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Estudos iniciais em projetos de arquitetura 2José Galbinski Projeto Arquitetônico III Profa. Arqta. Ana Cunha Araújo
O Lugar
O LUGAR Não existe arquitetura sem uma intensa implantação física e cultural no sítio.  Quer dizer, não existe arquitetura sem seu espaço externo, seja ele urbano ou rural.  O ambiente espacial em que se insere uma edificação - o lugar - clama por entendimento, aguardando análise.  O lugar fala ao arquiteto.
O LUGAR Cabe à sua sensibilidade saber ler e interpretar as características locais, saber distinguir o essencial do supérfluo e levar suas conclusões para a “prancheta”.  Recomenda-se ao arquiteto visitar o local, o que não impede que arquitetura de não-lugares possa ser implantada no lugar.
O LUGAR O sítio em que será implantada a obra, ou a área de intervenção, deverá ser estudado segundo seis planos de análise.  Cada um desses planos poderá ou deverá fornecer diretrizes de projeto a serem seguidas, ou mesmo a serem evitadas.
O LUGAR 1 Características topográficas A forma, as dimensões, a altimetria do sítio e a estrutura geológica do solo são todas elas elementos básicos do projeto.  Esses aspectos, muitas vezes, sugerem soluções surpreendentes, como é o caso do Conjunto Habitacional do Pedregulho (1946), de Affonso Eduardo Reidy...
O LUGAR ... com seus “pilotis” no andar intermediário, devido ao acesso na encosta com forte declive, e a própria sinuosidade da edificação que acompanha elegantemente as curvas de nível da encosta.
Conjunto Habitacional do Pedregulho - 1946
O LUGAR 2 Orientação A trajetória solar, a orientação dos ventos dominantes, a direção das chuvas dominantes, as eventuais fontes de poluição sonora ou visual etc. são todas elas condicionantes externos sobre os quais é desnecessário enfatizar a importância.
O LUGAR 3 Urbanismo As características espaciais do meio em que será inserida a intervenção arquitetônica/urbanística é de fundamental importância e devem ser cuidadosamente anotadas.
O LUGAR Na malha urbana, deverão ser avaliadas as ruas tangenciais, a direção e intensidade do tráfego, as vias de acesso; localização das redes de infraestrutura urbana; marcos notáveis, monumentos, tendências de futuro desenvolvimento urbano; equipamentos tais como paradas de ônibus, praças, jardins, iluminação pública, mobiliário urbano e outros.
O LUGAR 4 Paisagismo Anotações específicas devem ser feitas tendo em vista as características paisagísticas da área, tais como as áreas degradadas, a cobertura vegetal, os cursos d’água, as características do entorno visual e outras.
O LUGAR 5 Legislação urbanística, zoneamento A legislação urbana poderá limitar a volumetria da edificação e impor afastamentosque, por sua vez, determinam certas tipologias. Assim, estamos diante de definições fundamentais do projeto.
O LUGAR 6 Características históricoculturais Este é um aspecto mais sutil de ser abordado. Por vezes, o próprio sítio tem valores históricoculturais explícitos a serem considerados ou resgatados.
ESTUDO DE CASOS  O estudo de projetos/obras semelhantes constitui um forte impulso para o entendimento do tema em pauta.  O estudo de casos guarda relação mais com a tipologia do que com a linguagem.  Novamente aqui vale repetir que não só a apreciação positiva é proveitosa. Saber o que evitar igualmente favorece a concepção.
ESTUDOS SETORIAIS-CROQUIS O objetivo aqui é o de possibilitar o entendimento espacial do PNA, não só em duas dimensões, mas, possível/desejável, em 3D. Este tópico refere-se ao estudo da(s) forma(s) adequada(s) e de suas dimensões, possíveis ou consagradas a cada uma das funções ou grupo de funções.
ESTUDOS SETORIAIS-CROQUIS Deve-se fazer uso intensivo de croquis setoriais em planta, corte e perspectivas. Trata-se de elaborar esquemas de funcionamento e interrelacionamento lógico das partes do PNA, por exemplo: o setor de administração; o setor de serviços; o setor de cozinha etc.
ESTUDOS SETORIAIS-CROQUIS Nesta fase, poderá ser necessário definir a configuração de setores do projeto em termos de tipologias usuais ou desejadas.  Esses croquis são, tão somente, os elementos iniciais do entendimento espacial de um Programa que, (...), possibilitam a compreensão da estrutura funcional/espacial dos ambientes.
ESTUDO DE USO DO SOLO - CROQUIS Trata-se aqui de “zonear” o sítio ou o lote a ser ocupado, valendo-se dos elementos já elaborados no PNA (...).  Quer dizer, distribuir o programa no terreno de maneira que se possa obter a melhor disposição das partes, ao mesmo tempo em que se evitam situações indesejáveis.
ESTUDO DE USO DO SOLO - CROQUIS Essa fase é importante e deve ser vista como um conjunto de possibilidades espaciais, mas não constitui imposição definitiva ao projeto.  No decorrer do desenvolvimento do estudo, outras (im)possibilidades podem sugerir disposições não previstas inicialmente.
ESTUDO DE USO DO SOLO - CROQUIS Trata-se aqui de criar situações ao invés de repetir soluções consagradas.  O importante é registrar em croquis as situações desejáveis/indesejáveis, pois elas conduzem naturalmente a soluções de projeto.
ESTUDO DE USO DO SOLO - CROQUIS Os desenhos/croquis podem ser de vários tipos, abstratos ou manchas, mas é desejável trabalhar com as proporções relativas de áreas ou, até mesmo, em escalas aproximadas.  Não se deve entender esse estudo como a invenção do partido-geral, o qual deverá sim conter esta análise, porém com ela não se confunde.
ESTUDO PRELIMINAR Agora os “riscos” podem tomar seu curso e desenvolvimento, que englobam as questões conceituais, tendências de linguagem, uso de determinadas tecnologias, adequação social, adequação urbana, referências, metáforas, enfim, os Estudos Preliminares.
ESTUDO PRELIMINAR Nessa fase, utilizamos o croqui como instrumento privilegiado de expressão, de exteriorização de nossas ideias para nós mesmos.  Os croquis se expressam simultaneamente em três tempos: planta, corte e perspectiva; sempre juntos, não interessando a ordem em que são desenhados.
UMA PALAVRA FINAL O estudo-preliminar é uma síntese, (...), nunca uma dedução ou inferência lógica.  O fato é que ao se adotar os procedimentos dos Estudos Iniciais, o processo da concepção arquitetônica não se depara com um vácuo de ideias, mas sim com um turbilhão de possibilidades já pressentidas e anotadas.
UMA PALAVRA FINAL O “vazio do papel em branco” rapidamente enche-se de traços coerentes, traços que têm significados, formas que têm nexo e objetividade.  O projeto não inicia no estudo-preliminar, mas sim muito antes, como acima afirmamos.
Referência BibliográficaPesquisa feita em:  http://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/index.php/arqcom/article/viewfile/680/705.  No dia 09.Fev.2011

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Estudos iniciais projetos arquitetura

  • 1. Estudos iniciais em projetos de arquitetura 2José Galbinski Projeto Arquitetônico III Profa. Arqta. Ana Cunha Araújo
  • 3. O LUGAR Não existe arquitetura sem uma intensa implantação física e cultural no sítio. Quer dizer, não existe arquitetura sem seu espaço externo, seja ele urbano ou rural. O ambiente espacial em que se insere uma edificação - o lugar - clama por entendimento, aguardando análise. O lugar fala ao arquiteto.
  • 4. O LUGAR Cabe à sua sensibilidade saber ler e interpretar as características locais, saber distinguir o essencial do supérfluo e levar suas conclusões para a “prancheta”. Recomenda-se ao arquiteto visitar o local, o que não impede que arquitetura de não-lugares possa ser implantada no lugar.
  • 5. O LUGAR O sítio em que será implantada a obra, ou a área de intervenção, deverá ser estudado segundo seis planos de análise. Cada um desses planos poderá ou deverá fornecer diretrizes de projeto a serem seguidas, ou mesmo a serem evitadas.
  • 6. O LUGAR 1 Características topográficas A forma, as dimensões, a altimetria do sítio e a estrutura geológica do solo são todas elas elementos básicos do projeto. Esses aspectos, muitas vezes, sugerem soluções surpreendentes, como é o caso do Conjunto Habitacional do Pedregulho (1946), de Affonso Eduardo Reidy...
  • 7. O LUGAR ... com seus “pilotis” no andar intermediário, devido ao acesso na encosta com forte declive, e a própria sinuosidade da edificação que acompanha elegantemente as curvas de nível da encosta.
  • 8. Conjunto Habitacional do Pedregulho - 1946
  • 9. O LUGAR 2 Orientação A trajetória solar, a orientação dos ventos dominantes, a direção das chuvas dominantes, as eventuais fontes de poluição sonora ou visual etc. são todas elas condicionantes externos sobre os quais é desnecessário enfatizar a importância.
  • 10. O LUGAR 3 Urbanismo As características espaciais do meio em que será inserida a intervenção arquitetônica/urbanística é de fundamental importância e devem ser cuidadosamente anotadas.
  • 11. O LUGAR Na malha urbana, deverão ser avaliadas as ruas tangenciais, a direção e intensidade do tráfego, as vias de acesso; localização das redes de infraestrutura urbana; marcos notáveis, monumentos, tendências de futuro desenvolvimento urbano; equipamentos tais como paradas de ônibus, praças, jardins, iluminação pública, mobiliário urbano e outros.
  • 12. O LUGAR 4 Paisagismo Anotações específicas devem ser feitas tendo em vista as características paisagísticas da área, tais como as áreas degradadas, a cobertura vegetal, os cursos d’água, as características do entorno visual e outras.
  • 13. O LUGAR 5 Legislação urbanística, zoneamento A legislação urbana poderá limitar a volumetria da edificação e impor afastamentosque, por sua vez, determinam certas tipologias. Assim, estamos diante de definições fundamentais do projeto.
  • 14. O LUGAR 6 Características históricoculturais Este é um aspecto mais sutil de ser abordado. Por vezes, o próprio sítio tem valores históricoculturais explícitos a serem considerados ou resgatados.
  • 15. ESTUDO DE CASOS O estudo de projetos/obras semelhantes constitui um forte impulso para o entendimento do tema em pauta. O estudo de casos guarda relação mais com a tipologia do que com a linguagem. Novamente aqui vale repetir que não só a apreciação positiva é proveitosa. Saber o que evitar igualmente favorece a concepção.
  • 16. ESTUDOS SETORIAIS-CROQUIS O objetivo aqui é o de possibilitar o entendimento espacial do PNA, não só em duas dimensões, mas, possível/desejável, em 3D. Este tópico refere-se ao estudo da(s) forma(s) adequada(s) e de suas dimensões, possíveis ou consagradas a cada uma das funções ou grupo de funções.
  • 17. ESTUDOS SETORIAIS-CROQUIS Deve-se fazer uso intensivo de croquis setoriais em planta, corte e perspectivas. Trata-se de elaborar esquemas de funcionamento e interrelacionamento lógico das partes do PNA, por exemplo: o setor de administração; o setor de serviços; o setor de cozinha etc.
  • 18. ESTUDOS SETORIAIS-CROQUIS Nesta fase, poderá ser necessário definir a configuração de setores do projeto em termos de tipologias usuais ou desejadas. Esses croquis são, tão somente, os elementos iniciais do entendimento espacial de um Programa que, (...), possibilitam a compreensão da estrutura funcional/espacial dos ambientes.
  • 19. ESTUDO DE USO DO SOLO - CROQUIS Trata-se aqui de “zonear” o sítio ou o lote a ser ocupado, valendo-se dos elementos já elaborados no PNA (...). Quer dizer, distribuir o programa no terreno de maneira que se possa obter a melhor disposição das partes, ao mesmo tempo em que se evitam situações indesejáveis.
  • 20. ESTUDO DE USO DO SOLO - CROQUIS Essa fase é importante e deve ser vista como um conjunto de possibilidades espaciais, mas não constitui imposição definitiva ao projeto. No decorrer do desenvolvimento do estudo, outras (im)possibilidades podem sugerir disposições não previstas inicialmente.
  • 21. ESTUDO DE USO DO SOLO - CROQUIS Trata-se aqui de criar situações ao invés de repetir soluções consagradas. O importante é registrar em croquis as situações desejáveis/indesejáveis, pois elas conduzem naturalmente a soluções de projeto.
  • 22. ESTUDO DE USO DO SOLO - CROQUIS Os desenhos/croquis podem ser de vários tipos, abstratos ou manchas, mas é desejável trabalhar com as proporções relativas de áreas ou, até mesmo, em escalas aproximadas. Não se deve entender esse estudo como a invenção do partido-geral, o qual deverá sim conter esta análise, porém com ela não se confunde.
  • 23. ESTUDO PRELIMINAR Agora os “riscos” podem tomar seu curso e desenvolvimento, que englobam as questões conceituais, tendências de linguagem, uso de determinadas tecnologias, adequação social, adequação urbana, referências, metáforas, enfim, os Estudos Preliminares.
  • 24. ESTUDO PRELIMINAR Nessa fase, utilizamos o croqui como instrumento privilegiado de expressão, de exteriorização de nossas ideias para nós mesmos. Os croquis se expressam simultaneamente em três tempos: planta, corte e perspectiva; sempre juntos, não interessando a ordem em que são desenhados.
  • 25. UMA PALAVRA FINAL O estudo-preliminar é uma síntese, (...), nunca uma dedução ou inferência lógica. O fato é que ao se adotar os procedimentos dos Estudos Iniciais, o processo da concepção arquitetônica não se depara com um vácuo de ideias, mas sim com um turbilhão de possibilidades já pressentidas e anotadas.
  • 26. UMA PALAVRA FINAL O “vazio do papel em branco” rapidamente enche-se de traços coerentes, traços que têm significados, formas que têm nexo e objetividade. O projeto não inicia no estudo-preliminar, mas sim muito antes, como acima afirmamos.
  • 27. Referência BibliográficaPesquisa feita em: http://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/index.php/arqcom/article/viewfile/680/705. No dia 09.Fev.2011