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MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES

                                      ANÁLISE CRÍTICA



   •   O Modelo enquanto instrumento pedagógico e de melhoria. Conceitos implicados.

       Para entendermos correctamente o modelo de auto-avaliação das Bibliotecas Escolares
temos que entender o seu enquadramento bem como as ideias - chave inerentes à sua
criação.

Assim, o modelo surge enquadrado numa estratégia global de desenvolvimento das bibliotecas
escolares com o objectivo de facultar “um instrumento pedagógico e de melhoria contínua
que permita aos órgãos directivos e aos coordenadores avaliar o trabalho da biblioteca
escolar e o impacto desse trabalho no funcionamento global da escola e nas
aprendizagens dos alunos e identificar as áreas de sucesso e aquelas que, por
apresentarem resultados menores, requerem maior investimento, determinando,
nalguns casos, uma inflexão das práticas.”

Inerentes à sua concepção estão determinadas ideias-chave que importa saber e
compreender.

O primeiro conceito fundamental é o de valor; um valor que se prende com os resultados, com
o impacto que a BE produz nos resultados dos alunos e da própria escola. Uma auto-avaliação
que terá que ser encarado como um instrumento pedagógico e regulador com vista à
melhoria, traçando caminhos para o sucesso. Este processo servirá também para identificar
as áreas nucleares nas quais deve incidir o trabalho das BE. Este processo não pode ser de
forma inconsistente, deverá ter por base informação sólida, consistente, “evidence-based
practice”, utilizando os vários instrumentos (questionários, estatísticas, trabalhos produzidos,
inquéritos…) onde todos participarão, encontrando os pontos fortes e fracos, traçando a partir
daí o caminho a seguir pela BE.



   •   Pertinência da existência de um Modelo de Avaliação para as Bibliotecas
       Escolares.

    O modelo de auto-avaliação das BE, permitirá dotar as bibliotecas de instrumentos
uniformes, rigorosos e criteriosos de recolha de informação. Teremos que conseguir recolher
informações fidedignas e comprovadas (evidências) que traduzam a prática do dia-a-dia das
nossas bibliotecas e comprovar o impacto que essas práticas têm nas aprendizagens, no
sucesso dos nossos alunos e na escola onde nos inserimos. O impacto deverá ser verificado
nos outcomes e não tanto nos inputs.

   Baseado nas evidências, faremos a análise das mesmas (analise SWOT, por exemplo),
encontraremos os pontos fracos, os domínios onde teremos que actuar e traçaremos linhas de
actuação que nos conduzirá a esse fim determinado.
Maria de Fátima Correia

BE/CRE Luciano Cordeiro - Mirandela
A avaliação centrar-se-á essencialmente no impacto qualitativo da biblioteca, não tanto na
eficiência, mas sim na eficácia dos serviços que prestamos.

    Este modelo de auto-avaliação funcionará assim como modelo regulador (para além de
pedagógico) permitindo que deixemos de fazer avaliações mais ou menos empíricas,
inventadas, heterogéneas dependentes das sensibilidades e do modo de operar de cada
biblioteca ou de cada professor bibliotecário.



   •   Organização estrutural e funcional. Adequação e constrangimentos.

O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares parece-me adequado, bem estruturado
e funcional. Baseia-se no modelo Inglês com as especificidades necessárias ao nosso sistema
de ensino.

Os domínios por ele contemplados são os fulcrais para o desenvolvimento de uma biblioteca
escolar e assentam em três áreas-chave:

                      1. Integração na escola e no processo de ensino/aprendizagem;

                      2. Acesso. Qualidade da colecção.

                      3. Gestão da BE.

Aquando da sua aplicação poderemos deparar-nos com alguns constrangimentos que se
prendem com as práticas até agora usadas na maioria das nossas bibliotecas pouco
habituadas a uma avaliação sistemática, rigorosa, criteriosa e com evidências comprovadas.

No decorrer da formação e no contacto com o modelo de auto-avaliação, e não tendo a
avaliação como um fim, posso desde já constatar que se assumirmos o modelo como uma
prática do dia-a-dia, estaremos a facilitar o nosso trabalho, interiorizaremos procedimentos e
práticas que evidenciarão o trabalho que nós efectuamos, encontrando os pontos fortes e
fracos da nossa actuação, dando-nos pistas de actuação fundamentais.



   •   Integração/Aplicação à realidade da Escola.

O modelo de auto-avaliação não poderá envolver apenas o professor bibliotecário e a sua
equipa, terá que envolver toda a escola. Teremos que recolher evidências a partir do trabalho
com os alunos e com os professores. Terá que ser apropriado, compreendido e aceite por
todos de forma a que todos sejam envolvidos nas melhorias.

Terá que ser feita uma motivação de individual onde o professor bibliotecário deverá ter um
papel importantíssimo, fazendo compreender a necessidade e a importância da avaliação com
vista a uma melhoria constante onde todos sairemos a ganhar. Compreendendo que a
melhoria operacionalizada pela BE será uma mais-valia para toda a escola, revertendo em
sucesso para todos.
Maria de Fátima Correia

BE/CRE Luciano Cordeiro - Mirandela
Fazer aceitar, compreender e levar à participação no modelo de auto-avaliação da biblioteca
escolar, apresentar-se-á como um constrangimento que teremos que reverter em oportunidade
para todos aprendermos, reflectirmos e traçarmos linhas de actuação.

Em todo este processo o professor bibliotecário terá que mobilizar a equipa para a necessidade
de avaliar o impacto da BE na escola, produzindo instrumentos para o efeito; terá que fazer
sensibilizações e formações para o efeito; terá que dialogar com as estruturas directivas da
escola bem como com os órgãos intermédios; divulgar a informação; mobilizar e unir toda a
escola em torno do objectivo comum : utilização do modelo de auto-avaliação da biblioteca
como uma mais-valia para todos.



   •   Competências do professor bibliotecário e estratégias implicadas na sua
       aplicação.

   Desta forma, o professor bibliotecário deverá ter como competências:

   o “Ser um comunicador efectivo no seio da instituição;

   o Ser proactivo;

   o Saber exercer influência junto de professores e do órgão directivo;

   o Ser útil, relevante e considerado pelos outros membros da comunidade educativa;

   o Ser observador e investigativo;

   o Ser capaz de ver o todo – “the big picture”;

   o Saber estabelecer prioridades;

   o Realizar uma abordagem construtiva aos problemas e à realidade;

   o Ser gestor de serviços de aprendizagem no seio da escola;

   o Saber gerir recursos no sentido lato do termo;

   o Ser promotor dos serviços e dos recursos;

   o    Ser tutor, professor e um avaliador de recursos, como objectivo de apoiar e contribuir
       para as aprendizagens;

   o Saber gerir e avaliar de acordo com a missão e objectivos da BE;

   o Saber trabalhar com departamentos e colegas.”

   Eisenberg e Miller (2002)


Maria de Fátima Correia

BE/CRE Luciano Cordeiro - Mirandela
O professor bibliotecário deverá ter uma liderança forte aliada a uma visão e gestão
estratégica, tendo por base as prioridades da escola, o sucesso, promovendo uma cultura de
avaliação e ainda possuir uma enorme capacidade de comunicação.

Termino esta análise deixando um apontamento muito positivo relativamente à formação e à
possibilidade que nos dá de reflectir sobre os nossos procedimentos, melhorando, corrigindo,
criando, tendo como finalidade a melhoria com vista a um impacto cada vez mais positivo nas
aprendizagens dos nosso alunos e no sucesso da nossa escola. Para tudo isso é fundamental
ter a capacidade de fazer uma auto-avaliação!




   A formanda



Maria de Fátima Lopes Silva Correia




Maria de Fátima Correia

BE/CRE Luciano Cordeiro - Mirandela

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3º Tarefa 2

  • 1. MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES ANÁLISE CRÍTICA • O Modelo enquanto instrumento pedagógico e de melhoria. Conceitos implicados. Para entendermos correctamente o modelo de auto-avaliação das Bibliotecas Escolares temos que entender o seu enquadramento bem como as ideias - chave inerentes à sua criação. Assim, o modelo surge enquadrado numa estratégia global de desenvolvimento das bibliotecas escolares com o objectivo de facultar “um instrumento pedagógico e de melhoria contínua que permita aos órgãos directivos e aos coordenadores avaliar o trabalho da biblioteca escolar e o impacto desse trabalho no funcionamento global da escola e nas aprendizagens dos alunos e identificar as áreas de sucesso e aquelas que, por apresentarem resultados menores, requerem maior investimento, determinando, nalguns casos, uma inflexão das práticas.” Inerentes à sua concepção estão determinadas ideias-chave que importa saber e compreender. O primeiro conceito fundamental é o de valor; um valor que se prende com os resultados, com o impacto que a BE produz nos resultados dos alunos e da própria escola. Uma auto-avaliação que terá que ser encarado como um instrumento pedagógico e regulador com vista à melhoria, traçando caminhos para o sucesso. Este processo servirá também para identificar as áreas nucleares nas quais deve incidir o trabalho das BE. Este processo não pode ser de forma inconsistente, deverá ter por base informação sólida, consistente, “evidence-based practice”, utilizando os vários instrumentos (questionários, estatísticas, trabalhos produzidos, inquéritos…) onde todos participarão, encontrando os pontos fortes e fracos, traçando a partir daí o caminho a seguir pela BE. • Pertinência da existência de um Modelo de Avaliação para as Bibliotecas Escolares. O modelo de auto-avaliação das BE, permitirá dotar as bibliotecas de instrumentos uniformes, rigorosos e criteriosos de recolha de informação. Teremos que conseguir recolher informações fidedignas e comprovadas (evidências) que traduzam a prática do dia-a-dia das nossas bibliotecas e comprovar o impacto que essas práticas têm nas aprendizagens, no sucesso dos nossos alunos e na escola onde nos inserimos. O impacto deverá ser verificado nos outcomes e não tanto nos inputs. Baseado nas evidências, faremos a análise das mesmas (analise SWOT, por exemplo), encontraremos os pontos fracos, os domínios onde teremos que actuar e traçaremos linhas de actuação que nos conduzirá a esse fim determinado. Maria de Fátima Correia BE/CRE Luciano Cordeiro - Mirandela
  • 2. A avaliação centrar-se-á essencialmente no impacto qualitativo da biblioteca, não tanto na eficiência, mas sim na eficácia dos serviços que prestamos. Este modelo de auto-avaliação funcionará assim como modelo regulador (para além de pedagógico) permitindo que deixemos de fazer avaliações mais ou menos empíricas, inventadas, heterogéneas dependentes das sensibilidades e do modo de operar de cada biblioteca ou de cada professor bibliotecário. • Organização estrutural e funcional. Adequação e constrangimentos. O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares parece-me adequado, bem estruturado e funcional. Baseia-se no modelo Inglês com as especificidades necessárias ao nosso sistema de ensino. Os domínios por ele contemplados são os fulcrais para o desenvolvimento de uma biblioteca escolar e assentam em três áreas-chave: 1. Integração na escola e no processo de ensino/aprendizagem; 2. Acesso. Qualidade da colecção. 3. Gestão da BE. Aquando da sua aplicação poderemos deparar-nos com alguns constrangimentos que se prendem com as práticas até agora usadas na maioria das nossas bibliotecas pouco habituadas a uma avaliação sistemática, rigorosa, criteriosa e com evidências comprovadas. No decorrer da formação e no contacto com o modelo de auto-avaliação, e não tendo a avaliação como um fim, posso desde já constatar que se assumirmos o modelo como uma prática do dia-a-dia, estaremos a facilitar o nosso trabalho, interiorizaremos procedimentos e práticas que evidenciarão o trabalho que nós efectuamos, encontrando os pontos fortes e fracos da nossa actuação, dando-nos pistas de actuação fundamentais. • Integração/Aplicação à realidade da Escola. O modelo de auto-avaliação não poderá envolver apenas o professor bibliotecário e a sua equipa, terá que envolver toda a escola. Teremos que recolher evidências a partir do trabalho com os alunos e com os professores. Terá que ser apropriado, compreendido e aceite por todos de forma a que todos sejam envolvidos nas melhorias. Terá que ser feita uma motivação de individual onde o professor bibliotecário deverá ter um papel importantíssimo, fazendo compreender a necessidade e a importância da avaliação com vista a uma melhoria constante onde todos sairemos a ganhar. Compreendendo que a melhoria operacionalizada pela BE será uma mais-valia para toda a escola, revertendo em sucesso para todos. Maria de Fátima Correia BE/CRE Luciano Cordeiro - Mirandela
  • 3. Fazer aceitar, compreender e levar à participação no modelo de auto-avaliação da biblioteca escolar, apresentar-se-á como um constrangimento que teremos que reverter em oportunidade para todos aprendermos, reflectirmos e traçarmos linhas de actuação. Em todo este processo o professor bibliotecário terá que mobilizar a equipa para a necessidade de avaliar o impacto da BE na escola, produzindo instrumentos para o efeito; terá que fazer sensibilizações e formações para o efeito; terá que dialogar com as estruturas directivas da escola bem como com os órgãos intermédios; divulgar a informação; mobilizar e unir toda a escola em torno do objectivo comum : utilização do modelo de auto-avaliação da biblioteca como uma mais-valia para todos. • Competências do professor bibliotecário e estratégias implicadas na sua aplicação. Desta forma, o professor bibliotecário deverá ter como competências: o “Ser um comunicador efectivo no seio da instituição; o Ser proactivo; o Saber exercer influência junto de professores e do órgão directivo; o Ser útil, relevante e considerado pelos outros membros da comunidade educativa; o Ser observador e investigativo; o Ser capaz de ver o todo – “the big picture”; o Saber estabelecer prioridades; o Realizar uma abordagem construtiva aos problemas e à realidade; o Ser gestor de serviços de aprendizagem no seio da escola; o Saber gerir recursos no sentido lato do termo; o Ser promotor dos serviços e dos recursos; o Ser tutor, professor e um avaliador de recursos, como objectivo de apoiar e contribuir para as aprendizagens; o Saber gerir e avaliar de acordo com a missão e objectivos da BE; o Saber trabalhar com departamentos e colegas.” Eisenberg e Miller (2002) Maria de Fátima Correia BE/CRE Luciano Cordeiro - Mirandela
  • 4. O professor bibliotecário deverá ter uma liderança forte aliada a uma visão e gestão estratégica, tendo por base as prioridades da escola, o sucesso, promovendo uma cultura de avaliação e ainda possuir uma enorme capacidade de comunicação. Termino esta análise deixando um apontamento muito positivo relativamente à formação e à possibilidade que nos dá de reflectir sobre os nossos procedimentos, melhorando, corrigindo, criando, tendo como finalidade a melhoria com vista a um impacto cada vez mais positivo nas aprendizagens dos nosso alunos e no sucesso da nossa escola. Para tudo isso é fundamental ter a capacidade de fazer uma auto-avaliação! A formanda Maria de Fátima Lopes Silva Correia Maria de Fátima Correia BE/CRE Luciano Cordeiro - Mirandela