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15/2/2011                                Folha de S.Paulo - Oposição no Brasil …
                     ASSINE            BATE-PAPO                   BUSCA       E-MAIL   SAC   SHOPPING UOL




                           São Paulo, segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

                      Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

                      Oposição no Brasil é "pobre", diz CNI
                      Robson Andrade, presidente da confederação da indústria,
                      critica políticos que pedem salário mínimo de R$ 600

                      Alinhado com a gestão Dilma, empresário diz que
                      insistência por salário mínimo maior não beneficia o país

                      AGNALDO BRITO
                      DE SÃO PAULO

                      O presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria),
                      Robson Braga de Andrade, disse que a oposição no Brasil é
                      "pobre" e que "não é responsável". Andrade aceitou fugir de
                      temas como câmbio, juros e tributos ao ver o embate no
                      Congresso Nacional em relação ao novo salário mínimo.
                      De acordo com ele, a exigência da oposição para um mínimo
                      maior do que R$ 545 não é benéfica para o país e representa
                      impacto direto no gasto público. Andrade avalia que a oposição
                      tem usado o tema para criar "embaraços" ao novo governo.
                      "Vejo, muitas vezes, uma oposição pobre, querendo apenas criar
                      embaraços e dificultar a implantação de projetos que são
                      importantes para o país", disse durante entrevista exclusiva à
                      Folha.
                      Andrade também falou sobre inflação e risco de
                      desindustrialização.




                      Folha - A CNI está preocupada com a volta da inflação?
                      Robson Andrade - Acho que o país tem mecanismos de
                      controle da inflação. Mas esse controle tem sido só de
                      responsabilidade do Banco Central, cuja única ferramenta é a
                      alta de juros. Funciona, mas contrai crescimento. A outra forma
                      é a redução do gasto público. É o que tenho ouvido do ministro
                      [da Fazenda] Guido Mantega e da presidente Dilma [Rousseff].

                      Os governos têm prometido cortes de gasto há muito, sem
                      êxito. O sr. acredita que agora conseguirá?
…uol.com.br/fsp/…/me1402201107.htm                                                                       1/3
15/2/2011                           Folha de S.Paulo - Oposição no Brasil …
                      êxito. O sr. acredita que agora conseguirá?
                      Acredito, mas não ouvi isso muitas vezes. No governo passado,
                      não lembro ter ouvido. No governo anterior, ouvi, mas não foi
                      feito. Agora há uma indicação de mudanças. O governo disse
                      que não vai aceitar salário mínimo maior do que R$ 545. O
                      Congresso precisa ser responsável e aprová-lo. Não faz sentido
                      a oposição ficar discutindo um mínimo de R$ 600, que vai
                      lembrar o [José] Serra. [No 2º turno, Serra prometeu R$ 600 se
                      eleito].

                      Um mínimo maior afeta a indústria?
                      A indústria já paga salário mais do que o mínimo. O impacto do
                      salário mínimo é sobre a Previdência e as prefeituras. O governo
                      não vai aceitar um salário mínimo maior do que esse. Por que o
                      Congresso Nacional, que deveria estar defendendo a economia
                      brasileira, está falando em salário mínimo de R$ 600?

                      Por quê?
                      Porque a oposição no Brasil não é uma oposição responsável.

                      O sr. classifica a oposição como irresponsável?
                      Não vou dizer irresponsável. Vou classificar assim: essa postura
                      da oposição não é benéfica para o país. Eu acho que o papel de
                      uma oposição é a de apoiar os bons projetos e de criticar de
                      maneira positiva aqueles que não são bons para o país, mas
                      apresentar propostas que sejam adequadas. Vou dar um
                      exemplo. O governo FHC fez força e aprovou o fator
                      previdenciário. No governo Lula, o PSDB foi contra o fator
                      previdenciário. Ora, o fator previdenciário é bom ou não? É bom
                      no governo FHC e não é bom no governo Lula?

                      Falta coerência?
                      Faltou coerência. Vejo, muitas vezes, uma oposição pobre,
                      querendo apenas criar embaraços e dificultar a implantação de
                      projetos que são importantes para o país. Enquanto ela deveria
                      estar numa altura muito mais elevada para discutir profundamente
                      o que é necessário para o país, e não ficar apenas criando
                      obstáculos.

                      A indústria tem reclamado de juros, tributos e câmbio. No
                      entanto, cresceu 10,4% em 2010. A indústria não está
                      exagerando nas queixas?
                      Não, não estamos exagerando. Temos problemas de juros,
                      tributos e câmbio e temos problemas de competitividade do país.
                      Basta olhar o Brasil no ranking internacional. Sob qualquer
                      critério, você vai ver que o Brasil ocupa posição além da 50ª.

                       Setores da indústria indicam haver desindustrialização. O
                       sr. também acha isso?
                       Não. Pode acontecer, mas ainda não estamos num processo de
                       desindustrialização. Mas corremos um risco muito grande com as
…uol.com.br/fsp/…/me1402201107.htm                                                       2/3
15/2/2011                                   Folha de S.Paulo - Oposição no Brasil …
                           desindustrialização. Mas corremos um risco muito grande com as
                           importações de manufaturados. A indústria de commodities, que
                           tem tecnologia, exporta muito mais do que a indústria de
                           manufaturados. Em compensação, a importação de produtos
                           manufaturados é muito maior do que a de commodities.

                           Isso pode deteriorar o setor industrial?
                           Essa relação está fazendo com que alguns setores da indústria
                           percam capacidade de investimento, de inovação tecnológica, de
                           participação do mercado nacional. Uma pesquisa recente
                           mostrou que 45% das empresas brasileiras estão perdendo
                           mercado interno para produtos chineses. Isso vai fazer com que
                           setores como têxteis, calçados, máquinas e equipamentos
                           eletroeletrônicos percam mercado.


                           Texto Anterior: Outro lado: Anatel afirma que coíbe o uso de
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Oposição no brasil é pobre

  • 1. 15/2/2011 Folha de S.Paulo - Oposição no Brasil … ASSINE BATE-PAPO BUSCA E-MAIL SAC SHOPPING UOL São Paulo, segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011 Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Oposição no Brasil é "pobre", diz CNI Robson Andrade, presidente da confederação da indústria, critica políticos que pedem salário mínimo de R$ 600 Alinhado com a gestão Dilma, empresário diz que insistência por salário mínimo maior não beneficia o país AGNALDO BRITO DE SÃO PAULO O presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Braga de Andrade, disse que a oposição no Brasil é "pobre" e que "não é responsável". Andrade aceitou fugir de temas como câmbio, juros e tributos ao ver o embate no Congresso Nacional em relação ao novo salário mínimo. De acordo com ele, a exigência da oposição para um mínimo maior do que R$ 545 não é benéfica para o país e representa impacto direto no gasto público. Andrade avalia que a oposição tem usado o tema para criar "embaraços" ao novo governo. "Vejo, muitas vezes, uma oposição pobre, querendo apenas criar embaraços e dificultar a implantação de projetos que são importantes para o país", disse durante entrevista exclusiva à Folha. Andrade também falou sobre inflação e risco de desindustrialização. Folha - A CNI está preocupada com a volta da inflação? Robson Andrade - Acho que o país tem mecanismos de controle da inflação. Mas esse controle tem sido só de responsabilidade do Banco Central, cuja única ferramenta é a alta de juros. Funciona, mas contrai crescimento. A outra forma é a redução do gasto público. É o que tenho ouvido do ministro [da Fazenda] Guido Mantega e da presidente Dilma [Rousseff]. Os governos têm prometido cortes de gasto há muito, sem êxito. O sr. acredita que agora conseguirá? …uol.com.br/fsp/…/me1402201107.htm 1/3
  • 2. 15/2/2011 Folha de S.Paulo - Oposição no Brasil … êxito. O sr. acredita que agora conseguirá? Acredito, mas não ouvi isso muitas vezes. No governo passado, não lembro ter ouvido. No governo anterior, ouvi, mas não foi feito. Agora há uma indicação de mudanças. O governo disse que não vai aceitar salário mínimo maior do que R$ 545. O Congresso precisa ser responsável e aprová-lo. Não faz sentido a oposição ficar discutindo um mínimo de R$ 600, que vai lembrar o [José] Serra. [No 2º turno, Serra prometeu R$ 600 se eleito]. Um mínimo maior afeta a indústria? A indústria já paga salário mais do que o mínimo. O impacto do salário mínimo é sobre a Previdência e as prefeituras. O governo não vai aceitar um salário mínimo maior do que esse. Por que o Congresso Nacional, que deveria estar defendendo a economia brasileira, está falando em salário mínimo de R$ 600? Por quê? Porque a oposição no Brasil não é uma oposição responsável. O sr. classifica a oposição como irresponsável? Não vou dizer irresponsável. Vou classificar assim: essa postura da oposição não é benéfica para o país. Eu acho que o papel de uma oposição é a de apoiar os bons projetos e de criticar de maneira positiva aqueles que não são bons para o país, mas apresentar propostas que sejam adequadas. Vou dar um exemplo. O governo FHC fez força e aprovou o fator previdenciário. No governo Lula, o PSDB foi contra o fator previdenciário. Ora, o fator previdenciário é bom ou não? É bom no governo FHC e não é bom no governo Lula? Falta coerência? Faltou coerência. Vejo, muitas vezes, uma oposição pobre, querendo apenas criar embaraços e dificultar a implantação de projetos que são importantes para o país. Enquanto ela deveria estar numa altura muito mais elevada para discutir profundamente o que é necessário para o país, e não ficar apenas criando obstáculos. A indústria tem reclamado de juros, tributos e câmbio. No entanto, cresceu 10,4% em 2010. A indústria não está exagerando nas queixas? Não, não estamos exagerando. Temos problemas de juros, tributos e câmbio e temos problemas de competitividade do país. Basta olhar o Brasil no ranking internacional. Sob qualquer critério, você vai ver que o Brasil ocupa posição além da 50ª. Setores da indústria indicam haver desindustrialização. O sr. também acha isso? Não. Pode acontecer, mas ainda não estamos num processo de desindustrialização. Mas corremos um risco muito grande com as …uol.com.br/fsp/…/me1402201107.htm 2/3
  • 3. 15/2/2011 Folha de S.Paulo - Oposição no Brasil … desindustrialização. Mas corremos um risco muito grande com as importações de manufaturados. A indústria de commodities, que tem tecnologia, exporta muito mais do que a indústria de manufaturados. Em compensação, a importação de produtos manufaturados é muito maior do que a de commodities. Isso pode deteriorar o setor industrial? Essa relação está fazendo com que alguns setores da indústria percam capacidade de investimento, de inovação tecnológica, de participação do mercado nacional. Uma pesquisa recente mostrou que 45% das empresas brasileiras estão perdendo mercado interno para produtos chineses. Isso vai fazer com que setores como têxteis, calçados, máquinas e equipamentos eletroeletrônicos percam mercado. Texto Anterior: Outro lado: Anatel afirma que coíbe o uso de aparelhos sem certificação oficial Próximo Texto: Raio-X: Robson Andrade Índice | Comunicar Erros Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. …uol.com.br/fsp/…/me1402201107.htm 3/3