O documento descreve a história da França desde a Revolução Francesa até a queda de Napoleão, incluindo a formação da Assembleia Nacional Constituinte, o Diretório, o Consulado e o Primeiro Império Francês sob Napoleão, culminando na desastrosa campanha de Napoleão na Rússia em 1812 que levou à sua queda em 1814.
2. Enquanto a população da França sofria com a
fome , falta d'água, colheitas arruinadas devido
a enchentes e etc, o rei Luís XVI e sua esposa
Maria Antonieta viviam luxuosamente no
palácio de Versalhes , a França vivia uma crise
econômica.
Devido a crise o rei Luís XVI convocou a
assembléia nacional
3. era um órgão político de carácter consultivo e deliberativo,
constituído por representantes das três ordens sociais
denominadas estados, sendo o Primeiro Estado, o clero, o Segundo
Estado , a nobreza; o Terceiro Estado, o povo. Os Estados Gerais
aconselhavam o rei em algumas de suas decisões.
Diante das sucessivas crises políticas, os Estados Gerais foram
convocados em maio de 1789 - facto que não ocorria desde 1614,
sob como governante absolutista do tempo Luís XVI -, reunindo-
se no Hotel des Menus Plaisirs, em Versalhes para discutir os
problemas do reino. Nessa assembleia, em que cada estado tinha
direito a apenas um voto, o clero e a nobreza se uniam para
derrotar o terceiro estado (povo) nas votações, havendo sempre
dois votos contra um. A reação do terceiro estado começou
justamente nessa Assembleia, o que deu início à Revolução
Francesa quando o terceiro estado transformou os Estados Gerais
em Assembleia Nacional Constituinte.
4. Assembleia Nacional Constituinte Francesa foi
formada pela Assembleia dos estados gerais em Julho
de 1789, nas primeiras fases da Revolução Francesa e
foi dissolvida a 30 de Setembro de 1791.
Foi uma constituição criada pelo terceiro estado
(camponeses, artesãos, burgueses) que limitava os
poderes do rei, e eliminava os privilégios do primeiro
(clero) e segundo (nobreza) estamentos ou estados. O
rei Luís XVI aparentemente aceitou o funcionamento
da Assembleia Nacional Constituinte, porém impôs a
condição de que dela participassem os representantes
do clero e da nobreza.
Uma das principais decisões desta assembleia foi a
adoção da Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão.
5. Durante a Revolução Francesa, houve o período
da contrarrevolução, rei Luís XVI. Após esse período de
muita desordem, uma nova Assembleia Nacional
Constituinte teve que ser formada para preparar uma
nova constituição.
Surge então a Convenção Nacional (ou
simplesmente Convenção), que tinha os jacobinos (partido
representado pela pequena e média burguesia, liderado
por Robespierre) como maioria entre seus membros. Para
fins legislativos e administrativos a Convenção criou - entre
outros - o Comitê de Salvação Pública e o Comitê de
Segurança Pública.
A Convenção Nacional perdurou de 20 de setembro 1792 até
26 de outubro 1795. Foi sucedida pelo Diretório, que teve
início em 2 de novembro de 1796.
6. Conhecido como Reação Termidoriana, o golpe de Estado armado pela alta
burguesia financeira marcou o fim da participação popular no movimento
revolucionário. Em compensação, os estabelecimentos comerciais cresciam, pois
a ideia burguesa havia eliminado os empecilhos feudais. O novo governo,
denominado Diretório (1795-1799), autoritário e fundamentado numa aliança com
o exército (então restabelecido após vitórias realizadas em campanhas externas),
foi o responsável por elaborar a nova Constituição, que manteria a burguesia livre
de duas grandes ameaças: a República Democrática Jacobina e o Antigo Regime.
O Poder Executivo foi concedido ao Diretório, uma comissão formada por cinco
diretores eleitos por cinco anos. E, apesar disso, em 1796 a burguesia enfrentou a
reação dos Jacobinos e radicais igualitaristas. Babeuf liderou a
chamada Conspiração dos Iguais, um movimento igualitário que propunha a
"comunidade dos bens e do trabalho", cuja atenção era voltada a alcançar a
igualdade efetiva entre os homens, que segundo Graco, a única maneira de ser
alcançada era através da abolição da propriedade privada. A revolta foi esmagada
pelo Diretório, que decretou pena de morte a todos os participantes da
conspiração, e o enforcamento de Babeuf.
Externamente o Diretório teve de lutar na Europa Ocidental e na Suíça, além
de Malta, Egito e Síria. Foi aí que se destacou a figura de Napoleão Bonaparte,
um talentoso oficial do exército que bem jovem se tornou uma das principais
figuras da história francesa.
7. O golpe de Estado de 18 de brumário (pelo calendário revolucionário francês, a 9 de
novembro de 1799) iniciou a ditadura napoleónica na França. Os admiradores
de Napoleão criaram um jornal em Paris que divulgava a imagem de um general patriota,
invencível e adorado pelos seus soldados. Nacionalismo, glórias militares, ideal de igualdade:
ideias que fascinavam os franceses.
Em plena crise generalizada, os promotores do golpe derrubaram o Diretório e criaram o
Consulado, estabelecendo um novo governo na França, assumindo o jovem general Napoleão
Bonaparte o cargo de primeiro-cônsul.
O golpe foi acolhido com entusiasmo pela burguesia, que aspirava à paz, à ordem interna e à
normalização das atividades. Os conspiradores do golpe não temiam o general Bonaparte,
escolhido para liderar o movimento, pois acreditavam que acabariam por reduzir a sua
importância.
A burguesia e os políticos astutos do Diretório perceberam que o general Bonaparte era o
homem certo para consolidar o novo regime. Propuseram-lhe que utilizasse a força do exército
para assumir o governo. Assim foi feito. Numa ação eficaz, apesar de tumultuada, Napoleão
fechou a Assembleia do Diretório. Foi o golpe que ocorreu no dia 18 do mês de Brumário do
ano IV, que no calendário gregoriano em uso na atualidade é 9 de Novembro de 1799. Durante
essa época, a burguesia consolidaria seu poder económco.
O Golpe do 18 de Brumário marcou o início do Consulado, quando a burguesia, como meio de
terminar a revolução que já durava dez anos (de 1789 a 1799), concentrou o poder na mão de
três cônsules: Napoleão Bonaparte, Roger Ducos, e Emmanuel Joseph Sieyès.
8. O Consulado Francês foi uma instituição do governo francês entre a
queda dos diretores do golpe de estado de 18 de brumário de1799 até o
começo do Império Napoleônico em 1804. É marcado
pela diretriz napoleônica apesar de o governo ser exercido por três
cônsules. Napoleão Bonaparte vai neutralizar as oposições internas. Faz
um acordo com a Igreja, a Concordata, pelo qual reconhece o catolicismo
como religião da maioria dos franceses. Tornou os sacerdotes uma
espécie de funcionários públicos remunerados pelo Estado, e o Papa Pio
VII renunciaria às terras que haviam sido confiscadas. Ao mesmo tempo,
neutralizava as ameaças externas, através de acordos de paz e
armistícos, com a Áustria e a Inglaterra. Com o controle da situação
interna e externa foi possível o crescimento da indústria francesa.
Bonaparte organizou o sistema financeiro, com a fundação do Banco da
França em 1800, e do novo padrão monetário, o franco. Elaborou
o Código Civil que institucionalizou valores burgueses, proibindo greves e
defendendo a propriedade. Em 1804, através de um decreto, Napoleão
tornou-se imperador.
9. O Primeiro Império Francês , também conhecido como o Grande
Império da França ou ainda o Império Napoleônico, foi um império
construído por Napoleão I. No auge do seu poder, no começo do século
XIX, dominava quase toda a Europa continental.
Durante o longo processo da Revolução Francesa, em 1799, com
um golpe militar, Napoleão Bonaparte tomou o poder na França. Logo em
seguida foi instituído o Consulado e ele se tornou primeiro-cônsul.
Em 1802, foi proclamado cônsul vitalício e, dois anos depois, ele se
autoproclamou imperador.
Nos quinze anos em que permaneceu no poder, Napoleão construiu um
dos maiores mitos da história. Admirador do general romano Júlio César,
acalentava o desejo de transformar a França na maior potência mundial.
E não mediu esforços para alcançar seu objetivo. Governando de forma
ditatorial, arrastou grande parte da Europa à guerra. Em 1810, já
controlava quase toda a porção ocidental do continente, faltando apenas
a Inglaterra.
Com suas conquistas, vários governos absolutistas foram extintos e os
ideais da Revolução Francesa se disseminaram. No plano interno,
Napoleão conseguiu restabelecer a estabilidade política e criou uma
infraestrutura capaz de impulsionar os negócios burgueses na França.
10. Em 1810, apesar dos problemas na península Ibérica, os franceses eram os senhores de boa parte
da Europa ocidental. A partir dessa época, porém, uma sucessão de obstáculos acabaria levando ao
esgotamento do Império Napoleônico. Na própria França o prestígio de Napoleão estava abalado em
todas as camadas sociais em consequência do despotismo do regime e da continuidade das guerras.
Não só as baixas eram grandes, mas também milhares de jovens tentavam escapar do serviço
militar.
Quanto mais se intensificavam as manifestações de oposição, mais o governo recorria à censura aos
jornais e aos livros e à repressão policial. Essas medidas aumentavam o descontentamento da
maioria dos franceses.
No plano externo, a França não conseguia vencer a resistência dos ingleses, que frequentemente
encabeçavam coligações formadas com outros países adversários – como o Império Austríaco e
o Reino da Prússia – para derrotar o imperador. O Bloqueio Continental era também cada vez mais
desrespeitado. Prova disso é que, em 1810, o czar russo rompeu o acordo com a França e promoveu
uma reaproximação com a Inglaterra. Em represália, Napoleão e suas tropas invadiram a Rússia
em 1812.
Apesar de terem tomado Moscou, os franceses não conseguiram a vitória. Logo na chegada,
depararam com a cidade deserta e em chamas, não conseguiram abrigo para descansar nem
alimentos para repor as forças das tropas e dos cavalos famintos. Também não encontraram os
inimigos.
Nesse episódio, Napoleão foi pego de surpresa, pois o exército russo havia recorrido à hábil
estratégia conhecida como terra arrasada – destruição do local intencional pouco antes da invasão
para dificultar a obtenção de suprimentos e a retirada do contingente militar para impedir confrontos
abertos com os invasores.
A manobra representou um desastre para o exército francês. Sem saída, as tropas napoleônicas
deixaram a cidade sob rigoroso inverno e, desgastadas, quase foram aniquiladas pelos ataques
realizados à retaguarda, pelo frio e pela fome. A derrota fortaleceu a Inglaterra e seus aliados.
Arruinado, Napoleão teve de renunciar, em 1814, ao trono francês e foi exilado na Ilha de Elba.