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constróiconstrói
Profª. Teresa Cristina Barbo SiqueiraProfª. Teresa Cristina Barbo Siqueira
Universidade Católica de GoiásUniversidade Católica de Goiás
Bagunça ou
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Cely, da Ciro Pimenta, em Belém diz : achar o foco
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.
"A indisciplina é uma das maneiras que as crianças e os adolescentes têm de
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aprenda do jeito que ele
quer ensinar
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um...
• Conquista a participação
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métodos as necessidades
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sua disciplina na
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diálogo pode ser uma forma de
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Contrato pedagógico
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pedagógico. Como todos os acordos que
celebramos na vida (aluguel, casamento etc.),
este também é um pacto com aspirações e
obrigações. Trata-se de abrir um diálogo
entre professor e alunos para estabelecer o
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uma escola talvez não sirva para outra.
• "É nossa função dizer à turma tudo o que
cabe a ela para facilitar o ensino".
• "Em contrapartida, devemos mostrar
empenho em fazer todos aprenderem.
• Só assim os jovens encontram sentido
Algumas idéias:
• “A escola precisa quebrar o círculo
vicioso e instalar o benigno, ressaltando
as qualidades do jovem e mostrando que
ele pode ter liderança positiva"
• "Encontrar o centro de interesse da
turma como um todo é uma excelente
estratégia para integrar os jovens no
processo de aprendizagem“
• "Quando há relacionamento de afeto e
um professor atencioso, qualquer caso
pode ser revertido em pouco tempo"
Como enfrentar os
alunos rebeldes?
• Esqueça a imagem do
aluno "ideal";
• Observe a criança e o
grupo com atenção;
• Converse com os que
atrapalham a aula,
ouvindo suas razões;
• Não rotule o aluno, em
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Como lidar com o aluno consideradoComo lidar com o aluno considerado
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O Processo de Ensino
• Educação é uma relação recíproca, interação,
comunicação e diálogo. Não há educação sem
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mundo.
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defesa aos direitos dos educandos,   exige
apreensão da realidade,  exige convicção de que
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O Professor
• É um ser que deve ter sempre em primeiro plano o
compromisso com a verdade e que deve expô-la em suas
ações, que deve ler o mundo sem descuidar de ler a palavra,
que precisa ouvir os seus alunos sem com isso jamais calar-
se, que deve lutar pela dignidade de condições para seu ato
(trabalho, salário). Não apenas repassar as verdades
prontas, mas dialogar sobre estas verdades. Deve ter a
liberdade de optar pela autoridade à licenciosidade dos
descompromissados e autoritarismo dos fracos que temem
sempre ser julgados. O professor opta pela liberdade e pela
beleza, luta e se anima pela esperança, vê o sol nos olhos de
uma criança em um dia chuvoso de fome e descaso. É o ser
que ama o inacabado acima de tudo, que tolera e ensina, que
se sabe também inacabado, admite isto e aprende.
O Aluno
• O aluno é um indivíduo repleto de
culturas e de saberes desenvolvidos
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processo de formação, aberto,
inacabado, curioso, inteligente, é um
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Problema
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mãe e o desenvolvimento da capacidade de se
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Aquisição da Homeostase
• Ocorre entre 0 a 3meses
• Ajuste de limiares de estímulo e confiança
básica
• Vinculo com a Mãe
– Padrões reflexos: sugar, sorrir, prender-se ao
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adulto ou o outro.
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sentidos: visão, audição, tato, olfato e paladar.
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Interesse Emocional pela Mãe.
• Ocorre entre 2 e 7 meses
• Começa a estabelecer os focos de
observação
– Olha mais fixamente, segue objetos, persegue
fontes sonoras e controla o movimento
materno. Já conhece rotinas e tem
expectativas. Estende os braços, tenta
alcançar o mundo externo. Torna-se mais
sintonizada para a interação social e
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Interagindo com o Aluno
problema
• O aluno problema tem uma grande
dificuldade de interagir
adaptativamente, não podendo
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desenvolvimento pessoal e social. Seu
desempenho na sala de aula se torna
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Alguns Distúrbios Comuns
• Autoconsciência X Socialização
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• Controle de impulsos e vulnerabilidade X
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• Egocentrismo X Envolvimento com a
Tarefa
Autoconsciência X Socialização
• Descrição: o aluno com esse distúrbio não tem uma
percepção integrada de si. Interpreta
inadequadamente os sinais sociais dos
companheiros, sendo incapazes de desenvolver
amizades e receber um retorno consciente do
resultado de suas ações. Por apresentarem
transtornos de afeto e de cognição, que ataca a
estruturação da memória, não têm consciência da
própria participação na criação das dificuldades
Autoconsciência X Socialização
• Conseqüência: as atuações deste aluno são
agressivas, substituindo sua inabilidade;
ataques de raiva e lutas corporais são a
comunicação mais comum. O uso de
mentiras, trapaças, furtos, brigas,
imposição de culpa aos outros torna o
relacionamento mais penoso. Tudo isso
resulta em baixa auto-estima. O aluno
sente-se e são vistos como crianças más.
Confiança/Aceitação/Dependência
X Aprendizagem
• Descrição: o aluno com esse distúrbio
apresenta incapacidade de confiar no outro
e aceitar a dependência em relação a ele. A
polaridade dos desejos de dependência e
auto suficiência, logicamente incompatíveis,
é frequentemente encontrada na psique
desse aluno, em níveis inconscientes.
Confiança/Aceitação/Dependência
X Aprendizagem
• Conseqüência: o aluno tende a
provocar no professor uma sensação
de perplexidade, impotência, fracasso
e irritação. A aceitação desse aluno
estará relacionado às reações
paradoxais, causando grandes amores
ou grandes rechaços.
Impulsos/Afetividade X Eficiência
Cognitiva
• Descrição: o aluno com esse distúrbio apresenta
dificuldades para controlar os afetos e a
impulsividade, deixando-os livres para invadir o
seu mundo mental. O processo de desenvolvimento
da inteligência é obstaculizado pelas dificuldades
em discriminar o seu eu do não-eu, o mundo
interno da realidade, portanto, não consegue
elaborar uma estrutura lógicas, uma construção do
real.
• Conseqüência: o aluno não agüenta cargas
impulsivas e não tolera as frustrações.
Egocentrismo X Envolvimento com
a Tarefa
• Descrição: o aluno com esse distúrbio apresenta
um descontrole instintivo, bem como uma
desorganização afetiva, impedindo um equilíbrio
produtivo entre as emoções próprias do
desenvolvimento da tarefa e as despertadas pela
mesma em si.
• Conseqüência: o trabalho provoca nesse aluno um
recrudescimento dos próprios conflitos, ao invés
de uma postura objetiva de interesse, curiosidade
e desafio prazeroso.
Enfrentando as dificuldades
• Oferecimento de uma estrutura
• Absorver a agressão
• Conter os comportamentos
regressivos e canaliza-lo
construtivamente
• Apoio à coesão do grupo
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Estrutura
• Oferecimento de uma estrutura
– capacidade de estabelecer e evitar caos na sala
de aula.
• Deixar muito clara as regras de convivência
– Oferecer uma organização rotineira coerente
em sala de aula.
– Resgata a capacidade de previsão e antecipação
da criança
Estrutura
• Manter a consistência das ações
estabelecidas
– Desobediência: aplicar o combinado
anteriormente.
– Desenvolve a capacidade de depender, confiar
e avaliar a conseqüência de suas ações e das
ações dos outros
• Arranjar o material necessário de maneira
organizada, simples e prática.
– Organização do ambiente
Estrutura
• Ter paciência e relembrar as combinações
feitas no sentido de manter a estrutura.
– Capacidade de tolerância
• Ter sempre em mente que cada aumento de
ansiedade deste aluno contagiará o grupo.
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Agressão
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direta e agressiva pela comunicação
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inadequado como uma forma de
chamar a atenção sobre si e receber
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Grupo
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alterações de comportamento
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Culpa
• Através do respeito as regras e
combinações do grupo e seu constante
reasseguramento, leva o aluno a assumir
responsabilidades por suas ações e seu
comportamento.
– Feio X Bonito
– Mau X Bom
– Certo X Errado
Referência Bibliográfica
Ferreira, M. H. M., Araújo, M. S.
(1996). Psicodinâmica na Sala de Aula.
Em P. B. Sukiennik (org.), O aluno
Problema: Transtornos emocionais de
crianças e adolescentes (27-44).
Porto Alegre: Mercado aberto.

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  • 1. Autoridade seAutoridade se constróiconstrói Profª. Teresa Cristina Barbo SiqueiraProfª. Teresa Cristina Barbo Siqueira Universidade Católica de GoiásUniversidade Católica de Goiás
  • 2. Bagunça ou inquietação? Cely, da Ciro Pimenta, em Belém diz : achar o foco de interesse do aluno é a chave para integrá-lo De maneira geral, as escolas consideram rebeldia as transgressões às regras de convivência ou a não adequação a um modelo ideal — seja em relação ao ritmo de aprendizagem (bom é quem aprende rápido) seja em relação ao comportamento (só queremos os obedientes). O primeiro passo é tomar consciência de que a inquietação é inerente à idade e faz parte do processo de desenvolvimento e de busca do conhecimento. O segundo, aceitar as diferenças. . "A indisciplina é uma das maneiras que as crianças e os adolescentes têm de comunicar que algo não vai bem". Por trás de uma guerra de papel podem estar problemas psíquicos ou familiares. Ou um aviso de que o estudante não está integrado ao processo de ensino e aprendizagem.
  • 3. • Exige silêncio para ser ouvido • Pede tarefas descontextualizadas • Ameaça e pune • Quer que a classe aprenda do jeito que ele quer ensinar • Quer apenas passar conteúdo • Vê o aluno como mais um... • Conquista a participação com atividades pertinentes • Mostra os objetivos dos exercícios sugeridos • Escuta e dialoga. • Procura adequar os métodos as necessidades da turma • Valoriza o conteúdo da sua disciplina na construção do conhecimento • Adapta os conteúdos aos objetivos da educação e a realidade do aluno • Vê o aluno como ser humano Professor autoritário Professor com autoridade
  • 4. • Anna, de São Luís afirma que: o diálogo pode ser uma forma de mostrar autoridade e discutir valores e ética
  • 5. Contrato pedagógico • Finalmente, chegamos ao contrato pedagógico. Como todos os acordos que celebramos na vida (aluguel, casamento etc.), este também é um pacto com aspirações e obrigações. Trata-se de abrir um diálogo entre professor e alunos para estabelecer o que é bom para todos – e aqui, o exemplo de uma escola talvez não sirva para outra. • "É nossa função dizer à turma tudo o que cabe a ela para facilitar o ensino". • "Em contrapartida, devemos mostrar empenho em fazer todos aprenderem. • Só assim os jovens encontram sentido
  • 6. Algumas idéias: • “A escola precisa quebrar o círculo vicioso e instalar o benigno, ressaltando as qualidades do jovem e mostrando que ele pode ter liderança positiva" • "Encontrar o centro de interesse da turma como um todo é uma excelente estratégia para integrar os jovens no processo de aprendizagem“ • "Quando há relacionamento de afeto e um professor atencioso, qualquer caso pode ser revertido em pouco tempo"
  • 7. Como enfrentar os alunos rebeldes? • Esqueça a imagem do aluno "ideal"; • Observe a criança e o grupo com atenção; • Converse com os que atrapalham a aula, ouvindo suas razões; • Não rotule o aluno, em hipótese alguma; • Esclareça as conseqüências para a aprendizagem das atitudes consideradas • inadequadas; • Procure criar situações, com histórias ou brincadeiras, que levem a turma a refletir sobre o comportamento de um ou mais colegas, sem expô-los; • Não abra mão do objeto de seu trabalho, que é o conhecimento; • Diferencie as aulas, evitando rotinas; • Lembre-se de que os conteúdos podem ser atitudinais, e não apenas factuais e conceituais.
  • 8. Psicodinâmica na sala dePsicodinâmica na sala de aulaaula Como lidar com o aluno consideradoComo lidar com o aluno considerado problema?problema?
  • 9. O Processo de Ensino • Educação é uma relação recíproca, interação, comunicação e diálogo. Não há educação sem conhecimento e conhecer algo significa estar no mundo. • Ensinar exige respeito à autonomia do ser educado, exige humildade, tolerância e luta em defesa aos direitos dos educandos,   exige apreensão da realidade,  exige convicção de que a mudança é possível,  exige curiosidade   
  • 10. O Professor • É um ser que deve ter sempre em primeiro plano o compromisso com a verdade e que deve expô-la em suas ações, que deve ler o mundo sem descuidar de ler a palavra, que precisa ouvir os seus alunos sem com isso jamais calar- se, que deve lutar pela dignidade de condições para seu ato (trabalho, salário). Não apenas repassar as verdades prontas, mas dialogar sobre estas verdades. Deve ter a liberdade de optar pela autoridade à licenciosidade dos descompromissados e autoritarismo dos fracos que temem sempre ser julgados. O professor opta pela liberdade e pela beleza, luta e se anima pela esperança, vê o sol nos olhos de uma criança em um dia chuvoso de fome e descaso. É o ser que ama o inacabado acima de tudo, que tolera e ensina, que se sabe também inacabado, admite isto e aprende.
  • 11. O Aluno • O aluno é um indivíduo repleto de culturas e de saberes desenvolvidos fora da escola, que vem a ela em processo de formação, aberto, inacabado, curioso, inteligente, é um ser que merece todo o respeito e toda a dignidade no ato de aprender. 
  • 12. Entendendo o Aluno Problema • É necessário avaliar o grau de comprometimento da criança ou adolescente e associar o nível de desempenho do aluno ao momento em que o processo de desenvolvimento dessa criança se viu prejudicado. • A evolução emocional de uma criança passa por três grandes fases: aquisição da homeostase, o estabelecimento de um interesse emocional pela mãe e o desenvolvimento da capacidade de se comunicar.
  • 13. Aquisição da Homeostase • Ocorre entre 0 a 3meses • Ajuste de limiares de estímulo e confiança básica • Vinculo com a Mãe – Padrões reflexos: sugar, sorrir, prender-se ao colo, seguir a mãe visualmente quando ela se afasta e chorar. Ambos visão o contato com o adulto ou o outro. – Essa interação ocorre pelos mais diversos sentidos: visão, audição, tato, olfato e paladar.
  • 14. Estabelecimento de um Interesse Emocional pela Mãe. • Ocorre entre 2 e 7 meses • Começa a estabelecer os focos de observação – Olha mais fixamente, segue objetos, persegue fontes sonoras e controla o movimento materno. Já conhece rotinas e tem expectativas. Estende os braços, tenta alcançar o mundo externo. Torna-se mais sintonizada para a interação social e interpessoal.
  • 15. Capacidade de se Comunicar, descobrir meios e fins. • Ocorre entre 8 a 18 meses • Tomada de iniciativa e participação em ações recíprocas. – Autonomia motora: posição sentada, o gateio e o andar. – Referenciamento e reasseguramento social (conduta) – Experimentação da realidade. – Aquisição afetiva: sentido de causalidade, capacidade empática, de intersubjetividade e de reciprocidade.
  • 16. Interagindo com o Aluno problema • O aluno problema tem uma grande dificuldade de interagir adaptativamente, não podendo usufruir da ação do grupo para seu desenvolvimento pessoal e social. Seu desempenho na sala de aula se torna extremamente perturbador.
  • 17. Alguns Distúrbios Comuns • Autoconsciência X Socialização • Confiança e aceitação básica X Aprendizagem • Controle de impulsos e vulnerabilidade X Eficiência cognitiva • Egocentrismo X Envolvimento com a Tarefa
  • 18. Autoconsciência X Socialização • Descrição: o aluno com esse distúrbio não tem uma percepção integrada de si. Interpreta inadequadamente os sinais sociais dos companheiros, sendo incapazes de desenvolver amizades e receber um retorno consciente do resultado de suas ações. Por apresentarem transtornos de afeto e de cognição, que ataca a estruturação da memória, não têm consciência da própria participação na criação das dificuldades
  • 19. Autoconsciência X Socialização • Conseqüência: as atuações deste aluno são agressivas, substituindo sua inabilidade; ataques de raiva e lutas corporais são a comunicação mais comum. O uso de mentiras, trapaças, furtos, brigas, imposição de culpa aos outros torna o relacionamento mais penoso. Tudo isso resulta em baixa auto-estima. O aluno sente-se e são vistos como crianças más.
  • 20. Confiança/Aceitação/Dependência X Aprendizagem • Descrição: o aluno com esse distúrbio apresenta incapacidade de confiar no outro e aceitar a dependência em relação a ele. A polaridade dos desejos de dependência e auto suficiência, logicamente incompatíveis, é frequentemente encontrada na psique desse aluno, em níveis inconscientes.
  • 21. Confiança/Aceitação/Dependência X Aprendizagem • Conseqüência: o aluno tende a provocar no professor uma sensação de perplexidade, impotência, fracasso e irritação. A aceitação desse aluno estará relacionado às reações paradoxais, causando grandes amores ou grandes rechaços.
  • 22. Impulsos/Afetividade X Eficiência Cognitiva • Descrição: o aluno com esse distúrbio apresenta dificuldades para controlar os afetos e a impulsividade, deixando-os livres para invadir o seu mundo mental. O processo de desenvolvimento da inteligência é obstaculizado pelas dificuldades em discriminar o seu eu do não-eu, o mundo interno da realidade, portanto, não consegue elaborar uma estrutura lógicas, uma construção do real. • Conseqüência: o aluno não agüenta cargas impulsivas e não tolera as frustrações.
  • 23. Egocentrismo X Envolvimento com a Tarefa • Descrição: o aluno com esse distúrbio apresenta um descontrole instintivo, bem como uma desorganização afetiva, impedindo um equilíbrio produtivo entre as emoções próprias do desenvolvimento da tarefa e as despertadas pela mesma em si. • Conseqüência: o trabalho provoca nesse aluno um recrudescimento dos próprios conflitos, ao invés de uma postura objetiva de interesse, curiosidade e desafio prazeroso.
  • 24. Enfrentando as dificuldades • Oferecimento de uma estrutura • Absorver a agressão • Conter os comportamentos regressivos e canaliza-lo construtivamente • Apoio à coesão do grupo • Manejo da culpa e responsabilidade
  • 25. Estrutura • Oferecimento de uma estrutura – capacidade de estabelecer e evitar caos na sala de aula. • Deixar muito clara as regras de convivência – Oferecer uma organização rotineira coerente em sala de aula. – Resgata a capacidade de previsão e antecipação da criança
  • 26. Estrutura • Manter a consistência das ações estabelecidas – Desobediência: aplicar o combinado anteriormente. – Desenvolve a capacidade de depender, confiar e avaliar a conseqüência de suas ações e das ações dos outros • Arranjar o material necessário de maneira organizada, simples e prática. – Organização do ambiente
  • 27. Estrutura • Ter paciência e relembrar as combinações feitas no sentido de manter a estrutura. – Capacidade de tolerância • Ter sempre em mente que cada aumento de ansiedade deste aluno contagiará o grupo. – Controle sobre o caos dos impulsos
  • 28. Agressão • Tentar substituir a ação motora direta e agressiva pela comunicação com palavras – Lidar com linguagem e sinais verbais
  • 29. Regressão • Entender o comportamento inadequado como uma forma de chamar a atenção sobre si e receber cuidados especiais – Evitar a satisfação dos desejos primitivos
  • 30. Grupo • Manter sempre no aluno a certeza de pertencer ao grupo apesar de suas alterações de comportamento – Encoraja a socialização – Auto-conhecimento – Identificação – Reciprocidade – Negociação de conflitos – Delimita limites
  • 31. Culpa • Através do respeito as regras e combinações do grupo e seu constante reasseguramento, leva o aluno a assumir responsabilidades por suas ações e seu comportamento. – Feio X Bonito – Mau X Bom – Certo X Errado
  • 32. Referência Bibliográfica Ferreira, M. H. M., Araújo, M. S. (1996). Psicodinâmica na Sala de Aula. Em P. B. Sukiennik (org.), O aluno Problema: Transtornos emocionais de crianças e adolescentes (27-44). Porto Alegre: Mercado aberto.