1. Nasa
divulga
que
planeta
'parecido
com
a
Terra'
é
primeiro
habitável
Redação
SRZD
|
Ciências
|
05/12/2011
17h45
A agência espacial Nasa anunciou nesta
segunda-feira a descoberta do primeiro
planeta habitável fora do nosso Sistema
Solar. O corpo foi encontrado durante as
buscas por corpos similares à Terra, em
uma região habitável de um outro sistema
descoberto pelo potente telescópio
Kepler. De acordo com pesquisadores, o
fato de estar em um sistema solar indica
grande possibilidade de também haver água no planeta, possibilitando vida.
O planeta, chamado de Kepler 22b, é o primeiro exoplaneta indicado pela
Nasa como apto para abrigar vida. Até agora, é também o menor já
encontrado em uma região habitável de um sistema com estrela similar ao
Sol. Ainda assim, ele tem cerca de 2,4 vezes o raio da Terra.
Outro dado importante é de que a temperatura média do corpo é de 22 graus,
confirmando a possibilidade de vida. Ainda assim, os cientistas ainda não
puderam dar certeza sobre o composição do novo globo (se há
predominância de rochas, gases ou líquidos).
Para um dos cientistas do programa Kepler, Douglas Hudgins, a descoberta
recente é um "grande marco" para as pesquisas que buscam um planeta
similar a Terra.
O telescópio tem a capacidade de registrar o brilho emitido por mais de 150
mil estrelas. O processo de descoberta ocorre quando um dos planetas
passa em frente às luzes emitidas. O Kepler registra a variação de brilho,
tornando possível verificar tamanho e formato do astro. Ainda assim, é
necessário que o corpo passe pelo menos três vezes pelo campo indicado.
Kepler-22b está a 600 anos-luz de distância da Terra e leva 290 dias
terrestres para completar uma volta ao redor da estrela do sistema.
De acordo com a Nasa, outros corpos de similaridade com a Terra teriam
sido indicados por pesquisas anteriores, porém a existência destes planetas
habitáveis nunca chegou a poder ser confirmada. Além disso, estruturas de
tamanho parecido com o do nosso planeta foram encontradas, mas estas não
teriam condições propícias para abrigar vida como a entendemos.
2. Exoplaneta – ou planeta extra-solar – é um
planeta que orbita uma estrela que não seja o
Sol, pertencendo a um sistema planetário
. diferente do nosso. Embora a existência de
outros sistemas planetários seja especulada com
muita frequência, até o final da década de 80
nenhum exoplaneta tinha sido detectado, devido
principalmente à dificuldade tecnológica em
realizar este tipo de detecção. Um planeta do
A sonda Kepler consiste em um tamanho de Júpiter, por exemplo, tem
observatório espacial projetado pela luminosidade 1 bilhão de vezes menor que o Sol.
NASA que deverá procurar por planetas Por conta disso, observações diretas de
extrasolares. Para esta finalidade, a exoplanetas, mesmo nos dias de hoje, ainda
sonda deverá observar as 100 000 apresentam grandes dificuldades.
estrelas mais brilhantes do céu por um A descoberta do primeiro exoplaneta foi
período de quatro anos, a fim de anunciada em 1989, pelos cientistas Lawton e
detectar alguma ocultação periódica de Wright, quando variações nas velocidades radiais
uma estrela por um de seus planetas. da estrela Alrai (γ Cephei) foram explicadas como
Kepler não deverá permanecer em efeitos gravitacionais causados por um corpo de
órbita da Terra. O observatório foi massa sub-estelar, possivelmente um planeta
lançado em 6 de março de 2009. gigante gasoso, de massa 2 a 3 vezes maior que
Este estudo abre caminhos para uma a de Júpiter. Os próximos exoplanetas só foram
nova ciência, chamada de Astrobiologia. detectados em 1992, resultado do trabalho do
astrônomo Aleksander Wolszczan, que encontrou
três exoplanetas ao redor do pulsar PSR
B1257+12, explicando as suas formações a partir
dos remanescentes da supernova que produziu o
pulsar
3. Cientistas descobrem novo planeta composto por água a 40 anos-luz
Além de 'enorme fração da massa' formada por água, ele tem leve
atmosfera. É considerado uma 'super-Terra' e foi encontrado pelo telescópio
Hubble.
Da
France
Presse
(22/02/2012
12h37
-‐
Atualizado
em
24/02/2012
11h56)
(
Portal
G1)
Um grupo de astrônomos descobriu a existência de um novo tipo de planeta,
composto em sua maior parte de água e com uma leve atmosfera de vapor. A
informação foi divulgada nesta terça-feira (21) pelo Centro de Astrofísica
Harvard-Smithsonian (em Cambridge, nordeste dos Estados Unidos) e pela
Nasa.
Trata-se de um planeta fora de nosso sistema solar denominado "GJ1214b",
descoberto em 2009 graças ao telescópio espacial Hubble da Nasa. Segundo
estudos recentes de um grupo de astrônomos, ele tem "uma enorme fração
de sua massa" composta de água.
Em nosso sistema solar existem três tipos de planetas: rochosos e terrestres
(Mercúrio, Vênus, a Terra e Marte), gigantes gasosos (Júpiter e Saturno) e
gigantes de gelo (Urano e Netuno).
Por outro lado, existem planetas variados que orbitam em torno de estrelas
distantes, entre os quais há mundos de lava e "Júpiteres" quentes.
"Observações do telescópio espacial Hubble da Nasa acrescentaram este
novo tipo de planeta", ressaltou comunicado conjunto do Centro de
Astrofísica Harvard-Smithsonian e da Nasa. Os estudos foram realizados
pelo astrônomo Zachory Berta e por um grupo de colegas.
Características O "GJ1214b", situado a 40 anos-luz da Terra, é considerado
uma "super-Terra", com 2,7 vezes o comprimento de nosso planeta e sete
vezes seu peso.
Ele orbita a cada 38 horas ao redor de uma estrela vermelha anã e possui
temperatura estimada de 450 graus Fahrenheit (232 graus celsius).
Em 2010, um grupo de cientistas liderado por Jacob Bean havia indicado que
a atmosfera de "GJ1214b" deveria ser composta em sua maior parte por
água, depois de medir sua temperatura.
4. No entanto, as observações também podem ter sido feitas em razão da
presença de uma nuvem que envolve totalmente o planeta.
As medições e observações efetuadas por Berta e por seus colegas quando
o "GJ1214b" passava diante de seu sol permitiram comprovar que a luz da
estrela era filtrada através da atmosfera do planeta, exibindo um conjunto de
gases.
O equipamento do Hubble permitiu distinguir uma atmosfera de vapor.
Depois, os astrônomos conseguiram calcular a densidade do planeta a partir
de sua massa e tamanho, comprovando que ele tem "muito mais água do
que a Terra e muito menos rocha".
O Telescópio espacial Hubble é um
satélite astronômico artificial não
tripulado que transporta um grande
telescópio para a luz visível e
O Sol, nossa fonte de luz e de infravermelha. Foi lançado pela
vida, é a estrela mais próxima de agência espacial estadunidense -
nós e a que melhor conhecemos. NASA - em 24 de abril de 1990, a
O Sol é uma estrela comum. bordo do Vaivém Espacial (No Brasil:
Basicamente, é uma enorme Ônibus espacial) Discovery (missão
esfera de gás incandescente, em STS-31). Este telescópio já recebeu
cuja região central acontece a várias visitas espaciais da NASA para
geração de energia através de a manutenção e para a substituição de
reações termo-nucleares. A equipamentos obsoletos ou
energia gerada no centro do Sol inoperantes.
escapa na forma de luz emitida Uma nova missão foi lançada em
pelas suas camadas mais 2009, chamada de Missão Kepler.
externas, a que chamamos de
atmosfera solar.
As estrelas também variam muito em termos de luminosidade e tamanho. Há
estrelas centenas de milhares de vezes mais luminosas do que o Sol, como
Hadar, na constelação do Centauro. Outras, têm da ordem de um milésimo da
luminosidade solar, como as estrelas de baixa massa e baixa temperatura,
chamadas de anãs vermelhas. Se conhecermos a distância à estrela, podemos
determinar sua luminosidade a partir da medida de seu brilho no céu. Para isso
usamos uma técnica chamada de fotometria
5. Cientistas
criam
método
para
dizer
se
exoplaneta
pode
abrigar
vida
Grupo
de
astrobiólogos
criou
dois
índices
para
avaliar
os
novos
'mundos'.
Detalhes
da
metodologia
serão
explicados
em
artigo
em
revista
científica.
Do
G1,
em
São
Paulo
(21/11/2011 13h12 - Atualizado em 21/11/2011 13h12)
Um grupo de pesquisadores internacional divulgou nesta segunda-feira (21) o
primeiro método de análise de exoplanetas para dizer se eles podem ou não
abrigar vida. Detalhes do estudo serão conhecidos na edição de dezembro
da revista científica "Astrobiology" (astrobiologia, em inglês).
Com cientistas da agência espacial norte-americana (Nasa), do Centro
Espacial alemão e do projeto SETI - que busca por sinais de vida inteligente
fora da Terra, o artigo defende que a procura deve se basear em duas
questões: se as condições encontradas na Terra podem existir em outros
planetas e se o ambiente nesses mundos pode abrigar formas de vida
diferentes das terrestres.
saiba mais
Para isso, eles criaram dois índices, que avaliam as condições de um
exoplaneta para abrigar vida extraterrestre. O primeiro deles se chama Índice
de Similaridade Terrestre (ESI, na sigla em inglês) e classifica mundos
parecidos com o nosso. Já o outro é o Índice de Habitabilidade Planetária
(PHI, na sigla em inglês), que avalia parâmetros químicos e físicos que
poderiam dar origem a formas "menos" terrestres de vida em exoplanetas.
Atualmente, o número de exoplanetas conhecidos está em 600. A missão
espacial Kepler, da Nasa, encontrou 1,2 mil candidatos a exoplanetas em
2011 por meio de interferências na luz que vem de estrelas. Estes possíveis
mundos fora do Sistema Solar ainda deverão ser confirmados.
Como o número de
exoplanetas revelados não
para de crescer, o
interesse dos astrônomos
começa a se voltar mais
para aqueles que possam
reunir condições parecidas
com as da Terra: presença
de atmosfera, água líquida
na superfície e uma
temperatura amena.
Normalmente, mundos fora
do Sistema Solar com
essas condições
encontram-se a distâncias
convenientes em relação
às estrelas que orbitam.
Essa distância ideal é
conhecida como região de "goldilocks".
Mas os cientistas não querem se limitar a pesquisar apenas locais que
tenham ambientes parecidos com o da Terra. Eles consideram que esta
6. atitude seria uma "limitação" das possibilidades de estudos sobre
exoplanetas e vida fora da Terra.
Eles citam o exemplo de Titã, a maior das luas de Saturno, que possui lagos
com hidrocarbonetos que poderiam abrigar formas diferentes de vida. Eles
também não descartam as chances de vida em exoplanetas sem estrelas ao
seu redor.
A astrobiologia, também conhecida como exobiologia e
xenobiologia, é um ramo da Ciência atualmente
considerado com muita seriedade. Ela investiga a
existência nos planos extraterrestres, como a vida se
processa fora da Terra e como ela exerce influência sobre
o funcionamento do Universo.
Os profissionais deste campo buscam indícios de qualquer
espécie de vida em outros astros e até mesmo em nuvens
interestelares, procurando também entender como
contextos externos ao Planeta Terra influenciam o
desenvolvimento de seres vivos. Esta complexa área de
pesquisas une-se a disciplinas como a Astronomia, a
Geologia, a Física, a Química e a Biologia para melhor
A missão Kepler, da NASA, é um projeto especificamente para o levantamento de
uma parte de nossa região da Via Láctea para descobrir dezenas de planetas do
tamanho da Terra em ou perto da zona habitável e determinar quantos dos
bilhões de estrelas em nossa galáxia têm tais planetas.
O que são sondas espaciais ?
São naves que carregam equipamentos de laboratório e câmeras para lugares
ainda inacessíveis ao homem. Em Marte e em Vênus, os planetas mais próximos
da Terra, várias sondas já pousaram. Outras passaram raspando por Mercúrio,
Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.