Este documento descreve a campanha para eleger o Cristo Redentor como uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo. A campanha envolveu diversos apoios de instituições e autoridades para motivar a sociedade brasileira a votar, resultando na vitória do Cristo Redentor com mais de 100 milhões de votos. Após a vitória, o turismo no Rio de Janeiro aumentou, gerando benefícios econômicos para a região e o país.
Conferência SC 2024 | De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendas
Case "Cristo Maravilha"
1. COMO FAZER MARAVILHAS O desafio de motivar e aglutinar esforços em prol de um objetivo maior.
2. NO INÍCIO, ERA UM SONHO No final de 2005, tomamos conhecimento de que a New 7 Wonders Foundation, com sede na Suíça, promoveria uma eleição em escala global para escolher as Novas Sete Maravilhas do Mundo. Um painel científico, reunindo especialistas internacionais, com apoio da UNESCO, selecionou os 20 monumentos que então passariam a disputar uma eleição através de votação pela internet, mensagens SMS e ligações telefônicas para definir as novas Sete Maravilhas do Mundo.
3. ÍCONE BRASILEIRO O Cristo Redentor, símbolo do Rio e do Brasil, tornou-se um dos candidatos. Talvez fosse um sonho impossível, mas a verdade é que, desde então, a Aroldo Araujo Comunicação passou a se dedicar com o maior entusiasmo à viabilização dessa campanha. Significava uma oportunidade única para valorizar a imagem do Rio e do Brasil, com benefícios para nosso turismo e economia como um todo.
4. UMA OPORTUNIDADE, UM CONCEITO Montamos um projeto para campanha de comunicação capaz de motivar e envolver os mais diversos segmentos da sociedade brasileira, do cidadão comum às instituições privadas e governamentais, com ênfase no setor turístico. O congresso da ABAV (Associação Brasileira das Agências de Viagem), em outubro de 2006, nos proporcionou a oportunidade para lançar o conceito/tema de toda a campanha.
5.
6. APOIOS, UNIÕES E COLABORAÇÕES Tendo em mãos um amplo planejamento de campanha, buscamos o apoio do Ministério do Turismo e do Rio Convention & Visitors Bureau, bem como da Associação Comercial do Rio de Janeiro e da Igreja Católica. A idéia foi apoiada por todos, especialmente pelo Dr. Olavo Monteiro de Carvalho, presidente da Associação Comercial, que proporcionou um grande impulso ao projeto.
7. APOIOS, UNIÕES E COLABORAÇÕES Ainda precisávamos de apoiadores que, diante do desafio de vencer uma eleição de caráter mundial, pudessem nos dar o suporte financeiro necessário. E foi aí que surgiu a importante parceria com a Bradesco Seguros e Previdência que se transformou no principal apoio da campanha. Em seguida, passamos a contar também com a colaboração da Dufry do Brasil.
17. MULTIPLICAÇÃO DE RESULTADOS Em todos os sentidos, esta era uma campanha atípica. Em nenhum momento nos preocupamos em sermos os “donos” da campanha. Percebemos que o melhor que poderíamos fazer era motivar, conjugar esforços e multiplicar resultados através de ações espontâneas de comunicação.
18. COMUNICAÇÃO GERA COMUNICAÇÃO A motivação e envolvimento foi uma das importantes características do projeto. O “Alemão”, personagem vencedor da última edição do Big Brother Brasil, aceitou a idéia de vestir a camiseta do Vote Cristo. A CBF colaborou permitindo que a seleção brasileira entrasse com uma faixa de apoio ao Cristo em seu último amistoso em Londres. Uma ONG, a World Childhood Foundation (WCF), doou mais de 1 milhão de panfletos.
22. AUTORIDADES Isto sem falar no prestígio dado à iniciativa por autoridades como o próprio Presidente Lula e os Governadores Sergio Cabral, José Serra e Aécio Neves, além de vários Ministros de Estado. A Igreja Católica foi outro pilar fundamental para o crescimento da campanha.
23.
24. RETA FINAL Assim, chegávamos à fase crucial da eleição com uma crescente participação da sociedade brasileira. O efeito multiplicador se fez sentir em uma grande ação que desenvolvemos via internet, através da qual enviamos mais de 20 milhões de e-mails para internautas de todo o mundo. Comunidades surgiram no Orkut e em outros sites de relacionamento, num movimento que nos proporcionou uma espetacular reação e a conquista no momento decisivo.
30. EFEITO CRISTO Agora, com a vitória alcançada, começamos a sentir o “ EFEITO CRISTO ” trazendo benefícios para o Rio e para o Brasil. Somando-se a isso, o sucesso do Pan e uma conjuntura econômica favorável, permitem-nos imaginar dias melhores para todos. Incremento de 20% no nº de turistas no Rio de Janeiro. Resgate da auto-estima. Orgulho de ser Carioca.
31. EFEITO CRISTO Embratur iniciou campanha divulgando o Brasil nos EUA. Painel do Cristo Redentor na Times Square é o grande destaque. Investimento de cerca de US$ 3 milhões . Previsão de elevar a visitação ao monumento para 3 milhões de pessoas anualmente. O Ministério do Trabalho estima a criação de 250 mil postos de trabalho. Uma geração de R$ 270 milhões em receitas.
32. EFEITO CRISTO Tudo depende do nosso trabalho e, de uma pequena dose de otimismo sem a qual, é melhor nem sairmos de casa. Só assim vamos fazer, não só do Cristo, mas desse país, uma verdadeira maravilha.
33.
Notas do Editor
Como fazer maravilhas Em meus mais de 40 anos de atividades publicitárias, sempre fui conhecido como um otimista incorrigível, daqueles que, mesmo nas piores situações, consegue ver algo de positivo. Hoje, no momento em que, após um esforço enorme de comunicação, conseguimos colocar o nosso Cristo Redentor entre as Sete Maravilhas do Mundo, devo admitir que, não fosse eu um otimista nato, talvez nem tivesse começado essa história que, com a ajuda de tantos colaboradores, chegou a um final feliz. Por isso, creio que vale a pena contar de forma resumida um pouco desse que, agora, com muito orgulho, podemos chamar de “ Case Maravilha ”.
No início, era um sonho Tudo começou quando, no final de 2005, tomamos conhecimento de que a “New Seven Wonders Foundation”, com sede na Suíça, promoveria uma eleição em escala global para escolher as Novas Sete Maravilhas do Mundo. A partir de uma um painel científico, reunindo especialistas internacionais, foram selecionados os 20 monumentos que então passariam a disputar uma eleição através de votação pela internet, mensagens SMS e ligações telefônicas para definir as novas Sete Maravilhas do Mundo. Devo dizer que a idéia do concurso e, principalmente, a presença do Cristo Redentor como um dos candidatos, me fascinaram de imediato. Talvez fosse um sonho impossível, mas a verdade é que, desde então, passei a me dedicar com o maior entusiasmo à viabilização dessa campanha que, desde o início, vi como uma excelente oportunidade de valorizar a imagem do Rio e do Brasil, com benefícios para nosso turismo e economia como um todo.
Devo dizer que a idéia do concurso e, principalmente, a presença do Cristo Redentor como um dos candidatos, me fascinaram de imediato. Talvez fosse um sonho impossível, mas a verdade é que, desde então, passei a me dedicar com o maior entusiasmo à viabilização dessa campanha que, desde o início, vi como uma excelente oportunidade de valorizar a imagem do Rio e do Brasil, com benefícios para nosso turismo e economia como um todo.
Cabia-nos então montar um projeto de campanha promocional e de RP que fosse capaz de motivar e envolver os mais diversos segmentos da sociedade brasileira, do cidadão comum às instituições privadas e governamentais, com ênfase no setor turístico que, a nosso ver, seria o mais diretamente beneficiado com a eleição do Cristo. E foi justamente o congresso da ABAV (Associação Brasileira das Agências de Viagem), em novembro de 2006, que nos proporcionou a oportunidade de produzir uma peça que, com sua simplicidade e objetividade, acabou sendo o marco que deu início à campanha: um único outdoor, montado junto à entrada do congresso, com a imagem e o conceito/tema de toda a campanha – “Vote no Cristo. Ele é uma maravilha!”. Relembrando esse momento, depois de tantas ações que ocorreram e até decorreram dele, parece incrível que tudo tenha começado ali. Mas a verdade é que esse foi o “estopim” de uma série de ações em cadeia que se traduziram num autêntico case de relações públicas, publicidade e marketing viral que nos levou ao sucesso. Seja como for, deu-se início à fase dos apoios que começaram a tornar o sonho realidade.
Tendo em mãos um amplo planejamento de campanha, buscamos o apoio do Ministério do Turismo e do Rio Convention & Visitors Bureau, bem como da Associação Comercial do Rio de Janeiro e da Igreja Católica. A idéia foi apoiada por todos, especialmente pelo Dr. Olavo Monteiro de Carvalho, presidente da Associação Comercial, que proporcionou um grande impulso ao projeto.
Contudo, ainda precisávamos de apoiadores que, diante da grandiosidade do desafio de vencer uma eleição de caráter mundial, pudessem nos dar o suporte financeiro necessário. E foi aí que surgiu a importante parceria com a Bradesco Seguros e Previdência que, animada com o projeto, passou a se transformar no principal apoio da campanha. Logo em seguida, passamos a contar também com a colaboração da Dufry do Brasil.
Embora até a penúltima parcial divulgada pelos promotores do concurso o Cristo Redentor não figurasse ainda entre os dez primeiros colocados, nada poderia nos desanimar. Em todos os sentidos, esta era uma campanha atípica. Em nenhum momento nos preocupamos em sermos os “donos” da campanha. Pelo contrário, percebemos que, em nossa missão de coordenadores, o melhor que poderíamos fazer era conjugar esforços e multiplicar resultados através de ações espontâneas de comunicação.
Agora, com a vitória alcançada, sinto-me profundamente realizado em perceber, na mídia, o que alguns começam a chamar de “efeito Cristo” trazendo benefícios para o Rio e para o Brasil. Somando-se a isso, o sucesso do Pan e uma conjuntura econômica favorável, permitem-nos imaginar dias melhores para todos. Mas tudo depende do nosso trabalho e, se me permitirem, de uma pequena dose de otimismo sem a qual, aconselho, é melhor nem sairmos de casa. Só assim vamos fazer, não só do Cristo, mas desse país, uma verdadeira maravilha.
Em 2006 o monumento do Cristo Redentor atraiu quase 3 milhões de pessoas.
Agora, com a vitória alcançada, sinto-me profundamente realizado em perceber, na mídia, o que alguns começam a chamar de “efeito Cristo” trazendo benefícios para o Rio e para o Brasil. Somando-se a isso, o sucesso do Pan e uma conjuntura econômica favorável, permitem-nos imaginar dias melhores para todos. Mas tudo depende do nosso trabalho e, se me permitirem, de uma pequena dose de otimismo sem a qual, aconselho, é melhor nem sairmos de casa. Só assim vamos fazer, não só do Cristo, mas desse país, uma verdadeira maravilha.