O documento descreve as etapas da hominização, incluindo fósseis de Australopithecus afarensis de 3,2 milhões de anos, aumento gradual do tamanho cerebral de 400-1500 centímetros cúbicos, e espécies como Homo habilis, Homo erectus e Homo sapiens que evoluíram ao longo de 2 milhões a 30 mil anos atrás. Além disso, destaca o bipedismo, desenvolvimento cerebral e criação de cultura como fatores que nos tornaram humanos.
13. O que nos torna humanos?
1. O bipedismo e libertação das
mãos.
2. O desenvolvimento cerebral:
expansão e especialização do
cérebro.
3. A criação da cultura.
Vénus de Willendorf
Idade (aproximada): 22 000 anos
14. Bipedismo
O desenvolvimento da postura
ereta teve consequências de
vários tipos na modificação da
anatomia:
- reforço dos ossos da bacia;
- aumento da espessura da espinal
medula;
Hildegard Hahn
- alterações na laringe (que terão
proporcionado o desenvolvimento da
fala).
15. Bipedismo
Caminhar na posição vertical levou
à especialização das mãos, agora
ocupadas com tarefas distintas da
locomoção:
- manipulação de objectos (agarrar, etc.);
- atividades de caça, trabalho, construção
de utensílios, etc.
- substituição da boca como órgão de
defesa.
Hildegard Hahn
16. Desenvolvimento do cérebro
O alargamento do seu contexto de vida e
a necessidade de adaptação a ambientes
novos, acompanhou uma cerebralização
crescente.
Foram surgindo as funções tipicamente
humanas (ou de nível superior) associadas
ao córtex cerebral:
Hildegard Hahn
- linguagem;
- capacidade simbólica;
-criatividade;
- raciocínio;
- planeamento das ações;
- transformação (tecnológica) do meio;
- curiosidade.
17. A criação de cultura
Embora aprendam por imitação, os seres humanos
aprendem sobretudo através da linguagem. Somos a
única espécie capaz de aprender à distância: sem a
presença daqueles que transmitem a informação e
sem estarmos perante os objetos ou acontecimentos
de que falam.
A linguagem alargou enormemente a possibilidade
de transmitir informação e, portanto, o campo das
aprendizagens.
Pablo Picasso
18. A produção e transmissão de cultura é um sinal da
capacidade de aprendizagem dos seres humanos
e da sua capacidade para se adaptarem ao meio e
transformá-lo.
Ao contrário do que acontece com as outras
espécies, a maioria dos nossos comportamentos
não são inatos, não são o resultado de padrões de
atuação rigidamente inscritos no nosso programa
genético.
A capacidade de aprendizagem de que os seres
humanos dão provas resulta de terem de aprender
quase tudo para conseguirem adaptar-se ao meio
e sobreviver.