O documento descreve o cenário cultural brasileiro dos anos 1960, com o surgimento do movimento tropicalista que questionava a identidade nacional através da música e da arte. O documento também discute o impacto do golpe militar de 1964 na cena artística e a censura imposta pelo regime ditatorial.
1. lÁlvaro da Conceição – Pedagogia P01104
lCorpo, movimento e expressão
cultural brasileira nos anos 60
2. lCenário Brasileiro
-Projeto Nacional Popular para o Brasil
-Política discutida por artistas e intelectuais
-Movimento de Cultura Popular
-Pedagogia do Oprimido
lAnos 60
3. lIntegrantes do CPC da UNE, encenando uma peça de teatro na sede do
sindicato dos metalúrgicos do RJ (1964)
lVianinha divulgando o espetáculo Eles não
usam Black-tie (1961)
lO Centro Popular de Cultura (CPC) da UNE:
lColetânea “O povo canta” (1964)
lCartaz do filme Cinco Vezes
Favela
4. l O golpe militar de 64: um “balde de água fria” na
vanguarda
l Crise na esquerda
l O movimento estudantil na luta contra a ditadura
l Produção artística “entre pares”
l 1968 – Ato Institucional nº5: o “segundo golpe”
l A televisão e a integração nacional
l A “Censura seletiva” e o investimento estatal na indústria
cultural
lPós-64
lCenário
lTônia Carrero, Eva Wilma, Odete Lara, Norma
Benghe e Cacilda Becker
5. lA MPB
lA herança bossanovista x conteúdo politizado
lA função social da música e a participação política do artista
lIdentidade coletiva contra a ditadura
lA Era dos Festivais
lA Jovem Guarda
lElis Regina interpretando
“Arrastão”, de Edu Lobo e Vinícius
de Moraes
lGeraldo Vandré no Festival da Canção
lChico Buarque e Tom Jobim
lRoberto Carlos, Wanderléa e Erasmo Carlos:
la Jovem Guarda considerada “alienada”
6. lA Tropicália
lMomento x movimento
lQuestionamento da arte
lRelação com o público
lRevolução pelo comportamento
lManifesto Antropófago: contradições da identidade nacional
lCotidianização da política e politização do cotidiano
lManifesto Antropófago de Oswald
de Andrade (1922)
lObra de Hélio Oiticica em homenagem
ao bandido Cara de CavalolOs tropicalistas Tom Zé, Gal Costa, Gilberto Gil,
Arnaldo Baptista, Sergio Dias e Rita Lee
7. l1968: Lançamento do álbum Tropicália ou Panis et Circenses (Caetano Veloso, Gilberto Gil,
Tom Zé, Capinam e Torquato Neto, Gal Costa, Nara Leão, Os Mutantes, Rogério Duprat)
lMúsica e Dança
lCapa do disco-manifesto “Tropicália ou Panis et Circenses”,
lançado em 1968
lFesta de lançamento do disco n o Avenida Danças, em São
Paulo. Na foto: Gal Costa, Nara Leão, Rogério Duprat,
Caetano Veloso, Gilberto Gil, e os Mutantes
8. l“Retocai o céu de anil, bandeirolas no cordão, grande festa em toda a nação
lDespertai com orações o avanço industrial vem trazer nossa redenção”
l(Parque Industrial - Tom Zé)
l“É a mesma dança na sala, no Canecão, na TV,
le quem não dança não fala, assiste a tudo e se cala,
lnão vê no meio da sala, as relíquias do Brasil”
l(Geléia Geral – Gilberto Gil)
l“É proibido proibir”: Tropicália criticada pela direita e esquerda
lDiálogo com o “iêiêiê” da Jovem Guarda
lDeboche do projeto desenvolvimentista
lTemática do cotidiano
l“Você precisa tomar um sorvete na lanchonete,
landar com a gente, me ver de perto,
louvir, aquela canção do Roberto
lBaby, baby ...”
l(Baby – Caetano Veloso)
l“Mas é isso que é a juventude que diz que quer tomar o poder? (...)Vocês não estão entendendo nada,
nada, nada, absolutamente nada. (...) se vocês, em política, forem como são em estética, estamos feitos!
l(Discurso de Caetano Veloso ao ser vaiado durante o Festival da Canção em 1968)
Expressões orais
9. lRoupas coloridas, cabelos desgrenhados
lGil, Gal e Caetano em Londres, durante o exílio
lOcupação dos meios de comunicação de massa
lPrograma “Divino Maravilhoso” apresentado pelos
tropicalistas na TV Tupi
Expressões corporais
e visuais
10. lPrincipais referências:
lCapa do disco Sargent Pepper´s Lonely
Hearts Club Band do quarteto inglês The
Beatles, na qual foi inspirada a capa do disco
tropicalistas “Panis et circenses”
lCarmem Miranda,
a “rainha do rádio” lJoão Gilberto, o “pai da Bossa Nova” lWoodstock, movimento hippie e amor livre
lMovimento feminista
lJimi Hendrix e a guitarra elétrica
11. lTeatro
lZé Celso Martinez Correa e o Grupo Oficina
lagressão e o corpo
lmarginalidade e indústria cultural
lexperimentalismo e processo criativo
ltransgressão da fronteira ator-público
12. lEm 60 lHoje
lConflito ideológico polarizado entre
“capitalismo” e “socialismo”
lForte mobilização política e social
l“Inimigo” definido em lutas específicas
regionais e difícil articulação entre as
iniciativas locais (ex: países da América
Latina na luta contra a ditadura)
lBusca por uma identidade nacional através
da cultura
lFalta de liberdade de expressão em
função da censura exercida pelo regime
lBusca de uma função social da arte e do
posicionamento político do artista
lReferências híbridas: não predominância
de um único modelo cultural hegemônico
lDesencantamento com as instituições
representativas (movimento estudantil,
Estado, sindicalismos)
lIniciativas da população civil articulada em
redes com um objetivo comum
supranacional (ex: luta contra o
aquecimento global)
lProdução individual de subjetividades
como garantia de preservação da
identidade coletiva, frente a multiplicidade
cultural
lMeios de comunicação de massa
monopolizados em função da “livre
concorrência” neoliberal
lUso de NTCI em função da
democratização da comunicação e do
direito à significação
13. Álvaro da Conceição Pinto da Silva
Pedagogia
AVM
Matr. P01104
AAA de Corpo e Movimento