Palestra que fiz na Diocese de Osasco e para as oito dioceses da Sub-região SP 2 (Campo Limpo, Guarulhos, Mogi das Cruzes, Osasco, Santo Amaro, Santo André, Santos e São Miguel Paulista)
3. Quem é o jovem?
• Definição de jovem:
– Quanto à faixa etária
– Quanto à
representação na
sociedade
– Quanto à organização
– Quanto aos sonhos,
aspirações, desejos,
objetivos de vida...
Etc.
3
4. O JOVEM para a ONU
“…não há um acordo universal sobre a
definição de juventude.”
“Uma definição cronológica de quem é
jovem, como oposição a quem é criança
ou quem é adulto, varia de acordo com
cada nação e cultura.”
“Entretanto, a ONU, para propósitos
estatísticos, define como jovens aquelas
pessoas entre os 15 e 24 anos, sem
prejuízo a outras definições por parte dos
Estados Membros.”
4
(Relatório do Comitê Consultor para o Ano Internacional da Juventude, 1981)
Divisão de População da ONU (United Nations Population Division/DESA)
5. O JOVEM para a ONU
Dentro da categoria
“juventude”, é também
importante distinguir entre
“teenagers”* (13-19) e
jovens adultos (20-24), uma
vez que os problemas
sociológicos, psicológicos e
de saúde que enfrentam
podem ser diferentes.
5
[Fonte: ONU - Divisão para Políticas Sociais e Desenvolvimento]
* Teenagers = adolescentes
6. O JOVEM para o CONJUVE*
“A juventude é uma
condição social,
parametrizada por
uma faixa-etária, que
no Brasil congrega
cidadãos e cidadãs
com idade
compreendida entre
os 15 e os 29 anos.”
6
* CONJUVE – Conselho Nacional da JUVEntude.
7. O JOVEM na enciclopédia
• 0 a 15 anos –
crianças
• 15 a 29 anos –
jovens
• 30 a 59 anos –
adultos
• 60 e acima –
idosos
7
8. IMPORTANTE!
As definições quando a
questão psicológica,
sociológica e
antropológica, assim
como a questão
comportamental e de
saúde da pessoa não
são consideradas na
maior parte das
definições vistas até
aqui.
8
9. O JOVEM e a Psicologia
• Psicologia do Desenvolvimento: que
estuda o desenvolvimento da pessoa
do nascimento à fase adulta.
– Existe, sim, pela psicologia uma
classificação quanto ao período da
adolescência. Em geral, inicia-se por volta
dos 13 anos, com a puberdade,
estendendo-se até os 18 anos.
– Não se relaciona uma idade de final da
juventude.
9
10. O JOVEM e a lei
“O ordenamento
jurídico brasileiro
prevê um sistema
diferenciado de
responsabilização
penal da pessoa
menor de 18 anos,
daquele previsto no
Código Penal
destinado aos
adultos.”
10
11. O JOVEM e a lei
“O sistema jurídico que prevê a
responsabilização do jovem menor de 18
anos é a Lei 8.060/90, chamada de
Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA) o qual determina, dentre outras
coisas, que o menor fica sujeito às
medidas de assistência, proteção e
vigilância nele previstas.”
11
O CONJUVE (visto há
pouco) CLASSIFICA
COMO JOVEM QUEM
TEM DE
15 A 29 ANOS!
12. O jovem e a lei
“Considerando que
adultos, crianças e
adolescentes são
pessoas desiguais,
não podem ser
tratadas de maneira
igual.”
12
13. QUANTOS SÃO NO BRASIL?
7.2%
7.8%
9.0%
8.9%
9.0%
9.0%
8.3%
7.3%
6.8%
6.2%
5.3%4.3%
3.4%2.5%2.0%1.3%
0.9%
0.4%
0.2%
0.1%
0.0%
População
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 a 84 anos
85 a 89 anos
90 a 94 anos
95 a 99 anos
100 anos ou mais
13
14. QUANTOS SÃO NO BRASIL?
12 anos 3.402.242
13 anos 3.412.748
14 anos 3.493.711
15 anos 3.574.929
16 anos 3.410.704
17 anos 3.372.241
18 anos 3.367.172
19 anos 3.265.826
20 anos 3.389.729
21 anos 3.421.736
22 anos 3.510.497
23 anos 3.420.254
24 anos 3.502.976
TOTAL 44.544.765
1420.666.575 10,8%
23.878.190 12,5%
16. ORGANIZAÇÃO
• A juventude ainda
se organiza em
grupos. “tribos”,
“galeras”, “turmas”,
“equipes”...
• Os jovens, prezam
as amizades e
sentem-se vazios e
até deprimidos sem
essa relação
fraterna, embora
não saiba o que é
fraternidade.
16
18. SONHOS
• Ter um bom estudo,
uma boa faculdade;
• Ter sucesso
profissional;
• Ter um bom salário;
• Ter o conforto;
• Ter o melhor;
• Ter muitos amigos e
ser conhecido;
• Ter uma família.
18
21. COMEÇO DE CONVERSA
No seio de uma família, a pessoa descobre
os motivos e o caminho para pertencer à
família de Deus. Dela recebemos a vida que
é a primeira experiência do amor e da fé. O
grande tesouro da educação dos filhos na
fé consiste na experiência de uma vida
familiar que recebe a fé, a conserva, a
celebra, a transmite e dá testemunho dela.
Os pais devem tomar nova consciência de
sua alegre e irrenunciável
responsabilidade na formação integral dos
filhos.
(DA 118)
21
22. COMEÇO DE CONVERSA
Uma boa
base para
os filhos
ainda é...
...ter uma
família
estável,
um lar.
Filhos
equilibrados
Família
equilibrada =
22
23. SINAIS PREOCUPANTES
• uma errada concepção teórica e prática da
independência dos cônjuges entre si;
• as graves ambiguidades acerca da relação de
autoridade entre pais e filhos;
• as dificuldades concretas, que a família
muitas vezes experimenta na transmissão dos
valores;
• o número crescente dos divórcios;
• a praga do aborto;
• o recurso cada vez mais frequente à
esterilização;
• a instauração de uma verdadeira e própria
mentalidade contraceptiva
23
Familiaris Consortio, nº 6
24. SINAIS PREOCUPANTES
“Na raiz destes fenômenos negativos
está muitas vezes uma corrupção da
ideia e da experiência de liberdade
concebida não como capacidade de
realizar a verdade do projeto de Deus
sobre o matrimônio e a família, mas
como força autônoma de afirmação, não
raramente contra os outros, para o
próprio bem-estar egoístico.”
24
Familiaris Consortio, nº 6
25. OS TRÊS PONTOS
Atualmente os pais deveriam rever três
pontos muito importantes para a
estruturação da própria família, ainda
antes de se unirem em casamento e bem
antes de gerarem seus filhos:
25
26. OS TRÊS PONTOS
1. A fecundidade
não nasce mais do
coração. O casal
não sabe mais o
que é ser pai e ser
mãe. Os filhos
passam a ser uma
mera opção
humana e não um
Dom de DEUS.
26
27. OS TRÊS PONTOS
2. A ausência dos
pais na vida e no
desenvolvimento
educacional dos
filhos.
27
28. OS TRÊS PONTOS
3. O desnorteamento
dos pais frente ao
mundo cheio de
mudanças. Quais são
as referências?
Quais são os
valores?
28
30. 1. FECUNDIDADE DO CORAÇÃO
“O aspecto unitivo do
ato conjugal está
inseparavelmente unido
ao aspecto procriativo,
que é fundamental para
a perpetuação da
espécie. Essa dimensão
da fecundidade é
sublime: é participação
na própria fecundidade
de Deus, autor da vida.”
(DPF, 72)
30
31. 1. FECUNDIDADE DO CORAÇÃO
A paternidade e a
maternidade não são
apenas um instinto. São
uma altíssima vocação.
(cf. DPF, 73)
31
32. 1. FECUNDIDADE DO CORAÇÃO
32
A fecundidade do matrimônio
não é algo meramente
biológico, mas uma missão
profundamente humana e,
num certo sentido, divina:
formar pessoas, irradiar a
vida, criar condições para o
desenvolvimento integral de
todos os seres humanos.
Mesmo os casais que,
porventura, estiverem
impedidos de participar da
fecundidade biológica,
poderão participar
fecundamente dessa missão
mais ampla”.
(cf. DPF, 97)
33. 1. FECUNDIDADE DO CORAÇÃO
As inúmeras
preocupações do
homem e da mulher, que
se unem como casal,
acaba por fazê-los
esquecer que a
finalidade de sua união
não é somente seu
próprio bem, mas é
também gerar uma vida
como extensão de si
mesmos.
33
34. 1. FECUNDIDADE DO CORAÇÃO
• Falta de dinheiro e
de condições;
• Medo da violência;
• Falhas no sistema
educacional;
• Necessidade do
trabalho da mulher
fora de casa;
• Desestruturação
das famílias;
• Receio da própria
capacidade.
34
35. 1. FECUNDIDADE DO CORAÇÃO
A base da juventude é a infância e a
adolescência. Quando se percebe
nessas faixas etárias que o desejo de
ser pai e/ou mãe foi de alguma forma
prejudicada pela falta de exercício da
fecundidade, vocacionada e natural dos
pais, poderá haver prejuízo ao jovem.
35
37. 2.AUSÊNCIA DOS PAIS
A saída de
ambos,
marido e
mulher, para
trabalhar
constitui uma
ausência que
poderá ou
não ser
reparada.
37
38. 2.AUSÊNCIA DOS PAIS
Será mais fácil conseguir
isso se, como o desejou o
Sínodo, uma renovada
«teologia do trabalho»
esclarecer e aprofundar o
significado do trabalho na
vida cristã e determinar o
laço fundamental que
existe entre o trabalho e a
família, e, portanto, o
significado original e
insubstituível do trabalho
da casa e da educação
dos filhos.
(FC 23)
38
39. 2.AUSÊNCIA DOS PAIS
As deficiências da
educação na família
são frequentemente
devidas à ausência do
pai, e muitas vezes
também da mãe,
motivada pelas
dificuldades
econômicas ou pela
excessiva dedicação
desses ao trabalho ou
por outros interesses.
(DPF, 121)
39
40. 2.AUSÊNCIA DOS PAIS
O pai precisa saber
sacrificar-se e
compreender que, se
ele trabalhou o dia
inteiro, a esposa,
mesmo que não
trabalhe fora e fique
em casa, também
trabalhou muito. E
continuará
trabalhando mais
ainda, quando o
marido voltar à casa.
40
41. 2.AUSÊNCIA DOS PAIS
O lar não é apenas um
lugar de descanso, mas
fundamentalmente um
centro formador, uma
escola, dos mais altos
valores.
O pai é, nessa tarefa,
um elemento essencial
e insubstituível.
(DPF, 130)
41
42. 2.AUSÊNCIA DOS PAIS
Os jovens percebem e sentem
profundamente a ausência dos pais.
Atualmente, essa ausência é crescente
e faz com que muito cedo o jovem
precise depender somente de si.
Problemas, dúvidas, angústias,
inquietações, carências etc., quando
são resolvidos, são solucionados por
terceiros. Isso desvincula o jovem de
sua família, de seus genitores que não
foram educadores com tempo
42
44. 3. PAIS E MÃES SEM DIREÇÃO
Marcados por
circunstâncias tão
complexas, muitos dos
nossos
contemporâneos são
incapazes de discernir
os valores
verdadeiramente
permanentes e de os
harmonizar com os que,
pouco a pouco, são
descobertos.
(GS, 4)
44
45. 3. PAIS E MÃES SEM DIREÇÃO
Daí que, agitados entre
a esperança e a
angústia, sentem-se
oprimidos pela
inquietação, quando se
interrogam acerca da
evolução atual dos
acontecimentos. Mas
esta desafia o homem,
força-o até a uma
resposta.
(GS, 4)
45
46. 3. PAIS E MÃES SEM DIREÇÃO
46
Diante do pluralismo de
comportamentos e
das teorias que
pretendem legitimá-
los, cada
um é solicitado a fazer
sua escolha segundo
um critério ou um gosto
pessoal.
47. 3. PAIS E MÃES SEM DIREÇÃO
47
Desacreditando da
possibilidade de
discernir normas
éticas objetivas ou
valores universais,
muitos tendem a
realizar suas ações e a
construir seus valores
predominantemente a
partir da experiência
individual.
(DPF 32)
48. 3. PAIS E MÃES SEM DIREÇÃO
Torna-se, portanto,
necessário recuperar por
par te de todos a
consciência do primado
dos valores morais, que
são os valores da pessoa
humana como tal. A nova
compreensão do sentido
último da vida e dos seus
valores fundamentais é a
grande tarefa que se
impõe hoje para a
renovação da sociedade.
(FC, 8)
48
49. 3. PAIS E MÃES SEM DIREÇÃO
É preciso que os esposos tenham
consciência dos verdadeiros valores
éticos e morais. Tenham consciência do
certo e do errado. Não para impor aos
filhos, principalmente aos jovens. Mas
para que possam vivê-los. Quando
sabemos o que é certo e errado e os
testemunhamos em nossa vida, os filhos
se veem mais livres e confiantes para
seguir aquilo que os pais lhes propõe.
49
53. INÍCIO DE CONVERSA
“Muitos vazios de lar
podem ser atenuados
através de serviços
prestados pela
comunidade eclesial,
família de famílias.”
(DA 119)
54. O QUEAIGREJA OFERECE?
O caminho da
juventude pela Igreja
passa pelo caminho
oferecido desde a
época da infância.
54
55. O QUEAIGREJA OFERECE?
• Catequese
– Pré-eucaristia
– Eucaristia
– Crisma
• Perseverança
• Grupos de jovens
55
56. O QUEAIGREJA OFERECE?
• A Palavra de Deus.
• A doutrina através
do catecismo.
• Os sacramentos.
56
58. O QUE FALTA?
A velocidade com
que a tecnologia
avançou superou a
capacidade de
muitos adultos de
aprender e de se
atualizar.
As próprias
famílias estão
aquém dessas
atualizações.
58
59. O QUE FALTA?
O jovem de hoje
tem muito mais
informação que há
alguns anos atrás.
Ela chega a ele por
diversos canais e
de diversas
maneiras.
59
60. O QUE FALTA?
Não existe mais
uma só forma de
comunicação com
o jovem. Nem uma
só forma de
despertar seu
interesse.
60
61. O QUE FALTA?
Novos meios,
novos canais,
novos ambientes.
A juventude é mais
atraída por muitas
possibilidades.
61
62. O QUE FALTA?
Como seria Jesus
para os jovens de
hoje?
De que forma Ele se
apresentaria?
Que lugares
frequentaria?
62
63. O QUE FALTA?
Que meios usaria
para se comunicar
com os jovens?
63
64. O QUE FALTA?
64
Como se relacionaria
com a ciência,
sabedoria que desce
do Pai como graça
para a humanidade?
65. O QUE FALTA?
Não significa deixar
de fazer o que é certo.
Nem significa mudar o
que é tradição. Nem
mesmo abandonar o
real para estar no
virtual. Mas fazer a
Palavra chegar ao
jovem na velocidade
do século XXI
65
66. O QUE FALTA?
O jovem é alegria. E
muitas vezes a
animação o leva para
longe da Igreja.
Onde está o jovem
hoje?
De que ele gosta?
O que o atrai em suas
horas vagas?
66
67. O QUE FALTA?
Como poderemos
fazer isso?
De que maneiras
poderemos encontrar
o jovem onde ele
está?
67
69. CONCLUSÃO
Deus “não é como as
inovações do mundo, que
são todas provisórias,
passam e procuramos
outras sem cessar. A
novidade que Deus dá à
nossa vida é definitiva; e
não apenas no futuro
quando estivermos com
Ele, mas já hoje.”
(28/04/2013)
69
70. CONCLUSÃO
"Caros irmãos, creio
que metade de nós já
somos velhos. Ser
idoso é a sabedoria
da vida. Levemos
essa sabedoria aos
jovens, essa
sabedoria da vida“
(15/03/2013)
Aos cardeais presentes à Santa
Missa presidida por ele após o
Conclave.
70
74. CONCLUSÃO
É PRECISO MOSTRAR
O CRISTO, QUE NÃO
MUDA E NEM PASSA,
NOS MEIOS
MODERNOS ONDE
ELES ESTÃO, NOS
AMBIENTES ONDE
ELES ESTÃO. E
ATRAÍ-LOS PARA A
IGREJA.
74
75. SOMENTE ASSIM
TEREMOS A CHANCE
DE MOSTRAR O
CRISTO QUE NÃO
PASSA, DIANTE DAS
NOVIDADES QUE
PASSAM.
75
76. CONCLUSÃO
SE NÃO
DEIXARMOS OS
JOVENS FAZEREM
O ENCONTRO COM
O CRISTO E COM A
IGREJA, QUEM
VIRÁ DEPOIS DE
NÓS?
76
NÓS
TAMBÉM
FOMOS
CRIANÇAS
E JOVENS.
E HOJE
ESTAMOS
AQUI.
77. CONCLUSÃO
Que possamos ver e
mostrar Jesus aos
jovens.
Famílias e Igreja
levemos nossos jovens a
Cristo!
77