O índio na literatura brasileira: do bom selvagem ao herói sem escrúpulos
1. Universidade Aberta do Nordeste e Ensino a Distância são marcas registradas da Fundação Demócrito Rocha. É proibida a duplicação ou reprodução deste fascículo. Cópia não autorizada é Crime.
Inglês e Espanhol
e suas Tecnologias
Interpretação, Literatura, Redação
Linguagens, Códigos
Paulo Lobão, Pedro Fernandes, Rivaldo Coelho e Sousa Nunes
03
2. Caro Estudante de Linguagens, Códigos e
suas Tecnologias e Red
ação, explorando
, abordaremos a Área
Neste terceiro fascículo idiano. múltiplas linguagens atr
avés
ade s que utilizamos no cot erpretação de textos, as
competências e habilid literatura por meio da int bém examinaremos os
preenderá: a redação. Mas, não é só
isso! Tam
Nossa abordagem com ção textual por meio da anhol.
de texto verba l e não verbal e a produ estrangeira, com propostas em inglês e esp
erpret ação de textos em língua
elementos centrais da int
Bom trabalho!
Objeto do Conhecimento
O índio na literatura brasileira:
do bom selvagem ao herói sem escrúpulos
Esta seção tem como objetivo geral o estudo de temas, Para completarmos nossa abordagem de literatura, re-
motivos e estilos na literatura brasileira e em outras mani- visemos duas obras pré-românticas que trataram da temá-
festações culturais, com ênfase no diálogo que a literatura tica indianista: O Uraguai e Caramuru.
mantém com as outras artes.
O índio, já no primeiro texto sobre o Brasil (Carta, de Pero O URAGUAI – Basílio da Gama
Vaz de Caminha), é elemento de fundamental interesse na A morte de Lindoia
construção ideológica e estética que o colonizador fez do Os trechos mais belos e mais interessantes dessa obra poética
colonizado. Nos primeiros séculos da colonização, os textos do Arcadismo brasileiro referem-se aos índios. Alguns deles,
dos historiadores e da literatura catequética dos jesuítas de- como a narração da morte de Cacambo, assassinado por Bal-
ram ao índio um perfil estereotipado, de “tabula rasa”, que, da, e a do desespero e suicídio de Lindoia, dão um tom lírico
de certa forma, vai ser mantido até o advento da literatura ao poema e podem ser classificados como pré-românticos:
romântica de Gonçalves Dias e de José de Alencar. Morto Cacambo, amado de Lindoia, por envenenamento, o
Na literatura brasileira, o termo indianismo faz refe- Pe. Balda quis casá-la com o mestiço Baldetta. A cerimônia
rência à idealização do indígena, por vezes retratado como estava preparada, todos os chefes aguardavam à entrada do
herói nacional. Mas o selvagem exótico logo se transforma templo, mas a noiva não compareceu. Caitutu, irmão de Lin-
em herói do Romantismo. O índio então virou moda no doia, informado pela feiticeira Tanajura sobre o paradeiro da
mundo e no Brasil e passou a ser referência para a criação irmã, foi buscá-la e a encontrou num bosque, deitada sobre
de uma nacionalidade. a relva, com uma serpente sobre o corpo. Porque Cacambo,
Os romances Iracema e O Guarani, de José de Alencar, seu amado, fora envenenado, ela, por fidelidade a ele, não
são símbolos desse período. Os dois livros podem ser desig- aceitou o casamento que lhe era imposto, deixando-se picar
nados como romances fundadores, ou seja, obras ficcionais por uma serpente. Quando Caitutu a encontrou caída com a
que representam metaforicamente o início de um mundo cobra envolvendo-lhe o corpo, atirou uma flecha na serpente
e/ou de uma raça. Essa moda durou até o final do século para salvar a irmã, mas já estava morta.
XIX, quando o índio sai de cena, temporariamente, já que
ele volta à literatura na década de 20, com o Modernismo, CARAMURU – Santa Rita Durão
quando surge Macunaíma, o anti-herói criado por Mário O afogamento de Moema
de Andrade. O índio passa a ser mostrado como paródia Caramuru é um poema do Arcadismo brasileiro que narra
do índio romântico. É um modo mais refletivo que marca a a história (lenda?) do aventureiro Diogo Álvares Correia,
diferença da cultura brasileira. O Modernismo também re- que naufraga na costa da Bahia, no século XVI. O episó-
força a identidade nacional, mas de outro modo. Não mais dio antológico desse poema é o afogamento de Moema,
a valorização do nacional como algo exótico, mas como que delineia o momento mais dramático da obra. Moema,
parte de um modelo nacional. diante da infortunada rejeição, lança-se ao mar atrás do
Mas o que fica é a imagem do bom selvagem Peri, da navio do seu amado português Diogo, o Caramuru, que
virgem dos lábios de mel Iracema e do herói sem escrúpu- se dirige à Europa para o casamento com a rival índia Para-
los Macunaíma. guaçu. Moema perece tragada pelas ondas.
http://www.conexaoaluno.rj.gov.br/especiais-19d.asp (adaptada).
34
3. LITERATURA E INTERTEXTUALIDADE
A literatura é uma arte polissêmica e polifônica, dialoga
constantemente com outras artes, notadamente as artes
plásticas. O escritor, para usar uma expressão de Murilo
Mendes, mantém sempre o “olho armado” e, à maneira de
um pintor ou escultor, fixa a eternidade de um momento.
Intertextualidade Lindoia, José Maria de Medeiros, 1882.jpg
Uma obra literária pode ser construída tomando outra como pt.wikipedia.org
modelo ou referência. Assim, quando um autor utiliza textos
de outros autores para construir seu próprio texto, dá-se o fe-
nômeno da intertextualidade. Porém, chama-se intratextu-
alidade quando ele retoma sua própria obra, reescrevendo-
a. Dois conceitos são indispensáveis para a compreensão do
fenômeno da intertextualidade: paródia e paráfrase.
Paródia e Paráfrase
Paródia constitui o procedimento intertextual em que se Moema, Victor Meirelles, 1866. Museu de
toma o texto de outro autor com a intenção de criticá-lo, des- Arte de São Paulo. sasarte.arteblog.com.br
caracterizá-lo etc. Já a paráfrase, ao contrário, é a retomada de
um texto sem intenção de criticá-lo, mas de concordar com
ele. Trata-se da reafirmação, em palavras diferentes, do mes-
mo sentido do texto original (intertexto).
Para exemplificar essa característica da produção literá-
ria, é válido analisarmos a introdução do segundo capítulo
da obra Macunaíma, em que Mário de Andrade retoma as
palavras de José de Alencar, em Iracema, ao apresentar na
narrativa o seu personagem principal e anti-herói. Observe
os fragmentos das duas obras:
Em Iracema: Iracema, óleo sobre tela, 167,5 x250,2
Além, muito além daquela serra, que ainda azula no ho- cm. José Maria de Medeiros, 1884. Rio de
Janeiro, Museu Nacional de Belas Artes.
rizonte, nasceu Iracema. Iracema, a virgem dos lábios de
mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graú-
na, e mais longos que seu talhe de palmeira. (...) a) Victor Meireles retratou, de modo realista, a personagem
Em Macunaíma: de Caramuru.
No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de b) As três personagens retratadas tiveram um destino comum:
nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. foram abandonadas pelos seus companheiros.
Ao optar pela alusão ao romance de José de Alencar, c) As duas primeiras obras retratam motivos árcades, ao passo
Mário de Andrade, ao mesmo tempo em que traz para o que a terceira apresenta um motivo romântico.
d) O artista focalizou um momento prazeroso na vida de Moe-
texto o fragmento do autor indianista, reconstrói o discur-
ma: o banho de sol à beira-mar.
so original para remontar um outro texto. Mesmo utilizan-
e) O artista focalizou o corpo de Lindoia, ao pé de um cipreste,
do elementos da natureza brasileira – que é uma carac- morta a flechadas por uma tribo inimiga.
terística dos textos do Romantismo – a nova composição
distorce ou nega a ideia inicial de exaltação do elemento Solução Comentada: Victor Meireles, ao retratar a personagem
indígena que, no texto modernista, é na realidade um anti- Moema, de Caramuru, não o fez de modo realista, mas românti-
herói, e não o “bom selvagem” do Romantismo. co. Com um olhar romântico, ele retratou o corpo da jovem mor-
ta, deitado à beira do mar, numa pose sensual, com a tanga presa
apenas a um dos lados dos quadris, a perna esquerda apoiada
Questão Comentada numa rocha e os cabelos soltos espalhados na areia. O mar apa-
rece difusamente por detrás e, ao longe, percebe-se a mata, onde
|C5-H17| sobressaem algumas árvores e palmeiras. Está, portanto, falso o
Os quadros reproduzidos a seguir dialogam com três obras da item A. É também falso o item B, porque Lindoia, personagem do
literatura brasileira. Com base em seus conhecimentos literários O Uraguai, não foi abandonada pelo companheiro. Cacambo, seu
e nos motivos retratados pelos artistas plásticos, assinale a alter- amado, foi envenenado, e ela, fiel a ele, não aceitou um casamen-
nativa verdadeira sobre fatos relativos às personagens em foco. to que lhe foi imposto, deixando-se picar por uma serpente num
bosque. O item C está correto, pois Moema (do épico Caramuru)
e Lindoia (do épico O Uraguai) pertencem ao Arcadismo, ao pas-
so que Iracema, do romance homônimo, é obra do Romantismo.
Universidade Aberta do Nordeste 35
4. Está falso o item D, porque o artista não pintou Moema ao banho a) a tristeza de Iracema, por não entender o significado que a
de sol, mas morta, por afogamento, após fracassada tentativa de flecha do esposo simbolizava.
barrar a viagem de seu amado Diogo Álvares, o Caramuru, que b) a reação de Iracema ao decodificar a mensagem deixada
a deixou para casar-se com Paraguaçu. Está igualmente falso o por Martim.
item E, uma vez que, como se comentou no item B, Lindoia dei- c) a desilusão de Iracema por sentir-se traída pelo marido, que
xou-se picar por uma serpente para não aceitar um casamento retornava a Portugal para rever sua noiva.
forjado. Ela não foi morta, portanto, a flechadas por tribo inimiga. d) a revolta de Iracema porque Martim partira com Poti sem lhe
A flecha que aparece no quadro foi atirada pelo irmão de Lindoia dar satisfação.
contra a serpente que envolvia o corpo de sua irmã. e) o arrependimento da filha dos tabajaras por ter deixado sua
Resposta: C tribo para tornar-se esposa de um guerreiro branco inimigo
de seu povo.
Para Fixar
|C5-H15|
|C5-H17| 02. Leia a música a seguir.
01. Confronte o quadro e o texto reproduzidos a seguir para re-
solver a questão proposta. IRACEMA VOOU
Chico Buarque
Iracema voou
Para a América
Leva roupa de lã
E anda lépida
Vê um filme de quando em vez
Não domina o idioma inglês
Lava chão numa casa de chá
Tem saído ao luar
Antônio Parreiras (1860-1937): Iracema, 1909. Óleo sobre tela, 61x 92 cm. São Paulo, Com um mímico
Museu de Arte. Ambiciona estudar
Poti refletiu: Canto lírico
— As lágrimas da mulher amolecem o coração do guerreiro, Não dá mole pra polícia
como o orvalho da manhã amolece a terra. Se puder, vai ficando por lá
Meu irmão é um grande sabedor. O esposo deve partir sem Tem saudade do Ceará
ver Iracema. Mas não muita
O cristão avançou. Poti mandou-lhe que esperasse; da aljava Uns dias, afoita
de setas que Iracema emplumara de penas vermelhas e pretas, e Me liga a cobrar:
suspendera aos ombros do esposo, tirou uma. – É Iracema da América
O chefe pitiguara vibrou o arco; a seta atravessou um goia-
mum que discorria pelas margens do lago, e só parou onde a Acerca da letra de música “Iracema voou”, de Chico Buarque,
pluma não a deixou mais entrar. é correto afirmar que se trata de uma:
Fincou o guerreiro no chão a flecha, com a presa atravessada, a) crítica aos brasileiros que se aventuram a emigrar de sua terra
e tornou para Coatiabo: natal em busca de uma vida melhor no exterior.
— Tu podes partir agora. Iracema seguirá teu rastro; chegando b) abordagem em torno do fortalecimento da identidade do
aqui, verá tua seta, e obedecerá à tua vontade. brasileiro a despeito da globalização.
Martim sorriu; e quebrando um ramo do maracujá, a flor da lem- c) referência ao modo como a personagem se comunica no
brança, o entrelaçou na haste da seta, e partiu enfim seguido por país estrangeiro, ignorando a pantomima.
Poti. d) reafirmação da visão ufanista legada pelos românticos, o
Breve desapareceram os dois guerreiros entre as árvores. O que se confirma pela saudade que a migrante clandestina
calor do Sol já tinha secado seus passos na beira do lago. Iracema sente do Ceará.
inquieta veio pela várzea seguindo o rastro do esposo até o tabu- e) intertextualidade com uma famosa personagem alencarina,
leiro. As sombras doces vestiam os campos quando ela chegou à anagrama de América.
beira do lago.
Seus olhos viram a seta do esposo fincada no chão, o goia-
mum trespassado, o ramo partido, e encheram-se de pranto.
— Ele manda que Iracema ande para trás, como o goiamum,
e guarde sua lembrança, como o maracujá guarda sua flor todo
o tempo, até morrer.
Iracema, de José de Alencar.
O quadro de Antônio Parreiras foi inspirado na passagem,
transcrita anteriormente, do romance de José de Alencar. Con-
frontando a referida passagem com a leitura intertextual que o
pintou fez dela, é correto afirmar que o artista plástico retratou:
36
5. Fique de Olho
Centenário da primeira edição de O triste fim
de Policarpo Quaresma
Em 1911, foi lançada a primeira edição de O triste fim de cionalismo, como a valorização da língua tupi-guarani,
Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, um clássico da lite- mas também fala do abismo existente entre as pessoas
ratura brasileira. idealistas e aquelas que se preocupam apenas com seus
interesses e com sua vida comum. Com uma narrativa leve
que em alguns pontos chega a ser cômica, mas sempre
Escrito por Lima Barreto, foi levado a público pela pri-
salpicada de pequenas críticas a vários aspectos da socie-
meira vez em folhetins publicados entre agosto e outubro
dade, a história se torna mais tensa quando o autor analisa
de 1911, na edição da tarde do Jornal do Commercio do
a loucura de seu personagem e duras críticas que este faz
Rio de Janeiro. Em 1915, também no Rio de Janeiro, a obra
ao presidente Floriano Peixoto (1891-1894), o que determi-
foi pela primeira vez impressa em livro, em edição do au-
nará seu triste fim: prisão e fuzilamento.
tor. O romance discute principalmente a questão do na-
Objeto do Conhecimento
O texto verbal e o não verbal – recursos e estratégias
Nas diferentes situações do cotidiano e nos diferentes con- específica. Portanto, está sempre atualizada, fato que lhe
textos, fazemos uso de nossas competências e habilidades de confere dimensão universal. O sintetismo e a instantanei-
leitura. Em todos esses momentos, estabelecemos interações dade da comunicação, que a tira transmite, são elementos
com os mais diversos tipos de textos dos mais variados gêne- importantes no processo de interação com o leitor.
ros. Em todos eles, está presente o desafio da interpretação Observe a tira de Laerte a seguir.
adequada de seus respectivos sentidos. Para que esse proces-
so de compreensão seja eficiente, é necessário o domínio dos
instrumentos que permitam o reconhecimento das lingua-
gens e dos códigos inerentes a cada tipo específico de texto
(verbal e não verbal), aspecto que será abordado nesta seção.
Pautado nessa convicção, este material tem como obje-
tivo propor um suporte acadêmico para ajudá-lo a desen-
volver suas habilidades de leitura em face das exigências de
um mundo contemporâneo, povoado de mecanismos de
comunicação que exigem do homem o reconhecimento
de seus recursos e estratégias de construção. Outra razão
importante, que estimula esse trabalho, é o projeto do novo Nessa tira de Laerte, o humor é provocado por desli-
Enem, que avalia, em seu exame, o conhecimento sobre zamentos semânticos. Os sentidos de “afinação”, de
as diferentes linguagens com as quais o indivíduo convive, “finura” e de “grosseria” se confundem e se fundem
a fim de que seja capaz de analisar, estabelecer analogias, no processo semântico marcado pela polissemia.
realizar inferências, levantar hipóteses, promover contextu- No primeiro quadro da tira, a expressão “afinador de pia-
alizações, lidar com situações-problema, resolver questões nos” está articulada ao diapasão, instrumento que auxilia
interdisciplinares entre outras proposições. na afinação de instrumentos e vozes, portanto, relaciona-
Nesse sentido, o conhecimento sobre as Tecnologias da da à música. No segundo quadro, o termo “finura” relacio-
Comunicação e da Informação constitui fator imprescindí- na-se à redução do espaço. Assim, “afinação” desliza para
vel na recepção correta dos textos, neste mundo de diferen- “finura”, opondo-se ao campo semântico de “grossura”.
tes linguagens e mídias, tornando-se essencial no desenvol- No terceiro quadro, ao observarmos o piano partido so-
vimento da competência leitora, promovendo a cidadania bre a cabeça do personagem, o deslizamento semântico
ao inserir o indivíduo nas práticas sociais da linguagem. Co- se completa: o termo “grosso” é compreendido como
mecemos então a revisar os tipos de linguagens. oposto à “finura”, “delicadeza”. Nesse sentido, o humor é
resultado desse jogo semântico entre as palavras.
A linguagem humorística: A charge – A charge é um desenho humorístico, com
Tirinha, Charge e Cartum ou sem legenda ou balão, geralmente tendo como veículo
A tirinha – A tira é uma narrativa curta, de caráter cômico- de divulgação os meios de comunicação. Sua característica
humorístico, composta de dois, três ou quatro quadrinhos fundamental é a exploração de um fato do cotidiano, um
ou vinhetas que empregam palavras e imagens, ou apenas acontecimento atual, comportando crítica, humor, ironia, fo-
imagens. Geralmente, é descontextualizada, sem uma data calizado por meio da caricatura. Segundo o dicionário Auré-
Universidade Aberta do Nordeste 37
6. lio, a charge é a “representação pictória, de caráter burlesco sentam de específico e diferente. Dessa forma, busca-se
e caricatural, em que se satiriza um fato específico, em geral, atrair a simpatia do consumidor, promovendo uma intera-
de caráter político e que é do conhecimento público.” Vale ção entre o que está proposto e o público-alvo.
ressaltar que a charge é um todo orgânico, daí não apresentar
um desenvolvimento sequencial, comum às tirinhas.
Observe a charge a seguir.
“Mon Bijou deixa sua
roupa uma perfeita
obra-prima.”
A propaganda, concebida como técnica, utiliza-
se de vários recursos advindos das artes e das ciências
(a Sociologia – para as pesquisas de opinião e preferências
da população; a Psicologia – para identificar as expectati-
A compreensão da charge exige do interlocutor um vas do público com relação a um determinado produto; a
determinado conhecimento de mundo, fato que lhe per- Matemática – com os dados estatísticos que se colocam a
mite a decifração do código. A contextualização, portanto, serviço dos publicitários) para alcançar seus propósitos. A
é um fator preponderante para o processo de interação habilidade no uso da língua é um dos fatores determinan-
entre o texto e o leitor, visto que esse tipo de texto é por tes para sua eficiência. O desenho, a pintura, a fotografia,
excelência uma releitura satírica, crítica de fatos do coti- as artes plásticas, os meios digitais aliados às artes gráficas,
diano, identificados no tempo e no espaço, conforme se são fundamentais para a programação visual dos anún-
observa no texto sugerido. Uma estratégia utilizada pelo cios. Vale ressaltar que, na propaganda, há recorrência a
chargista, na charge em questão, foi o emprego da in- outros recursos: a música, a expressão corporal etc.
tertextualidade com a Bíblia. Outro aspecto interessan- Observe o texto publicitário a seguir.
te é o elemento iconográfico, como o colete à prova de
balas que protege o Cristo Redentor, contextualizando
espacialmente a charge.
O cartum – É uma espécie de piada gráfica sobre os
mais diversos comportamentos humanos. De modo geral,
explora situações atemporais e universais, ou seja, que po-
deriam ocorrer em qualquer lugar e em qualquer época.
Observe o cartum a seguir.
desenblogue.com
Questão Comentada
|C1-H1, H3 e H4|
Com bom humor, o cartum explora uma situação
atemporal e comum a muitos lugares no mundo.
A exclusão social é o que gera esse texto peculiar. Vale res-
saltar, porém, que o leitor, para melhor compreender o car-
tum, deve ativar seu código linguístico estabelecendo uma
associação semântica entre o texto verbal e o não verbal.
A linguagem publicitária
O texto publicitário – A alma do negócio
A propaganda é a técnica de comunicação (linguagem
verbal e não verbal) que tem por finalidade difundir pro-
dutos, serviços e ideias. Esse processo de divulgação se dá
por meio da caracterização do que está sendo anunciado,
destacando o que esses produtos, serviços e ideias apre-
38
7. A comunidade do Orkut “Eu tenho medo do Mesmo” foi Com relação à estratégia argumentativa usada pelos perso-
criada em função do aviso bastante conhecido dos usu- nagens na tirinha, pode-se inferir que:
ários de elevadores: “Antes de entrar no elevador, ve- I. o autor recorreu ao recurso da dicotomia para
rifique se o mesmo encontra-se parado neste andar”. estabelecer o jogo de contrastes;
A assertiva que explica a criação dessa comunidade está na II. o texto presente no terceiro balão corresponde ao
alternativa: seguinte verso de Adélia Prado: “Aquilo que a memória
a) O risco que as pessoas correm ao não observarem a posição
ama fica eterno”;
do elevador.
b) O fato de o termo “mesmo” ter sido usado equivocadamente
III. a sentença “Cada um luta com o que tem” é um
no lugar de “elevador”, funcionando como substantivo. provérbio cujo correspondente semântico é “Amor com
c) A ideia de que o elevador é um meio de locomoção de alto amor se paga”.
risco para o homem. Está correto o que se diz em:
d) A semântica de reforço estabelecida pelo termo “mesmo”, a) I apenas. b) I e II. c) II e III. d) I, II e III. e)I e III.
acentuando a ideia de perigo.
e) O contexto sintático-semântico da construção em que o |C7-H21, H23 e H24|
termo “medo” e “mesmo” se fundem e confundem em suas 04. Observe o texto publicitário a seguir.
funções e em seus sentidos.
Solução Comentada: O jogo de palavras que dá nome à comuni-
dade do Orkut deve-se ao fato de o termo “mesmo” ter sido utilizado
equivocadamente no aviso como substituto de “elevador”, equiva-
lendo, portanto, a um substantivo. Nesse efeito de substantivação,
“o mesmo”, que deveria remeter a elevador, por substituição, acaba
funcionando como um outro substantivo na brincadeira da comu-
nidade, associado a uma pessoa (“o Mesmo”). Como o aviso adverte
que se deve verificar se “o mesmo” encontra-se parado no andar,
a brincadeira o interpreta como uma referência ao “maníaco dos
elevadores”. Para evitar esses equívocos na linguagem, basta repetir
a palavra ‘elevador’, ou substituí-la por “ele” ou “este”. São possíveis
também paráfrases que evitem a repetição. Nesse sentido, o jogo
polissêmico estabelecido pelo termo “mesmo” é evitado, e a infor- desenblogue.com
mação torna-se mais precisa, objetiva.
“Agora com a promoção de 0,50ª por minuto da telefônica,
Vale ressaltar que o termo “mesmo’ é um galicismo.
Resposta correta: b
você vai receber ligações de quem menos espera”.
A propaganda invariavelmente faz uso de recursos expres-
Para Fixar sivos para provocar no público-alvo uma resposta. No texto
em análise, identificamos como estratégias de persuasão:
a) a situação insólita desenvolvida pelo diálogo intertextual
|C1-H1 e H3|
com o cinema.
03. Observe a tirinha “Bichinhos de jardim”
b) a previsibilidade construída entre o texto verbal e o não verbal.
c) a intratextualidade provocada entre o texto verbal e a imagem.
d) o jogo de contrastes entre o verbal e o não verbal.
e) a ausência de vínculo semântico entre a empresa de teleco-
municação e o cinema.
Universidade Aberta do Nordeste 39
8. Objeto do Conhecimento
A Redação no Enem
Trabalharemos nesta seção com algumas orientações para bem articulada à discussão feita ao longo do texto. Não
a prova de redação do Enem, disciplina muito importante se pode apontar uma medida para uma causa que não
na construção da nota final dos alunos, já que tem o mes- foi discutida no desenvolvimento, nem se pode propor
mo peso que a prova de uma das Áreas do Conhecimento. medida para combater as consequências de um proble-
A prova de redação exige que o candidato escreva um ma, porque seria paliativo. O que o Enem quer é solução
texto dissertativo-argumentativo sobre um tema a partir de eficaz e cidadã. Por isso, as soluções não devem ser unila-
uma situação-problema de ordem política, social ou cultu- terais, mas interativas, contemplando a cidadania, isto é,
ral. Normalmente, fornece-se ao candidato uma coletânea envolvendo a participação da sociedade organizada, do
de textos motivadores, a fim de que ele possa construir ou Estado e/ou da iniciativa privada.
orientar melhor seus argumentos e desenvolver eficazmen- Por fim, o candidato deve fugir das soluções surradas.
te a proposta redacional. Por isso, não se deve ignorar tal O Enem exige solução inovadora. Por isso, é valioso acres-
coletânea na hora de selecionar ideias e informações. centar algum estímulo à sua proposta para que se encora-
Veja agora como se compõe o texto dissertativo-argu- je a aplicação da dela.
mentativo. Ele é formado por três partes fundamentais:
Dicas para se alcançar nota 1000
Introdução – 1º parágrafo • Use linguagem culta formal
Este parágrafo deve apresentar a ideia principal (tese) a ser • Procure impessoalizar o discurso, evitando usar a primeira
desenvolvida e defendida no texto e o problema que será pessoa do singular (eu) ou do plural (nós). Não é proibido o
discutido, a fim de que se apresente na conclusão uma seu uso, mas representa risco de subjetividade excessiva ou
proposta de solução para ele. de sentimentalismo. Por isso, empregue a terceira pessoa:
“É preciso fazer...”, “Deve-se considerar...”
Desenvolvimento – 2º e 3º parágrafos • Evite referências diretas ao leitor, tais como: “A
Nestes parágrafos, deve o candidato empenhar-se em apre- solução desse problema depende de vocês”, “Cobrem
sentar bons argumentos ou razões convincentes para sus- dos governantes...”
tentar sua opinião (tese) e convencer seu leitor/examinador • Use períodos curtos, que não ultrapassem quatro linhas.
acerca da relevância dela. É valioso realizar a análise das cau- • Seja direto na escritura do seu texto, evitando rodeios
sas e consequências do problema, discutindo-as a partir de ou circunlóquios.
vários ângulos, realizando interdisciplinaridade com outras • Se empregar termos estrangeiros, como “bullying” ou
áreas do conhecimento, como a Política, a Filosofia, o Direi- “site”, use aspas. Orkut, Facebook e Internet, porém, grafe
to, a Sociologia etc. Aqui, a diversidade enriquece o texto e sem aspas, mas com inicial maiúscula.
revela a bagagem cultural do examinando. É preciso ainda • Não copie nem transcreva trechos dos textos
que o candidato revele um posicionamento crítico sobre motivadores (coletânea) para sua redação. É com as ideias
a questão abordada, evitando raciocínios viciosos ou mar- desses trechos que você trabalhará de modo crítico,
discutindo-as reflexivamente.
cados por maniqueísmos. Para evitar abstrações e garantir
• Dê um título criativo à sua redação. Embora seja
consistência argumentativa, ele deve valer-se de relatos,
opcional o título na redação do Enem, recomendamo-
comparações, discurso de autoridade, dados estatísticos,
lo porque, se criativo, ele realça seu texto, podendo
exemplos ou fatos noticiosos. Lembrar sempre: só se pode
“conquistar” seu examinador.
apontar uma solução plausível para um problema quando
• Procure escrever o máximo que puder, sempre
se compreende(m) bem a(s) causa(s) que o originou(aram). valorizando o conteúdo, a relevância das análises feitas
Daí a necessidade de discuti-la(s) com destreza. e a qualidade dos argumentos. Textos com número de
linhas escritas inferior a oito não serão corrigidos.
Conclusão – 4º e último parágrafo
Este parágrafo é o fecho do texto. Ele pode ser dividido Redação Modelo
em duas partes, que podem ser expressas em dois perío- Veja exemplo de redação nota 1000 sobre este tema: “A
dos. O primeiro retomará a ideia central que se vem de- violência na sociedade brasileira: como mudar as regras
senvolvendo, mediante uma partícula conclusiva interca- desse jogo?” (Enem 2003)
lada: portanto, em face do exposto etc. O segundo (ou
outros, se forem necessários) é o espaço para apresentar VIOLÊNCIA É CASO DE POLÍTICA
a proposta de solução para o problema. Ela deve estar A ineficácia de políticas sociais para combater a violência
40
9. dá a impressão de que ela é um mal irremediável no Bra- Texto I
sil. Não é para menos. Onde a desigualdade e a exclusão ONU lança edição de 2012 para bolsas de estudos destina-
social coexistem com a impunidade e a corrupção, tem- das aos povos indígenas.
se uma mistura explosiva que alimenta diferentes formas O Programa de Bolsas para representantes indígenas
de agressão. Nesse contexto, são constantes os conflitos tem por objetivo dar oportunidades às pessoas indígenas
de conhecer o sistema e os mecanismos de direitos hu-
que geram insegurança e medo em níveis alarmantes.
manos das Nações Unidas para ajudar as comunidades a
A desigualdade manifesta-se na falta de respeito aos
proteger e promover os direitos e a cultura de seus res-
direitos individuais e coletivos que deveriam garantir o pectivos povos.
exercício da cidadania e vê-se na famigerada exclusão ONU Brasil.
social. Tais condições, somadas à carência de recursos,
podem levar uma pessoa sem perspectivas de vida a as- Texto II
UM ÍNDIO
sumir comportamentos agressivos e a inclinar-se para o
Caetano Veloso
crime na tentativa de livrar-se das suas privações. É um
erro, porém, simplificar que a violência é resultante da Um índio descerá de uma estrela colorida e brilhante
pobreza. Afinal, ela ocorre entre pobres, ricos e remedia- De uma estrela que virá numa velocidade estonteante
dos, e o que é pior, muitas vezes tem origem nos altos E pousará no coração do hemisfério sul,
escalões dos poderes públicos, na forma do crime orga- Na América, num claro instante
nizado. Este, sim, um verdadeiro caso de polícia.
Depois de exterminada a última nação indígena
Essa questão deveria preocupar a todos. Mas a socieda-
E o espírito dos pássaros das fontes de água límpida
de brasileira tolera ainda muitas injustiças. Não é raro, na his- Mais avançado que a mais avançada das mais avança-
tória do país, ficarem impunes os ditos crimes de “colarinho das das tecnologias
branco”. De tanto conviver com a corrupção e a impunida- (...)
de no dia a dia, o cidadão fica tentado pela contravenção
como estímulo para levar vantagem sobre os outros, seja Texto III
numa fila, seja no trânsito. É assim que a violência vai se
banalizando e nasce a indiferença pelo sofrimento alheio.
É assim que se vai acostumando com o desvio de dinheiro
público que tinha de ser aplicado em segurança, no treina-
mento das polícias, no combate à corrupção estimulada
pela impunidade, que é um dos mais graves atentados con-
tra os direitos humanos, pois impede a construção de uma
sociedade com dignas condições de vida.
É por isso que a violência não é só um caso de polícia,
mas de política, porque muitas das instituições que têm
o dever de combatê-la estão corrompidas. É evidente
que não existe uma fórmula capaz de, por si, assegurar
a convivência pacífica entre as pessoas. Mas é certo que,
com justiça eficiente contra a corrupção e a impunidade,
com ações contra o desemprego e investimentos em áre-
as básicas, como educação e saúde, acontecerá a preven-
ção e a redução da violência e se estimulará a paz social.
Redação: Manual de sobrevivência para concursos e vestibulares, de Juarez
Nogueira, editora Autêntica.
Proposta de Redação
Depois de observar a composição do texto dissertativo-argumen-
tativo e de ter visto uma redação modelo bem-sucedida, aprovei-
te para desenvolver a proposta de redação a seguir. Com base na
leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-
argumentativo em norma culta da Língua Portuguesa, sobre o
tema A valorização do indígena brasileiro, apresentando
experiências ou proposta de ação social que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e
coesa, argumentos e fatos para defesa de seus pontos de vista.
Universidade Aberta do Nordeste 41
10. Fique de Olho
MUDANÇAS NOS CRITÉRIOS DE CORREÇÃO DA
REDAÇÃO 2011
Segundo o Edital do Enem 2011 - Edital nº 7, de 18 de diversidade sociocultural.
maio de 2011, do Instituto Nacional de Estudos e Pesqui- Entretanto, fique atento a uma mudança importante!
sas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a redação será cor- Cada uma dessas competências não será mais quantificada
rigida avaliando-se as mesmas cinco competências utili- em quatro níveis (de 1 a 4) como no ENEM passado. Agora,
zadas no ano anterior. elas serão desdobradas em 6 níveis (N), quantificados de 0 a 5
I. Demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita. Essa mudança traz duas implicações práticas:
II. Compreender a proposta de redação e aplicar concei- 1. Aumenta a possibilidade de o candidato zerar na
tos das várias áreas de conhecimento para desenvolver redação, caso que ocorre quando ele tira nota 0 em
o tema, dentro dos limites estruturais do texto disserta- todas as competências avaliadas, o que não ocorreria
tivo-argumentativo. no critério anterior, exceto quando desrespeitasse os
III. Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informa- direitos humanos, fugisse ao tema, apresentasse um
ções, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um número de linhas inferior a 8, escrevesse palavrões ou
ponto de vista. apresentasse outras formas propositais de anulação.
IV. Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísti- 2. Aumenta o nível de exigência para se alcançar o nível
cos necessários para a construção da argumentação. 5 (excelência), porque requer uma proposta de inter-
V. Elaborar proposta de solução para o problema abor- venção não só coerente, bem fundamentada e bem
dado, respeitando os valores humanos e considerando a escrita, mas também inovadora.
Objeto do Conhecimento
Compreensão de textos na língua inglesa
O Enem, ao incorporar a língua inglesa em seu certame replied meekly, “Oh, uh, er, somewhere between tenor and
de questões, vem ratificar o que está preceituado nos Pa- bass, sir.”
râmetros Curriculares Nacionais (PCNs) no que tange à A partir da leitura da passagem acima, podemos dizer que,
importância do ensino de uma língua estrangeira moder- por conta de seu nervosismo, Harold:
a) entendeu mal a pergunta do professor, e que, por conseguin-
na no currículo do Ensino Básico nacional. Sabemos que
te, respondeu outra coisa que não fora perguntada por ele.
o aprendizado de uma língua estrangeira é de suma im-
b) saiu-se muito mal no teste, uma vez que chegou atrasado 15
portância para a vida do estudante, quer acadêmica, quer minutos à sala.
profissional. Em sendo assim, há de se dispensar especial c) foi aprovado com louvor na eliminatória para participação no
atenção ao ensino da língua inglesa nas escolas. coral da escola por possuir uma voz que variava de tenor a
As questões de língua inglesa figuraram pela pri- baixo.
meira vez no Enem no ano anterior (2010). Percebe- d) ficou feliz com o resultado do teste, pois todos os seus cole-
mos claramente que o foco dado às cinco questões, ali gas o apoiaram incondicionalmente, mesmo diante da pos-
abordadas, foi de caráter exclusivamente interpretativo tura hostil de seu professor.
e é por isso que preparamos este material utilizando a e) não tinha autorização para chegar atrasado à aula, por isso foi
compreensão de textos como metodologia central de até a sua carteira sorrateiramente.
estudo dessa língua.
Solução Comentada: Para se obter total compreensão do texto
acima, bem como captar, por assim dizer, o ponto chave da pia-
da, é requerido do leitor que soubesse os seguintes esquemas
Questão Comentada
contidos nele.
• Quão embaraçador é, para um jovem adolescente de 15 anos,
|C2-H6, H7 e H8|
cantar em um coral.
Um bom exemplo do papel da Teoria dos Esquemas se en-
• Como chegar atrasado a uma aula é “proibido”.
contra na leitura do texto anedótico abaixo.
• Quão embaraçoso é ser discriminado, chamado a atenção em
A fifteen-year-old boy got up the nerve one day to try out
uma sala de aula.
for the school chorus, despite the potential ridicule from his
• Saber alguma coisa sobre música.
classmates. His audition time made him a good 15 minutes late
A estrutura formal do texto também nos revela algumas
to the next class. His hall permit clutched nervously in hand,
conexões implícitas.
he nevertheless tried surreptitiously to slip into his seat, but his
• O teste para o coral fez com que ele se atrasasse para
entrance didn’t go unnoticed.
a próxima aula.
“And where were you?” bellowed the teacher.
• Ele, na verdade, tinha uma autorização para chegar atrasado à aula.
Caught off guard by the sudden attention, a red-faced Harold
42
11. • O professor percebeu quando ele chegou sorrateiramente. |C2-H5|
• A pergunta do professor se referia ao ‘local’ onde ele estava, e GREECE: BACK FROM THE BRINK – FOR NOW
não à parte musical (entre tenor e o baixo). By Ben Rooney @CNNMoney. June 30, 2011: 5:09 a.m. ET.
Tendo em mente essas observações, podemos apontar a alter-
nativa correta como sendo a A, já que o professor não se referia
ao seu teste de voz, e sim à sua localidade, como se observa no
último ponto citado.
Alguns vocabulários importantes no texto:
• got up the nerve: teve a coragem
• hall permit: autorização
Resposta correta: a
Para Fixar
|C2-H5 e H7|
The Greek Government approved unpopular austerity measures Wednesday to
secure another dose of emergency financial aid.
LULZSEC CLAIMS NEW INTERNATIONAL
HACKING VICTORY New York (CNNMoney) – Greece has pulled itself back from
LulzSec claims to have brought down two Brazil- the brink, by agreeing to a painful austerity package aimed at
ian government websites in fresh attacks after a reducing the country’s giant budget deficits.
19-year-old teenager from Essex was arrested, ac- On Thursday, lawmakers are set to vote on how to implement
cused of being part of the hacker group those unpopular reforms. Then the country is expected to secure
By Andy Bloxham, Gordon Rayner, Martin Evans and Christopher Williams. the final $17 billion of a $156 billion international relief package.
7:29 a.m. BST. 22 Jun. 2011. The latest cash infusion means Greece will be able to stave off
an immediate default and pay its bills for the next three months.
In a tweet in the early hours of Wednesday morning, LulzSec- But Greece is not out of the woods. The country still needs to put
Brazil wrote: “TANGO DOWN brasil.gov.br & presidencia.gov.br”. the unpopular reforms into practice, negotiate with creditors and
Another Twitter message from the main LulzSec page then ad- privatize big public institutions.
ded: “Our Brazilian unit is making progress. Well done @LulzSe- Passage of the austerity plan “will certainly give some short-
cBrazil, brothers!” term relief to markets,” said IHS Global senior economist Diego
The websites are the official pages of the Brazilian Govern- Iscaro. “But concerns about the long-term feasibility of Greece’s
ment and the President’s office, the equivalent of the Downing fiscal plans still remain in place.”
Street site. Attempts to access the websites this morning proved Disponível em: http://money.cnn.com/2011/06/30/news/international/
unsuccessful and the attacks appeared to have swamped the pa- greece_austerity_details/index.htm?hpt=hp_c1. Acesso em: 30 jun. 2011.
ges with Internet visits, causing them to crash.
The Brazilian government has become the latest high-profile 6. Nesta última quarta-feira (29.06), o Parlamento grego apro-
victim claimed by LulzSec in a list which has allegedly inclu- vou um novo pacote de austeridade na Grécia, elogiado
ded the CIA, the US Senate, the US television broadcaster PBS, pelo Diretor Geral em funções do FMI, que em suas próprias
Britain’s Serious and Organised Crime Agency and the technolo- palavras disse: “A aprovação das medidas de austeridade,
gy firms Sony and Nintendo. que são o pilar do processo de resgate aprovado pelo FMI,
Disponível em: http://www.telegraph.co.uk/technology/news/8590952/ a União Europeia (UE) e o Banco Central Europeu, é uma
LulzSec-claims-new-international-hacking-victory.html. Acesso em: 26 jun. 2011. notícia positiva”, e acrescentou: “O ajuste fiscal [na Grécia]
é uma necessidade”.
5. Na quarta-feira (22.06), sites do Governo brasileiro saíram do
ar por causa de ataques assumidos pelo LulzSecBrazil. Fo- Com base na leitura do texto acima, podemos inferir que:
ram alvo os sites da Presidência da República, do Governo a) a Grécia passará pelos seus piores três meses de crise com a
Federal, da Previdência, da Petrobrás e da Receita Federal. O aprovação do novo pacote, não tendo capacidade para pa-
objetivo dessas ações não é invadir o sistema, mas sim tirar gar seus débitos.
o site do ar. Com relação aos (alegados) ataques da LulzSec b) se o Governo grego não receber 156 bilhões de dólares nos pró-
podemos dizer que: ximos três meses, haverá uma crise sem precedentes no país.
a) a CIA e o Senado americano foram as próximas vítimas dos c) o país ainda não está fora de perigo. Precisa ainda tomar
hackers após o ataque aos sites brasileiros. algumas medidas, tais como: por a reforma em prática, ne-
b) documentos importantes do Governo tiveram seus sigilos gociar com seus credores e privatizar grandes instituições
invadidos pelos membros da LulzSecBrazil. públicas.
c) o mentor do ataque aos sites do Governo brasileiro foi um d) caso o Governo grego receba a quantia de 17 bilhões de dó-
jovem de 19 anos. lares, o país poderá liquidar sua dívida externa, não havendo
d) logo após a invasão aos sites do Governo e da Presidência do a necessidade de se implantarem as medidas aprovadas pelo
Brasil, o responsável, um adolescente de 19 anos, foi preso. Parlamento grego, pelo menos, nos próximos três meses.
e) o Governo brasileiro não foi a primeira vítima de importância e) a população aprovou com louvor as medidas tomadas pelo
que teve seus sites invadidos pelos hackers da LulzSec. Parlamento grego, muito embora não tenha ficado satisfeita de
receber apenas 17 bilhões dos 156 acordados previamente.
Universidade Aberta do Nordeste 43
12. Objeto do Conhecimento
Compreensão de textos na língua espanhola
Seguindo a mesma metodologia utilizada para abordar padres, por lo que se añaden nuevos problemas al sempi-
a língua inglesa, esta seção abordará a língua espanhola, terno conflicto generacional.
a partir da prática da compreensão da leitura, buscando Para colmo, se agrava aún más el bloqueo comu-
apoiar o processo de assimilação e ordenação mental das nicacional entre padres e hijos, que cumple siempre el
ideias, experiências e pontos de vista expostos pelos au- dilema de Lansky.
tores, além de incrementar o vocabulário dos estudantes.
El dilema de Lansky:
Para começar vamos ler o seguinte texto:
Cuando el padre quiere hablar com el hijo
adolescente, éste siempre está ocupado o
Con treinta años y... ¡todavía en casa! tiene un próximo examen.
Cuando el adolescente quiere hablar com su
padre, éste está saliendo apresuradamente
hacia el trabajo o está terriblemente ocupado
con su declaración de renta.
Questão Comentada
|C2-H5|
A partir do texto anterior, responda a questão que segue.
Segundo o texto, os jovens que prolongam sua adolescência o
fazem por:
a) questões relativas ao excesso de trabalho.
b) medo de enfrentar o mundo da solidão.
c) motivos de instabilidade laboral.
d) temor de abandonar seus pais.
e) chantagem afetiva de seus familiares.
www.fraciscogavilan.net/La_adolescencia_prolongada.htm.
Solução Comentada: De acordo com o sentido do texto, podemos
Los hijos no dan más que disgustos. Ésta es la este- compreender que os jovens que prolongam sua adolescência o fazem
reotípica reacción de los padres desconcertados por los quando a convivência na casa paterna se prolonga além do espera-
p r o b l e m a s ¡Nunca hay que rendirse a la desesperación! do. Pelo título do texto e seu subtítulo “Con treinta años y ... ¡todavía en
que habitual- Primero sufrimos su adolescencia y ahora su casa!”, entendemos que, pelo que pensa o autor, os filhos com trinta
mente gene- impotencia para independizarse. Pero, por anos ou mais já deveriam buscar seu próprio abrigo, fora do âmbito
ra la relación mucha paciencia que le eches, ¡qué difícil familiar. Ocorre que a precariedade do mercado impede muitos ado-
con sus hijos resulta convivir con ellos, sobre todos ahora lescentes adultos de alcançar a desejada independência econômica.
adolescentes. que ya son adultos y siguen viviendo bajo el Dessa forma, podemos concluir que a instabilidade no traba-
Los padres han mismo techo! lho acarreta a muitos jovens o prolongamento de sua adoles-
tratado siem-
Francisco Gavilán cência vivendo um no ninho familiar, mesmo com a idade de
trinta anos ou mais.
pre de desempeñar su papel educativo con la mejor in- Resposta correta: c
tención. Pero casi nunca han estado preparados para ello.
Bernard Shaw tenía razón al afirmar: “Puede haber al-
guna duda sobre quiénes son las mejores personas para Para Fixar
hacerse cargo de los hijos pero no hay ninguna duda de
que los padres son los peores!”. Y mucho menos en la actu- |C2-H5|
alidad, que se enfrentan al fenómeno de la “adolescencia 7. No texto, as expressões que formam os pares de opções abai-
xo são equivalentes ou apresentam aspectos comuns, à ex-
prolongada” y a una mayor conflictividad, debido a que la
ceção de:
convivencia en casa se prolonga mucho más. a) “Los hijos que no dan más que problemas” - “Padres descon-
Lamentablemente, la autonomía e independencia que certados por problemas que generalmente genera la relaci-
los forzosos Peter Pan persiguen, llega hoy a una edad ón con sus hijos adolescentes.”
mucho más avanzada que hace décadas. La precariedad b) “Fenómeno de la adolescencia prolongada” - “la convivencia
del mercado de trabajo impide a muchos adolescentes en casa se prolonga mucho más.
adultos alcanzar la deseada independencia económica. c) “Autonomía e independencia” – “la deseada indepen-
Sin ella, resulta prácticamente imposible separase de sus dencia económica”.
44
13. d) “Los forzosos Peter Pan”– “las mejores personas para hacerse vaya. Puede que sea lo mejor o puede que se dé cuenta de
cargo de los hijos”. que le quieres y que conviver es mejor para ambos.
e) “Los padres han tratado siempre de desempeñar su papel edu- 6. Recuerda que la adolescencia es un periodo de psicosis nor-
cativo...” – “no hay ninguna duda de que los padres son peores.” mal, un tiempo a menudo doloroso en la vida de cualquiera.
Tú también fuiste un adolescente. Así que puedes ver la si-
|C2-H7| tuación desde su perspectiva, pero tu hijo no la puede ver
8. Leia o texto a seguir. desde la tuya.
www.fraciscogavilan.net/La_adolescencia_prolongada.htm.
Trucos para “domar” a tu adolescente
prolongado
1. Negocia las reglas y, una vez que queden claras, fijalas con un Segundo o texto, constitui um truque para “domar” a adoles-
imán sobre el frigorifico para que las recuerden. cencia prolongada.
2. No le protejas de las consecuencias de sus decisiones. Debe a) As regras da convivência devem ficar coladas como um ímã.
aprender. Los castigos sólo mostrarán su lado desagradable. b) Castigar com as consequências de seus atos nem sempre é a
3. Intenta escuchar su música favorita. No esperes que te ayude a melhor solução.
descongelar el frigorifico o a ordenar un poco la casa. Pero las c) Deixe claro que descongelar a geladeira e organizar um
letras de sus canciones pueden ayudarte a entenderlo mejor. pouco a casa fazem parte de suas tarefas diárias, e cobre tal
4. Cultiva una mala memoria. Rehúsa recordarle lo que hizo mal y realização.
empieza cada día como si se tratase de una nueva relación. Los d) Tente ver a situação desde o ponto de vista de seu filho, lem-
adolescentes cambian muy rápida y conscientemente de actitud. brando que você já foi um adolescente também.
5. Si tu hijo no respeta ni valora la comodidad de la vida familiar e) Se seu filho não valoriza a comodidade da vida familiar, per-
(comida, lavado, disfrute de la casa, etc.), permitele que se mita-lhe que fique até que aprenda.
Fique de Olho
Os falsos cognatos são palavras heterossemânticas, que ancho largo flaco magro
têm significados diferentes no Português e no Espanhol. rojo vermelho morado roxo
Español Portugués Español Portugués rubio loiro pelirrojo ruivo
oficina escritório escritorio escrivaninha sótano porão bunhardilla sótão
exquisito bom, gostoso raro esquisito vaso copo copo floco
débil fraco largo comprido taza xícara copa taça
Exercitando para o Enem Passou-se o tempo da vovó
Quem manda é a Severa
|C5-H16| E o cavalo Mossoró
HISTÓRIA DO BRASIL
Lamartine Babo 01. Considerando os recursos utilizados na construção da letra
Quem foi que inventou o Brasil? dessa marchinha, que fez sucesso no carnaval de 1934, é cor-
Foi seu Cabral! reto afirmar que seu autor:
Foi seu Cabral! a) parodia os personagens do romance O Guarani, de José de
No dia vinte e um de abril Alencar.
Dois meses depois do carnaval b) recorre ao quiasmo nos versos “Ceci amou Peri/Peri bei-
Depois jou Ceci”.
Ceci amou Peri! c) lança mão da intratextualidade ao incluir os heróis de O Gua-
Peri beijou Ceci rani na sua composição musical.
Ao som... d) refere-se a uma versão em áudio do romance de José de
Ao som do Guarani! Alencar ao escrever “Ao som do Guarani”.
Do Guarani ao guaraná e) parodia a ópera de Carlos Gomes.
Surgiu a feijoada
E mais tarde o Paraty |C7-H23|
Depois 02. Leia o texto a seguir.
Ceci virou Iaiá A Literatura
Peri virou Ioiô Ainda que nasça e morra só, o indivíduo tem a sua existência
De lá marcada pela coletividade de que faz parte e que funciona se-
Pra cá tudo mudou! gundo “leis” e “regras” preestabelecidas. Um dos primeiros desa-
Universidade Aberta do Nordeste 45
14. fios a serem enfrentados pelo ser humano é compreender que |C7-H21, H23 e H24|
leis e regras são essas, decidir quais delas deve seguir e quais 04. Observe o anúncio publicitário.
precisam ser questionadas de modo a permitir que sua jornada
individual tenha identidade própria.
Nos textos literários, de certo modo, entramos em contato
com a nossa história, o que nos dá a chance de compreender
melhor nosso tempo, nossa trajetória. O interessante, porém, é
que essa “história” coletiva é recriada por meio das histórias in-
dividuais das inúmeras personagens presentes nos textos que
lemos, ou pelos poemas que nos tocam de alguma maneira.
Como leitores, interagimos com o que lemos. Somos tocados
pelas experiências de leituras que, muitas vezes, evocam nossas
vivências pessoais e nos ajudam a refletir sobre nossa identidade desenblogue.com
e também a construí-la. Persuadir o público-alvo é o objetivo principal do texto publi-
Maria Luiza M. Abaurre; Marcela Pontara. Literatura Brasileira – tempos leitores e citário. No texto em destaque, esse procedimento é realizado
leituras. Ensino Médio. São Paulo: Moderna, 2005, pp., 10-11. Adaptado. por meio de algumas estratégias. Considere as assertivas so-
bre o texto:
A literatura é apresentada como tendo também a função de: I. O texto foi concebido a partir de uma analogia com o mundo
a) informar a coletividade sobre o funcionamento das “leis” e digital;
“regras” que regem seus grupos de atuação. II. O nome do produto é o único elemento que promove o diá-
b) orientar o ser humano quanto à escolha das leis e regras que logo entre os gêneros publicitário e digital;
devem ser seguidas nas comunidades em que vivem. III. O texto, para alcançar seu objetivo, recorre à nossa memória
c) promover o contato com a nossa história e nosso tempo,o linguística e visual através do recurso fonético e do layout
que nos deixa conscientes e participativos. respectivamente.
d) controlar o leitor em seus questionamentos sobre a valida-
de da organização social, de modo a garantir sua própria Está correto o que se diz em:
identidade. a) I e II. b) II e III. c) I e III. d) I, II e III. e) III apenas.
e) impedir que, em histórias individuais, se criem modelos de
personagens que firam a história coletiva de cada grupo. |C1-H1 e H4|
05. Observe a tirinha.
|C5-H16|
03. Leia o poema a seguir.
POEMA MATEMÁTICO
Me somo.
E fico um.
Me multiplico.
E permaneço um.
Me divido.
E continuo um.
Me diminuo.
E resto um.
Me escrevo.
E sou nenhum. Folha de S. Paulo, 24 dez. 2005. Caderno ilustrado.
Na tirinha, podemos constatar a inserção de outro texto
BELL, Lindolf. O Código das águas. Florianópolis:Global, p.86. constituído previamente. A constatação da intertextualidade
deve-se a um processo de recuperação:
Poema é a expressão em versos. Em relação ao “Poema Mate- a) da memória cognitiva.
mático”, assinale a afirmação em desacordo com ele. b) da memória emotiva.
a) O poema é composto por dez versos distribuídos em cinco c) da memória sinestésica.
dísticos. d) da memória social.
b) O poeta adapta as operações fundamentais da Matemática e) da memória involuntária.
para fazer uma alegoria à vida.
c) Nos versos 1, 3, 5 , 7 e 9 , o poeta faz uso da linguagem colo-
quial, o que se revela no uso da próclise em vez da ênclise.
d) A repetição da conjunção coordenativa e, ligando os versos e
dando unidade ao poema, constitui polissíndeto.
e) Da leitura do poema, depreende-se que há uma gradação
ascendente em relação à efemeridade da vida.
46
15. |C1-H1 e H2| Students and teachers look through a viewing device or at
06. Considere os quadrinhos reproduzidos abaixo. a monitor to see virtual objects such as planets, volcanoes, the
human heart, or dinosaurs embedded within their real-world en-
vironment – and they can interact with and manipulate those
objects to receive associated information.
“This … is clearly going to revolutionize education,” Jochim said.
The ARDL retails for $ 2,100, which includes a 20-seat license.
Jochim said additional fee-based curriculum tools will be availa-
ble soon as well, but purchasing those will not be necessary to
operate the ARDL; educators can continue using free resources
in their lessons.
Disponível em: http://www.eschoolnews.com/2010/05/11/
augmented-reality-takes-hold-in-classrooms/?ast=42&astc=3032. Acesso em: 30
jun. 2011. Adaptado.
Com respeito ao uso da nova ferramenta chamada augmented
reality nas escolas americanas podemos dizer que:
a) difere da virtual reality no aspecto de que esta última aumen-
ta a percepção da pessoa do ambiente que lhe rodeia.
b) não tem tido muito crédito pelos professores e administrado-
Folha de S. Paulo, 15/08/2004. res das escolas por estar o seu custo ainda muito elevado.
De acordo com os quadrinhos é coerente afirmar que: c) apenas uns poucos alunos estão tendo aula com ela, devido
I. a linguagem não verbal analisada isoladamente permite a ao seu elevado custo inicial.
mesma interpretação quando associada à linguagem verbal; d) é uma ferramenta que tende a crescer nas escolas america-
II. o humor dos quadrinhos reside no terreno do contraditório; nas, já que torna as lições mais atraentes.
III. o texto verbal e o não verbal convergem para o atenuamento e) apenas o professor Jochim tem apoiado o uso da augmen-
do tema: a violência. ted reality nas salas de aula.
Está correto o que se diz em: |C2-H6, H7 e H8|
a) I e III. b) II apenas. c) II e III. 08. Leia o texto que se segue.
d) I e II apenas. e) I, II e III.
WHAT DO BRITISH PEOPLE LIKE DOING
|C2-H5, H6 e H7| AT THE WEEKENDS?
07. Leia o texto a seguir.
AUGMENTED REALITY TAKES HOLD IN
CLASSROOMS
Educators say enhanced learning experiences can lead
to engaging lessons
By Laura Devaney, Managing Editor
Read more by Laura Devaney
The weekends are a time for families in Britain. Often the pa-
rents are not at work having worked a five day week from Mon-
day to Friday. Saturdays are a busy time for shops with many fa-
milies going shopping.
Sundays used to be a very special day of the week in Britain.
It was the one day of the week for ‘worship and rest’.
Augmented reality overlays digital images and information on real-
world settings.
A small but growing number of schools across the nation are
How do people spend their free time?
People enjoy various indoor and outdoor activities in Britain.
turning classroom lessons into engaging experiences with aug-
An Euro stat survey, the EU’s statistical office, discovered that
mented reality (AR), a technology that overlays digital informa-
people in Britain spend about 45% of their free time watching
tion on top of real-world surroundings as viewed through a smart
television, 24% of their free time socializing, 22-23% on sport and
phone or other handheld, GPS-enabled device.
hobbies, and 10% on other activities. Other popular leisure acti-
Proponents of the technology in education say augmented reality
vities are listening to the radio, listening to pre-recorded music,
differs from virtual reality in that while virtual reality aims to replace a
reading, DIY, gardening, eating out and going to the cinema.
person’s perception of the world with an artificial world, augmented Disponível em: http://www.projectbritain.com/weekends.htm. Acesso em: 30 jun.
reality enhances a person’s perception of his or her surroundings. 2011. Adaptado.
Universidade Aberta do Nordeste 47
16. Percebemos, pela leitura acima, que os britânicos: b) filhos adultos, tais como filhos menores, sempre se adequam
a) não frequentam a igreja aos domingos. ao estilo de vida de seus pais.
b) tiram o dia de domingo para descansar e ir à igreja. c) não há problemas de adequação de filhos adultos ao lar
c) não gostam, em absoluto, de fazer algo eles próprios, como, de seus pais.
por exemplo, montar uma estante ou consertar algo quebra- d) os pais têm a obrigação de cuidar de seus filhos maio-
do em seus lares. res, oferecendo-lhes um ambiente propício ao seu
d) de acordo com pesquisa, gostam, em sua maioria, de ler du- desenvolvimento.
rante sua hora de lazer. e) a companhia dos filhos adultos no ninho familiar sempre é
e) gostam de ir, durante seu tempo livre de lazer, aos estádios motivo de alegria por sua adequação.
para assistirem a seus times jogarem.
|C2-H5|
|C2-H8| 10. O ninho familiar abarca os significados conotativos abaixo,
09. Observe a charge a seguir. com exceção de um. Qual?
a) Protección b) Cariño
c) Cuidado d) Suciedad
e) Seguridad
Para Fixar
01 02 03 04 05 06 07 08
b e b a e c d d
Exercitando para o Enem
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
Erlich, www.elpais.com.es b c e c d b d b a d
De acordo com o sentido da charge de Erlich, pode-se
afirmar que:
a) o ninho familiar, muitas vezes, não comporta mais a vida
de filhos adultos.
Atenção!! Inscreva-se já e tenha acesso a outros materiais sobre
o Enem no www.fdr.com.br/enem2011
Expediente
Presidente: Luciana Dummar Editor de Design: Deglaucy Jorge Teixeira
Coordenação da Universidade Aberta do Nordeste: Sérgio Falcão Projeto Gráfico e Capas: Dhara Sena
Coordenação do Curso: Marcelo Pena e Fernanda Denardin Editoração Eletrônica: Dhara Sena, Mikael Baima e Nadiúska Patrícia
Coordenação Editorial: Sara Rebeca Aguiar Ilustrações: Suzana Paz
Coordenação Acadêmico-Administrativa: Ana Paula Costa Salmin Revisão: Sara Rebeca Aguiar
Apoio Parceria Realização Promoção