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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA – UNEC
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM
FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO COM ÊNFASE EM GRUPOS
ESPECIAIS
PROGRAMA DE PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS FÍSICOS
SUPERVISIONADO NA FASE IV NA REABILITAÇÃO
CARDÍACA PÓS-INFARTO DO MIOCARDIO – ESTUDO DE
CASO
AMARILDO CÉSAR DE OLIVEIRA
Caratinga – MG
2011
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA – UNEC
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM
FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO COM ÊNFASE EM GRUPOS
ESPECIAIS
PROGRAMA DE PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS FÍSICOS
SUPERVISIONADO NA FASE IV NA REABILITAÇÃO
CARDÍACA PÓS-INFARTO DO MIOCARDIO – ESTUDO DE
CASO
AMARILDO CÉSAR DE OLIVEIRA
Artigo científico apresentado ao Centro
Universitário de Caratinga - UNEC, como requisito
parcial para obtenção do título de Especialista em
Fisiologia do Exercício com Ênfase em Grupos
Especiais.
Caratinga – MG
2011
PROGRAMA DE PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS FÍSICOS SUPERVISIONADO
NA FASE IV NA REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO DO MIOCÁRDIO –
ESTUDO DE CASO
Amarildo César de Oliveira1
Ana Paula Rodrigues2
Cláudio Silva Porto3
RESUMO
Introdução: Este estudo demonstra a Reabilitação Cardíaca como a arte e ciência de atuação
multiprofissional capaz de restituir ao indivíduo de forma satisfatória a condição clínica em seu grau
de atividade física, psicológica e laborativa, compatível com a capacidade funcional. Demonstra o
estudo singular de um paciente vítima de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) na fase IV submetido a
um programa com ênfase no exercícios físico como meio não-farmacológico desenvolvido para trazer
de volta à suas atividades diárias habituais. Objetivo: Tem por objetivo verificar os efeitos de uma
prescrição de exercícios físicos para um paciente pós IAM na Fase IV levando em conta as condições
clínicas. Metodologia: O estudo de caso estava com VO2max atingido, conforme teste ergométrico
do Protocolo de Bruce em esteira rolante de 24,5 ml/kg/min (FAI=21%) ao iniciar a proposta, foi
submetido a um Planejamento do Programa de Prescrição de Exercícios Físicos Supervisionado para
RC executados em 3 sessões semanais de exercícios física aeróbicos e resistidos. Resultados:
Constatados após 6,5 e 11 meses de treinos regulares uma progressão deVO2máx (35,0 e 45,5)
obtidos nos testes e representavam valores acima do VO2 previsto (30,6) isso significava o déficit
aeróbio funcional acima do esperado (FAI = -14% e -49%). Conclusão: Comprova-se o a importância
do EF regular como efeito positivo e recurso não-farmacológico na RC de pacientes pós IAM.
Palavras chave: Reabilitação cardíaca, exercício físico, infarto agudo do miocárdio,
aptidão física.
OBJETIVO
Verificar os efeitos de uma prescrição de exercícios físicos para um paciente
pós Infarto Agudo do Miocárdio na Fase IV levando em conta as condições clínicas.
1
Autor - Graduado em Educação Física pelo Centro Universitário de Caratinga (UNEC). Trabalha
como Personal Training e Analista de Processos e Métodos de Organização, Reestruturação e
Racionalização de setores Administrativos (O & M - Organização do Trabalho e Rotinas) - Instrutor
Departamento de Tecnologia da informação (T.I.). Email: amarildo.educacaofisica@gmail.com.
2
Orientadora – Professora do Centro Universitário de Caratinga – UNEC. Graduada em educação
física, especialista em marketing, mestre em meio ambiente e sustentabilidade, doutoranda em
Educação. Trabalha atualmente na UNEC, nos cursos de educação física, matemática,
administração, computação e economia. É também professora do ensino fundamental e médio da
Secretaria de Estado e Educação do Estado de Minas Gerais. Email: anapaula_apr@funec.br.
3
Orientador – Possui graduação em Educação Física pela Universidade Federal de Juiz de Fora
(2000), especialização em Musculação e Ginástica de Academia pela Escola Superior de Educação
Física de Muzambinho (2002), mestrado em Meio Ambiente e Sustentabilidade pelo Centro
Universitário de Caratinga (2006). Atualmente é professor do curso de Educação Física do Centro
Universitário de Caratinga - UNEC. Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em
Treinamento Desportivo, Musculação e Personal Training.Email:claudiosporto@yahoo.com.br
INTRODUÇÃO
Durante algum tempo acreditou-se que pacientes vítimas de infarto agudo do
miocárdio (IAM) deveriam ficar de repouso absoluto em seus leitos no mínimo três
semanas na crença que isso ajudaria na recuperação e na cicatrização do
miocárdio, porém, isso traria sérios problemas devido o longo período de repouso.
Pessoas que sofrem IAM apresentam sérios déficits fisiológicos, sociais e
laborais. No entanto, a introdução de exercícios físicos (EF) se torna uma ferramenta
muito importante de baixo custo apresentando-se bastante eficiente no processo de
reabilitação cardiovascular, na promoção e manutenção da aptidão física,
componente fundamental na melhora da qualidade de vida. (BENETTI el col., 2010)
A Reabilitação Cardíaca (RC) para Godoy (1997) e Gianinni et col. (2000)
apud Ribeiro & Oliveira (2011) é a arte e ciência de um ramo de atuação
multiprofissional implementada com a cardiologia capaz de restituir ao indivíduo de
forma satisfatória a condição clínica em seu grau de atividade física, psicológica e
laborativa, compatível com a capacidade funcional. A RC é um programa com
ênfase na atividade física desenvolvido para trazer de volta pacientes vítimas de
algum evento cardíaco à suas atividades diárias habituais que envolvem melhores
condições física, mental e social (MORAES et col.,2005). Sua indicação, segundo
Ricardo & Araújo (2006), seria para pacientes que receberam um diagnóstico de IAM
ou foram submetidos à revascularização miocárdica ou transplante cardíaco e,
ainda, para aqueles com angina crônica estável e insuficiência cardíaca crônica.
Exercitar-se regularmente de maneira planejada, estruturada e repetitiva,
executada com intuito de melhorar um ou mais componentes, sendo que este
conjunto de atributos definiria o EF, seria capaz de levar uma pessoa a desenvolver
a capacidade de realizar atividade física de forma segura para melhorar o
rendimento, ou aptidão física, incluindo especificamente os componentes
fisiológicos. Acredita-se que isso ofereceria proteção aos fatores etiológicos de
doenças crônicas degenerativas como hipertensão arterial, diabetes, obesidade que
posteriormente poderiam levar a um evento cardíaco tal qual o IAM. (ACSM, 2007
pag.3)
O Infarto agudo do Miocárdio (IAM) pode ser definido por Rocha (2007),
como “uma manifestação de doença arterial coronariana (DAC), onde há formação
de placa de gorduras” (ateromas). A formação dessas placas pela deposição de
gorduras (colesterol e triglicerídeos) obstrui de forma gradativa provocando a
oclusão total da artéria coronária, a oferta de O2 fica inadequada pela estenose
ocorrendo à morte (necrose) do músculo cardíaco (miócito). Duas formas do IAM
podem ocorrer, a reversível onde a oclusão gradativa e a irreversível quando há a
ruptura da membrana do miócito e seu conteúdo enzimático é lançando na
circulação (RIBEIRO & OLIVEIRA, 2011).
Perspectivas de estudos de fisiologia e fisiopatologia têm sido muito
relevantes na contribuição para o tratamento de cardiopatias. A atividade física
sistematizada e seus efeitos fisiológicos associados aos recursos farmacológicos
tem contribuído essencialmente para a melhora da qualidade de vida de pacientes
no pós-operatório deste a fase I a fase IV totalizando um período que varie de 6 a 9
meses (POLLOCK & WILMORE, 2009).
E ainda, para Pollock & Wilmore (2009), a proposta de prescrição de EF
para treinamento em função da RC pós IAM variam em função da gravidade da
doença cardiovascular e condições clínicas do paciente, além de outros fatores
como a educação do paciente, modificação dos fatores de risco e aconselhamento
individual objetivando o aumento a adesão ao programa.
A partir dessas informações, este trabalho tem por objetivo verificar os
efeitos de uma prescrição de exercícios físicos para um paciente pós IAM na Fase
IV levando em conta as condições clinicas do mesmo.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Um programa de reabilitação cardiovascular e metabólica segundo Novaes
et cols. (2011), é desenvolvido com a interação multidisciplinar entre profissionais de
educação física, médicos e fisioterapeutas dando ênfase num programa de
exercícios físicos supervisionado e divido em 4 fases que já se inicia no período
intra-hospitalar. Na fase I as atividades aplicadas, geralmente pela educação física,
fisioterapia e enfermagem, consiste em atividades de baixo impacto (< 2 MET4
)
como banho e sentar-se, entretanto, paciente sem comprometimento do miocárdio
que respondem favoravelmente permitem assim a progressão da intensidade. Fase
II podendo ser iniciada até 24h após a alta hospitalar, dependendo do estado do
4
MET – equivalente metabólico
paciente, tem como função a ênfase ao ensino da automonitoração (FC5
, IPE6
e
sintomas) para a próxima fase. Após dois meses, tendo participado ou não da fase
II, em ambiente extra-hospitalar, a fase III tem como objetivo evitar a evolução da
patologia e aparecimento de novo acometimento cardiovascular. Na ultima, fase IV,
apto a praticar os exercícios externos e domiciliares, uma programação de
treinamento e orientação de treinamento físico deve ser elaborada e supervisionada
por uma equipe multidisciplinar (NEGRÃO & BARRETO, 2010).
A aplicação de teste ergométrico ou ergoespirométrico pelo médico
cardiologista é fundamental e extremamente necessária, pois, serve de parâmetro
na identificação do estado de aptidão física para a elaboração do treinamento dos
pacientes pós IAM que devem ser vistos no seu contexto levando em consideração,
por exemplo, a menor permanência hospitalar, o uso disseminado de trombolíticos,
estratégias de revascularização, o aumento do uso de β-adrenérgicos, β-
bloqueadores e anti-hipertensivos7
capazes de mudar a apresentação clínica do
paciente. O teste de esforço pós IAM de acordo com as Diretrizes para a Gestão de
Pacientes com Infarto Agudo do Miocárdio (AHA), produzem informações sobre a
estratificação de risco e avaliação de prognóstico, capacidade funcional para
prescrição de atividade após a alta hospitalar (FLETCHER et cols.,2001p.16)
Identificado o baixo nível de aptidão física devido ao descondicionamento
físico e outras condições, relativamente frequente logo após IAM e revascularização,
observa-se a FC relativamente baixa em qualquer ponto durante EF submáximo8
. O
uso comum de β-bloqueadores afetam o nó sinusal e os receptores betas podendo
atenuar significamente a resposta normal ao exercício físico. (Quadro1)
DOSAGEM DO
BETABLOQUEADOR
(EQUIVALENTE AO PROPANOLOL)
(mg)
REDUÇÃO
DA
FREQUENCIA CARDÍACA
(%)
10
25
40
50
80
11
12
14
15
18
5
FC – frequência cardíaca
6
IPE – Índice de Percepção de Esforço – escala de Borg (Fontura et cols.,2008 p.164) .
7
IECAs – Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina
8
SUBMÁXIMO (FC) – competência cronotrópica em alcançar 85% da FCmáx. (FLETCHER et
cols.,2001p.16)
100
120
150
160
200
20
22
25
26
30
QUADRO 1: Redução percentual de frequência cardíaca(FC) de treinamento na presença de β-
bloqueador (MORAES,2000; NOVAES, 2011p.99)
Um Programa de Prescrição de Exercícios Fìsicos Supervisionado (PPEFS)
proposto por Carvalho (2004) caracteriza-se pela prescrição individualizada sob
monitoria médica. Sua elaboração tem como base dados clínicos, antropométicos e
fisiológicos com reavaliação periódica, onde seriam incluídos basicamente dois
componentes principais: exercícios aeróbicos e exercícios resistidos para o
fortalecimento muscular sem esquecer-se do frequente aprimoramento da
flexibilidade, coordenação motora, equilibrio e postura, caso seja necessário. As
sessões deverão ser realizadas de 3 a 5 vezes com duração em torno de uma hora,
o que diferencia pouco da população normal. Os exercícios aeróbicos deverão variar
de 20 a 40 minutos, podem ser feitos em intensidades variadas, controladas pela FC
e IPE. Os exercícios resistidos utilizados no fortalecimento muscular deverão ser 2 a
3 séries de 6 a 12 repetições e 8 a 12 movimentos, como a resposta pressórica
tende a elevar a cada repetição, alguns PPEFS optam por 6 a 8 repetições com
intervalo de 10 a 30s.
METODOLOGIA
Este trabalho consiste em um estudo singular de paciente pós IAM na fase
IV, de cor branca, sexo masculino, 59 anos, 1.74 de altura, 70kg com VO2max
atingido de 24,5 ml/kg/min, conforme teste ergométrico do Protocolo de Bruce em
esteira rolante.
O paciente estava submetido a um tratamento farmacológico a base de:
Metoprolol (β-bloqueador), Clopidogrel (modificador sanguíneo anticoagulante ou
antoplaqueário), AAS (anticoagulante), Losantan (inibidores dos receptores AT,
modulador de atividade simpática - hipotenso) e Rosuvastatina (inibidor
aterosclerótico), este foi submetido a um treinamento de acordo com PPEFS.
(ACSM, 2007; BRANDÃO, 2007; ROSA, 2011)
Planejamento do Programa de Prescrição de Exercícios Fìsicos
Supervisionado (PPEFS) para Reabilitação Cardíaca (RC).
O PPEFS para RC na fase IV foi elaborado e realizado durante 11 meses
com aplicação um treinamento aeróbico, resistidos e flexibilidade.
Uma sessão de treinamento de uma hora foi dividida em:
a) Aplicação dos exercícios aeróbicos: Foram realizados 3 vezes por
semana dos quais 10 minutos de aquecimento, destinados a preparação psicológica
e fisiológica dos principais músculos como prevenção a lesão muscular ou tecido
conjuntivo. A atividade principal consistia em uma caminhada em uma esteira sem
inclinação com FCalvo de treino entre 50% e 70% da FCmáx
9
ou Escala de Borg de 4
a 6 (Escala de Borg adaptada 0 a 10) durante 20 minutos. Logo em seguida o
desaquecimento era realizado em 10 minutos com a finalidade da desmobilização
orgânica e adequação ao repouso evitando a estagnação de sangue nas
extremidades(DANTAS,2003; BOSCO, 2007; MCARDLE ET AL.2008; NUNES,
2010)
b) Aplicação de exercícios resistidos: Os exercícios de RML utilizados
na RC consistiam 4 a 6 exercícios em contrações dinâmicas em 1 a 3 séries de
máximo 8 repetições afim de evitar picos na pressão arterial durante a execução. No
entanto, foi orientado também a realização correta da amplitude observando o
correto ciclo de respiração evitando a manobra de Valsalva (NUNES,2010).
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A partir da análise dos testes ergométricos realizados pelo médico
cardiologista, conseguimos avaliar vários parâmetros de evolução do paciente.
Primeiramente, podemos analisar um teste de rotina realizado no período
pré-IAM em que o paciente apresentava um Déficit Aeróbio Funcional (FAI = -40%)10
acima do esperado de acordo com análise da relação VO2
11
previsto (32,4) e obtido
(45,5). (FERNANDES FILHO, 2010)
Após o evento cardíaco foi apresentado um segundo teste que foi utilizado
como parâmetro de elaboração do PPEFS, onde sua condição física apresentou um
9
Foi observado o percentil (%) de redução da ação cronotrópica (FC) pelo uso do β-bloqueador.
10
FAI - . O déficit Aeróbio Funcional atua como um indicador em termos de percentuais do quanto o avaliado
está acima(valores negativos) ou abaixo (valores positivo) de seu VO2 esperado, sendo mais fácil demonstrar ao
avaliado o grau de sua condição física.
11
Valores de VO2 expresso em: ml.kg.min-1
VO2máx obtido (24,5) menor que o previsto (31,2), representando um déficit aeróbio
funcional significativo (FAI = 21%).
Durante a aplicação do PPEFS o paciente se manteve regular o que garantiu
efetivamente sua evolução sendo constatado após 6,5 e 11 meses com um terceiro
e quarto testes ergométricos. O VO2máx (35,0 e 45,5) obtidos nos testes
representavam valores acima do VO2 previsto (30,6) isso significava o déficit aeróbio
funcional acima do esperado (FAI = -14% e -49%).
O ultimo teste realizado
QUADRO 2: Gráfico de evolução do VO2máx Obtido em comparação com Previsto.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A proposta do PPEFS para RC com base nos exercícios aplicados, no caso
estudado, auxiliaram efetivamente no tratamento pós IAM.
O VO2máx obtido na fase final do treinamento regular foram muito satisfatório,
isso significa que, ter um bom índice reflete em maior metabolismo de energia
aeróbica, isto é, o critério mais fidedigno para avaliação da capacidade de
rendimento cardíaco, circulação, respiração e do metabolismo.
Pré-IAM (exame
rotina)
Pós-IAM (antes
PPEFS)
PÓS IAM (6,5
meses de PPEFS)
PÓS IAM (11
meses de PPEFS)
VO2máx Previsto 32,4 31,2 30,6 30,6
VO2máx Obtido 45,5 24,5 35 45,5
32,4
31,2 30,6 30,6
45,5
24,5
35
45,5
20
30
40
50
Pelo que podemos observar o mecanismo pelo qual o treinamento físico
atual no organismo faz com que diversas estruturas fisiológicas, neste caso o
coração, melhore de forma relevante sua capacidade funcional.
Por essa razão conclui-se que, mais uma vez, ficou comprovado a
importância do exercício físico regular com efeito positivo e como recurso não-
farmacológico na RC de pacientes pós IAM.
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA
1. BARBANTI, Valdir J. Dicionário de Educação Física e Esporte. 2ª Edição –
Barueri, SP: Manole, 2003.
2. BENETTI, Magnus; ARAÚJO, Cintia L. Pereira de; SANTOS, Rafaella
Zuianello. Aptidão Cardiorrespiratória e Qualidade de Vida Pós-Infarto em
Diferentes Intensidades do Exercício. Universidade do Estado de Santa
Catarina, Clinica CardioSport, Florianópolis, SC – Brasil, Art. Sociedade
Brasileira de Cardiologia, 2010.
3. BOSCO, Ricardo; DEMARCHI, Amanda; REBELO, Fabiana Pereira
Vecchio and CARVALHO, Tales de. O efeito de um programa de exercício
físico aeróbio combinado com exercícios de resistência muscular
localizada na melhora da circulação sistêmica e local: um estudo de
caso. Rev Bras Med Esporte [online]. 2004, vol.10, n.1, pp. 56-62. ISSN
1517-8692.
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da angiotensina II (BRAs) decorrente das suas estruturas moleculares:
relevância clínica no tratamento da hipertensão arterial?. Rev Bras
Hipertens vol.14(3): 182-184, 2007.
5. CARVALHO, Tales de et al. Normatização dos equipamentos e técnicas
da reabilitação cardiovascular supervisionada. Arq. Bras. Cardiol. [online].
2004, vol.83, n.5, pp. 448-452. ISSN 0066-782X.
6. DANTAS, Estélio H.M. A Prática da Preparação Física. 5ª ed. – Rio de
Janeiro: Shape, 2003.
7. Diretrizes do ACSM para os testes de esforço e sua prescrição / American
College of Sport Medicine; traduzido por Giuseppe Taranto. – Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
8. FERNANDES FILHO, José. Novas Tendências da Avaliação Física. Centro
de Excelencia em Avaliação Física.Edição em CD, Desenvolvido por Envolve
Comunição. Rio de Janeiro, 2010
9. FLETCHER, Gerald F. et cols. Exercise Standards for Testing and Training
A Statement for Healthcare Professionals From the American Heart
Association (AHA). Circulation is published by the American Heart
Association. 7272 Greenville Avenue, Dallas, TX, 2001.
http://circ.ahajournals.org/cgi/content/full/104/14/1694
10.FONTOURA, Andréa Silveira da; FORMENTIN, Charles M.; ABECH, Everson
Alves. Guia prático de avaliação física: uma abordagem didática,
abrangente e atualizada. São Paulo: Phorte, 2008.
11.MCARDLE, William D. – Fisiologia do exercício: energia, nutrição e
desempenho humano - William D.McArdle, Frank I. Katch, Victor L.Katch;
traduzido por Giuseppe Taranto. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
12.MORAES, Marisa. FISIOTERAPIA EM CARDIOLOGIA: DA UTI A
REABILITAÇÃO – 1 ed. Editora Roca, São Paulo, 2000
13.MORAES, R.S et col. – Diretriz da Reabilitação Cardíaca – Arquivo
Brasileiro de Cardiologia, volume 84, nº 5 - 2005
14.NEGRÃO, Carlos Eduardo; BARRETO, Carlos Antônio Pereira. Cardiologia
do Exercício: Do atleta ao Cardiopata. 3. Ed. – Barueri, SP: Manole, 2010.
15.NOVAES, Giovanni da Silva; MANSUR, Henrique; NUNES, Rodolfo A.M.
Grupos especiais, vol.1: avaliação, prescrição e emergências clínicas
em atividades físicas. – 1ª Ed. São Paulo: Ícone, 2011.
16.NUNES, Rodolfo Alkmin Moreira. Reabilitação Cardíaca. 1ª ed. – São Paulo:
Editora Ícone, 2010.
17.POLLOCK, Michael L.; WILMORE, Jack H. Exercício na saúde e na doença:
avaliação prescrição e reabilitação. Traduzido sob supervisão de Maurício
Leal Rocha; [tradução Maria Cristina A. de Souza] – [reimpresso] – Rio de
Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2009.
18.RIBEIRO, Pricila Rosa Queiroz; OLIVEIRA, David Michel de. Reabilitação
Cardiovascular, doença arterial coronariana e infarto agudo do
miocardio: efeitos do exercício físico. EFDeportes.com, Revista Digital.
Buenos Aires, Ano 15, Nº 152, Janeiro 2011.
19.RICARDO, Djalma Rabelo e ARAUJO, Claudio Gil Soares de. Reabilitação
cardíaca com ênfase no exercício: uma revisão sistemática. Rev Bras
Med Esporte [online]. 2006, vol.12, n.5, pp. 279-285. ISSN 1517-8692.
20.ROCHA, Priscila Gomes da. Angina e Infarto Agudo do Miocário (IAM).
Curso de Especialização em Fisioterapia Respiratória em Terapia Intensiva e
Ventilação Mecânica,Turma: TPN-5, 2004.
21.ROSA, Leonado Vieira de. Rosuvastatina para prevenção de eventos
cardiovasculares em homens e mulheres com Proteína-Creativa elevada.
Leonardo Vieira da Rosa - Médico Plantonista da UCO-HSL Editor da
Cardiologia do MedicinaNET -
http://www.hospitalsiriolibanes.org.br/hospital/especialidades/centro-
cardiologia/Documents/pdf/artigos-cientificos/rosuvastatina.pdf, acessado
28/08/2011.
22.TERRAZUL INFORMÁTICA LTDA. Consumo de O2: Avaliação da
Capacidade cardiorrespiratória – Protocolo de Ästrand (cicloergômetro).
Terrazul Software para Avaliação Física – Cambuci – SP; acessado em
20/08/2011
http://www.terrazul.com.br/Soft/physicaltest/6avalcardiorespiratoria.pdf

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PROGRAMA DE PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS FÍSICOS SUPERVISIONADO NA FASE IV NA REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO DO MIOCÁRDIO – ESTUDO DE CASO

  • 1. CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA – UNEC CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO COM ÊNFASE EM GRUPOS ESPECIAIS PROGRAMA DE PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS FÍSICOS SUPERVISIONADO NA FASE IV NA REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO DO MIOCARDIO – ESTUDO DE CASO AMARILDO CÉSAR DE OLIVEIRA Caratinga – MG 2011
  • 2. CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA – UNEC CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO COM ÊNFASE EM GRUPOS ESPECIAIS PROGRAMA DE PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS FÍSICOS SUPERVISIONADO NA FASE IV NA REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO DO MIOCARDIO – ESTUDO DE CASO AMARILDO CÉSAR DE OLIVEIRA Artigo científico apresentado ao Centro Universitário de Caratinga - UNEC, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Fisiologia do Exercício com Ênfase em Grupos Especiais. Caratinga – MG 2011
  • 3. PROGRAMA DE PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS FÍSICOS SUPERVISIONADO NA FASE IV NA REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO DO MIOCÁRDIO – ESTUDO DE CASO Amarildo César de Oliveira1 Ana Paula Rodrigues2 Cláudio Silva Porto3 RESUMO Introdução: Este estudo demonstra a Reabilitação Cardíaca como a arte e ciência de atuação multiprofissional capaz de restituir ao indivíduo de forma satisfatória a condição clínica em seu grau de atividade física, psicológica e laborativa, compatível com a capacidade funcional. Demonstra o estudo singular de um paciente vítima de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) na fase IV submetido a um programa com ênfase no exercícios físico como meio não-farmacológico desenvolvido para trazer de volta à suas atividades diárias habituais. Objetivo: Tem por objetivo verificar os efeitos de uma prescrição de exercícios físicos para um paciente pós IAM na Fase IV levando em conta as condições clínicas. Metodologia: O estudo de caso estava com VO2max atingido, conforme teste ergométrico do Protocolo de Bruce em esteira rolante de 24,5 ml/kg/min (FAI=21%) ao iniciar a proposta, foi submetido a um Planejamento do Programa de Prescrição de Exercícios Físicos Supervisionado para RC executados em 3 sessões semanais de exercícios física aeróbicos e resistidos. Resultados: Constatados após 6,5 e 11 meses de treinos regulares uma progressão deVO2máx (35,0 e 45,5) obtidos nos testes e representavam valores acima do VO2 previsto (30,6) isso significava o déficit aeróbio funcional acima do esperado (FAI = -14% e -49%). Conclusão: Comprova-se o a importância do EF regular como efeito positivo e recurso não-farmacológico na RC de pacientes pós IAM. Palavras chave: Reabilitação cardíaca, exercício físico, infarto agudo do miocárdio, aptidão física. OBJETIVO Verificar os efeitos de uma prescrição de exercícios físicos para um paciente pós Infarto Agudo do Miocárdio na Fase IV levando em conta as condições clínicas. 1 Autor - Graduado em Educação Física pelo Centro Universitário de Caratinga (UNEC). Trabalha como Personal Training e Analista de Processos e Métodos de Organização, Reestruturação e Racionalização de setores Administrativos (O & M - Organização do Trabalho e Rotinas) - Instrutor Departamento de Tecnologia da informação (T.I.). Email: amarildo.educacaofisica@gmail.com. 2 Orientadora – Professora do Centro Universitário de Caratinga – UNEC. Graduada em educação física, especialista em marketing, mestre em meio ambiente e sustentabilidade, doutoranda em Educação. Trabalha atualmente na UNEC, nos cursos de educação física, matemática, administração, computação e economia. É também professora do ensino fundamental e médio da Secretaria de Estado e Educação do Estado de Minas Gerais. Email: anapaula_apr@funec.br. 3 Orientador – Possui graduação em Educação Física pela Universidade Federal de Juiz de Fora (2000), especialização em Musculação e Ginástica de Academia pela Escola Superior de Educação Física de Muzambinho (2002), mestrado em Meio Ambiente e Sustentabilidade pelo Centro Universitário de Caratinga (2006). Atualmente é professor do curso de Educação Física do Centro Universitário de Caratinga - UNEC. Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em Treinamento Desportivo, Musculação e Personal Training.Email:claudiosporto@yahoo.com.br
  • 4. INTRODUÇÃO Durante algum tempo acreditou-se que pacientes vítimas de infarto agudo do miocárdio (IAM) deveriam ficar de repouso absoluto em seus leitos no mínimo três semanas na crença que isso ajudaria na recuperação e na cicatrização do miocárdio, porém, isso traria sérios problemas devido o longo período de repouso. Pessoas que sofrem IAM apresentam sérios déficits fisiológicos, sociais e laborais. No entanto, a introdução de exercícios físicos (EF) se torna uma ferramenta muito importante de baixo custo apresentando-se bastante eficiente no processo de reabilitação cardiovascular, na promoção e manutenção da aptidão física, componente fundamental na melhora da qualidade de vida. (BENETTI el col., 2010) A Reabilitação Cardíaca (RC) para Godoy (1997) e Gianinni et col. (2000) apud Ribeiro & Oliveira (2011) é a arte e ciência de um ramo de atuação multiprofissional implementada com a cardiologia capaz de restituir ao indivíduo de forma satisfatória a condição clínica em seu grau de atividade física, psicológica e laborativa, compatível com a capacidade funcional. A RC é um programa com ênfase na atividade física desenvolvido para trazer de volta pacientes vítimas de algum evento cardíaco à suas atividades diárias habituais que envolvem melhores condições física, mental e social (MORAES et col.,2005). Sua indicação, segundo Ricardo & Araújo (2006), seria para pacientes que receberam um diagnóstico de IAM ou foram submetidos à revascularização miocárdica ou transplante cardíaco e, ainda, para aqueles com angina crônica estável e insuficiência cardíaca crônica. Exercitar-se regularmente de maneira planejada, estruturada e repetitiva, executada com intuito de melhorar um ou mais componentes, sendo que este conjunto de atributos definiria o EF, seria capaz de levar uma pessoa a desenvolver a capacidade de realizar atividade física de forma segura para melhorar o rendimento, ou aptidão física, incluindo especificamente os componentes fisiológicos. Acredita-se que isso ofereceria proteção aos fatores etiológicos de doenças crônicas degenerativas como hipertensão arterial, diabetes, obesidade que posteriormente poderiam levar a um evento cardíaco tal qual o IAM. (ACSM, 2007 pag.3) O Infarto agudo do Miocárdio (IAM) pode ser definido por Rocha (2007), como “uma manifestação de doença arterial coronariana (DAC), onde há formação de placa de gorduras” (ateromas). A formação dessas placas pela deposição de
  • 5. gorduras (colesterol e triglicerídeos) obstrui de forma gradativa provocando a oclusão total da artéria coronária, a oferta de O2 fica inadequada pela estenose ocorrendo à morte (necrose) do músculo cardíaco (miócito). Duas formas do IAM podem ocorrer, a reversível onde a oclusão gradativa e a irreversível quando há a ruptura da membrana do miócito e seu conteúdo enzimático é lançando na circulação (RIBEIRO & OLIVEIRA, 2011). Perspectivas de estudos de fisiologia e fisiopatologia têm sido muito relevantes na contribuição para o tratamento de cardiopatias. A atividade física sistematizada e seus efeitos fisiológicos associados aos recursos farmacológicos tem contribuído essencialmente para a melhora da qualidade de vida de pacientes no pós-operatório deste a fase I a fase IV totalizando um período que varie de 6 a 9 meses (POLLOCK & WILMORE, 2009). E ainda, para Pollock & Wilmore (2009), a proposta de prescrição de EF para treinamento em função da RC pós IAM variam em função da gravidade da doença cardiovascular e condições clínicas do paciente, além de outros fatores como a educação do paciente, modificação dos fatores de risco e aconselhamento individual objetivando o aumento a adesão ao programa. A partir dessas informações, este trabalho tem por objetivo verificar os efeitos de uma prescrição de exercícios físicos para um paciente pós IAM na Fase IV levando em conta as condições clinicas do mesmo. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Um programa de reabilitação cardiovascular e metabólica segundo Novaes et cols. (2011), é desenvolvido com a interação multidisciplinar entre profissionais de educação física, médicos e fisioterapeutas dando ênfase num programa de exercícios físicos supervisionado e divido em 4 fases que já se inicia no período intra-hospitalar. Na fase I as atividades aplicadas, geralmente pela educação física, fisioterapia e enfermagem, consiste em atividades de baixo impacto (< 2 MET4 ) como banho e sentar-se, entretanto, paciente sem comprometimento do miocárdio que respondem favoravelmente permitem assim a progressão da intensidade. Fase II podendo ser iniciada até 24h após a alta hospitalar, dependendo do estado do 4 MET – equivalente metabólico
  • 6. paciente, tem como função a ênfase ao ensino da automonitoração (FC5 , IPE6 e sintomas) para a próxima fase. Após dois meses, tendo participado ou não da fase II, em ambiente extra-hospitalar, a fase III tem como objetivo evitar a evolução da patologia e aparecimento de novo acometimento cardiovascular. Na ultima, fase IV, apto a praticar os exercícios externos e domiciliares, uma programação de treinamento e orientação de treinamento físico deve ser elaborada e supervisionada por uma equipe multidisciplinar (NEGRÃO & BARRETO, 2010). A aplicação de teste ergométrico ou ergoespirométrico pelo médico cardiologista é fundamental e extremamente necessária, pois, serve de parâmetro na identificação do estado de aptidão física para a elaboração do treinamento dos pacientes pós IAM que devem ser vistos no seu contexto levando em consideração, por exemplo, a menor permanência hospitalar, o uso disseminado de trombolíticos, estratégias de revascularização, o aumento do uso de β-adrenérgicos, β- bloqueadores e anti-hipertensivos7 capazes de mudar a apresentação clínica do paciente. O teste de esforço pós IAM de acordo com as Diretrizes para a Gestão de Pacientes com Infarto Agudo do Miocárdio (AHA), produzem informações sobre a estratificação de risco e avaliação de prognóstico, capacidade funcional para prescrição de atividade após a alta hospitalar (FLETCHER et cols.,2001p.16) Identificado o baixo nível de aptidão física devido ao descondicionamento físico e outras condições, relativamente frequente logo após IAM e revascularização, observa-se a FC relativamente baixa em qualquer ponto durante EF submáximo8 . O uso comum de β-bloqueadores afetam o nó sinusal e os receptores betas podendo atenuar significamente a resposta normal ao exercício físico. (Quadro1) DOSAGEM DO BETABLOQUEADOR (EQUIVALENTE AO PROPANOLOL) (mg) REDUÇÃO DA FREQUENCIA CARDÍACA (%) 10 25 40 50 80 11 12 14 15 18 5 FC – frequência cardíaca 6 IPE – Índice de Percepção de Esforço – escala de Borg (Fontura et cols.,2008 p.164) . 7 IECAs – Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina 8 SUBMÁXIMO (FC) – competência cronotrópica em alcançar 85% da FCmáx. (FLETCHER et cols.,2001p.16)
  • 7. 100 120 150 160 200 20 22 25 26 30 QUADRO 1: Redução percentual de frequência cardíaca(FC) de treinamento na presença de β- bloqueador (MORAES,2000; NOVAES, 2011p.99) Um Programa de Prescrição de Exercícios Fìsicos Supervisionado (PPEFS) proposto por Carvalho (2004) caracteriza-se pela prescrição individualizada sob monitoria médica. Sua elaboração tem como base dados clínicos, antropométicos e fisiológicos com reavaliação periódica, onde seriam incluídos basicamente dois componentes principais: exercícios aeróbicos e exercícios resistidos para o fortalecimento muscular sem esquecer-se do frequente aprimoramento da flexibilidade, coordenação motora, equilibrio e postura, caso seja necessário. As sessões deverão ser realizadas de 3 a 5 vezes com duração em torno de uma hora, o que diferencia pouco da população normal. Os exercícios aeróbicos deverão variar de 20 a 40 minutos, podem ser feitos em intensidades variadas, controladas pela FC e IPE. Os exercícios resistidos utilizados no fortalecimento muscular deverão ser 2 a 3 séries de 6 a 12 repetições e 8 a 12 movimentos, como a resposta pressórica tende a elevar a cada repetição, alguns PPEFS optam por 6 a 8 repetições com intervalo de 10 a 30s. METODOLOGIA Este trabalho consiste em um estudo singular de paciente pós IAM na fase IV, de cor branca, sexo masculino, 59 anos, 1.74 de altura, 70kg com VO2max atingido de 24,5 ml/kg/min, conforme teste ergométrico do Protocolo de Bruce em esteira rolante. O paciente estava submetido a um tratamento farmacológico a base de: Metoprolol (β-bloqueador), Clopidogrel (modificador sanguíneo anticoagulante ou antoplaqueário), AAS (anticoagulante), Losantan (inibidores dos receptores AT, modulador de atividade simpática - hipotenso) e Rosuvastatina (inibidor aterosclerótico), este foi submetido a um treinamento de acordo com PPEFS. (ACSM, 2007; BRANDÃO, 2007; ROSA, 2011)
  • 8. Planejamento do Programa de Prescrição de Exercícios Fìsicos Supervisionado (PPEFS) para Reabilitação Cardíaca (RC). O PPEFS para RC na fase IV foi elaborado e realizado durante 11 meses com aplicação um treinamento aeróbico, resistidos e flexibilidade. Uma sessão de treinamento de uma hora foi dividida em: a) Aplicação dos exercícios aeróbicos: Foram realizados 3 vezes por semana dos quais 10 minutos de aquecimento, destinados a preparação psicológica e fisiológica dos principais músculos como prevenção a lesão muscular ou tecido conjuntivo. A atividade principal consistia em uma caminhada em uma esteira sem inclinação com FCalvo de treino entre 50% e 70% da FCmáx 9 ou Escala de Borg de 4 a 6 (Escala de Borg adaptada 0 a 10) durante 20 minutos. Logo em seguida o desaquecimento era realizado em 10 minutos com a finalidade da desmobilização orgânica e adequação ao repouso evitando a estagnação de sangue nas extremidades(DANTAS,2003; BOSCO, 2007; MCARDLE ET AL.2008; NUNES, 2010) b) Aplicação de exercícios resistidos: Os exercícios de RML utilizados na RC consistiam 4 a 6 exercícios em contrações dinâmicas em 1 a 3 séries de máximo 8 repetições afim de evitar picos na pressão arterial durante a execução. No entanto, foi orientado também a realização correta da amplitude observando o correto ciclo de respiração evitando a manobra de Valsalva (NUNES,2010). DISCUSSÃO DOS RESULTADOS A partir da análise dos testes ergométricos realizados pelo médico cardiologista, conseguimos avaliar vários parâmetros de evolução do paciente. Primeiramente, podemos analisar um teste de rotina realizado no período pré-IAM em que o paciente apresentava um Déficit Aeróbio Funcional (FAI = -40%)10 acima do esperado de acordo com análise da relação VO2 11 previsto (32,4) e obtido (45,5). (FERNANDES FILHO, 2010) Após o evento cardíaco foi apresentado um segundo teste que foi utilizado como parâmetro de elaboração do PPEFS, onde sua condição física apresentou um 9 Foi observado o percentil (%) de redução da ação cronotrópica (FC) pelo uso do β-bloqueador. 10 FAI - . O déficit Aeróbio Funcional atua como um indicador em termos de percentuais do quanto o avaliado está acima(valores negativos) ou abaixo (valores positivo) de seu VO2 esperado, sendo mais fácil demonstrar ao avaliado o grau de sua condição física. 11 Valores de VO2 expresso em: ml.kg.min-1
  • 9. VO2máx obtido (24,5) menor que o previsto (31,2), representando um déficit aeróbio funcional significativo (FAI = 21%). Durante a aplicação do PPEFS o paciente se manteve regular o que garantiu efetivamente sua evolução sendo constatado após 6,5 e 11 meses com um terceiro e quarto testes ergométricos. O VO2máx (35,0 e 45,5) obtidos nos testes representavam valores acima do VO2 previsto (30,6) isso significava o déficit aeróbio funcional acima do esperado (FAI = -14% e -49%). O ultimo teste realizado QUADRO 2: Gráfico de evolução do VO2máx Obtido em comparação com Previsto. CONSIDERAÇÕES FINAIS A proposta do PPEFS para RC com base nos exercícios aplicados, no caso estudado, auxiliaram efetivamente no tratamento pós IAM. O VO2máx obtido na fase final do treinamento regular foram muito satisfatório, isso significa que, ter um bom índice reflete em maior metabolismo de energia aeróbica, isto é, o critério mais fidedigno para avaliação da capacidade de rendimento cardíaco, circulação, respiração e do metabolismo. Pré-IAM (exame rotina) Pós-IAM (antes PPEFS) PÓS IAM (6,5 meses de PPEFS) PÓS IAM (11 meses de PPEFS) VO2máx Previsto 32,4 31,2 30,6 30,6 VO2máx Obtido 45,5 24,5 35 45,5 32,4 31,2 30,6 30,6 45,5 24,5 35 45,5 20 30 40 50
  • 10. Pelo que podemos observar o mecanismo pelo qual o treinamento físico atual no organismo faz com que diversas estruturas fisiológicas, neste caso o coração, melhore de forma relevante sua capacidade funcional. Por essa razão conclui-se que, mais uma vez, ficou comprovado a importância do exercício físico regular com efeito positivo e como recurso não- farmacológico na RC de pacientes pós IAM. REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA 1. BARBANTI, Valdir J. Dicionário de Educação Física e Esporte. 2ª Edição – Barueri, SP: Manole, 2003. 2. BENETTI, Magnus; ARAÚJO, Cintia L. Pereira de; SANTOS, Rafaella Zuianello. Aptidão Cardiorrespiratória e Qualidade de Vida Pós-Infarto em Diferentes Intensidades do Exercício. Universidade do Estado de Santa Catarina, Clinica CardioSport, Florianópolis, SC – Brasil, Art. Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2010. 3. BOSCO, Ricardo; DEMARCHI, Amanda; REBELO, Fabiana Pereira Vecchio and CARVALHO, Tales de. O efeito de um programa de exercício físico aeróbio combinado com exercícios de resistência muscular localizada na melhora da circulação sistêmica e local: um estudo de caso. Rev Bras Med Esporte [online]. 2004, vol.10, n.1, pp. 56-62. ISSN 1517-8692. 4. BRANDÃO, Andréa Araújo. Efeito dos bloqueadores dos receptores AT1 da angiotensina II (BRAs) decorrente das suas estruturas moleculares: relevância clínica no tratamento da hipertensão arterial?. Rev Bras Hipertens vol.14(3): 182-184, 2007. 5. CARVALHO, Tales de et al. Normatização dos equipamentos e técnicas da reabilitação cardiovascular supervisionada. Arq. Bras. Cardiol. [online]. 2004, vol.83, n.5, pp. 448-452. ISSN 0066-782X. 6. DANTAS, Estélio H.M. A Prática da Preparação Física. 5ª ed. – Rio de Janeiro: Shape, 2003. 7. Diretrizes do ACSM para os testes de esforço e sua prescrição / American College of Sport Medicine; traduzido por Giuseppe Taranto. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. 8. FERNANDES FILHO, José. Novas Tendências da Avaliação Física. Centro de Excelencia em Avaliação Física.Edição em CD, Desenvolvido por Envolve Comunição. Rio de Janeiro, 2010 9. FLETCHER, Gerald F. et cols. Exercise Standards for Testing and Training A Statement for Healthcare Professionals From the American Heart Association (AHA). Circulation is published by the American Heart Association. 7272 Greenville Avenue, Dallas, TX, 2001. http://circ.ahajournals.org/cgi/content/full/104/14/1694 10.FONTOURA, Andréa Silveira da; FORMENTIN, Charles M.; ABECH, Everson Alves. Guia prático de avaliação física: uma abordagem didática, abrangente e atualizada. São Paulo: Phorte, 2008.
  • 11. 11.MCARDLE, William D. – Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano - William D.McArdle, Frank I. Katch, Victor L.Katch; traduzido por Giuseppe Taranto. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. 12.MORAES, Marisa. FISIOTERAPIA EM CARDIOLOGIA: DA UTI A REABILITAÇÃO – 1 ed. Editora Roca, São Paulo, 2000 13.MORAES, R.S et col. – Diretriz da Reabilitação Cardíaca – Arquivo Brasileiro de Cardiologia, volume 84, nº 5 - 2005 14.NEGRÃO, Carlos Eduardo; BARRETO, Carlos Antônio Pereira. Cardiologia do Exercício: Do atleta ao Cardiopata. 3. Ed. – Barueri, SP: Manole, 2010. 15.NOVAES, Giovanni da Silva; MANSUR, Henrique; NUNES, Rodolfo A.M. Grupos especiais, vol.1: avaliação, prescrição e emergências clínicas em atividades físicas. – 1ª Ed. São Paulo: Ícone, 2011. 16.NUNES, Rodolfo Alkmin Moreira. Reabilitação Cardíaca. 1ª ed. – São Paulo: Editora Ícone, 2010. 17.POLLOCK, Michael L.; WILMORE, Jack H. Exercício na saúde e na doença: avaliação prescrição e reabilitação. Traduzido sob supervisão de Maurício Leal Rocha; [tradução Maria Cristina A. de Souza] – [reimpresso] – Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2009. 18.RIBEIRO, Pricila Rosa Queiroz; OLIVEIRA, David Michel de. Reabilitação Cardiovascular, doença arterial coronariana e infarto agudo do miocardio: efeitos do exercício físico. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 15, Nº 152, Janeiro 2011. 19.RICARDO, Djalma Rabelo e ARAUJO, Claudio Gil Soares de. Reabilitação cardíaca com ênfase no exercício: uma revisão sistemática. Rev Bras Med Esporte [online]. 2006, vol.12, n.5, pp. 279-285. ISSN 1517-8692. 20.ROCHA, Priscila Gomes da. Angina e Infarto Agudo do Miocário (IAM). Curso de Especialização em Fisioterapia Respiratória em Terapia Intensiva e Ventilação Mecânica,Turma: TPN-5, 2004. 21.ROSA, Leonado Vieira de. Rosuvastatina para prevenção de eventos cardiovasculares em homens e mulheres com Proteína-Creativa elevada. Leonardo Vieira da Rosa - Médico Plantonista da UCO-HSL Editor da Cardiologia do MedicinaNET - http://www.hospitalsiriolibanes.org.br/hospital/especialidades/centro- cardiologia/Documents/pdf/artigos-cientificos/rosuvastatina.pdf, acessado 28/08/2011. 22.TERRAZUL INFORMÁTICA LTDA. Consumo de O2: Avaliação da Capacidade cardiorrespiratória – Protocolo de Ästrand (cicloergômetro). Terrazul Software para Avaliação Física – Cambuci – SP; acessado em 20/08/2011 http://www.terrazul.com.br/Soft/physicaltest/6avalcardiorespiratoria.pdf