3. Produção da Pesca Extrativa
Mundo (2011):
90,4 milhões de toneladas
11,5 milhões t. (13%) capturas continentais
78,9 milhões t. (87%) capturas marinhas
(Sofia, 2012)
Brasil (2010):
785.366 t
Produção Continental: 248.911 t (31,7%)
Região Sudeste: 23.276t (09,3%)
São Paulo: 11.584 t (49,8%)
5. Caracterização da Pesca
A Pesca profissional praticada em rios e reservatórios do
Brasil é prioritariamente artesanal ou de pequena escala.
É praticada com uso de:
1) embarcações de pequeno porte,
2) áreas restritas,
3) mão de obra é principalmente familiar.
4) O pescado é fonte importante de proteína para
populações que delas dependem.
6. Características básicas da
Pesca Continental
(-) Tecnologia
(+) Diversidade de espécies explotadas
(-) Renda
(+) Vulnerabilidade à externalidades
(+) Conhecimento tradicional
(+) Envolvimento familiar
(-) Logística
(+) Territorialidade e conflitos
(-) Políticas públicas
(-) elos (agentes) na cadeia de produção
(-) Agregação de valor antes da
comercialização
7.
8. Quanto a organização de
trabalho
Pescador artesanal familiar fixo;
Pescador de subsistência ou semi-
subsistência;
Pescador artesanal armador;
Pescador artesanal autônomo e nômade.
9. Quanto à Origem e
origem Organização
Origem do Pescador Artesanal
Profissional do Médio e Baixo Rio Tietê
19%
1%
3% SP (150)
MG (5)
3%
PR (6)
RJ (1)
NE (38)
74%
10. O grau de
impacto sobre o
ambiente e
sobre as
populações
explotadas
pode variar de
acordo com o
tipo de aparelho
utilizado e a
magnitude da
extração.
Através de
medidas de
manejo pode-se
regular o grau Assim, o que é danoso ao
de impacto de ambiente não é a pesca em si,
uma pescaria. mas sim a falta do manejo
apropriado das pescarias.
11.
12. LARKIN, P. A. An epitaph for the
concept of Maximum Sustained
Yield. Trans. Am. Fish. Soc., v.
106, n. 1, p. 1-11, 1977.
13. Impactos à Atividade
Alteração ambiental provocada pela construção de
sucessivas barragens;
Supressão da mata ciliar;
Introdução de espécies alóctones (corvina, apaiari,
tucunaré, etc) e espécies exóticas (carpa e tilápias);
Poluição urbana, industrial e agrícola.
15. A Preservação das atividades de pesca continental
depende da realização de pesquisas envolvendo os
seguintes aspectos:
Socioeconômicos;
Técnicas de Ordenamento Pesqueiro;
Metodologias Estatísticas Adequadas;
Biologia Pesqueira;
Interação entre Pesca e Meio Ambiente.
FAO (1993)
16.
17. Ações na Pesquisa Relativa à
Pesca Continental
Levantamento sistemático da produção pesqueira nos rios
Paraná, Grande, Paranapanema (desde 1994) e Médio e
Baixo Tietê (represas de Barra Bonita, Bariri, Ibitinga,
Nova Avanhandava e Três Irmãos) a partir de 2001.
Caracterização sócio-econômica do pescador artesanal da
pesca continental do Estado de São Paulo.
Identificação dos principais núcleos pesqueiros do Médio e
Baixo Rio Tietê.
Estimativa do número de pescadores em atividade.
Estudos biológico-pesqueiros das principais espécies de
valor econômico e/ou ecológico.
18.
19.
20. Obtenção de dados de produção,
esforço e socioeconômicos
Turvo/Grande
São José dos Dourados Baixo Pardo/Grande
Sapucaí/Grande
Aguapeí Baixo Tietê
Peixe Tietê-Batalha
Pontal do
Tietê-Jacaré
Paranapanema
Médio Paranapanema
Alto Tietê
21. Quem são os usuários das bases
de dados pesqueiros?
Governos Sociedade Civil
• Federal • ONGs
• Estadual • Público Geral
• Municipal
Setor Produtivo
• Pescadores Setor Acadêmico / Educacional
• Armadores • Institutos de Pesquisa
• Indústrias • Universidades
• Escolas
23. Estudo de Caso: Artes de Pesca
no Médio Tietê
Foi verificado que rede de espera é a menos seletiva entre
as quatro modalidades mais praticadas, porém é a única
que conta com respaldo legal.
Artes de pesca restritas, como arrasto, batida e tarrafa,
incidem principalmente sobre as tilápias, espécies não
nativas cuja explotação pode ser considerada benéfica
para a conservação da ictiofauna nativa, através da
diminuição da competição interespecífica por recursos.
24. Ambiência
Utilização de peixes para Biodiversidade em ecossistemas
monitoramento de riachos aquáticos continentais
Avaliação da
comunidade de
peixes no rio
Paraitinga
Ictiofauna de
riachos da Mata
Atlântica
Piracicaba, Capivari e Jundiaí
Ictiofauna da Serra
Alto Tietê do Japi
Diagnóstico de
pesqueiros da
Aspectos sanitários e
RMSP
ecológicos em pesqueiros
25. Alto Tietê Cabeceiras
Contribuição do
Transposição de água entre reser-
braço Taquacetuba da
vatórios: efeitos na qualidade da
represa Billings para
água
a eutrofização da
Levantamento sócio-econômico e
represa Guarapiranga
ambiental de pesqueiros
Diagnóstico limnológico e
ictiofaunístico
Estudo do
enchimento das
represas Paraitinga e
Biritiba
Evolução comparativa da qualidade da água
– Represas Guarapiranga e Ponte Nova
26. Avaliação da importância das zonas ripárias para a
comunidade de peixes de riachos em uma região
sob influência de cultivo de cana-de-açúcar.
27. Ações de Governo
Em SP há registrado 15 espécies do gênero Astyanax, sendo que
apenas uma espécie entrou na Lista de Espécies Ameaçadas
(Astyanax trierythropterus)
Em SP há registro de 15 espécies do gênero Leporinus e somente
uma entrou na Lista de Espécies Ameaçadas que é
Leporinus thayeri (Piau beiçudo) (CR)
Em SP há registro de 6 espécies do gênero Brycon, sendo que 4
delas encontra-se na Lista de Espécies Ameaçadas
B. insignis (piabanha), B nattereli (pirapitinga-do-Paraná), B. opalinus
(pirapitinga-do-Paraíba), B. orbignyanus (piracanjuba).
28. Diferentes espécies de pacu
Myloplus tiete – pacu-prata (EN)
Metynnis maculatus –
CD
(comum na pesca) (FL)
Piaractus mesopotamicus – pacu (NT)
29.
30.
31.
32.
33.
34. De acordo com (DIEGUES, 2000) tem-se que considerar
o conhecimento empírico, o saber tradicional e local dos
pescadores artesanais...:conhecimento natureza,
variação do clima, comportamento das espécies e
dinâmica das pescarias possuindo assim uma
sensibilidade própria e um conhecimento empírico local
de grande valor que deve ser também considerado e
preservado.