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Dia Mundial da Poesia na biblioteca
1. 21 de Março Dia Mundial da Poesia n @ tua biblioteca
2. Miguel Torga 1907-1995 Quase um poema de amor Há muito tempo já que não escrevo um poema De amor. E é o que eu sei fazer com mais delicadeza! A nossa natureza Lusitana Tem essa humana Graça Feiticeira De tornar de cristal A mais sentimental E baça Bebedeira. Mas ou seja que vou envelhecendo E ninguém me deseje apaixonado, Ou que a antiga paixão Me mantenha calado O coração Num íntimo pudor, — Há muito tempo já que não escrevo um poema De amor 1956 Orfeu Rebelde na @ tua biblioteca E.B. 2 e 3 de Briteiros 2007/2008
3. ALEXANDRE O'NEILL Poeta: 1924 - 1986 Há palavras que nos beijam Há palavras que nos beijam Como se tivessem boca, Palavras de amor, de esperança, De imenso amor, de esperança louca. Palavras nuas que beijas Quando a noite perde o rosto, Palavras que se recusam Aos muros do teu desgosto. De repente coloridas Entre palavras sem cor, Esperadas, inesperadas Como a poesia ou o amor. (O nome de quem se ama Letra a letra revelado No mármore distraído, No papel abandonado) Palavras que nos transportam Aonde a noite é mais forte, Ao silêncio dos amantes Abraçados contra a morte. No Reino da Dinamarca 1958 n @ tua biblioteca E.B. 2 e 3 de Briteiros 2007/2008
5. SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN Porto, 1919-2004 “ Através do teu coração passou um barco Que não pára de seguir sem ti o seu caminho” ” Obra Poética III”, 4ª edição, Editorial Caminho, Lisboa, 1999 n @ tua biblioteca E.B. 2 e 3 de Briteiros 2007/2008
6. SIDÓNIO MURALHA 1920 - 1982 “ Olham os poetas as crianças das vielas mas não pedem cançonetas mas não pedem baladas o que elas pedem é que gritemos por elas as crianças sem livros sem ternura sem janelas as crianças dos versos que são como pedradas.” 1963 OS OLHOS DAS CRIANÇAS n @ tua biblioteca E.B. 2 e 3 de Briteiros 2007/2008
7. FERNANDO PESSOA 1888 - 1935 A ARANHA do meu destino Faz teias de eu não pensar. Não soube o que era em menino, Sou adulto sem o achar. É que a teia, de espalhada Apanhou-me o querer ir... Sou uma vida baloiçada Na consciência de existir. A aranha da minha sorte Faz teia de muro a muro... Sou presa do meu suporte. Fernando Pessoa, Poesias inéditas n @ tua biblioteca E.B. 2 e 3 de Briteiros 2007/2008
8. As Facas Quatro letras nos matam quatro facas que no corpo me gravam o teu nome. Quatro facas amor com que me matas sem que eu mate esta sede e esta fome. Este amor é de guerra. (De arma branca). Amando ataco amando contra atacas este amor é de sangue que não estanca. Quatro letras nos matam quatro facas. Armado estou de amor. E desarmado. Morro assaltando morro se me assaltas E em cada assalto sou assassinado. Quatro letras amor com que me matas. E as facas ferem mais quando me faltas. Quatro letras nos matam quatro facas. MANUEL ALEGRE n @ tua biblioteca E.B. 2 e 3 de Briteiros 2007/2008
9. "O Tempo e a Vida“ Que bom ter o relógio adiantado!... A gente assim, por saber Que tem sempre tempo a mais, Não se rala nem se apressa. O meu sorriso de troça, Amigos, Quando vejo o meu relógio Com três quartos de hora a mais!... Tic-tac... Tic-tac... (Lá pensa ele Que é já o fim dos meus dias) Tic-tac... (Como eu rio, cá para dentro, De esta coisa divertida: Ele a julgar que é já o resto E eu a saber que tenho sempre mais Três quartos de hora de vida). SEBASTIÃO da GAMA n @ tua biblioteca E.B. 2 e 3 de Briteiros 2007/2008
10. Eu Quero morrer no mar Olha os meus olhos morena porque a aventura é ficar se a minha terra é pequena eu quero morrer no mar. Lençóis de algas e peixes de barcos a menear no dia em que tu me deixes eu quero morrer no mar. E se o negro é a tua cor respirando devagar depois de amor meu amor que quero morrer no mar. Lisboa , 1942 ANTÓNIO LOBO ANTUNES n @ tua biblioteca E.B. 2 e 3 de Briteiros 2007/2008
12. Vem descobrir os nossos poetas e apaixona-te pela poesia n @ tua biblioteca E.B. 2 e 3 de Briteiros Adolfo Casais Monteiro Afonso Lopes Vieira Alexandre O'Neill Al Berto Alberto Caeiro Almeida Garrett Álvaro de Campos Antero de Quental António Aleixo António Botto António Feijó António Gedeão António Nobre António Quadros António Ramos Rosa Bernardim Ribeiro Branquinho da Fonseca Bocage Camilo Pessanha Carlos Drummond de Andrade Cecília Meireles Cesário Verde David Mourão Ferreira Eugénio de Andrade Eugénio de Castro Fernando Namora Fernando Pessoa Florbela Espanca Francisco Sá de Miranda João de Deus Jorge de Sena José Carlos Ary dos Santos José Eduardo Agualusa José Gomes Ferreira José Régio José Saramago Júlio Dantas Lídia Jorge Lorca Luís de Camões Manuel Alegre Manuel da Fonseca Maria Alberta Menéres Maria Cândida Mendonça Maria Rosa Colaço Maria Tereza Horta Mário Castrim Mário de Sá-Carneiro Matilde Rosa Araújo Miguel Torga e tantos outros …