SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  28
A leitura é uma atividade humana que consiste em atribuir sentido às mais diversas formas de manifestação do homem e da natureza. É um processo de apreensão de significados, do qual o leitor participa ativamente a partir do diálogo que estabelece com o objeto lido, conforme suas experiências existenciais. Toda a sociedade, nas suas diferentes etapas evolutivas, produz uma memória cultural e a leitura vem a ser um dos instrumentos para conhecimento e transformação dessa memória, isto é, das idéias, instrumentos e técnicas produzidos e conservados pelo homem. Por isso mesmo, o processo de leitura apresenta-se como uma atividade que possibilita a participação do homem na vida em sociedade, em termos de compreensão do presente e do passado e em termos de transformação cultural futura.
Ser leitor significa participar de uma problemática inseparável de um posicionamento no mundo e sobre ele tal como a escrita, em todas as suas  formas , o teoriza. Exatamente nesse ponto entra em jogo o princípio de exclusão do não leitor, não em virtude de sua impossibilidade técnica, sua falta de interesse ou desejo de ler, mas porque ele não está implicado na experiência social, nas preocupações e nos modos de análise que geram a produção de escritos.
A todo momento, o número de leitores e número de atores sociais se superpõem. Assim, a democratização da leitura – ou, se se quiser, o aumento maciço do número de indivíduos engajados em redes de comunicação escrita – inscreve-se precisamente nesta alternativa: ou os atuais excluídos assumem a maneira de ver, sentir, pensar da minoria que produz e consome a escrita, ou criam os novos escritos, correspondentes à sua abordagem do mundo, à sua experiência e ao poder que neles adquirem.
Nesse modo de ver (proposto inteligentemente por Foucambert na obra  A leitura em questão ), a mediação dos educadores torna-se ainda mais complexa, pois somente a adoção de políticas de sedução do livro não contempla o grupo social que precisa ser incluído no circuito da leitura. Para esse grupo também se transformar em autor, outros deverão serão os protocolos, as formas de ler, os acervos, não bastando somente estarmos do lado de cá  como sujeitos leitores e apropriados do mundo da escrita. As soluções e as mudanças de comportamento, então, não poderão vir do segmento letrado, sendo essencial a participação dos segmentos não letrados através da sua consciência do processo e vontade de vencer os entraves criados por uma sociedade excludente a partir da criação de novos/próprios modelos de ler e de escrever.
Os mediadores de leitura das comunidades e sua eficácia – e nesses se inclui obviamente o sistema educacional – são vitais para o desenvolvimento de sua capacidade leitora em níveis cada vez mais elevados. Não só o espaço escolar institucionalizado, mas outras instâncias mediadoras – a família, o local de trabalho, a biblioteca pública, a rádio local, o clube, a associação de moradores, a livraria, a igreja, o cinema, as atividades artísticas – podem ser eficientes na construção de uma comunidade letrada. Quando inexiste uma tradição cultural letrada na comunidade, a iniciação escolar e/ou familiar pode tornar-se ineficiente.
Amantes da fantasia  Fonte: A psicanálise da Terra do Nunca, Diana e Mário Corso Quando reflete sobre si, o homem comum se vê como alguém racional, lúcido, com os pés no chão, mas que às vezes é tomado pela fantasia. Os psicanalistas acreditam no contrário: o homem sonha a maior parte do tempo, e em certos momentos, acorda. Passamos um terço da vida dormindo, portanto sonhando, e quando estamos despertos nossos devaneios ocupam um lugar muito maior do que imaginamos. Subestimamos a fantasia, sobretudo porque a julgamos acessória, ela não passaria de um escape, um desvio da rota do prumo da realidade. Quando muito, admitimos que a fantasia serviria de consolo, nos ajudaria a suportar os fatos reais da vida, mas raramente acreditamos que ela nos constitui, nos molda e faz parte da arquitetura da nossa personalidade.
[object Object]
 
É um Programa de Leitura desenvolvido pelo Curso de Letras ULBRA/Guaíba e Canoas, dirigido a comunidades urbanas e rurais de 20 municípios do Rio Grande do Sul. Incentiva a formação de mediadores de leitura e articula ações de letramento, envolvendo escritores brasileiros, acadêmicos da Universidade, educadores e alunos das comunidades escolares de cada município. PROGRAMA DE LEITURA  FOME DE LER
PROPOSTA ,[object Object]
OBJETIVOS ,[object Object],[object Object]
METAS ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
ETAPAS  ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
MUNICÍPIOS PARTICIPANTES ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
MUNICÍPIOS PARTICIPANTES ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
ESCRITORES 2003 a 2010 ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
ESCRITORES 2003 a 2010 ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
ESCRITORES 2003 a 2010 ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
ESCRITORES 2003 a 2010 ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
RECEPÇÃO CARINHOSA
LEITURAS CRIATIVAS
MAQUETES COLORIDAS
MAQUETES QUE TEMATIZAM AS OBRAS
BRINCADEIRAS
LIVROS NA MÃ0 DAS CRIANÇAS
TEATRALIZAÇÃO
DECLAMAR, CANTAR...
EXPOSIÇÃO DE TRABALHOS

Contenu connexe

Tendances

Pauta formativa pnaic 7º encontro
Pauta formativa pnaic   7º encontroPauta formativa pnaic   7º encontro
Pauta formativa pnaic 7º encontro
taboao
 
PNAIC - Projeto Respeitando as Diferenças - Prof. Nívea
PNAIC - Projeto Respeitando as Diferenças - Prof. NíveaPNAIC - Projeto Respeitando as Diferenças - Prof. Nívea
PNAIC - Projeto Respeitando as Diferenças - Prof. Nívea
ElieneDias
 
Projeto ProduçãO De Textos
Projeto ProduçãO De TextosProjeto ProduçãO De Textos
Projeto ProduçãO De Textos
guest67b92
 
Relatório densidade picnómetro
Relatório densidade picnómetroRelatório densidade picnómetro
Relatório densidade picnómetro
ct-esma
 
Sequencia didática de Matemática Alfabetizadora Eva Anilda Silveira
Sequencia didática de Matemática Alfabetizadora Eva Anilda Silveira Sequencia didática de Matemática Alfabetizadora Eva Anilda Silveira
Sequencia didática de Matemática Alfabetizadora Eva Anilda Silveira
Solange Goulart
 
Agua nos solos
Agua nos solosAgua nos solos
Agua nos solos
karolpoa
 

Tendances (20)

Pauta formativa pnaic 7º encontro
Pauta formativa pnaic   7º encontroPauta formativa pnaic   7º encontro
Pauta formativa pnaic 7º encontro
 
Projeto poemas em festa - Gêneros textuais na sala de aula
Projeto poemas em festa - Gêneros textuais na sala de aulaProjeto poemas em festa - Gêneros textuais na sala de aula
Projeto poemas em festa - Gêneros textuais na sala de aula
 
Projeto de Planejamento - Função Quadrática
Projeto de Planejamento - Função QuadráticaProjeto de Planejamento - Função Quadrática
Projeto de Planejamento - Função Quadrática
 
PNAIC - Projeto Respeitando as Diferenças - Prof. Nívea
PNAIC - Projeto Respeitando as Diferenças - Prof. NíveaPNAIC - Projeto Respeitando as Diferenças - Prof. Nívea
PNAIC - Projeto Respeitando as Diferenças - Prof. Nívea
 
Determinação de-cloretos
Determinação de-cloretosDeterminação de-cloretos
Determinação de-cloretos
 
Projeto ProduçãO De Textos
Projeto ProduçãO De TextosProjeto ProduçãO De Textos
Projeto ProduçãO De Textos
 
Planos de aula mat 5º ano
Planos de aula mat   5º anoPlanos de aula mat   5º ano
Planos de aula mat 5º ano
 
PROJETO POEMA & POESIA
PROJETO POEMA & POESIAPROJETO POEMA & POESIA
PROJETO POEMA & POESIA
 
Conteúdo programático pro eixo temático
Conteúdo programático pro eixo temáticoConteúdo programático pro eixo temático
Conteúdo programático pro eixo temático
 
Relatório densidade picnómetro
Relatório densidade picnómetroRelatório densidade picnómetro
Relatório densidade picnómetro
 
Planejamento ii bimestre do 6º ano a e b.docx
Planejamento ii bimestre do 6º ano a e b.docxPlanejamento ii bimestre do 6º ano a e b.docx
Planejamento ii bimestre do 6º ano a e b.docx
 
Projeto leitura
Projeto leituraProjeto leitura
Projeto leitura
 
Sequencia didática de Matemática Alfabetizadora Eva Anilda Silveira
Sequencia didática de Matemática Alfabetizadora Eva Anilda Silveira Sequencia didática de Matemática Alfabetizadora Eva Anilda Silveira
Sequencia didática de Matemática Alfabetizadora Eva Anilda Silveira
 
PLANO_AÇÃO_NIVELAMENTO 2022 7ºA.pdf
PLANO_AÇÃO_NIVELAMENTO 2022 7ºA.pdfPLANO_AÇÃO_NIVELAMENTO 2022 7ºA.pdf
PLANO_AÇÃO_NIVELAMENTO 2022 7ºA.pdf
 
ORGANIZADOR CURRICULAR 3º ANO BIMESTRAL .pdf
ORGANIZADOR CURRICULAR 3º ANO  BIMESTRAL .pdfORGANIZADOR CURRICULAR 3º ANO  BIMESTRAL .pdf
ORGANIZADOR CURRICULAR 3º ANO BIMESTRAL .pdf
 
Métodos de alfabetização: Método Global x Método Fônico x Construtivismo s ls...
Métodos de alfabetização: Método Global x Método Fônico x Construtivismo s ls...Métodos de alfabetização: Método Global x Método Fônico x Construtivismo s ls...
Métodos de alfabetização: Método Global x Método Fônico x Construtivismo s ls...
 
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: EXTRAÇÃO LÍQUIDO - LÍQUIDO
 RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: EXTRAÇÃO LÍQUIDO - LÍQUIDO RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: EXTRAÇÃO LÍQUIDO - LÍQUIDO
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: EXTRAÇÃO LÍQUIDO - LÍQUIDO
 
Agua nos solos
Agua nos solosAgua nos solos
Agua nos solos
 
Relatório de Cromatografia
Relatório de CromatografiaRelatório de Cromatografia
Relatório de Cromatografia
 
Cabeçalho de avaliação do 1º bimestre 2012
Cabeçalho de avaliação do 1º bimestre 2012Cabeçalho de avaliação do 1º bimestre 2012
Cabeçalho de avaliação do 1º bimestre 2012
 

Similaire à Apresentaçao Fundamentos do Programa de Leitura Fome de Ler

Mediadores taquara final
Mediadores taquara finalMediadores taquara final
Mediadores taquara final
VIROUCLIPTAQ
 
Projeto de Leitura - " Vidas Secas"
Projeto de Leitura - " Vidas Secas"Projeto de Leitura - " Vidas Secas"
Projeto de Leitura - " Vidas Secas"
Cirlei Santos
 
2003 Contribuicao Hist Quadrinhos
2003 Contribuicao Hist Quadrinhos2003 Contribuicao Hist Quadrinhos
2003 Contribuicao Hist Quadrinhos
zilahcar
 
Celoi fabbrin
Celoi fabbrin Celoi fabbrin
Celoi fabbrin
equipetics
 
Anais 4º seminário de pesquisa em linguagem, leitura e cultura
Anais 4º seminário de pesquisa em linguagem, leitura e culturaAnais 4º seminário de pesquisa em linguagem, leitura e cultura
Anais 4º seminário de pesquisa em linguagem, leitura e cultura
Proler Joinville
 
Ler e escrever na cultura digital
Ler e escrever na cultura digitalLer e escrever na cultura digital
Ler e escrever na cultura digital
lidcabral
 
RELAÇÕES ESSENCIAIS PARA A FORMAÇÃO DO LEITOR NO SÉCULO XXI Sérgio Roberto G...
RELAÇÕES ESSENCIAIS PARA A FORMAÇÃO DO LEITOR NO SÉCULO XXI  Sérgio Roberto G...RELAÇÕES ESSENCIAIS PARA A FORMAÇÃO DO LEITOR NO SÉCULO XXI  Sérgio Roberto G...
RELAÇÕES ESSENCIAIS PARA A FORMAÇÃO DO LEITOR NO SÉCULO XXI Sérgio Roberto G...
christianceapcursos
 

Similaire à Apresentaçao Fundamentos do Programa de Leitura Fome de Ler (20)

Projeto de leitura. 1º ao 9º ano
Projeto de leitura. 1º ao 9º anoProjeto de leitura. 1º ao 9º ano
Projeto de leitura. 1º ao 9º ano
 
Encontro Programa Prazer em Ler 2013 - RBBC
Encontro Programa Prazer em Ler 2013 - RBBCEncontro Programa Prazer em Ler 2013 - RBBC
Encontro Programa Prazer em Ler 2013 - RBBC
 
Em busca de escritores
Em busca de escritoresEm busca de escritores
Em busca de escritores
 
Mediadores taquara final
Mediadores taquara finalMediadores taquara final
Mediadores taquara final
 
Ecologia da informação nas bibliotecas comunitárias do Salvador
Ecologia da informação nas bibliotecas comunitárias do Salvador Ecologia da informação nas bibliotecas comunitárias do Salvador
Ecologia da informação nas bibliotecas comunitárias do Salvador
 
Projeto de Leitura - " Vidas Secas"
Projeto de Leitura - " Vidas Secas"Projeto de Leitura - " Vidas Secas"
Projeto de Leitura - " Vidas Secas"
 
Módulo 3
Módulo 3Módulo 3
Módulo 3
 
2003 Contribuicao Hist Quadrinhos
2003 Contribuicao Hist Quadrinhos2003 Contribuicao Hist Quadrinhos
2003 Contribuicao Hist Quadrinhos
 
LEITURA E FORMAÇÃO DE LEITORES
LEITURA E FORMAÇÃO DE LEITORESLEITURA E FORMAÇÃO DE LEITORES
LEITURA E FORMAÇÃO DE LEITORES
 
Constituição de acervo para bibliotecas
Constituição de acervo para bibliotecasConstituição de acervo para bibliotecas
Constituição de acervo para bibliotecas
 
A literatura enquanto catalisadora da mudança social
A literatura enquanto catalisadora da mudança socialA literatura enquanto catalisadora da mudança social
A literatura enquanto catalisadora da mudança social
 
Celoi fabbrin
Celoi fabbrin Celoi fabbrin
Celoi fabbrin
 
Congresso Internacional de Promoção da Leitura - Notas soltas
Congresso Internacional de Promoção da Leitura - Notas soltasCongresso Internacional de Promoção da Leitura - Notas soltas
Congresso Internacional de Promoção da Leitura - Notas soltas
 
Anais 4º seminário de pesquisa em linguagem, leitura e cultura
Anais 4º seminário de pesquisa em linguagem, leitura e culturaAnais 4º seminário de pesquisa em linguagem, leitura e cultura
Anais 4º seminário de pesquisa em linguagem, leitura e cultura
 
Monografia Francieli Pedagogia 2010
Monografia Francieli Pedagogia 2010Monografia Francieli Pedagogia 2010
Monografia Francieli Pedagogia 2010
 
Relações entre leitura, letramento, identidade e o papel da biblioteca escolar
Relações entre leitura, letramento, identidade  e o papel da biblioteca escolarRelações entre leitura, letramento, identidade  e o papel da biblioteca escolar
Relações entre leitura, letramento, identidade e o papel da biblioteca escolar
 
Oficina de leitura e interpretação david araujo
Oficina de leitura e interpretação david araujoOficina de leitura e interpretação david araujo
Oficina de leitura e interpretação david araujo
 
Ler e escrever na cultura digital
Ler e escrever na cultura digitalLer e escrever na cultura digital
Ler e escrever na cultura digital
 
RELAÇÕES ESSENCIAIS PARA A FORMAÇÃO DO LEITOR NO SÉCULO XXI Sérgio Roberto G...
RELAÇÕES ESSENCIAIS PARA A FORMAÇÃO DO LEITOR NO SÉCULO XXI  Sérgio Roberto G...RELAÇÕES ESSENCIAIS PARA A FORMAÇÃO DO LEITOR NO SÉCULO XXI  Sérgio Roberto G...
RELAÇÕES ESSENCIAIS PARA A FORMAÇÃO DO LEITOR NO SÉCULO XXI Sérgio Roberto G...
 
Tessituras
TessiturasTessituras
Tessituras
 

Plus de Ana Paula Cecato

Retratos da Leitura em Esteio
Retratos da Leitura em EsteioRetratos da Leitura em Esteio
Retratos da Leitura em Esteio
Ana Paula Cecato
 
Lista de escolas Lendo pra Valer
Lista de escolas Lendo pra ValerLista de escolas Lendo pra Valer
Lista de escolas Lendo pra Valer
Ana Paula Cecato
 
Estratégias digitais na educação - Escritora e especialista em Informática na...
Estratégias digitais na educação - Escritora e especialista em Informática na...Estratégias digitais na educação - Escritora e especialista em Informática na...
Estratégias digitais na educação - Escritora e especialista em Informática na...
Ana Paula Cecato
 
Projeto de leitura na EMEF Maria Gusmão Britto (São Leopoldo) - Profª Neusa P...
Projeto de leitura na EMEF Maria Gusmão Britto (São Leopoldo) - Profª Neusa P...Projeto de leitura na EMEF Maria Gusmão Britto (São Leopoldo) - Profª Neusa P...
Projeto de leitura na EMEF Maria Gusmão Britto (São Leopoldo) - Profª Neusa P...
Ana Paula Cecato
 
LEndo pra Valer na EEEF Porto Alegre
LEndo pra Valer na EEEF Porto AlegreLEndo pra Valer na EEEF Porto Alegre
LEndo pra Valer na EEEF Porto Alegre
Ana Paula Cecato
 
Maribel Soares: é hora da história
Maribel Soares: é hora da históriaMaribel Soares: é hora da história
Maribel Soares: é hora da história
Ana Paula Cecato
 
Tessituras: apresentação de Rosane Castro
Tessituras: apresentação de Rosane CastroTessituras: apresentação de Rosane Castro
Tessituras: apresentação de Rosane Castro
Ana Paula Cecato
 
Como se faz um livro? Elaine Martiza
Como se faz um livro? Elaine MartizaComo se faz um livro? Elaine Martiza
Como se faz um livro? Elaine Martiza
Ana Paula Cecato
 

Plus de Ana Paula Cecato (20)

Somos feitos de histórias: reflexões sobre a literatura e a biblioteca
Somos feitos de histórias: reflexões sobre a literatura e a bibliotecaSomos feitos de histórias: reflexões sobre a literatura e a biblioteca
Somos feitos de histórias: reflexões sobre a literatura e a biblioteca
 
Retratos da Leitura em Esteio
Retratos da Leitura em EsteioRetratos da Leitura em Esteio
Retratos da Leitura em Esteio
 
A loira do banheiro
A loira do banheiroA loira do banheiro
A loira do banheiro
 
Lista de escolas Lendo pra Valer
Lista de escolas Lendo pra ValerLista de escolas Lendo pra Valer
Lista de escolas Lendo pra Valer
 
Coração de bigodes
Coração de bigodesCoração de bigodes
Coração de bigodes
 
Estratégias digitais na educação - Escritora e especialista em Informática na...
Estratégias digitais na educação - Escritora e especialista em Informática na...Estratégias digitais na educação - Escritora e especialista em Informática na...
Estratégias digitais na educação - Escritora e especialista em Informática na...
 
Projeto de leitura na EMEF Maria Gusmão Britto (São Leopoldo) - Profª Neusa P...
Projeto de leitura na EMEF Maria Gusmão Britto (São Leopoldo) - Profª Neusa P...Projeto de leitura na EMEF Maria Gusmão Britto (São Leopoldo) - Profª Neusa P...
Projeto de leitura na EMEF Maria Gusmão Britto (São Leopoldo) - Profª Neusa P...
 
Dedilhando Sonhos
Dedilhando SonhosDedilhando Sonhos
Dedilhando Sonhos
 
LEndo pra Valer na EEEF Porto Alegre
LEndo pra Valer na EEEF Porto AlegreLEndo pra Valer na EEEF Porto Alegre
LEndo pra Valer na EEEF Porto Alegre
 
Maribel Soares: é hora da história
Maribel Soares: é hora da históriaMaribel Soares: é hora da história
Maribel Soares: é hora da história
 
Tessituras: apresentação de Rosane Castro
Tessituras: apresentação de Rosane CastroTessituras: apresentação de Rosane Castro
Tessituras: apresentação de Rosane Castro
 
Relato de experiência - EEEF Ezequiel Nunes Filho (Esteio)
Relato de experiência - EEEF Ezequiel Nunes Filho (Esteio)Relato de experiência - EEEF Ezequiel Nunes Filho (Esteio)
Relato de experiência - EEEF Ezequiel Nunes Filho (Esteio)
 
Livro ilustrado
Livro ilustrado Livro ilustrado
Livro ilustrado
 
Literatura Juvenil
Literatura JuvenilLiteratura Juvenil
Literatura Juvenil
 
Tessituras: Poesia oral e autoral
Tessituras: Poesia oral e autoralTessituras: Poesia oral e autoral
Tessituras: Poesia oral e autoral
 
Relato de experiência
Relato de experiênciaRelato de experiência
Relato de experiência
 
Literatura infantil.narrativa
Literatura infantil.narrativaLiteratura infantil.narrativa
Literatura infantil.narrativa
 
Projeto de leitura literária
Projeto de leitura literáriaProjeto de leitura literária
Projeto de leitura literária
 
Literatura e primeira infância
Literatura e primeira infânciaLiteratura e primeira infância
Literatura e primeira infância
 
Como se faz um livro? Elaine Martiza
Como se faz um livro? Elaine MartizaComo se faz um livro? Elaine Martiza
Como se faz um livro? Elaine Martiza
 

Apresentaçao Fundamentos do Programa de Leitura Fome de Ler

  • 1. A leitura é uma atividade humana que consiste em atribuir sentido às mais diversas formas de manifestação do homem e da natureza. É um processo de apreensão de significados, do qual o leitor participa ativamente a partir do diálogo que estabelece com o objeto lido, conforme suas experiências existenciais. Toda a sociedade, nas suas diferentes etapas evolutivas, produz uma memória cultural e a leitura vem a ser um dos instrumentos para conhecimento e transformação dessa memória, isto é, das idéias, instrumentos e técnicas produzidos e conservados pelo homem. Por isso mesmo, o processo de leitura apresenta-se como uma atividade que possibilita a participação do homem na vida em sociedade, em termos de compreensão do presente e do passado e em termos de transformação cultural futura.
  • 2. Ser leitor significa participar de uma problemática inseparável de um posicionamento no mundo e sobre ele tal como a escrita, em todas as suas formas , o teoriza. Exatamente nesse ponto entra em jogo o princípio de exclusão do não leitor, não em virtude de sua impossibilidade técnica, sua falta de interesse ou desejo de ler, mas porque ele não está implicado na experiência social, nas preocupações e nos modos de análise que geram a produção de escritos.
  • 3. A todo momento, o número de leitores e número de atores sociais se superpõem. Assim, a democratização da leitura – ou, se se quiser, o aumento maciço do número de indivíduos engajados em redes de comunicação escrita – inscreve-se precisamente nesta alternativa: ou os atuais excluídos assumem a maneira de ver, sentir, pensar da minoria que produz e consome a escrita, ou criam os novos escritos, correspondentes à sua abordagem do mundo, à sua experiência e ao poder que neles adquirem.
  • 4. Nesse modo de ver (proposto inteligentemente por Foucambert na obra A leitura em questão ), a mediação dos educadores torna-se ainda mais complexa, pois somente a adoção de políticas de sedução do livro não contempla o grupo social que precisa ser incluído no circuito da leitura. Para esse grupo também se transformar em autor, outros deverão serão os protocolos, as formas de ler, os acervos, não bastando somente estarmos do lado de cá como sujeitos leitores e apropriados do mundo da escrita. As soluções e as mudanças de comportamento, então, não poderão vir do segmento letrado, sendo essencial a participação dos segmentos não letrados através da sua consciência do processo e vontade de vencer os entraves criados por uma sociedade excludente a partir da criação de novos/próprios modelos de ler e de escrever.
  • 5. Os mediadores de leitura das comunidades e sua eficácia – e nesses se inclui obviamente o sistema educacional – são vitais para o desenvolvimento de sua capacidade leitora em níveis cada vez mais elevados. Não só o espaço escolar institucionalizado, mas outras instâncias mediadoras – a família, o local de trabalho, a biblioteca pública, a rádio local, o clube, a associação de moradores, a livraria, a igreja, o cinema, as atividades artísticas – podem ser eficientes na construção de uma comunidade letrada. Quando inexiste uma tradição cultural letrada na comunidade, a iniciação escolar e/ou familiar pode tornar-se ineficiente.
  • 6. Amantes da fantasia Fonte: A psicanálise da Terra do Nunca, Diana e Mário Corso Quando reflete sobre si, o homem comum se vê como alguém racional, lúcido, com os pés no chão, mas que às vezes é tomado pela fantasia. Os psicanalistas acreditam no contrário: o homem sonha a maior parte do tempo, e em certos momentos, acorda. Passamos um terço da vida dormindo, portanto sonhando, e quando estamos despertos nossos devaneios ocupam um lugar muito maior do que imaginamos. Subestimamos a fantasia, sobretudo porque a julgamos acessória, ela não passaria de um escape, um desvio da rota do prumo da realidade. Quando muito, admitimos que a fantasia serviria de consolo, nos ajudaria a suportar os fatos reais da vida, mas raramente acreditamos que ela nos constitui, nos molda e faz parte da arquitetura da nossa personalidade.
  • 7.
  • 8.  
  • 9. É um Programa de Leitura desenvolvido pelo Curso de Letras ULBRA/Guaíba e Canoas, dirigido a comunidades urbanas e rurais de 20 municípios do Rio Grande do Sul. Incentiva a formação de mediadores de leitura e articula ações de letramento, envolvendo escritores brasileiros, acadêmicos da Universidade, educadores e alunos das comunidades escolares de cada município. PROGRAMA DE LEITURA FOME DE LER
  • 10.
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 25. LIVROS NA MÃ0 DAS CRIANÇAS