descoberta de novas técnicas. Os resultados foram importantes e o primeiro barco capaz de enfrentar uma travessia oceânica a caravela, foi desenvolvido pelos portugueses.
20. A escola de Sagres permitiu a viagem de muitos navegadores:
21. As grandes navegações Para não ficar atrás a vizinha e rival Espanha também investiu pesado e se aproveitou dos conhecimentos portugueses para se lançar na aventura do mar. Em 1492 na tentativa de chegar as Índias os espanhóis descobriram no meio do caminho o continente americano. Portugal foi primeiro conquistando os mercados mais próximos e importantes ao norte da África e depois avançando para o oeste como fazia a Espanha e acabou com a descoberta do Brasil em 1500.
22. As grandes navegações Os alimentos eram poucos e muito controlados para que não acabassem durante a viagem. As rações eram formadas por biscoitos, carne de vaca e de porco, vinho, água, azeite, vinagre, farinha, sal, legumes, frutos secos, açúcar e mel. O único alimento que havia em grande quantidade era o pão.
23. As grandes navegações A higiene Não podiam tomar banho e lavavam-se pouco porque a água era usada apenas para beber e para cozinhar os alimentos. As necessidades eram feitas dentro de baldes que eram despejados para o mar.
25. As grandes navegações Doenças Devido à falta de higiene e principalmente por causa da alimentação, onde eram raros os alimentos frescos, muitos marinheiros adoeciam. A doença mais temida era o escorbuto. Esta doença era provocada pela falta de vitamina C e provocava inchaços nas gengivas.
28. As grandes navegações Tempos livres Quando apanhavam uma calmaria ou quando a navegação era fácil e havia menos que fazer, os tripulantes ocupavam-se a pescar (no mar alto é difícil apanhar peixe), fingiam touradas e faziam teatros, procissões, e jogavam xadrez (os jogos de azar, como os jogos de dados, eram muitas vezes proibidos, porque acabavam em discussão e pancadaria).
29. As grandes navegações Tratado de Tordesilhas Portugal e Espanha brigavam pela posse das terras descobertas. Ambos haviam avançado os mares e conquistado terras a oeste e reclamavam a sua posse, diante do conflito recorreram então a Santa Sé representada pelo papa e que na época era reconhecida para resolver estas questões. Após várias negociações e tratados acordaram estabelecer uma linha imaginária que dividia as áreas que pertenciam a Portugal e Espanha. Este tratado teve um certo efeito em dizer a quem pertencia as terras cortadas pela linha imaginária, mas na prática as terras descobertas e as que estavam por descobrir nem sempre foram respeitadas pelo acordo. O tratado foi firmado na localidade de Tordesilhas em 1494 na Espanha e por isso assim foi denominado.
32. As grandes navegações O que mudou com as grandes navegações Com as grandes navegações Portugal e Espanha puderam enriquecer e com a exploração dos novos territórios se estabeleceu também a expansão da cultura européia. O contato com as diferentes civilizações presentes nas terras conquistadas possibilitou criar novas formas de produção e exploração das riquezas naturais. Muito da nossa alimentação hoje é fruto das trocas resultantes entre os diferentes povos das rotas comerciais. O tomate, a batata, o milho e o chocolate são exemplos de alimentos que hoje circulam o mundo e não eram conhecidos antes pelos europeus. O mundo ocidental se tornou uma unidade cristã e do processo de colonização se estabeleceu o modo de produção capitalista.