O documento discute o potencial do cinema e vídeo na sala de aula para fins educativos, propondo sua utilização como ferramenta pedagógica quando trouxer contribuição efetiva à aprendizagem. Também recomenda estimular a leitura crítica audiovisual e evitar usos inadequados como tapa-buraco ou enrolação. Por fim, oferece sugestões de atividades e procedimentos para trabalhar com filmes.
4. Nos últimos anos, finalmente
vemos o vídeo chegar à sala
de aula e aos demais
espaços escolares, trazendo
uma expectativa positiva em
relação à sua utilização
como subsídio pedagógico.
5. Por isso, precisamos aproveitar
essa expectativa positiva para
atrair o aluno para os assuntos
do nosso planejamento
pedagógico.
6. Salientando que o uso
do vídeo possue grande
potencial educativo e,
que portanto, configura-
se como um importante
instrumento de trabalho
para o professor.
7. O filme educativo, como qualquer outro
elemento audiovisual, não deve, pois,
ser encarado como algo raro, uma
atividade extra-classe com um “sabor
de festa”. É instrumento, é ferramenta
de trabalho e só deve ser usado se, de
fato, trouxer uma contribuição efetiva à
aula.
8. Portanto, o educador precisa
estimular a leitura crítica dos meios
de comunicação audiovisual em
crianças e adolescentes, por meio do
desenvolvimento da percepção para
as diferentes linguagens que dão
suporte a este tipo de produção,
contribuindo, assim, para a formação
de cidadão conscientes, críticos e
livres.
9. Além de usar sua fala, o educador tem
a possibilidade de mostrar imagens,
sons, movimentos, cores, inserir
comentários, voltar a pontos
anteriores, enfim, tem a oportunidade
de desenvolver a clássica dinâmica de
uma aula presencial de boa qualidade.
10. Se, na escolha “do que for
passar no vídeo”, forem
considerados os interesses e
necessidades dos educandos,
ele poderá aproximar o
conteúdo didático do
cotidiano dos alunos, pois o
vídeo pode atrair os alunos
quando possui uma narrativa
significativa para eles.
11. O vídeo é apenas um recurso,
mas um recurso muito especial!
Ele parte do visível, do que toca
vários sentidos. As músicas e os
efeitos sonoros evocam
lembranças e criam expectativas,
antecipando reações e
informações.
12. Sites que falam sobre
Cinema:
www.portacurtas.com.br
www.cineduc.org.br/
http://www.adorocinema.com
14. •Vídeo-tapa buraco:
Colocar vídeo quando há um
problema inesperado, como
ausência do professor. Usar
este expediente
eventualmente pode ser útil,
mas se for feito com
frequência, desvaloriza o uso
do vídeo e a associação (na
cabeça do aluno) a de não ter
aula.
15. •Vídeo-enrolação:
Exibir um vídeo sem ligação com a
matéria. O aluno percebe que o vídeo
é usado como forma de camuflar a
aula. Pode concordar na hora, mas
discorda do seu mau uso.
16. •Vídeo-deslumbramento:
O professor que acaba de
descobrir o uso do vídeo costuma
empolgar-se e passa vídeo em
todas as aulas, esquecendo
outras dinâmicas mais
pertinentes. O uso exagerado do
vídeo diminui a sua eficácia e
empobrece as aulas.
18. a)Antes da exibição:
- Checar o vídeo antes. Conhecê-lo.
- Checar o som (volume), o canal de exibição,
o data-show.
- Deixar com que cada aluno faça a sua
avaliação, não dando o seu parecer
19. b) Durante a exibição:
-Solicitar aos alunos que
anotem as cenas mais
importantes.
-Se for necessário, parar
para fazer um
comentário breve, sem
demorar muito nele.
20. c) Depois da exibição:
-Reflexão e debate sobre o filme;
-Questionário sobre o filme;
-Redação sobre a história vista;
-Outras adequações à Disciplina
trabalhada.
23. Leitura situacional (Informações a serem
dadas):
•Título da obra, ano em que foi realizada, país
no qual foi produzida...
•Época em que transcorre a ação.
•Gênero ao qual pertence: se provoca riso, se
faz chorar, se provoca medo, se é de
aventuras...
•Explicar, se for o caso, alguma situação ou
fato interessante da produção ou filmagem.
24. Leitura concreta
(Questões gerais):
•Gostaram da obra? Por quê?
•Do que mais gostaram? Por quê?
E do que menos gostaram? Por
quê?
•Entenderam a história? Há alguma
coisa que não ficou clara? O quê?
25. Leitura narrativa (Questões a
serem apresentadas):
•Reconstruir a história por meio de
técnicas diferentes;
-O professor inicia a história e os alunos
continuam.
-Cada aluno faz um resumo individual.
-Cada aluno explica um fragmento da
história.
26. Sugestões de
atividades
pedagógicas com o
uso do Vídeo:
27. a) Vídeo como SENSIBILIZAÇÃO:
Um bom vídeo é interessantíssimo
para introduzir um novo assunto,
para despertar a curiosidade, a
motivação para novos temas.
Isso facilitará o desejo de
pesquisa nos alunos para
aprofundar o assunto do vídeo e
da matéria.
28. b) Vídeo como ILUSTRAÇÃO:
O vídeo muitas vezes ajuda a
mostrar o que se fala em aula,
a compor cenários
desconhecidos dos alunos.
Um vídeo traz para a sala de
aula realidades distantes dos
alunos.
A vida se aproxima da escola
através do vídeo.
29. c) Vídeo como SIMULAÇÃO:
É uma ilustração mais sofisticada. O
vídeo pode simular experiências de
química que seriam perigosas em
laboratório ou que exigiriam muito
tempo e recursos.
Um vídeo pode mostrar o crescimento
acelerado de uma planta, de uma árvore
– da semente até a maturidade – em
poucos segundos.
30. d) Vídeo como CONTEÚDO DE
ENSINO:
Vídeo que mostra determinado
assunto, de forma direta ou
indireta.
De forma direta, quando
informa sobre um tema
específico orientando a sua
interpretação.
De forma indireta, quando
mostra um tema, permitindo
abordagens múltiplas,
interdisciplinares.
31. e) Vídeo como PRODUÇÃO:
Como documentação, registro de
eventos, de aulas, de estudos do
meio, de experiências, de entrevistas,
depoimentos. Isto facilita o trabalho
do professor, dos alunos e dos
futuros alunos.
37. Escolha um filme, que possa ser trabalhado com
os alunos e descreva:
•O nome do filme;
•O tema do filme (não o resumo);
•Disciplina (s) em que pode ser trabalhado;
•Temas transversais que o filme sugere,
e poste no Fórum: Filmes on line