Este documento discute as ideias e o trabalho do filósofo Francis Bacon. Ele foi um dos primeiros a defender o empirismo e o método científico, enfatizando a importância da observação e experimentação na formação do conhecimento. Bacon também identificou os "Ídolos da mente" que podem impedir o progresso científico. Sua influência ajudou a estabelecer a ciência como a chave para o conhecimento no século XVI em diante.
3. EM CONTEXTO
ÁREA Filosofia da ciência
ABORDAGEM Empirismo
Empirismo é o movimento que acredita na experiência como
formadora de ideias, discordando da noção de ideias natas. No
empirismo a sabedoria é adquirida através da percepção.
Na ciência, empirismo vem do método cientifico, onde as teorias
devem ser fundamentadas com base na observação da natureza e
não em intuição ou fé.
Percepção: Atribui significados a estímulos sensoriais.
4. ANTES
Século IV a.C. Aristóteles coloca a
observação e o raciocínio indutivo no
centro do pensamento científico.
Século XIII Os estudiosos Robert
Grosseteste e Roger Bacon acrescentam
a experimentação à abordagem indutiva
de Aristóteles ao conhecimento científico.
5. DEPOIS
1739 Tratado da natureza humana, de
Hume, questiona a racionalidade do
pensamento indutivo.
1843 O Sistema de lógica dedutiva e
indutiva, de Stuart Mill, descreve os cinco
princípios que regulam as ciências.
1934 Karl Popper afirma que a
falsificação, não a indução, define o
método científico.
6. O conhecimento
científico ergue-se sobre
si mesmo.
Ele avança firme e
cumulativamente, desco
brindo leis e tornando
invenções possíveis.
Ele permite que as
pessoas façam coisas
que não poderiam ser
feitas.
Conhecimento é poder.
7. Experiência sensorial
Bacon é o primeiro de uma tradição de
pensamento conhecida como empirismo
britânico, caracterizado pela visão de
mundo de que todo conhecimento deve
vir essencialmente da experiência
sensorial.
8. Abordagem mais científica
Ele nasceu numa época em que houve
um deslocamento da ênfase da
Renascença nas redescobertas do
mundo antigo rumo a uma abordagem
mais científica do conhecimento.
9. Cientistas renascentistas
Já haviam surgido alguns trabalhos
inovadores de cientistas renascentistas,
como o astrônomo Nicolau Copérnico e o
anatomista André Vesálio.
10. Revolução Científica
Mas o novo período produziu um número
espantoso de pensadores científicos,
como Galileu Galilei, William Harvery,
Robert Boyle, Robert Hooke e Issac
Newton
11. Igreja e Ciência
Durante a Idade Média a Igreja foi
receptiva quanto a ciência, mas isso
cessou com o aumento da oposição na
Renascença e muniu Lutero que alegava
que a Igreja havia sido muito indulgente
com os desafios científicos que
questionavam a Bíblia, isso dificultou o
desenvolvimento das ciências.
12. Ciência como qualidade de vida
Bacon aceitava os ensinamentos da
Igreja, porém argumentou que a ciência
deve ser separada da religião, e
acreditava que a ciência deveria ser
usada em prol da qualidade de vida das
pessoas.
13. Ciência com papel transformador
Para ele a capacidade da ciência de
elevar a existência humana havia sido
anteriormente ignorada, em favor do
foco sobre a glória acadêmica e pessoal
do cientista.
14. Ídolos da mente
Bacon elaborou uma lista de barreiras
psicológicas à busca do conhecimento
científico em termos que chamou
coletivamente de “Ídolos da mente”.
15. Ídolos da tribo
A tendência dos seres humanos como
espécie (ou “tribo”) que generaliza;
Os ídolos da tribo são aqueles que se
apoderam da própria natureza humana e
não levam em conta o aprendizado sobre
o universo, produzem uma certa espécie de
superstição.
16. Ídolos da caverna
Nossa inclinação para impor
preconcepções sobre a natureza, em vez
de examinar o que realmente está lá;
Cada um tem sua própria caverna, seu jeito
próprio de interpretar a natureza, vendo
por ângulos diferentes cometem erros
diversos, admirando falsas verdades que
vão ocupando o intelecto humano.
17. Ídolos do mercado
Facilidade com que deixamos as
convenções sociais distorcerem
nossa experiência;
Invadem o intelecto através das
palavras, distorcidas pela oratória para
enfatizar um discurso, violência ao
intelecto e perturba o raciocínio.
18. Ídolos do teatro
A influência deformadora dos dogmas
filosóficos e científicos predominantes.
São aquelas teorias que não têm harmonia
com a natureza humana ou obras
filosóficas que se consagraram figurando
mundos fictícios. Para expulsá-los é preciso
ter conhecimento dos mesmos a fim de
expurga-los da mente.
19. A ciência, não a religião, foi vista cada vez mais como a chave do
conhecimento a partir do século XVI. A gravura revela o observatório do
astrônomo dinamarquês Tycho Brahe (1546-1601).
20. Método científico
Argumentando que o avanço das
ciências depende da formulação de leis
de generalidade crescente, Bacon
propôs um método científico que incluiu
uma variação dessa abordagem.
21. Observação generalista
Em lugar de fazer uma série de
observações – como a de metais que se
expandem quando aquecidos, para
concluir que o calor deve provocar
expansão em todos os metais-,
22. Exemplos negativos
Ele enfatizou a necessidade de testar uma
nova teoria, prosseguindo em busca de
exemplos negativos (no caso, metais que
não se expandem quando aquecidos).
23. Saltos imaginativos
A influência de Bacon pôs em primeiro
plano a experiência prática na ciência.
No entanto, ele foi criticado por
negligenciar a importância de saltos
imaginativos que impulsionam todo
progresso científico.
25. Francis Bacon
Nasceu em
Londres, advogado, diplomata na
França, pobre após a morte de
seu pai;
1584 Parlamento, amigo do
traiçoeiro conde de Essex;
1618 designado Lord
Chancellor, exonerado 2 anos
depois acusado de aceitar
suborno;
Passou o resto da vida
escrevendo e realizando seu
trabalho científico;
Morreu de bronquite.