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PROSOPOGRAFIA
Lawrence Stone. Resumo
feito por André Augusto da
Fonseca. 28/4/2013
TRABALHOS INICIAIS
Charles Beard (História)
Lewis Namier (História)
Robert Merton (Sociologia)
CONCEITO DE
PROSOPOGRAFIA
“é a investigação das características
comuns de um grupo de atores na
história por meio de um estudo coletivo
de suas vidas.”
MÉTODO PROSOPOGRÁFICO
“estabelecer um universo a ser estudado e então
investigar um conjunto de questões uniformes – a
respeito de nascimento e morte, casamento e família,
origens sociais e posição econômica herdada, lugar de
residência, educação, tamanho e origem da riqueza
pessoal, ocupação, religião, experiência em cargos e
assim por diante.”
MÉTODO PROSOPOGRÁFICO
“Os vários tipos de informações sobre os indivíduos no
universo são então justapostos, combinados e examinados
em busca de variáveis significativas.”
1º PROBLEMA: AS ORIGENS
DA AÇÃO POLÍTICA
desvelamento dos
interesses mais
profundos sob a retórica
da política
a análise das afiliações
sociais e econômicas
dos agrupamentos
políticos
revelação do
funcionamento de uma
máquina política
2º PROBLEMA: ESTRUTURA E
MOBILIDADE SOCIAIS
Mudança no papel social de
grupos de status específicos
(usualmente da elite),
possuidores de títulos,
membros de associações
profissionais, ocupantes de
cargos, grupos ocupacionais
ou classes econômicas
Determinação do grau
de mobilidade social
pelo estudo das origens
familiares (sociais e
geográficas), dos
novatos de um certo
status político ou
posição ocupacional
correlação de
movimentos intelectuais
ou religiosos com fatores
sociais, geográficos,
ocupacionais ou outros
OBJETIVOS DA
PROSOPOGRAFIA
“o propósito da prosopografia é dar sentido à ação política, ajudar a
explicar a mudança ideológica ou cultural, identificar a realidade
social e descrever e analisar com precisão a estrutura da sociedade e
o grau e a natureza dos movimentos em seu interior. Inventada como
um instrumento da história política, ela é agora crescentemente
empregada pelos historiadores sociais.”
AS DUAS ESCOLAS DA
PROSOPOGRAFIA
Escola Elitista Escola do estudo das Massas
“preocupam-se com a dinâmica de pequenos grupos
ou com a interação, em termos de família,
casamento e laços econômicos, de um número
restrito de indivíduos.”
Estatisticamente orientada e inspirada pelas ciências
sociais.
“investigação meticulosamente detalhada sobre a
genealogia, os interesses comerciais e as atividades
políticas do grupo, os relacionamentos expostos por
meio de detalhados estudos de caso.”
De maneira geral, ignora as teorias sociológicas e
psicológicas.
Pressupõe a política como uma “questão de
interações entre pequenas elites dirigentes e seus
clientes do que como movimentos de massa”; a
história seria a feroz competição “pelo poder, pela
Pressupõe “que a história é determinada mais pelos
movimentos da opinião popular do que pelas
decisões dos assim chamados „grandes homens‟
ou pelas elites”
MATERIALISMO VULGAR:
DETERMINISMO ECONÔMICO
Charles Beard (1913) ofereceu uma explicação para a “constituição federal
estadunidense a partir de uma análise cerrada dos interesses econômicos e
classistas dos Founding Fathers”.
“trabalhavam somente
sob a orientação de
princípios abstratos de
Ciência Política”?
Ou tratava-se de um “pequeno
e ativo grupo de homens
imediatamente interessados,
em função de suas posses,
no resultado de seus
trabalhos”?
MATERIALISMO VULGAR:
DETERMINISMO ECONÔMICO
Apesar do reducionismo e do dogmatismo, “A contribuição de Beard para a
prosopografia elitista foi uma curiosidade suspeita a respeito das finanças
de um ator político e a hipótese de que elas eram importantes. O que lhe
escapou foi o papel dos vínculos sociais e de parentesco que seriam tão
importante nos estudos posteriores de Sir Lewis Namier e outros.”
A CONSAGRAÇÃO DO
MÉTODO
“Todos os três estavam aptos a abordar o estoque de informações
biográficas que foram acumuladas e publicadas ao longo dos séculos
anteriores.”
Namier, Structure of Politics at the Accession of George III (London,
1929)
Sir Ronald Syme, Roman Revolution (Oxford, 1939)
R. K. Merton, “Science, Technology, and Puritanism in
Seventeenth Century England” (Osiris, v. IV, 1938, p. 360-632).
PERGUNTAR “QUEM”, EM
LUGAR DE “O QUÊ”
“A premissa implícita é que uma compreensão de quem os
atores foram levará mais longe a explicação do
funcionamento da instituição a que eles pertenceram,
revelará os verdadeiros objetivos atrás do fluxo de retórica
política e tornar-nos-á mais capazes para entender suas
realizações, assim como para interpretar mais corretamente
os documentos que produziram.”
CINISMO E PESSIMISMO
COMO PRESSUPOSTOS DA
PROSOPOGRAFIA
Contexto de crise e do primeiro pós-guerra, escândalos de corrupção entre
as classes dirigentes...
BEARD, 1913: “o principal motivo orientador” por trás dos elaboradores
da constituição estadunidense “eram as vantagens econômicas que os
beneficiários esperavam obter para si próprios”.
SYME reconheceu que “O desenho de pesquisa impôs uma tonalidade
pessimista e truculenta às custas da quase completa exclusão das emoções
cavalheirescas e das virtudes domésticas”.
NAMIER: “O sistema político que ele descreve certamente não é atrativo,
baseado como era em um auto-interesse possivelmente esclarecido, mas
certamente sórdido”.
PESQUISA SEM TEORIA
R. Michels, G. Mosca e V. Pareto: desenvolvimento de uma TEORIA DAS
ELITES no início do século XX (uma geração antes dos historiadores
começarem a fazer estudos de prosopografia).
“Namier, Merton e Syme eram fortemente antimarxistas e ainda assim
somente Merton parece ter tido familiaridade com esses modelos elitistas
antimarxistas.”
“com exceção de Merton, os historiadores levaram a cabo suas pesquisas
empíricas baseados em seus pressupostos semiconscientes a respeito do
comportamento político, sem o benefício da teoria política que lhes teria
fornecido a estrutura de que necessitavam.”
UMA INTERPRETAÇÃO QUE
IGNORA IDEOLOGIAS
“Um aspecto-chave da interpretação elitista do processo histórico é a
remoção deliberada e sistemática tanto dos programas partidários quanto
das paixões ideológicas do centro do palco político e sua substituição por
uma complexa rede unindo os patrões a seus clientes e dependentes.”
“Para alguns pesquisadores, a prosopografia não é meramente uma forma
de ignorar as paixões e as idéias; ela foi adotada com o propósito específico
de neutralizar esses elementos perturbadores e intratáveis.”
PERIGOS E LIMITAÇÕES DO
MÉTODO
1. a deficiência de documentação:
 “É auto-evidente que as pesquisas biográficas de números
substanciais de pessoas somente são possíveis para grupos
razoavelmente bem documentados e que a prosopografia é assim
limitada pela quantidade e pela qualidade dos dados acumulados
sobre o passado.”
 “o mero fato de que mais que o usual foi registrado a respeito das
vidas e das carreiras de uma pequena minoria indica que elas
eram de alguma forma atípicas. Em um grau que não pode ser
medido, pesquisas baseadas em tais evidências fragmentárias
tenderão a exagerar, e talvez de maneira incorrigível a distorcer, o
status, a educação, a mobilidade vertical e assim por diante a
respeito do grupo sob exame.”
PERIGOS E LIMITAÇÕES DO
MÉTODO
1. a deficiência de documentação:
 Além das elites do poder e das minorias perseguidas, os “grupos que se
prestam mais facilmente a tal tratamento são membros de certas
categorias de alto status, como funcionários públicos, oficiais da
Marinha, o alto clero, intelectuais e educadores, advogados, médicos,
membros de outros corpos profissionais e empresários industriais e
comerciais.”
 “A terceira limitação imposta pelas evidências surge do fato de que elas
são abundantes para alguns aspectos da vida humana e quase
inexistentes para outros. Os registros sobreviventes referem-se antes de
mais nada ao montante, ao tipo, à titularidade e à transmissão da
propriedade. [...] Assim, há um forte viés nos sentidos de tratar os
indivíduos como homo œconomicus e de estudá-los primariamente à luz
de seus interesses e comportamentos financeiros, pois é isso que os
registros iluminam com enormes claridade e detalhe.”
PERIGOS E LIMITAÇÕES DO
MÉTODO
2 e 3. erros na classificação e interpretação dos dados.
4. Limitações da compreensão histórica:
 “a concentração no estudo das elites é em parte causa e em parte efeito
de uma tendência a ver a história exclusivamente em termos da classe
governante, em que os movimentos populares desempenham um pequeno
ou nenhum papel.”
 No entanto, “Estudos cerrados das manobras políticas das elites podem
obscurecer mais que iluminar as profundezas do funcionamento dos
processos sociais. Grandes mudanças nas relações de classe, na
mobilidade social, nas opiniões religiosas e nas atitudes morais podem
estar ocorrendo nos estratos inferiores, as quais a elite será afinal
obrigada a responder – isso caso não seja varrida por uma revolução
violenta”.
PERIGOS E LIMITAÇÕES DO
MÉTODO
4. Limitações da compreensão histórica:
 “Syme interpretou as transformações da república romana em um
império como a consolidação de uma nova elite ao redor de Augusto,
o resultado de uma complexa disputa facciosa no topo. Ele provou
seu argumento, mas ignorou as urgentes demandas das massas de
clientes anônimos para seus patrões e que apoiaram – e talvez
impuseram – essa mudança de poder.”
 “A descrição que Namier fez das manobras e das negociações na
Câmara dos Comuns do século XVIII comprometeu
irreparavelmente as teorias convencionais, mas seu modelo
explicativo não pode incluir o surgimento do sentimento popular
gerado por John Wilkes ou a Guerra da Independência dos Estados
Unidos.”
PERIGOS E LIMITAÇÕES DO
MÉTODO
4. Limitações da compreensão histórica:
 Esses autores pressupõem “uma sociedade sem convicções na qual a
manipulação e as intrigas são mais importantes que questões de princípio
ou de políticas públicas” – o que pode ser convincente em uma época de
homogeneidade nas classes dirigentes e na ausência de grandes
dissidências político-ideológicas, mas não em épocas como as da Reforma
ou da Revolução Puritana.
 “Pode-se também imaginar se o fracasso de Oliver Cromwell em lidar
com sucesso com seus parlamentos realmente pode ser explicado por
sua falta de habilidades táticas, como o Professor Trevor-Roper
argumenta, ou se a discordância a respeito de temas constitucionais e
religiosos fundamentais entre os militares e os civis e entre os
independentes, os presbiterianos e os anglicanos inviabilizou a obtenção
de um acordo mesmo para o mais perspicaz e assíduo manipulador de
homens”.
VANTAGENS DA
PROSOPOGRAFIA
A pesquisa detalhada de grupos (burocratas, bispos, monges, gentry) foi
muito útil para separar a verdade do erro nas hipóteses tanto de
pesquisadores como Trevor-Roper quanto de historiadores marxistas sobre
as causas e o papel de diferentes sujeitos na Revolução Inglesa.
“o método funciona melhor quando é aplicado para grupos
facilmente definidos e razoavelmente pequenos, em um período
limitado de não muito mais que 100 anos, quando os dados são
obtidos de uma grande variedade de fontes que complementam e
enriquecem umas às outras e quando a pesquisa é dirigida para solucionar
um problema específico [...]. Pesquisas ambiciosas sobre muitas centenas
de indivíduos, durante períodos temporais muito amplos, usando apenas as
fontes materiais escritas mais facilmente acessíveis e aplicando uma
abordagem no estilo “metralhadora giratória” aos problemas que podem
ser formulados são muito menos prováveis de produzir resultados
convincentes.”
VANTAGENS DA
PROSOPOGRAFIA
É uma abordagem muito “adequada aos requisitos de
artigos de pesquisa e de teses de doutorado. Ela
apresenta ao estudante novato uma grande variedade de
fontes, ensina-lhe a avaliar as evidências e a aplicar seu
julgamento para resolver contradições, demanda acurácia
meticulosa, a organização das informações de maneira
metódica e oferece um tópico que pode ser facilmente
expandido ou reduzido pela modificação do tamanho da
amostra de modo a adequar-se aos requerimentos dos
recursos e dos prazos disponíveis. Algo dessa pesquisa
sem dúvida contribui para um neo-antiquarianismo –

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Análise da prosopografia como método histórico

  • 1. PROSOPOGRAFIA Lawrence Stone. Resumo feito por André Augusto da Fonseca. 28/4/2013
  • 2. TRABALHOS INICIAIS Charles Beard (História) Lewis Namier (História) Robert Merton (Sociologia)
  • 3. CONCEITO DE PROSOPOGRAFIA “é a investigação das características comuns de um grupo de atores na história por meio de um estudo coletivo de suas vidas.”
  • 4. MÉTODO PROSOPOGRÁFICO “estabelecer um universo a ser estudado e então investigar um conjunto de questões uniformes – a respeito de nascimento e morte, casamento e família, origens sociais e posição econômica herdada, lugar de residência, educação, tamanho e origem da riqueza pessoal, ocupação, religião, experiência em cargos e assim por diante.”
  • 5. MÉTODO PROSOPOGRÁFICO “Os vários tipos de informações sobre os indivíduos no universo são então justapostos, combinados e examinados em busca de variáveis significativas.”
  • 6. 1º PROBLEMA: AS ORIGENS DA AÇÃO POLÍTICA desvelamento dos interesses mais profundos sob a retórica da política a análise das afiliações sociais e econômicas dos agrupamentos políticos revelação do funcionamento de uma máquina política
  • 7. 2º PROBLEMA: ESTRUTURA E MOBILIDADE SOCIAIS Mudança no papel social de grupos de status específicos (usualmente da elite), possuidores de títulos, membros de associações profissionais, ocupantes de cargos, grupos ocupacionais ou classes econômicas Determinação do grau de mobilidade social pelo estudo das origens familiares (sociais e geográficas), dos novatos de um certo status político ou posição ocupacional correlação de movimentos intelectuais ou religiosos com fatores sociais, geográficos, ocupacionais ou outros
  • 8. OBJETIVOS DA PROSOPOGRAFIA “o propósito da prosopografia é dar sentido à ação política, ajudar a explicar a mudança ideológica ou cultural, identificar a realidade social e descrever e analisar com precisão a estrutura da sociedade e o grau e a natureza dos movimentos em seu interior. Inventada como um instrumento da história política, ela é agora crescentemente empregada pelos historiadores sociais.”
  • 9. AS DUAS ESCOLAS DA PROSOPOGRAFIA Escola Elitista Escola do estudo das Massas “preocupam-se com a dinâmica de pequenos grupos ou com a interação, em termos de família, casamento e laços econômicos, de um número restrito de indivíduos.” Estatisticamente orientada e inspirada pelas ciências sociais. “investigação meticulosamente detalhada sobre a genealogia, os interesses comerciais e as atividades políticas do grupo, os relacionamentos expostos por meio de detalhados estudos de caso.” De maneira geral, ignora as teorias sociológicas e psicológicas. Pressupõe a política como uma “questão de interações entre pequenas elites dirigentes e seus clientes do que como movimentos de massa”; a história seria a feroz competição “pelo poder, pela Pressupõe “que a história é determinada mais pelos movimentos da opinião popular do que pelas decisões dos assim chamados „grandes homens‟ ou pelas elites”
  • 10. MATERIALISMO VULGAR: DETERMINISMO ECONÔMICO Charles Beard (1913) ofereceu uma explicação para a “constituição federal estadunidense a partir de uma análise cerrada dos interesses econômicos e classistas dos Founding Fathers”. “trabalhavam somente sob a orientação de princípios abstratos de Ciência Política”? Ou tratava-se de um “pequeno e ativo grupo de homens imediatamente interessados, em função de suas posses, no resultado de seus trabalhos”?
  • 11. MATERIALISMO VULGAR: DETERMINISMO ECONÔMICO Apesar do reducionismo e do dogmatismo, “A contribuição de Beard para a prosopografia elitista foi uma curiosidade suspeita a respeito das finanças de um ator político e a hipótese de que elas eram importantes. O que lhe escapou foi o papel dos vínculos sociais e de parentesco que seriam tão importante nos estudos posteriores de Sir Lewis Namier e outros.”
  • 12. A CONSAGRAÇÃO DO MÉTODO “Todos os três estavam aptos a abordar o estoque de informações biográficas que foram acumuladas e publicadas ao longo dos séculos anteriores.” Namier, Structure of Politics at the Accession of George III (London, 1929) Sir Ronald Syme, Roman Revolution (Oxford, 1939) R. K. Merton, “Science, Technology, and Puritanism in Seventeenth Century England” (Osiris, v. IV, 1938, p. 360-632).
  • 13. PERGUNTAR “QUEM”, EM LUGAR DE “O QUÊ” “A premissa implícita é que uma compreensão de quem os atores foram levará mais longe a explicação do funcionamento da instituição a que eles pertenceram, revelará os verdadeiros objetivos atrás do fluxo de retórica política e tornar-nos-á mais capazes para entender suas realizações, assim como para interpretar mais corretamente os documentos que produziram.”
  • 14. CINISMO E PESSIMISMO COMO PRESSUPOSTOS DA PROSOPOGRAFIA Contexto de crise e do primeiro pós-guerra, escândalos de corrupção entre as classes dirigentes... BEARD, 1913: “o principal motivo orientador” por trás dos elaboradores da constituição estadunidense “eram as vantagens econômicas que os beneficiários esperavam obter para si próprios”. SYME reconheceu que “O desenho de pesquisa impôs uma tonalidade pessimista e truculenta às custas da quase completa exclusão das emoções cavalheirescas e das virtudes domésticas”. NAMIER: “O sistema político que ele descreve certamente não é atrativo, baseado como era em um auto-interesse possivelmente esclarecido, mas certamente sórdido”.
  • 15. PESQUISA SEM TEORIA R. Michels, G. Mosca e V. Pareto: desenvolvimento de uma TEORIA DAS ELITES no início do século XX (uma geração antes dos historiadores começarem a fazer estudos de prosopografia). “Namier, Merton e Syme eram fortemente antimarxistas e ainda assim somente Merton parece ter tido familiaridade com esses modelos elitistas antimarxistas.” “com exceção de Merton, os historiadores levaram a cabo suas pesquisas empíricas baseados em seus pressupostos semiconscientes a respeito do comportamento político, sem o benefício da teoria política que lhes teria fornecido a estrutura de que necessitavam.”
  • 16. UMA INTERPRETAÇÃO QUE IGNORA IDEOLOGIAS “Um aspecto-chave da interpretação elitista do processo histórico é a remoção deliberada e sistemática tanto dos programas partidários quanto das paixões ideológicas do centro do palco político e sua substituição por uma complexa rede unindo os patrões a seus clientes e dependentes.” “Para alguns pesquisadores, a prosopografia não é meramente uma forma de ignorar as paixões e as idéias; ela foi adotada com o propósito específico de neutralizar esses elementos perturbadores e intratáveis.”
  • 17. PERIGOS E LIMITAÇÕES DO MÉTODO 1. a deficiência de documentação:  “É auto-evidente que as pesquisas biográficas de números substanciais de pessoas somente são possíveis para grupos razoavelmente bem documentados e que a prosopografia é assim limitada pela quantidade e pela qualidade dos dados acumulados sobre o passado.”  “o mero fato de que mais que o usual foi registrado a respeito das vidas e das carreiras de uma pequena minoria indica que elas eram de alguma forma atípicas. Em um grau que não pode ser medido, pesquisas baseadas em tais evidências fragmentárias tenderão a exagerar, e talvez de maneira incorrigível a distorcer, o status, a educação, a mobilidade vertical e assim por diante a respeito do grupo sob exame.”
  • 18. PERIGOS E LIMITAÇÕES DO MÉTODO 1. a deficiência de documentação:  Além das elites do poder e das minorias perseguidas, os “grupos que se prestam mais facilmente a tal tratamento são membros de certas categorias de alto status, como funcionários públicos, oficiais da Marinha, o alto clero, intelectuais e educadores, advogados, médicos, membros de outros corpos profissionais e empresários industriais e comerciais.”  “A terceira limitação imposta pelas evidências surge do fato de que elas são abundantes para alguns aspectos da vida humana e quase inexistentes para outros. Os registros sobreviventes referem-se antes de mais nada ao montante, ao tipo, à titularidade e à transmissão da propriedade. [...] Assim, há um forte viés nos sentidos de tratar os indivíduos como homo œconomicus e de estudá-los primariamente à luz de seus interesses e comportamentos financeiros, pois é isso que os registros iluminam com enormes claridade e detalhe.”
  • 19. PERIGOS E LIMITAÇÕES DO MÉTODO 2 e 3. erros na classificação e interpretação dos dados. 4. Limitações da compreensão histórica:  “a concentração no estudo das elites é em parte causa e em parte efeito de uma tendência a ver a história exclusivamente em termos da classe governante, em que os movimentos populares desempenham um pequeno ou nenhum papel.”  No entanto, “Estudos cerrados das manobras políticas das elites podem obscurecer mais que iluminar as profundezas do funcionamento dos processos sociais. Grandes mudanças nas relações de classe, na mobilidade social, nas opiniões religiosas e nas atitudes morais podem estar ocorrendo nos estratos inferiores, as quais a elite será afinal obrigada a responder – isso caso não seja varrida por uma revolução violenta”.
  • 20. PERIGOS E LIMITAÇÕES DO MÉTODO 4. Limitações da compreensão histórica:  “Syme interpretou as transformações da república romana em um império como a consolidação de uma nova elite ao redor de Augusto, o resultado de uma complexa disputa facciosa no topo. Ele provou seu argumento, mas ignorou as urgentes demandas das massas de clientes anônimos para seus patrões e que apoiaram – e talvez impuseram – essa mudança de poder.”  “A descrição que Namier fez das manobras e das negociações na Câmara dos Comuns do século XVIII comprometeu irreparavelmente as teorias convencionais, mas seu modelo explicativo não pode incluir o surgimento do sentimento popular gerado por John Wilkes ou a Guerra da Independência dos Estados Unidos.”
  • 21. PERIGOS E LIMITAÇÕES DO MÉTODO 4. Limitações da compreensão histórica:  Esses autores pressupõem “uma sociedade sem convicções na qual a manipulação e as intrigas são mais importantes que questões de princípio ou de políticas públicas” – o que pode ser convincente em uma época de homogeneidade nas classes dirigentes e na ausência de grandes dissidências político-ideológicas, mas não em épocas como as da Reforma ou da Revolução Puritana.  “Pode-se também imaginar se o fracasso de Oliver Cromwell em lidar com sucesso com seus parlamentos realmente pode ser explicado por sua falta de habilidades táticas, como o Professor Trevor-Roper argumenta, ou se a discordância a respeito de temas constitucionais e religiosos fundamentais entre os militares e os civis e entre os independentes, os presbiterianos e os anglicanos inviabilizou a obtenção de um acordo mesmo para o mais perspicaz e assíduo manipulador de homens”.
  • 22. VANTAGENS DA PROSOPOGRAFIA A pesquisa detalhada de grupos (burocratas, bispos, monges, gentry) foi muito útil para separar a verdade do erro nas hipóteses tanto de pesquisadores como Trevor-Roper quanto de historiadores marxistas sobre as causas e o papel de diferentes sujeitos na Revolução Inglesa. “o método funciona melhor quando é aplicado para grupos facilmente definidos e razoavelmente pequenos, em um período limitado de não muito mais que 100 anos, quando os dados são obtidos de uma grande variedade de fontes que complementam e enriquecem umas às outras e quando a pesquisa é dirigida para solucionar um problema específico [...]. Pesquisas ambiciosas sobre muitas centenas de indivíduos, durante períodos temporais muito amplos, usando apenas as fontes materiais escritas mais facilmente acessíveis e aplicando uma abordagem no estilo “metralhadora giratória” aos problemas que podem ser formulados são muito menos prováveis de produzir resultados convincentes.”
  • 23. VANTAGENS DA PROSOPOGRAFIA É uma abordagem muito “adequada aos requisitos de artigos de pesquisa e de teses de doutorado. Ela apresenta ao estudante novato uma grande variedade de fontes, ensina-lhe a avaliar as evidências e a aplicar seu julgamento para resolver contradições, demanda acurácia meticulosa, a organização das informações de maneira metódica e oferece um tópico que pode ser facilmente expandido ou reduzido pela modificação do tamanho da amostra de modo a adequar-se aos requerimentos dos recursos e dos prazos disponíveis. Algo dessa pesquisa sem dúvida contribui para um neo-antiquarianismo –