1) Portugal está localizado no extremo sudoeste da Península Ibérica entre os 36o58' e 42o09' de latitude norte e 6o12' e 9o30' de longitude oeste.
2) O país está dividido em 18 distritos, 308 concelhos e 4257 freguesias e sua localização geográfica no Atlântico lhe confere um papel estratégico.
3) A população portuguesa tem enfrentado taxas de natalidade baixas e mortalidade em queda desde meados do século XX, devido a fat
1. 1. constituição do território nacional
Portugal conta atualmente com 18 distritos,
308 concelhos (278 no continente e 30 nas
regiões autónomas) e 4257 freguesias.
Está localizado no hemisfério NORTE, na
chamada zona temperada do Norte.
Localização relativa (localização de um
lugar em relação a outro) -> no extremo
sudoeste do continente, onde ocupa a parte
ocidental da península Ibérica.
Localização absoluta (localização de um
lugar em relação a um sistema de referencia
universalmente aceite) -> entre o 36º 58’ e
o 42º 09’ de latitude Norte e o 6º 12’ e 9º30
de longitude Oeste.
A situação geográfica de Portugal no mundo é privilegiada, embora apresente uma localização periférica. Mas isso
conjugado com a centralidade no espaço atlântico, confere-lhe um papel de fronteira atlântica e de porta de acesso ás
rotas dos continentes americano, africano e asiático.
O mar assume assim para Portugal um papel estratégico de afirmação, tanto no contexto europeu como em termos
mundiais, garantindo ao país uma elevada capacidade de reação e intervenção nos diferentes cenários internacionais.
2. NUT – nomenclatura das unidades territoriais para fins estatísticos – foi adotado com a entrada de Portugal na EU em
Fevereiro de 1989, para a recolha e compilação de toda a informação estatística, de natureza económica e
demográfica.
É constituída por 3 níveis de desagregação para
unidades territoriais:
NUT I – nível nacional (continente, região Autónoma
da Madeira e Região Autónoma dos Açores)
NUT II – nível regional (norte, centro, grande lisboa,
Alentejo, algarve, regiões autónomas dos Açores e
da Madeira)
NUT III – nível sub-regional
Área metropolitana -> extensa área formada pela junção
de povoações. Representam concentrações em larga
escala de populações, actividades económicas e
serviços.
1.1 Portugal no espaço europeu
Após a II guerra mundial, Portugal, iniciou um período de quebra de isolamento politico e económico em que vivia e
passou a integrar progressivamente diferentes organismos e instituições internacionais.
Prova disso é a entrada do país na EFTA (associação europeia de comércio livre)
1986 – Adesão á Comunidade Económica Europeia
Esta comunidade teve o seu início em 25 de Março de 1957 com a assinatura do tratado de Roma por parte de seis países
fundadores: FRANÇA, BÉLGICA, HOLANDA,LUXEMBURGO, REPUBLICA FEDERAL ALEMÃ E ITÁLIA.
Esta organização tinha como objetivo:
A formação de um mercado comum em que os homens, mercadorias e os capitais circulassem livremente.
Reforçar os laços de cooperação e amizade entre os Estados-membros, evitando o aparecimento de situações de
conflito que conduzissem a uma nova guerra.
1973 – 1º Alargamento -> reino Unido, da Dinamarca e da Irlanda
1981 – 2º Alargamento -> Grécia
1986 – 3º Alargamento -> Portugal e Espanha
9 de Novembro de 1989 -> queda do muro de Berlim
3 de Outubro de 1990 -> reunificação da Alemanha
1 de Novembro de 1993 -> entrou em vigor o tratado de Maastricht que consagra oficialmente o nome da UNIÃO
EUROPEIA .
1995 – 4º Alargamento -> Áustria, Suécia e a Finlândia.
2004 – 5º Alargamento -> República Checa, Estónia, Chipre, Letónia, Lituânia, Hungria, Malta, Polónia, Eslovênia e
Eslováquia.
2007 – 6º Alargamento – Bulgária e Roménia
3. 1.2 Portugal no espaço mundial
CPLP -> COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LINGUA PORTUGUESA – Todos os membros são países lusófonos, ou seja têm
como língua oficial o português. Os países pertencentes são: ANGOLA, BRASIL, CABO VERDE, GUINÉ-BISSAU,
MOÇAMBIQUE, PORTUGAL, SÃO TOMÉ E PRINCIPE E TIMOR-LESTE.
Vários países da Europa Ocidental, por se sentirem ameaçados, pela União Soviética, decidiram criar uma aliança militar
que garantisse segurança. Assim surgiu a 4 de Abril de 1949, a NATO ou OTAN – organização do tratado atlântico
norte.
O tratado de Maastricht instituiu a cidadania europeia, permitindo assim uma maior liberdade para circular, viver,
trabalhar, ou estudar em qualquer outro estado-membro, bem como o de poder eleger e ser eleito nas eleições
municipais e europeias no Estado – membro de residência. Com este tratado veio ainda a introdução da moeda única
europeia – o euro.
A adoção da moeda única:
Facilitou as transações comerciais e financeiras,
Eliminou os custos ambientais,
Permitiu a construção de um espaço financeiro dotado de uma moeda mais forte capaz de competir a nível
internacional.
A importância das comunidades Portuguesas
O papel relevante da nossa emigração e a importância dos descobrimentos, levaram á difusão da nossa língua e á
presença de numerosas comunidades portuguesas e lusos descendentes um pouco por todo o mundo. A presença
destas comunidades, gera oportunidades de cooperação económica e cultural entre países. As remessas dos
emigrantes também são importantes dado que muitas vezes assumem a forma de investimentos, contribuindo para o
desenvolvimento de algumas regiões do interior. Dada a importância dos fluxos culturais e financeiros gerados pelas
comunidades, é importante promover junto delas a preservação da língua e a valorização da cultura portuguesa e
garantir o apoio nacional em momentos de crise económica, catástrofes naturais ou perseguições. A associação dos
países lusófonos na CPLP, fundada a 17 de Julho de 1996, veio reforçar a cooperação entre esses países. A ação desta
comunidade reflete-se a nível:
Politico – ações diplomáticas desenvolvidas nas organizações internacionais e na meditação de conflitos.
Culturais – implementaram a portuguesa como língua de trabalho nas organizações internacionais e
promovem, através da comunidade social, a difusão de programas de informação, entretenimento e formação
portuguesa.
Económicas – os parceiros da CPLP são os principais beneficiários pela ajuda portuguesa.
Permite a expansão e manutenção da identidade e da nacionalidade.
4. 2. A evolução da população portuguesa na 2ª metade do século XX
Causas da baixa natalidade:
A industrialização provocou alterações sociais profundas, como a entrada da mulher no mercado de trabalho e o
crescimento da população urbana, o que levou á necessidade de controlar o número de filhos. A baixa TN deve-se:
Métodos contracetivos eficazes.
Planeamento familiar
Aumento das famílias monoparentais
Redução da taxa de nupcialidade e aumento da taxa de divorcidade.
Aumento da participação da mulher no mercado de trabalho, o que lhe deixa menos disponibilidade para cuidar dos
filhos e obriga a despesas com amas e infantários.
Grande parte da população vive no espaço urbano onde as casas são mais pequenas e caras.
Exigência cada vez maiores com a educação dos filhos que aumenta as despesas.
Aumento da idade média do casamento devido á maior duração da vida escolar que leva ao adiar do nascimento do
1ºfilho.
Dificuldades de inserção na vida ativa que dificultam a obtenção de uma estabilidade financeira.
Causas da quebra da mortalidade:
Melhoria da dieta alimentar devido á modernização da agricultura (mecanização, meios para combater as doenças);
alimentação mais equilibrada, rica e variada.
Progressos da medicina, no tratamento e prevenção das doenças (novos medicamentos, vacinas, antibióticos).
Construção de sistemas de saneamento básico (água canalizada, esgotos).
Melhoria dos hábitos de higiene.
Melhoria das condições de habitação (higiene, conforto.)
Aumento da proteção social (sistema de financiamento de saúde, leis de proteção e segurança no trabalho).
Redução dos horários de trabalho e os progressos dos transportes diminuíram o esforço físico.
Apontamentos:
De 1950 a 1960, ocorreu um aumento demográfico que a partir da década de 60 teve uma queda acentuada, devido á
partida do homem para a guerra de ultramar, o que levou a que as mulheres ficassem sozinhas no país, e acentuou a
queda da natalidade e posteriormente o decréscimo da evolução demográfica. A partir da década de 70, deu-se o 25 de
Abril, que trouxe de volta os homens da guerra de ultramar e os emigrantes que tinham saído do país. Após a queda do
regime de Salazar, as pessoas ficaram livres de fazerem o que quisessem, e isso foi um importante fator de evolução. Em
1981, a vida das pessoas começou a assentar. O crescimento demográfico tem um crescimento lento, graças á entrada da
mulher no mundo do trabalho, casamento tardio, e os filhos tornam-se uma despesa, etc…
A partir de 1900, Portugal sofre um aumento na TM em resultado da epidemia da gripe pneumónica e da I Guerra
Mundial. Mas depois de 1920, assistiu-se a um decréscimo da TM devido á progressiva melhoria da dieta alimentar e das
condições habitacionais, á intensificação dos cuidados de saúde e de assistência médica, á melhoria dos hábitos de higiene
pessoal e á redução do nº de horas de trabalho e melhores condições de segurança no trabalho. E a partir de 1960 os
valores estabilizaram.
5. As definições mais importantes:
Natalidade- nº de nascimentos que se verificam numa dada área e num período de tempo (geralmente 1 ano).
Taxa de natalidade – nº de nados-vivos ocorridos durante um certo período de tempo (geralmente 1 ano), referido á população média
desse período.
𝑇𝑁 =
𝑁
𝑃𝐴
× 1000
Taxa de fecundidade – nº total de nados-vivos por cada mil mulheres em idade fértil (15 aos 49 anos), num período de tempo.
𝑇𝐹 =
𝑁º 𝑑𝑒 𝑛𝑎𝑠𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑣𝑖𝑣𝑜𝑠
𝑁º 𝑑𝑒 𝑚𝑢𝑙ℎ𝑒𝑟𝑒𝑠 (15 − 49 𝑎𝑛𝑜𝑠)
× 1000
Taxa de mortalidade – nº de óbitos que ocorreram, em média, por cada mil habitantes, numa área e num determinado período de tempo
(geralmente 1 ano).
𝑇𝑀 =
𝑀
𝑃𝐴
× 1000
Índice sintético de fecundidade – nº de crianças que, em média, cada mulher tem durante a sua vida fértil.
Índice de renovação de gerações – fecundidade necessária para que as gerações mais idosas possam ser substituídas por outras mais
jovens.
Para que se verifique esta substituição, o nº de filhos por mulher em idade fértil deve ser igual ou superior a 2,1.
Taxa de mortalidade infantil – nº de óbitos de crianças com menos de 1 ano ocorrido durante um período de tempo, geralmente 1 ano,
referido ao nº de nados-vivos do mesmo período.
𝑇𝑁 =
ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑟𝑖𝑎𝑛ç𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑠 𝑑𝑒 1𝑎𝑛𝑜
𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑛𝑎𝑑𝑜𝑠 − 𝑣𝑖𝑣𝑜𝑠
× 1000
Crescimento natural ou saldo fisiológico- diferença entre a natalidade e a mortalidade que se verifica numa dada área e num determinado
período de tempo.
CN=N-M
Taxa de crescimento natural – diferença entre a TN e a TM, numa dada área num determinado período de tempo.
TCN=TN-TM
Emigração - saída de nacionais para um país estrangeiro…
Imigração - entrada de estrangeiros em território nacional….
Saldo migratório – diferença entre a Imigração e emigração….
SM= I-E
Taxa de crescimento migratório – relação entre o saldo migratório e a população total.
𝑇𝐶𝑀 =
𝑆𝑀
𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
× 1000
Crescimento efectivo – soma do crescimento natural com o saldo migratório.
CE= CM+SM
Taxa de crescimento efectivo – relação entre o crescimento efectivo e a população total.
𝑇𝐶𝐸 =
𝐶𝐸
𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
× 1000