SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  23
Télécharger pour lire hors ligne
Projeto ALFATEC:
Formação Continuada de Docentes Alfabetizadores Mediada pelas
Tecnologias da informação e da Informação
Curso UPCA:
Uso Pedagógico do Computador na Alfabetização
Texto elaborado por Angela Freire Página 2
Sistemas de Escrita
SISTEMAS DE ESCRITA PICTOGRÁFICOS / IDEOGRÁFICOS
ESCRITAS PICTOGRÁFICAS são escritas que significam as IDÉIAS por meio
de cenas figuradas ou simbólicas; ou seja, através do "EPICTOGRAMA":
desenho figurativo e estilizado (uma figura para cada objeto) que
funciona como um signo (símbolo) da escrita, não transcrevendo nem
tendo relação explícita com a língua oral, e por isso mesmo, considerado
um sistema incompleto.
ESCRITAS IDEOGRÁFICAS são aquelas nas quais os GRAFEMAS são os
IDEOGRAMAS representando conceitos ou idéias, mais que uma palavra
específica.
Escreve-se a partir dos SIGNIFICADOS, das IDÉIAS.
IDEIAS
SONS
Com apenas um sinal gráfico representa-se uma palavra inteira
que nos dá uma idéia completa
Estes tipos de escrita não são capazes de expressar todo o conteúdo
comunicativo de uma língua. Não há uma única maneira de lê-las,
porque não há correspondência de um para um entre símbolo e língua.
Em alguns casos de escritas ideográficas, apenas o autor do texto pode
dizer com alguma certeza, e pode-se dizer que elas são interpretadas,
mais do que lidas.
Texto elaborado por Angela Freire Página 3
SISTEMAS DE ESCRITA FONOGRÁFICA
São aqueles que representam a linguagem, partindo dos seus sons.
Representam os sons da fala, a série de sons que emitimos quando
falamos.
Escreve-se a partir dos SONS das palavras.
IDÉIAS
SONS
Tipos de ESCRITA FONOGRÁFICA:
1. ESCRITA SILÁBICA: escreve-se um símbolo para cada sílaba. Representa
silabicamente a pauta sonora.
BO @ CA # DE & MA % LO $
BOLO = @$ BOCA = @# CAMA = #% MACA = %#
Exemplo: escrita egípcia, escrita etíope.
2. ESCRITA CONSONANTAL: representa as palavras através da escrita de
sons consonantais.
B @ C # D & M % L $
BOLO = @$ BOCA = @# CAMA = #% MACA = %#
Exemplo: línguas semíticas.
Texto elaborado por Angela Freire Página 4
3. ESCRITA FONÉTICA / ALFABÉTICA: representa os sons da fala,
exatamente conforme elas foram presenciadas.
BALDE – baudi, baude, baldi, bardi, baudji....
Exemplo: o português.
4. ESCRITA ALFABÉTICA ORTOGRÁFICA: não representa os sons da fala,
anula a variação linguística, pois as palavras de uma língua são escritas de
uma única forma, independentemente de quantas pronúncias diferentes
possam estar ligadas a ela. A escolha de qual seja a forma ortográfica de
cada palavra é, em geral, ortográfica.
Exemplo: BALDE – balde
Pictograma Placa de Barro com escrita Escrita hieroglífica em pergaminho
Peixe cuneiforme dos sumérios (Egito Antigo)
Texto elaborado por Angela Freire Página 5
Concepções de Alfabetização:
Os Métodos
Os MÉTODOS TRADICIONAIS DE ALFABETIZAÇÃO são um conjunto de princípios teórico-
procedimentais que organizam o trabalho pedagógico em torno da alfabetização,
centrado na transmissão de conhecimentos, numa sequência predeterminada e fixa que
enfatiza a memorização e a repetição de fonemas, letras, sílabas, palavras e frases,
tomando a língua como um código a ser decifrado.
Até os anos 80, aparecem três métodos diferentes de alfabetização para orientar os
professores, são eles:
O primeiro, os chamados MÉTODOS SINTÉTICOS, partem da síntese, das partes
para o todo, do simples para o complexo, das unidades menores (fonemas, letras,
sílabas) para unidades maiores (palavras, frases, texto), baseando no processo de
composição.
O segundo, denominados MÉTODOS ANALÍTICOS, partem da análise, do todo para
as partes, do complexo para o simples, das unidades maiores (palavras, frases,
texto) para as unidades menores (fonemas, letras, sílabas) privilegiando o
processo de decomposição.
O terceiro, nominado de MÉTODO MISTO, que privilegiaria os processos de síntese
e análise.
Texto elaborado por Angela Freire Página 6
Pressupostos dos MÉTODOS SINTÉTICOS e ANALÍTICOS:
Base Teórica: empirismo-associacionista de aprendizagem, calcados no modelo de
“estímulo-resposta”.
Foco: como ensinar.
Modelo de Ensino: apoiam-se na fixação como processo cognitivo. Visão
adultocêntrica sobre o que é fácil / difícil na hora de sequenciar unidades.
Estudantes: considerados “tabulas rasas”, “folha em branco” ou “CD/DVD vazio”,
que ao entrar para escola, não conhecem nada e não têm experiência sobre a
língua, aprendem passivamente recebendo, memorizando, repetindo e associando
informações sobre fonemas, letras, silabas, palavras e frases dadas pelo professor
ou pelo livro didático (cartilhas).
Professor: aquele que tudo sabe e que detém o conhecimento sobre a língua.
Concepção de Aprendizagem: por memorização, fixação.
Concepção de Alfabetização: sistematização do “B + A = BA”, isto é, aquisição de
um código fundado meramente na relação entre fonemas e grafemas.
Concepção da Língua: um código a ser decifrado e codificado.
Prática Alfabetizadora: predomínio da memorização da grafia correta de
palavras, cópias e ditados descontextualizados, leitura descontextualizada,
desprovida de significado para os estudantes, uma vez que a linguagem é
geralmente trabalhada distanciada do seu uso real e de sua função principal, a
interação entre as pessoas (função comunicativa real).
Texto elaborado por Angela Freire Página 7
Ênfase: nos aspectos gráficos e psicomotores como requisitos para prontidão da
alfabetização, isto é, bom traçado, boa coordenação motora e boa discriminação
visual e auditiva.
Os MÉTODOS SINTÉTICOS subdividem-se em:
MÉTODO ALFABÉTICO OU DE SOLETRAÇÃO:
- Foi o primeiro método empregado universalmente na aprendizagem da
leitura, é utilizado desde o ano 68 a.C, em Roma e na Grécia antiga.
- Ponto de partida: as LETRAS.
MÉTODO FÔNICO:
- Introduzido por Valentin Ickelsammer no século XVI.
- Ponto de partida: os FONEMAS.
- Lógica: primeiro deve conhecer os fonemas e, em seguida, combiná-los
formando sílabas, palavras e frases.
- O Método da Abelhinha, Casinha Feliz e Consciência Fonológica.
MÉTODO SILÁBICO:
- Introduzido por Samuel de Heinicke no século XVIII.
- Ponto de partida: a sílaba.
- Lógica: as sílabas constituem as palavras, estas em frases, até chegar em
pequenos textos.
Texto elaborado por Angela Freire Página 8
Os MÉTODOS ANALÍTICOS subdividem-se em:
PALAVRAÇÃO
- Ponto de partida: é a palavra.
- Lógica: inicia-se com a palavra-chave e chega-se às sílabas, fonemas e
letras que a constituem.
Em seguida, apresenta-se ao alfabetizando uma lista de palavra na qual
ele terá que reconhecer a palavra-chave; depois, uma outra palavra-
chave, que será comparada à primeira.
IDEOVISUAL, IDEOGRÁFICO OU DE PALAVRAS-TIPO
- Criado por Decroly, em 1936.
- Lógica: parte de uma motivação (desenho, história, verso, etc.) e
apresenta a palavra ligada ao desenho. Este processo evoluiu para a
palavração e palavras progressivas.
SENTENCIAÇÃO
- Liderado por Randovilliers, em 1768.
- Ponto de partida: é a frase.
- Lógica: parte da frase ou sentença para chegar as palavras, fonemas e
sílabas.
CONTO OU HISTORIETA
- Criado pela Educadora Margarida Mc Closkey no século XX.
- É uma decorrência natural do método da sentenciação.
- Ponto de partida: é a história.
- Lógica: as sentenças são as partes de um todo maior, mais interessante
e significativo.
Texto elaborado por Angela Freire Página 9
Concepção de Alfabetização:
Psicogênese da Lingua Escrita
Níveis de Escrita
Linha de Evolução da Escrita
1. Distinção entre o modo de representação icônico e não icônico.
2. Construção da forma de diferenciação: controle progressivo das
variações sobre os eixos qualitativo e quantitativo.
Texto elaborado por Angela Freire Página 10
3. Fonetização da escrita: inicia no silábico e culmina no alfabético.
Pré-silábico Silábico Silábico-alfabético Alfabético
_____|____|____|____|____|_____|_____________|______________
P1 P2 | S1 S2 | |
Período sem Período de Fonetização da Escrita
Fonetização
Pré-silábica, sem variações quantitativas ou qualitativas dentro da
palavra e entre as palavras. O aluno diferencia desenhos (que não podem
ser lidos) de “escritos” (que podem ser lidos), mesmo que sejam
Texto elaborado por Angela Freire Página 11
compostos por grafismos, símbolos ou letras. A leitura que realiza do
escrito é sempre global, com o dedo deslizando por todo o registro
escrito.
Pré-silábica com exigência mínima de letras ou símbolos, com variação
de caracteres dentro da palavra, mas não entre as palavras. A leitura do
Texto elaborado por Angela Freire Página 12
escrito é sempre global, com o dedo deslizando por todo o registro
escrito.
Pré-silábica com exigência mínima de letras ou símbolos, com variação
de caracteres dentro da palavra e entre as palavras (variação qualitativa
intrafigural e interfigural). Neste nível, o aluno considera que coisas
diferentes devem ser escritas de forma diferente. A leitura do escrito
continua global, com o dedo deslizando por todo o registro escrito.
Nível Pré-Silábico
CARACTERÍSTICAS
• Não estabelece vínculo entre a fala e a escrita.
• Representa coisas e usa desenhos, garatujas para escrever;
• Supõe que a escrita representa o nome dos objetos e não os objetos; coisas grandes
(nomes grandes), coisa pequenas (nomes pequenos);
• Usa letras do próprio nome ou letras e números na mesma palavra;
• Só ela sabe o que quis escrever.
Texto elaborado por Angela Freire Página 13
DESAFIO:
Qual é o significado dos sinais escritos?
ATIVIDADES:
• Criação de um ambiente rico de materiais e de atos de leitura e escrita.
Revistas, jornais, cartazes, livros, jogos, rótulos, embalagens, textos do professor, dos
alunos, músicas, parlendas, poesias (tudo com significado e sentido – do contexto do
aluno).
• O aluno toma contato com todas as letras, com todo tipo de texto e com qualquer
palavra, desde que seja significativa para ele.
O nome é o que tem muito significado, destaque a letra inicial, com fichas, crachás e
alfabeto móvel.
• Iniciar o trabalho com o nome da criança.
Jogos – bingo de letras/memória de letras/dominó/baralho de nomes/ pescaria de
nomes ou letras/formar nomes ou a letra inicial com alfabeto móvel Manipulação intensa
com o alfabeto móvel.
• Trabalhar a memorização global de algumas palavras, incluindo os nomes dos alunos.
Caixa com palavras e nomes.
• Promover atividades que visem fazer a vinculação do objeto ou figura com a palavra
escrita.
Fichas com os desenhos e fichas com os nomes das figuras/ memória.
• Propor aos alunos análises não silábicas de palavras: letras iniciais e finais, número de
letras, ordem das letras na palavra.
Classificação de palavras ou nomes que se parecem, as que começam com a mesma
letra, as que possuem o mesmo número de letras, letra final, palavras grandes e
pequenas.
• Propor análise da forma e posição das letras e dos numerais.
• Introduzir aspectos sonoros das iniciais das palavras significativas.
Leitura de poesias, quadrinhas, parlendas, músicas.
• Propiciar aos alunos vivenciar situações que os levem a compreensão das diversas
funções da escrita.
O sentido dos gêneros discursivos...
Texto elaborado por Angela Freire Página 14
• Propor atividades que possibilitem aos alunos fazer a distinção entre letras e números,
texto e desenho.
• Promover vinculação do discurso oral com o texto escrito.
Notícias, propagandas, cartas, histórias e bilhetes.
• Fazer distinção entre imagem e texto.
Placas de sinalização, histórias, cartazes.
• Atividades de manifestação oral e escrita.
Brincadeiras de rimas, adivinhações, telefone sem fio, jornal falado.
• Estimular a escrita espontânea segundo as suas hipóteses da escrita.
Autoditado...
Texto elaborado por Angela Freire Página 15
Silábica sem valor sonoro convencional. Cada letra ou símbolo
corresponde a uma sílaba falada, mas o que se escreve ainda não tem
correspondência com o som convencional daquela sílaba. A leitura é
silabada.
Silábica com valor sonoro convencional. Cada letra corresponde a uma
sílaba falada e o que se escreve tem correspondência com o som
convencional daquela sílaba, em geral representada pela vogal, mas não
exclusivamente. A leitura é silabada.
Nível Silábico
SILÁBICO SEM VALOR SONORO
CARACTERÍSTICAS
• Começa a ter consciência de que existe alguma relação entre a pronúncia e a escrita.
Texto elaborado por Angela Freire Página 16
• Só demonstra estabilidade ao escrever seu nome ou palavras que teve oportunidade e
interesse de gravar.
• Conserva as hipóteses da quantidade mínima e da variedade de caracteres.
• O aluno tenta corresponder um fonema para cada grafema (o som da fala a cada letra
escrita), mas a utilização dos símbolos gráficos é aleatória e nem sempre a
representação dos fonemas corresponde à escrita convencional.
DESAFIO:
Como resolver a hipótese de que a escrita se vincula com a pronúncia das partes da
palavra?
IMPORTANTE...
• Quando se tornam silábicas, as crianças colocam por terra algumas memorizações
globais e passam a associar uma letra para cada sílaba, negando seu prévio
conhecimento global da palavra: começam a vincular a escrita com a pronúncia.
• Percebem que não é possível ler as palavras que escreveu e que também não é
possível ler as escritas convencionais porque possuem excesso de letras.
• É a impossibilidade de ler o que está escrito que força a criança a entrar no nível
posterior.
SILÁBICO COM VALOR SONORO
CARACTERÍSTICAS
• Já supõe que a escrita representa a fala;
• Tenta fonetizar a escrita e dar valor sonoro às letras;
• Pode ter adquirido, ou não, a compreensão do valor sonoro convencional das letras;
• Já supõe que a menor unidade da língua seja a sílaba;
• Supõe que para cada sílaba oral corresponde uma letra ou um sinal;
• Em frases, pode escrever uma letra para cada palavra;
• Compreende que a escrita representa o som da fala;
• Combina só vogais ou só consoantes. Por exemplo, AO para gato ou ML para mola e
mula;
• Passa a fazer uma leitura termo a termo (não global).
Texto elaborado por Angela Freire Página 17
DESAFIO:
• Como compatibilizar, na escrita ou na leitura das palavras monossílabas e dissílabas, a
idéia de quantidade mínima e de variedade de caracteres, se ela supõe que as palavras
podem ser escritas com uma ou com duas letras?
• Ao ler as palavras que escreveu, o que fazer com as letras que sobraram no meio das
palavras ou no final?
• Se coisas diferentes devem ser escritas de maneira diferente, como organizar as letras
na palavra?
ATIVIDADES
• Ao identificar os alunos silábicos com valor e sem valor sonoro, agrupe-os em dupla;
• Análise sonora sobre as iniciais dos nomes próprios e palavras significativas;
• Desmembramento oral dos nomes e das palavras em sílabas;
• Pronuncia pausada das palavras para que os alunos identifiquem a quantidade de
sílabas e a análise da questão sonora;
• Classificação das palavras com o mesmo número de sílabas e que iniciam com a mesma
letra;
• Completar palavras, com alfabeto móvel ou com a escrita das letras;
• Gravuras e letras iniciais;
• Gravuras e palavras;
• Dicionário ilustrado;
• Trabalho com rimas, músicas, sons iniciais e sons finais das palavras;
• Ditados;
• Trabalho com letras – Ordenação do alfabeto  Jogo de esconder as letras e montar os
grupos para descobrir.
• Alfabeto móvel todos os dias;
• Lista de palavras significativas;
• Número de palavras na frase, número de letras nas palavras.
Texto elaborado por Angela Freire Página 18
Silábico-alfabética. Este nível marca a transição do aluno da hipótese
silábica para a hipótese alfabética. Ora ela escreve atribuindo a cada
sílaba uma letra, ora representando as unidades sonoras menores, os
fonemas.
NÍVEL SILÁBICO-ALFABÉTICO
CARACTERÍSTICAS
• Inicia a superação da hipótese silábica;
• Reconhece o som das letras;
• Estabelece uma vinculação mais coerente entre leitura e escrita;
• A criança se concentra na sílaba para escrever;
• Surge a adequação do escrito ao sonoro;
• As unidades linguísticas (palavras, letras, sílabas) são tratadas como categorias
estáveis (antes não tinham nenhuma relação entre si)
Texto elaborado por Angela Freire Página 19
• Presença da oralidade (escreve do jeito que fala, com isso surgem os problemas
relativos à ortografia);
• Leitura sem imagem e com imagem;
• Compreende que cada um dos caracteres da escrita (letras) corresponde a valores
sonoros menores que a sílaba.
DESAFIO:
• Como separar palavras ao escrever, quando elas não são separadas na fala?
• Como tornar a escrita socializável, possível de ser lida por outras pessoas?
ATIVIDADES
• É de muita importância trabalhar simultaneamente as letras, sílabas, palavras e
textos;
• Constituição de palavras com sílabas e alfabeto móvel;
• Adivinhações de palavras por meio de pistas dadas pelo professor;
• Carta enigma;
• Distinção de uma só sílaba na palavra;
• Produção de textos por intermédio de situações promovidas no cotidiano escolar;
• Reescrita dos textos;
• Leituras globais e parciais de palavras e textos;
• Reconhecimento de sílabas, palavras e frases nos textos;
• Separar frases em palavras;
• Montar frases com fichas de palavras;
• Produzir histórias em quadrinhos.
Texto elaborado por Angela Freire Página 20
Alfabética. Neste estágio, o aluno já compreendeu o sistema de escrita,
entendendo que cada um dos caracteres da palavra corresponde a um
valor sonoro menor do que a sílaba. Agora, falta-lhe dominar as
convenções ortográficas.
Nível Alfabético
CARACTERÍSTICAS:
• Compreende que a escrita tem uma função social: a comunicação;
• Compreende o modo de construção do código da escrita.
• Compreende que cada um dos caracteres da escrita corresponde a valores menores
que a sílaba;
• Conhece o valor sonoro de todas as letras ou de quase todas;
• Pode ainda não separar todas as palavras nas frases;
• Omite letras quando mistura as hipóteses alfabética e silábica;
• Não tem problemas de escrita no que se refere a conceito;
• Não é ortográfica nem léxica.
DESAFIO:
• Como aprender as convenções da língua?
ATIVIDADES
Texto elaborado por Angela Freire Página 21
• Produção de textos coletivos e individuais;
• Reescrita de contos, histórias e situações vivenciadas;
• Registro diário dos acontecimentos, seja num diário ou num caderno de bordo
(estimular ao máximo a criança a escrever todos os dias, mas com motivos para isso);
• Caderno de produções de textos ou montar um livro, propiciar dia de autógrafos, capa,
ilustração etc.
• Leitura e narração de histórias pelo professor e registro por parte do aluno do
momento mais significativo;
• Ler diferentes tipos de textos e propiciar aos alunos momentos de produzir diferentes
tipos de textos com funcionalidade;
• Instigar a autoria dos alunos e sua autonomia na leitura e na escrita.
IMPORTANTE
• Dificilmente todos os alunos de uma classe estarão num mesmo nível conceitual,
portanto é de extrema importância que o professor de posse do diagnóstico dos níveis de
escrita dos alunos, possa planejar as atividades sempre de acordo com sua capacidade e
com o propósito de desafiá-los.
• Uma mesma atividade pode ser trabalhada oferecendo diferentes níveis de
dificuldade, atendendo as necessidades especificas de cada aluno para avançar no
conhecimento.
ALGUMAS DIFICULDADES QUE O ALUNO ENCONTRA
QUANDO CHEGA NO NÍVEL ALFABÉTICO
• Transcrição fonética: tumati – kavalu = tomate – cavalo
• Segmentação indevida: utumati = o tomate, com seguiu = conseguiu.
• Juntura vocabular – uka valu = o cavalo, agente = a gente.
• Troca do ao pelo am, i por u (e vice versa): paum = pão.
• Ausência de nasalização: troca de m por n ou til (vice e versa): comseguiu – cõsegiu
• Supressão ou acréscimo de letras.
• Troca de letras / origem das palavras (etimologia): zino = sino, geito = jeito.
Texto elaborado por Angela Freire Página 22
• Escrita não segmentada: UKAVALUPIZO"UTUMATI = o cavalo pisou no tomate.
• Não registra silabas de estruturas complexas: os dígrafos, o padrão CCV.
• Frases descontextualizadas e textos sem seqüência lógica.
• Escrita espelhada: d por b, p por q.
• Hipercorreção: coloo – colou, medeco – médico.
NÍVEIS DE ESCRITA - AGRUPAMENTOS PRODUTIVOS
APRENDER JUNTOS: AGRUPAMENTOS PRODUTIVOS
• Pré-silábico COM silábico sem valor sonoro
• Silábico sem valor sonoro COM silábico com valor sonoro
• Silábico com valor sonoro COM silábico alfabético
• Silábico alfabético COM alfabético
SITUAÇÕES DIDÁTICAS ENVOLVENDO OS NÍVEIS DE
ESCRITA
TRABALHO COM LETRAS
• Letras do alfabeto: Jogos de alfabeto de materiais e tamanhos diferentes. Letras
móveis para o/a aluno/a montar espontaneamente palavras. Bingo e memória de
letras. Atividades de escrita com letras.
• Nomeação e identificação: Criar tiras com o alfabeto e figuras para serem materiais
de consulta.
• Analise das formas posições das letras: Atividades de escrita para o/a aluno/a
analisar, por exemplo, quantas pontas têm o H, quantas retas e utiliza no traçado do
A, M, E, , quantas curvas temas letras C, P, etc.
• Valor sonoro – relação letra/som: jogos de memória com figura e letra inicial. Bingo
de figuras. Alfabeto vivo.
Texto elaborado por Angela Freire Página 23
TRABALHO COM PALAVRAS
• Nome próprio: Crachá com nome e foto ou desenho (autorretrato feito pelo/a
alfabetizando/a).
• Montar o nome com letras móveis. Bingo de nomes, de fotos e/ou autorretrato.
Dominó de nomes (letra inicial / nome). Painel de chamada com cartões de nomes.
• Análise da linguística da palavra: Letra inicial e final, número de letras, letras
repetidas, vogal, consoante. Atividades de escrita com palavras.
• Memorização de palavras significativas: Atividades de escrita. Listas de palavras.
• Conservação da escrita de palavras: Atividades de escrita: complete, forca, enigma,
“stop”, cruzadinha. Listas de palavras.
TRABALHO COM FRASES E TEXTOS
• Sentido e direção da escrita: Produção coletiva de listas, receitas, bilhetes, recados,
etc. (sendo o professor o escriba). Ler para o aluno (apontando sempre onde está
lendo).
• Vinculação do discurso oral com texto escrito: Leitura de história e reescrita
espontânea individual ou produção coletiva. Escrita de história vivida pelos alunos.
• Junção de letras na formação das silabas: Listas de palavras. Atividades de escrita:
complete, forca, enigma, “stop”, cruzadinha.

Contenu connexe

Tendances

PROJETO LEITURA E ESCRITA 2012
PROJETO LEITURA E ESCRITA 2012PROJETO LEITURA E ESCRITA 2012
PROJETO LEITURA E ESCRITA 2012Ðouglas Rocha
 
Projeto de leitura. 1º ao 9º ano
Projeto de leitura. 1º ao 9º anoProjeto de leitura. 1º ao 9º ano
Projeto de leitura. 1º ao 9º anojose ebner
 
Análise da escrita alfabética
Análise da escrita alfabéticaAnálise da escrita alfabética
Análise da escrita alfabéticaAnanda Lima
 
Alfabetização e letramento psicogenese
Alfabetização e letramento   psicogeneseAlfabetização e letramento   psicogenese
Alfabetização e letramento psicogeneseAnanda Lima
 
Sondagem de hipótese de escrita
Sondagem de hipótese de escritaSondagem de hipótese de escrita
Sondagem de hipótese de escritaMaristela Couto
 
Projeto Conhecendo meu município
Projeto Conhecendo meu municípioProjeto Conhecendo meu município
Projeto Conhecendo meu municípioProfrochedo
 
Relatorio de acompanhamento do professor do aee e sala regular
Relatorio de acompanhamento do professor do aee e sala regularRelatorio de acompanhamento do professor do aee e sala regular
Relatorio de acompanhamento do professor do aee e sala regularNethy Marques
 
SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA - SEA
SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA - SEA SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA - SEA
SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA - SEA Claudio Pessoa
 
Folclore das regiões brasileiras
Folclore das regiões brasileirasFolclore das regiões brasileiras
Folclore das regiões brasileirasBaestevam
 
A importância da leitura
A importância da leituraA importância da leitura
A importância da leituravivianpansonato
 
Projeto da sala de leitura para turmas de 5º ano
Projeto da sala de leitura para  turmas de 5º anoProjeto da sala de leitura para  turmas de 5º ano
Projeto da sala de leitura para turmas de 5º anoChristiane Queiroz
 
Sistema de Escrita Alfabética - PNAIC
Sistema de Escrita Alfabética - PNAICSistema de Escrita Alfabética - PNAIC
Sistema de Escrita Alfabética - PNAICVera Marlize Schröer
 
Ficha descritiva 1 ano 3 trimestre
Ficha descritiva 1 ano 3 trimestreFicha descritiva 1 ano 3 trimestre
Ficha descritiva 1 ano 3 trimestreNaysa Taboada
 

Tendances (20)

PROJETO LEITURA E ESCRITA 2012
PROJETO LEITURA E ESCRITA 2012PROJETO LEITURA E ESCRITA 2012
PROJETO LEITURA E ESCRITA 2012
 
Projeto de leitura. 1º ao 9º ano
Projeto de leitura. 1º ao 9º anoProjeto de leitura. 1º ao 9º ano
Projeto de leitura. 1º ao 9º ano
 
Análise da escrita alfabética
Análise da escrita alfabéticaAnálise da escrita alfabética
Análise da escrita alfabética
 
Slide projeto
Slide projetoSlide projeto
Slide projeto
 
Perfil turma pnaic
Perfil turma pnaicPerfil turma pnaic
Perfil turma pnaic
 
Alfabetização e letramento psicogenese
Alfabetização e letramento   psicogeneseAlfabetização e letramento   psicogenese
Alfabetização e letramento psicogenese
 
Letramento
LetramentoLetramento
Letramento
 
Sondagem de hipótese de escrita
Sondagem de hipótese de escritaSondagem de hipótese de escrita
Sondagem de hipótese de escrita
 
Projeto Conhecendo meu município
Projeto Conhecendo meu municípioProjeto Conhecendo meu município
Projeto Conhecendo meu município
 
Relatorio de acompanhamento do professor do aee e sala regular
Relatorio de acompanhamento do professor do aee e sala regularRelatorio de acompanhamento do professor do aee e sala regular
Relatorio de acompanhamento do professor do aee e sala regular
 
Níveis de escrita (1)pnaic
Níveis de escrita (1)pnaicNíveis de escrita (1)pnaic
Níveis de escrita (1)pnaic
 
Planejamento anual 1 ano
Planejamento anual 1 anoPlanejamento anual 1 ano
Planejamento anual 1 ano
 
SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA - SEA
SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA - SEA SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA - SEA
SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA - SEA
 
Folclore das regiões brasileiras
Folclore das regiões brasileirasFolclore das regiões brasileiras
Folclore das regiões brasileiras
 
A importância da leitura
A importância da leituraA importância da leitura
A importância da leitura
 
respeito as pessoas.
respeito as pessoas.respeito as pessoas.
respeito as pessoas.
 
Projeto da sala de leitura para turmas de 5º ano
Projeto da sala de leitura para  turmas de 5º anoProjeto da sala de leitura para  turmas de 5º ano
Projeto da sala de leitura para turmas de 5º ano
 
Geografia 2º ano
Geografia 2º anoGeografia 2º ano
Geografia 2º ano
 
Sistema de Escrita Alfabética - PNAIC
Sistema de Escrita Alfabética - PNAICSistema de Escrita Alfabética - PNAIC
Sistema de Escrita Alfabética - PNAIC
 
Ficha descritiva 1 ano 3 trimestre
Ficha descritiva 1 ano 3 trimestreFicha descritiva 1 ano 3 trimestre
Ficha descritiva 1 ano 3 trimestre
 

En vedette

Identificação dos níveis silábicos Emília Ferreiro
Identificação dos níveis silábicos Emília Ferreiro Identificação dos níveis silábicos Emília Ferreiro
Identificação dos níveis silábicos Emília Ferreiro augustafranca7
 
Como trabalhar para que o aluno avance para o nível alfabético
Como trabalhar para que o aluno avance para o nível alfabéticoComo trabalhar para que o aluno avance para o nível alfabético
Como trabalhar para que o aluno avance para o nível alfabéticoEdinei Messias
 
CONCEPÇÕES DE ALFABETIZAÇÃO: O QUE ENSINAR NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO
CONCEPÇÕES DE ALFABETIZAÇÃO: O QUE ENSINAR NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃOCONCEPÇÕES DE ALFABETIZAÇÃO: O QUE ENSINAR NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO
CONCEPÇÕES DE ALFABETIZAÇÃO: O QUE ENSINAR NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃOJulhinha Camara
 
Ficha de monitoramento dos níveis da escrita
Ficha de monitoramento dos níveis da  escritaFicha de monitoramento dos níveis da  escrita
Ficha de monitoramento dos níveis da escritaAndreá Perez Leinat
 
Psicogênese da Língua Escrita
Psicogênese da Língua EscritaPsicogênese da Língua Escrita
Psicogênese da Língua EscritaBruna Braga
 
Discutindo diagnósticos de escrita (SLIDES 3ª Formação NUALFA)
Discutindo diagnósticos de escrita (SLIDES 3ª Formação NUALFA)Discutindo diagnósticos de escrita (SLIDES 3ª Formação NUALFA)
Discutindo diagnósticos de escrita (SLIDES 3ª Formação NUALFA)Edeil Reis do Espírito Santo
 
Como trabalhar com a hipótese silábico alfabético
Como trabalhar com a hipótese silábico alfabéticoComo trabalhar com a hipótese silábico alfabético
Como trabalhar com a hipótese silábico alfabéticoEdinei Messias
 
Psicogênese da língua escrita segundo maria emilia ferreiro
Psicogênese da língua escrita segundo maria emilia ferreiroPsicogênese da língua escrita segundo maria emilia ferreiro
Psicogênese da língua escrita segundo maria emilia ferreiroRoseParre
 
Concepções de Alfabetização - PNAIC
Concepções de Alfabetização - PNAICConcepções de Alfabetização - PNAIC
Concepções de Alfabetização - PNAICVera Marlize Schröer
 
Relatorio Sondagem-Escrita
Relatorio Sondagem-EscritaRelatorio Sondagem-Escrita
Relatorio Sondagem-EscritaGraça Sousa
 
Unidade 3 - PNAIC - Sistema de Escrita Alfabética
Unidade 3 - PNAIC - Sistema de Escrita AlfabéticaUnidade 3 - PNAIC - Sistema de Escrita Alfabética
Unidade 3 - PNAIC - Sistema de Escrita AlfabéticaElaine Cruz
 
Hipóteses da Língua Escrita
Hipóteses da Língua EscritaHipóteses da Língua Escrita
Hipóteses da Língua EscritaRayane Paula
 
Leitura e interpretação de texto para alfabetização
Leitura e interpretação de texto para alfabetizaçãoLeitura e interpretação de texto para alfabetização
Leitura e interpretação de texto para alfabetizaçãoLorena Lopes
 
94071757 caderno-de-atividades-alfabetizacao
94071757 caderno-de-atividades-alfabetizacao94071757 caderno-de-atividades-alfabetizacao
94071757 caderno-de-atividades-alfabetizacaoEduardo Lopes
 
Hipóteses da escrita
Hipóteses da escritaHipóteses da escrita
Hipóteses da escritachagasl
 
Livro alfabetização- apropriaçao do sistema de escrita alfabética
Livro   alfabetização- apropriaçao do sistema de escrita alfabéticaLivro   alfabetização- apropriaçao do sistema de escrita alfabética
Livro alfabetização- apropriaçao do sistema de escrita alfabéticaRosangela Silva
 
Atividade de segmentação 1º e 2º anos
Atividade de segmentação 1º e 2º anosAtividade de segmentação 1º e 2º anos
Atividade de segmentação 1º e 2º anosaldreatrindade
 
Métodos de alfabetização
Métodos de alfabetizaçãoMétodos de alfabetização
Métodos de alfabetizaçãoDayane Hofmann
 
Atividade de escrita e leitura 3º ano
Atividade  de escrita   e  leitura  3º anoAtividade  de escrita   e  leitura  3º ano
Atividade de escrita e leitura 3º anoaldreatrindade
 

En vedette (20)

Identificação dos níveis silábicos Emília Ferreiro
Identificação dos níveis silábicos Emília Ferreiro Identificação dos níveis silábicos Emília Ferreiro
Identificação dos níveis silábicos Emília Ferreiro
 
Como trabalhar para que o aluno avance para o nível alfabético
Como trabalhar para que o aluno avance para o nível alfabéticoComo trabalhar para que o aluno avance para o nível alfabético
Como trabalhar para que o aluno avance para o nível alfabético
 
CONCEPÇÕES DE ALFABETIZAÇÃO: O QUE ENSINAR NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO
CONCEPÇÕES DE ALFABETIZAÇÃO: O QUE ENSINAR NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃOCONCEPÇÕES DE ALFABETIZAÇÃO: O QUE ENSINAR NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO
CONCEPÇÕES DE ALFABETIZAÇÃO: O QUE ENSINAR NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO
 
Ficha de monitoramento dos níveis da escrita
Ficha de monitoramento dos níveis da  escritaFicha de monitoramento dos níveis da  escrita
Ficha de monitoramento dos níveis da escrita
 
Psicogênese da Língua Escrita
Psicogênese da Língua EscritaPsicogênese da Língua Escrita
Psicogênese da Língua Escrita
 
Discutindo diagnósticos de escrita (SLIDES 3ª Formação NUALFA)
Discutindo diagnósticos de escrita (SLIDES 3ª Formação NUALFA)Discutindo diagnósticos de escrita (SLIDES 3ª Formação NUALFA)
Discutindo diagnósticos de escrita (SLIDES 3ª Formação NUALFA)
 
Como trabalhar com a hipótese silábico alfabético
Como trabalhar com a hipótese silábico alfabéticoComo trabalhar com a hipótese silábico alfabético
Como trabalhar com a hipótese silábico alfabético
 
Psicogênese da língua escrita segundo maria emilia ferreiro
Psicogênese da língua escrita segundo maria emilia ferreiroPsicogênese da língua escrita segundo maria emilia ferreiro
Psicogênese da língua escrita segundo maria emilia ferreiro
 
Concepções de Alfabetização - PNAIC
Concepções de Alfabetização - PNAICConcepções de Alfabetização - PNAIC
Concepções de Alfabetização - PNAIC
 
Relatorio Sondagem-Escrita
Relatorio Sondagem-EscritaRelatorio Sondagem-Escrita
Relatorio Sondagem-Escrita
 
Unidade 3 - PNAIC - Sistema de Escrita Alfabética
Unidade 3 - PNAIC - Sistema de Escrita AlfabéticaUnidade 3 - PNAIC - Sistema de Escrita Alfabética
Unidade 3 - PNAIC - Sistema de Escrita Alfabética
 
Hipóteses da Língua Escrita
Hipóteses da Língua EscritaHipóteses da Língua Escrita
Hipóteses da Língua Escrita
 
Leitura e interpretação de texto para alfabetização
Leitura e interpretação de texto para alfabetizaçãoLeitura e interpretação de texto para alfabetização
Leitura e interpretação de texto para alfabetização
 
94071757 caderno-de-atividades-alfabetizacao
94071757 caderno-de-atividades-alfabetizacao94071757 caderno-de-atividades-alfabetizacao
94071757 caderno-de-atividades-alfabetizacao
 
Hipóteses da escrita
Hipóteses da escritaHipóteses da escrita
Hipóteses da escrita
 
Livro alfabetização- apropriaçao do sistema de escrita alfabética
Livro   alfabetização- apropriaçao do sistema de escrita alfabéticaLivro   alfabetização- apropriaçao do sistema de escrita alfabética
Livro alfabetização- apropriaçao do sistema de escrita alfabética
 
Atividade de segmentação 1º e 2º anos
Atividade de segmentação 1º e 2º anosAtividade de segmentação 1º e 2º anos
Atividade de segmentação 1º e 2º anos
 
Métodos de alfabetização
Métodos de alfabetizaçãoMétodos de alfabetização
Métodos de alfabetização
 
Alfabetização e letramento
Alfabetização e letramentoAlfabetização e letramento
Alfabetização e letramento
 
Atividade de escrita e leitura 3º ano
Atividade  de escrita   e  leitura  3º anoAtividade  de escrita   e  leitura  3º ano
Atividade de escrita e leitura 3º ano
 

Similaire à Concepcao de alfabetizacao

Alfabetização e letramento
Alfabetização e letramentoAlfabetização e letramento
Alfabetização e letramentoLianeMagnolia
 
Organizando o trabalho a partir dos níveis da escrita
Organizando o trabalho a partir dos níveis da escritaOrganizando o trabalho a partir dos níveis da escrita
Organizando o trabalho a partir dos níveis da escritaassessoriapedagogica
 
Apres Consciência Fonológica.pptx
Apres Consciência Fonológica.pptxApres Consciência Fonológica.pptx
Apres Consciência Fonológica.pptxAlcioneCosta12
 
Processo e objetivos da alfabetizacao
Processo e objetivos da alfabetizacaoProcesso e objetivos da alfabetizacao
Processo e objetivos da alfabetizacaoJean Carvalho
 
Projeto Método Fônico
Projeto Método FônicoProjeto Método Fônico
Projeto Método FônicoNeemias
 
Projeto metodo fonico
Projeto metodo fonicoProjeto metodo fonico
Projeto metodo fonicoNeemias
 
Socialização de prática cre orla blog
Socialização de prática   cre orla blogSocialização de prática   cre orla blog
Socialização de prática cre orla blogMarisa Seara
 
PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA
PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITAPSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA
PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITATerapia online
 
Alfabetização letramento
Alfabetização  letramentoAlfabetização  letramento
Alfabetização letramentoMicheli Rader
 
Unidade 3 ano 2 A compreensão do Sistema de Escrita Alfabética e a consolidaç...
Unidade 3 ano 2 A compreensão do Sistema de Escrita Alfabética e a consolidaç...Unidade 3 ano 2 A compreensão do Sistema de Escrita Alfabética e a consolidaç...
Unidade 3 ano 2 A compreensão do Sistema de Escrita Alfabética e a consolidaç...Bete Feliciano
 
2º encontro da unidade 1 avaliação
2º encontro da unidade 1   avaliação2º encontro da unidade 1   avaliação
2º encontro da unidade 1 avaliaçãoBete Feliciano
 
Leitura e producao textual fmb
Leitura e producao textual fmbLeitura e producao textual fmb
Leitura e producao textual fmbWellington Alves
 
alfabetizacao_letramento.pdf
alfabetizacao_letramento.pdfalfabetizacao_letramento.pdf
alfabetizacao_letramento.pdfisraelf3
 
Fundamentos teóricos e metodológicos da alfabetização e do
Fundamentos teóricos e metodológicos da alfabetização e doFundamentos teóricos e metodológicos da alfabetização e do
Fundamentos teóricos e metodológicos da alfabetização e doSolange Mendes
 

Similaire à Concepcao de alfabetizacao (20)

Alfabetização e letramento
Alfabetização e letramentoAlfabetização e letramento
Alfabetização e letramento
 
Alfabetizao métodos
Alfabetizao   métodosAlfabetizao   métodos
Alfabetizao métodos
 
Organizando o trabalho a partir dos níveis da escrita
Organizando o trabalho a partir dos níveis da escritaOrganizando o trabalho a partir dos níveis da escrita
Organizando o trabalho a partir dos níveis da escrita
 
Apres Consciência Fonológica.pptx
Apres Consciência Fonológica.pptxApres Consciência Fonológica.pptx
Apres Consciência Fonológica.pptx
 
Processo e objetivos da alfabetizacao
Processo e objetivos da alfabetizacaoProcesso e objetivos da alfabetizacao
Processo e objetivos da alfabetizacao
 
Revista peb1
Revista peb1Revista peb1
Revista peb1
 
Projeto Método Fônico
Projeto Método FônicoProjeto Método Fônico
Projeto Método Fônico
 
Projeto metodo fonico
Projeto metodo fonicoProjeto metodo fonico
Projeto metodo fonico
 
Pacto nacional unidade 3 ano 1
Pacto nacional unidade 3 ano 1Pacto nacional unidade 3 ano 1
Pacto nacional unidade 3 ano 1
 
Socialização de prática cre orla blog
Socialização de prática   cre orla blogSocialização de prática   cre orla blog
Socialização de prática cre orla blog
 
PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA
PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITAPSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA
PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA
 
Alfabetização letramento
Alfabetização  letramentoAlfabetização  letramento
Alfabetização letramento
 
aula 5.doc
aula 5.docaula 5.doc
aula 5.doc
 
Alfabetização
AlfabetizaçãoAlfabetização
Alfabetização
 
Unidade 3 ano 2 A compreensão do Sistema de Escrita Alfabética e a consolidaç...
Unidade 3 ano 2 A compreensão do Sistema de Escrita Alfabética e a consolidaç...Unidade 3 ano 2 A compreensão do Sistema de Escrita Alfabética e a consolidaç...
Unidade 3 ano 2 A compreensão do Sistema de Escrita Alfabética e a consolidaç...
 
2º encontro da unidade 1 avaliação
2º encontro da unidade 1   avaliação2º encontro da unidade 1   avaliação
2º encontro da unidade 1 avaliação
 
Leitura e producao textual fmb
Leitura e producao textual fmbLeitura e producao textual fmb
Leitura e producao textual fmb
 
UNIDADE 3, ENCONTRO 02
UNIDADE 3, ENCONTRO 02UNIDADE 3, ENCONTRO 02
UNIDADE 3, ENCONTRO 02
 
alfabetizacao_letramento.pdf
alfabetizacao_letramento.pdfalfabetizacao_letramento.pdf
alfabetizacao_letramento.pdf
 
Fundamentos teóricos e metodológicos da alfabetização e do
Fundamentos teóricos e metodológicos da alfabetização e doFundamentos teóricos e metodológicos da alfabetização e do
Fundamentos teóricos e metodológicos da alfabetização e do
 

Plus de angelafreire

Oferta demanda educacao_ampo
Oferta demanda educacao_ampoOferta demanda educacao_ampo
Oferta demanda educacao_ampoangelafreire
 
Indic qualit educ_infantil
Indic qualit educ_infantilIndic qualit educ_infantil
Indic qualit educ_infantilangelafreire
 
Educacao infantil sitematica_avaliacao
Educacao infantil sitematica_avaliacaoEducacao infantil sitematica_avaliacao
Educacao infantil sitematica_avaliacaoangelafreire
 
Educa infantis conceituais_
Educa infantis conceituais_Educa infantis conceituais_
Educa infantis conceituais_angelafreire
 
Duvidas mais frequentes_relacao_educacao_infantil
Duvidas mais frequentes_relacao_educacao_infantilDuvidas mais frequentes_relacao_educacao_infantil
Duvidas mais frequentes_relacao_educacao_infantilangelafreire
 
Diretrizescurriculares 2012
Diretrizescurriculares 2012Diretrizescurriculares 2012
Diretrizescurriculares 2012angelafreire
 
Direitosfundamentais
DireitosfundamentaisDireitosfundamentais
Direitosfundamentaisangelafreire
 
Deixa eu falar_novembro2011
Deixa eu falar_novembro2011Deixa eu falar_novembro2011
Deixa eu falar_novembro2011angelafreire
 
Modelos pedagogicos
Modelos pedagogicosModelos pedagogicos
Modelos pedagogicosangelafreire
 
Layout do título 2
Layout do título 2Layout do título 2
Layout do título 2angelafreire
 
Modelo de plano de aula
Modelo de plano de aulaModelo de plano de aula
Modelo de plano de aulaangelafreire
 

Plus de angelafreire (20)

Miolo infraestr
Miolo infraestrMiolo infraestr
Miolo infraestr
 
Miolo infraestr
Miolo infraestrMiolo infraestr
Miolo infraestr
 
Miolo infraestr
Miolo infraestrMiolo infraestr
Miolo infraestr
 
Oferta demanda educacao_ampo
Oferta demanda educacao_ampoOferta demanda educacao_ampo
Oferta demanda educacao_ampo
 
Miolo infraestr
Miolo infraestrMiolo infraestr
Miolo infraestr
 
Integra01 (1)
Integra01 (1)Integra01 (1)
Integra01 (1)
 
Indic qualit educ_infantil
Indic qualit educ_infantilIndic qualit educ_infantil
Indic qualit educ_infantil
 
Eduinfparqualvol2
Eduinfparqualvol2Eduinfparqualvol2
Eduinfparqualvol2
 
Eduinfparqualvol2
Eduinfparqualvol2Eduinfparqualvol2
Eduinfparqualvol2
 
Eduinfparqualvol2
Eduinfparqualvol2Eduinfparqualvol2
Eduinfparqualvol2
 
Eduinfparqualvol1
Eduinfparqualvol1Eduinfparqualvol1
Eduinfparqualvol1
 
Educacao infantil sitematica_avaliacao
Educacao infantil sitematica_avaliacaoEducacao infantil sitematica_avaliacao
Educacao infantil sitematica_avaliacao
 
Educa infantis conceituais_
Educa infantis conceituais_Educa infantis conceituais_
Educa infantis conceituais_
 
Duvidas mais frequentes_relacao_educacao_infantil
Duvidas mais frequentes_relacao_educacao_infantilDuvidas mais frequentes_relacao_educacao_infantil
Duvidas mais frequentes_relacao_educacao_infantil
 
Diretrizescurriculares 2012
Diretrizescurriculares 2012Diretrizescurriculares 2012
Diretrizescurriculares 2012
 
Direitosfundamentais
DireitosfundamentaisDireitosfundamentais
Direitosfundamentais
 
Deixa eu falar_novembro2011
Deixa eu falar_novembro2011Deixa eu falar_novembro2011
Deixa eu falar_novembro2011
 
Modelos pedagogicos
Modelos pedagogicosModelos pedagogicos
Modelos pedagogicos
 
Layout do título 2
Layout do título 2Layout do título 2
Layout do título 2
 
Modelo de plano de aula
Modelo de plano de aulaModelo de plano de aula
Modelo de plano de aula
 

Concepcao de alfabetizacao

  • 1. Projeto ALFATEC: Formação Continuada de Docentes Alfabetizadores Mediada pelas Tecnologias da informação e da Informação Curso UPCA: Uso Pedagógico do Computador na Alfabetização
  • 2. Texto elaborado por Angela Freire Página 2 Sistemas de Escrita SISTEMAS DE ESCRITA PICTOGRÁFICOS / IDEOGRÁFICOS ESCRITAS PICTOGRÁFICAS são escritas que significam as IDÉIAS por meio de cenas figuradas ou simbólicas; ou seja, através do "EPICTOGRAMA": desenho figurativo e estilizado (uma figura para cada objeto) que funciona como um signo (símbolo) da escrita, não transcrevendo nem tendo relação explícita com a língua oral, e por isso mesmo, considerado um sistema incompleto. ESCRITAS IDEOGRÁFICAS são aquelas nas quais os GRAFEMAS são os IDEOGRAMAS representando conceitos ou idéias, mais que uma palavra específica. Escreve-se a partir dos SIGNIFICADOS, das IDÉIAS. IDEIAS SONS Com apenas um sinal gráfico representa-se uma palavra inteira que nos dá uma idéia completa Estes tipos de escrita não são capazes de expressar todo o conteúdo comunicativo de uma língua. Não há uma única maneira de lê-las, porque não há correspondência de um para um entre símbolo e língua. Em alguns casos de escritas ideográficas, apenas o autor do texto pode dizer com alguma certeza, e pode-se dizer que elas são interpretadas, mais do que lidas.
  • 3. Texto elaborado por Angela Freire Página 3 SISTEMAS DE ESCRITA FONOGRÁFICA São aqueles que representam a linguagem, partindo dos seus sons. Representam os sons da fala, a série de sons que emitimos quando falamos. Escreve-se a partir dos SONS das palavras. IDÉIAS SONS Tipos de ESCRITA FONOGRÁFICA: 1. ESCRITA SILÁBICA: escreve-se um símbolo para cada sílaba. Representa silabicamente a pauta sonora. BO @ CA # DE & MA % LO $ BOLO = @$ BOCA = @# CAMA = #% MACA = %# Exemplo: escrita egípcia, escrita etíope. 2. ESCRITA CONSONANTAL: representa as palavras através da escrita de sons consonantais. B @ C # D & M % L $ BOLO = @$ BOCA = @# CAMA = #% MACA = %# Exemplo: línguas semíticas.
  • 4. Texto elaborado por Angela Freire Página 4 3. ESCRITA FONÉTICA / ALFABÉTICA: representa os sons da fala, exatamente conforme elas foram presenciadas. BALDE – baudi, baude, baldi, bardi, baudji.... Exemplo: o português. 4. ESCRITA ALFABÉTICA ORTOGRÁFICA: não representa os sons da fala, anula a variação linguística, pois as palavras de uma língua são escritas de uma única forma, independentemente de quantas pronúncias diferentes possam estar ligadas a ela. A escolha de qual seja a forma ortográfica de cada palavra é, em geral, ortográfica. Exemplo: BALDE – balde Pictograma Placa de Barro com escrita Escrita hieroglífica em pergaminho Peixe cuneiforme dos sumérios (Egito Antigo)
  • 5. Texto elaborado por Angela Freire Página 5 Concepções de Alfabetização: Os Métodos Os MÉTODOS TRADICIONAIS DE ALFABETIZAÇÃO são um conjunto de princípios teórico- procedimentais que organizam o trabalho pedagógico em torno da alfabetização, centrado na transmissão de conhecimentos, numa sequência predeterminada e fixa que enfatiza a memorização e a repetição de fonemas, letras, sílabas, palavras e frases, tomando a língua como um código a ser decifrado. Até os anos 80, aparecem três métodos diferentes de alfabetização para orientar os professores, são eles: O primeiro, os chamados MÉTODOS SINTÉTICOS, partem da síntese, das partes para o todo, do simples para o complexo, das unidades menores (fonemas, letras, sílabas) para unidades maiores (palavras, frases, texto), baseando no processo de composição. O segundo, denominados MÉTODOS ANALÍTICOS, partem da análise, do todo para as partes, do complexo para o simples, das unidades maiores (palavras, frases, texto) para as unidades menores (fonemas, letras, sílabas) privilegiando o processo de decomposição. O terceiro, nominado de MÉTODO MISTO, que privilegiaria os processos de síntese e análise.
  • 6. Texto elaborado por Angela Freire Página 6 Pressupostos dos MÉTODOS SINTÉTICOS e ANALÍTICOS: Base Teórica: empirismo-associacionista de aprendizagem, calcados no modelo de “estímulo-resposta”. Foco: como ensinar. Modelo de Ensino: apoiam-se na fixação como processo cognitivo. Visão adultocêntrica sobre o que é fácil / difícil na hora de sequenciar unidades. Estudantes: considerados “tabulas rasas”, “folha em branco” ou “CD/DVD vazio”, que ao entrar para escola, não conhecem nada e não têm experiência sobre a língua, aprendem passivamente recebendo, memorizando, repetindo e associando informações sobre fonemas, letras, silabas, palavras e frases dadas pelo professor ou pelo livro didático (cartilhas). Professor: aquele que tudo sabe e que detém o conhecimento sobre a língua. Concepção de Aprendizagem: por memorização, fixação. Concepção de Alfabetização: sistematização do “B + A = BA”, isto é, aquisição de um código fundado meramente na relação entre fonemas e grafemas. Concepção da Língua: um código a ser decifrado e codificado. Prática Alfabetizadora: predomínio da memorização da grafia correta de palavras, cópias e ditados descontextualizados, leitura descontextualizada, desprovida de significado para os estudantes, uma vez que a linguagem é geralmente trabalhada distanciada do seu uso real e de sua função principal, a interação entre as pessoas (função comunicativa real).
  • 7. Texto elaborado por Angela Freire Página 7 Ênfase: nos aspectos gráficos e psicomotores como requisitos para prontidão da alfabetização, isto é, bom traçado, boa coordenação motora e boa discriminação visual e auditiva. Os MÉTODOS SINTÉTICOS subdividem-se em: MÉTODO ALFABÉTICO OU DE SOLETRAÇÃO: - Foi o primeiro método empregado universalmente na aprendizagem da leitura, é utilizado desde o ano 68 a.C, em Roma e na Grécia antiga. - Ponto de partida: as LETRAS. MÉTODO FÔNICO: - Introduzido por Valentin Ickelsammer no século XVI. - Ponto de partida: os FONEMAS. - Lógica: primeiro deve conhecer os fonemas e, em seguida, combiná-los formando sílabas, palavras e frases. - O Método da Abelhinha, Casinha Feliz e Consciência Fonológica. MÉTODO SILÁBICO: - Introduzido por Samuel de Heinicke no século XVIII. - Ponto de partida: a sílaba. - Lógica: as sílabas constituem as palavras, estas em frases, até chegar em pequenos textos.
  • 8. Texto elaborado por Angela Freire Página 8 Os MÉTODOS ANALÍTICOS subdividem-se em: PALAVRAÇÃO - Ponto de partida: é a palavra. - Lógica: inicia-se com a palavra-chave e chega-se às sílabas, fonemas e letras que a constituem. Em seguida, apresenta-se ao alfabetizando uma lista de palavra na qual ele terá que reconhecer a palavra-chave; depois, uma outra palavra- chave, que será comparada à primeira. IDEOVISUAL, IDEOGRÁFICO OU DE PALAVRAS-TIPO - Criado por Decroly, em 1936. - Lógica: parte de uma motivação (desenho, história, verso, etc.) e apresenta a palavra ligada ao desenho. Este processo evoluiu para a palavração e palavras progressivas. SENTENCIAÇÃO - Liderado por Randovilliers, em 1768. - Ponto de partida: é a frase. - Lógica: parte da frase ou sentença para chegar as palavras, fonemas e sílabas. CONTO OU HISTORIETA - Criado pela Educadora Margarida Mc Closkey no século XX. - É uma decorrência natural do método da sentenciação. - Ponto de partida: é a história. - Lógica: as sentenças são as partes de um todo maior, mais interessante e significativo.
  • 9. Texto elaborado por Angela Freire Página 9 Concepção de Alfabetização: Psicogênese da Lingua Escrita Níveis de Escrita Linha de Evolução da Escrita 1. Distinção entre o modo de representação icônico e não icônico. 2. Construção da forma de diferenciação: controle progressivo das variações sobre os eixos qualitativo e quantitativo.
  • 10. Texto elaborado por Angela Freire Página 10 3. Fonetização da escrita: inicia no silábico e culmina no alfabético. Pré-silábico Silábico Silábico-alfabético Alfabético _____|____|____|____|____|_____|_____________|______________ P1 P2 | S1 S2 | | Período sem Período de Fonetização da Escrita Fonetização Pré-silábica, sem variações quantitativas ou qualitativas dentro da palavra e entre as palavras. O aluno diferencia desenhos (que não podem ser lidos) de “escritos” (que podem ser lidos), mesmo que sejam
  • 11. Texto elaborado por Angela Freire Página 11 compostos por grafismos, símbolos ou letras. A leitura que realiza do escrito é sempre global, com o dedo deslizando por todo o registro escrito. Pré-silábica com exigência mínima de letras ou símbolos, com variação de caracteres dentro da palavra, mas não entre as palavras. A leitura do
  • 12. Texto elaborado por Angela Freire Página 12 escrito é sempre global, com o dedo deslizando por todo o registro escrito. Pré-silábica com exigência mínima de letras ou símbolos, com variação de caracteres dentro da palavra e entre as palavras (variação qualitativa intrafigural e interfigural). Neste nível, o aluno considera que coisas diferentes devem ser escritas de forma diferente. A leitura do escrito continua global, com o dedo deslizando por todo o registro escrito. Nível Pré-Silábico CARACTERÍSTICAS • Não estabelece vínculo entre a fala e a escrita. • Representa coisas e usa desenhos, garatujas para escrever; • Supõe que a escrita representa o nome dos objetos e não os objetos; coisas grandes (nomes grandes), coisa pequenas (nomes pequenos); • Usa letras do próprio nome ou letras e números na mesma palavra; • Só ela sabe o que quis escrever.
  • 13. Texto elaborado por Angela Freire Página 13 DESAFIO: Qual é o significado dos sinais escritos? ATIVIDADES: • Criação de um ambiente rico de materiais e de atos de leitura e escrita. Revistas, jornais, cartazes, livros, jogos, rótulos, embalagens, textos do professor, dos alunos, músicas, parlendas, poesias (tudo com significado e sentido – do contexto do aluno). • O aluno toma contato com todas as letras, com todo tipo de texto e com qualquer palavra, desde que seja significativa para ele. O nome é o que tem muito significado, destaque a letra inicial, com fichas, crachás e alfabeto móvel. • Iniciar o trabalho com o nome da criança. Jogos – bingo de letras/memória de letras/dominó/baralho de nomes/ pescaria de nomes ou letras/formar nomes ou a letra inicial com alfabeto móvel Manipulação intensa com o alfabeto móvel. • Trabalhar a memorização global de algumas palavras, incluindo os nomes dos alunos. Caixa com palavras e nomes. • Promover atividades que visem fazer a vinculação do objeto ou figura com a palavra escrita. Fichas com os desenhos e fichas com os nomes das figuras/ memória. • Propor aos alunos análises não silábicas de palavras: letras iniciais e finais, número de letras, ordem das letras na palavra. Classificação de palavras ou nomes que se parecem, as que começam com a mesma letra, as que possuem o mesmo número de letras, letra final, palavras grandes e pequenas. • Propor análise da forma e posição das letras e dos numerais. • Introduzir aspectos sonoros das iniciais das palavras significativas. Leitura de poesias, quadrinhas, parlendas, músicas. • Propiciar aos alunos vivenciar situações que os levem a compreensão das diversas funções da escrita. O sentido dos gêneros discursivos...
  • 14. Texto elaborado por Angela Freire Página 14 • Propor atividades que possibilitem aos alunos fazer a distinção entre letras e números, texto e desenho. • Promover vinculação do discurso oral com o texto escrito. Notícias, propagandas, cartas, histórias e bilhetes. • Fazer distinção entre imagem e texto. Placas de sinalização, histórias, cartazes. • Atividades de manifestação oral e escrita. Brincadeiras de rimas, adivinhações, telefone sem fio, jornal falado. • Estimular a escrita espontânea segundo as suas hipóteses da escrita. Autoditado...
  • 15. Texto elaborado por Angela Freire Página 15 Silábica sem valor sonoro convencional. Cada letra ou símbolo corresponde a uma sílaba falada, mas o que se escreve ainda não tem correspondência com o som convencional daquela sílaba. A leitura é silabada. Silábica com valor sonoro convencional. Cada letra corresponde a uma sílaba falada e o que se escreve tem correspondência com o som convencional daquela sílaba, em geral representada pela vogal, mas não exclusivamente. A leitura é silabada. Nível Silábico SILÁBICO SEM VALOR SONORO CARACTERÍSTICAS • Começa a ter consciência de que existe alguma relação entre a pronúncia e a escrita.
  • 16. Texto elaborado por Angela Freire Página 16 • Só demonstra estabilidade ao escrever seu nome ou palavras que teve oportunidade e interesse de gravar. • Conserva as hipóteses da quantidade mínima e da variedade de caracteres. • O aluno tenta corresponder um fonema para cada grafema (o som da fala a cada letra escrita), mas a utilização dos símbolos gráficos é aleatória e nem sempre a representação dos fonemas corresponde à escrita convencional. DESAFIO: Como resolver a hipótese de que a escrita se vincula com a pronúncia das partes da palavra? IMPORTANTE... • Quando se tornam silábicas, as crianças colocam por terra algumas memorizações globais e passam a associar uma letra para cada sílaba, negando seu prévio conhecimento global da palavra: começam a vincular a escrita com a pronúncia. • Percebem que não é possível ler as palavras que escreveu e que também não é possível ler as escritas convencionais porque possuem excesso de letras. • É a impossibilidade de ler o que está escrito que força a criança a entrar no nível posterior. SILÁBICO COM VALOR SONORO CARACTERÍSTICAS • Já supõe que a escrita representa a fala; • Tenta fonetizar a escrita e dar valor sonoro às letras; • Pode ter adquirido, ou não, a compreensão do valor sonoro convencional das letras; • Já supõe que a menor unidade da língua seja a sílaba; • Supõe que para cada sílaba oral corresponde uma letra ou um sinal; • Em frases, pode escrever uma letra para cada palavra; • Compreende que a escrita representa o som da fala; • Combina só vogais ou só consoantes. Por exemplo, AO para gato ou ML para mola e mula; • Passa a fazer uma leitura termo a termo (não global).
  • 17. Texto elaborado por Angela Freire Página 17 DESAFIO: • Como compatibilizar, na escrita ou na leitura das palavras monossílabas e dissílabas, a idéia de quantidade mínima e de variedade de caracteres, se ela supõe que as palavras podem ser escritas com uma ou com duas letras? • Ao ler as palavras que escreveu, o que fazer com as letras que sobraram no meio das palavras ou no final? • Se coisas diferentes devem ser escritas de maneira diferente, como organizar as letras na palavra? ATIVIDADES • Ao identificar os alunos silábicos com valor e sem valor sonoro, agrupe-os em dupla; • Análise sonora sobre as iniciais dos nomes próprios e palavras significativas; • Desmembramento oral dos nomes e das palavras em sílabas; • Pronuncia pausada das palavras para que os alunos identifiquem a quantidade de sílabas e a análise da questão sonora; • Classificação das palavras com o mesmo número de sílabas e que iniciam com a mesma letra; • Completar palavras, com alfabeto móvel ou com a escrita das letras; • Gravuras e letras iniciais; • Gravuras e palavras; • Dicionário ilustrado; • Trabalho com rimas, músicas, sons iniciais e sons finais das palavras; • Ditados; • Trabalho com letras – Ordenação do alfabeto Jogo de esconder as letras e montar os grupos para descobrir. • Alfabeto móvel todos os dias; • Lista de palavras significativas; • Número de palavras na frase, número de letras nas palavras.
  • 18. Texto elaborado por Angela Freire Página 18 Silábico-alfabética. Este nível marca a transição do aluno da hipótese silábica para a hipótese alfabética. Ora ela escreve atribuindo a cada sílaba uma letra, ora representando as unidades sonoras menores, os fonemas. NÍVEL SILÁBICO-ALFABÉTICO CARACTERÍSTICAS • Inicia a superação da hipótese silábica; • Reconhece o som das letras; • Estabelece uma vinculação mais coerente entre leitura e escrita; • A criança se concentra na sílaba para escrever; • Surge a adequação do escrito ao sonoro; • As unidades linguísticas (palavras, letras, sílabas) são tratadas como categorias estáveis (antes não tinham nenhuma relação entre si)
  • 19. Texto elaborado por Angela Freire Página 19 • Presença da oralidade (escreve do jeito que fala, com isso surgem os problemas relativos à ortografia); • Leitura sem imagem e com imagem; • Compreende que cada um dos caracteres da escrita (letras) corresponde a valores sonoros menores que a sílaba. DESAFIO: • Como separar palavras ao escrever, quando elas não são separadas na fala? • Como tornar a escrita socializável, possível de ser lida por outras pessoas? ATIVIDADES • É de muita importância trabalhar simultaneamente as letras, sílabas, palavras e textos; • Constituição de palavras com sílabas e alfabeto móvel; • Adivinhações de palavras por meio de pistas dadas pelo professor; • Carta enigma; • Distinção de uma só sílaba na palavra; • Produção de textos por intermédio de situações promovidas no cotidiano escolar; • Reescrita dos textos; • Leituras globais e parciais de palavras e textos; • Reconhecimento de sílabas, palavras e frases nos textos; • Separar frases em palavras; • Montar frases com fichas de palavras; • Produzir histórias em quadrinhos.
  • 20. Texto elaborado por Angela Freire Página 20 Alfabética. Neste estágio, o aluno já compreendeu o sistema de escrita, entendendo que cada um dos caracteres da palavra corresponde a um valor sonoro menor do que a sílaba. Agora, falta-lhe dominar as convenções ortográficas. Nível Alfabético CARACTERÍSTICAS: • Compreende que a escrita tem uma função social: a comunicação; • Compreende o modo de construção do código da escrita. • Compreende que cada um dos caracteres da escrita corresponde a valores menores que a sílaba; • Conhece o valor sonoro de todas as letras ou de quase todas; • Pode ainda não separar todas as palavras nas frases; • Omite letras quando mistura as hipóteses alfabética e silábica; • Não tem problemas de escrita no que se refere a conceito; • Não é ortográfica nem léxica. DESAFIO: • Como aprender as convenções da língua? ATIVIDADES
  • 21. Texto elaborado por Angela Freire Página 21 • Produção de textos coletivos e individuais; • Reescrita de contos, histórias e situações vivenciadas; • Registro diário dos acontecimentos, seja num diário ou num caderno de bordo (estimular ao máximo a criança a escrever todos os dias, mas com motivos para isso); • Caderno de produções de textos ou montar um livro, propiciar dia de autógrafos, capa, ilustração etc. • Leitura e narração de histórias pelo professor e registro por parte do aluno do momento mais significativo; • Ler diferentes tipos de textos e propiciar aos alunos momentos de produzir diferentes tipos de textos com funcionalidade; • Instigar a autoria dos alunos e sua autonomia na leitura e na escrita. IMPORTANTE • Dificilmente todos os alunos de uma classe estarão num mesmo nível conceitual, portanto é de extrema importância que o professor de posse do diagnóstico dos níveis de escrita dos alunos, possa planejar as atividades sempre de acordo com sua capacidade e com o propósito de desafiá-los. • Uma mesma atividade pode ser trabalhada oferecendo diferentes níveis de dificuldade, atendendo as necessidades especificas de cada aluno para avançar no conhecimento. ALGUMAS DIFICULDADES QUE O ALUNO ENCONTRA QUANDO CHEGA NO NÍVEL ALFABÉTICO • Transcrição fonética: tumati – kavalu = tomate – cavalo • Segmentação indevida: utumati = o tomate, com seguiu = conseguiu. • Juntura vocabular – uka valu = o cavalo, agente = a gente. • Troca do ao pelo am, i por u (e vice versa): paum = pão. • Ausência de nasalização: troca de m por n ou til (vice e versa): comseguiu – cõsegiu • Supressão ou acréscimo de letras. • Troca de letras / origem das palavras (etimologia): zino = sino, geito = jeito.
  • 22. Texto elaborado por Angela Freire Página 22 • Escrita não segmentada: UKAVALUPIZO"UTUMATI = o cavalo pisou no tomate. • Não registra silabas de estruturas complexas: os dígrafos, o padrão CCV. • Frases descontextualizadas e textos sem seqüência lógica. • Escrita espelhada: d por b, p por q. • Hipercorreção: coloo – colou, medeco – médico. NÍVEIS DE ESCRITA - AGRUPAMENTOS PRODUTIVOS APRENDER JUNTOS: AGRUPAMENTOS PRODUTIVOS • Pré-silábico COM silábico sem valor sonoro • Silábico sem valor sonoro COM silábico com valor sonoro • Silábico com valor sonoro COM silábico alfabético • Silábico alfabético COM alfabético SITUAÇÕES DIDÁTICAS ENVOLVENDO OS NÍVEIS DE ESCRITA TRABALHO COM LETRAS • Letras do alfabeto: Jogos de alfabeto de materiais e tamanhos diferentes. Letras móveis para o/a aluno/a montar espontaneamente palavras. Bingo e memória de letras. Atividades de escrita com letras. • Nomeação e identificação: Criar tiras com o alfabeto e figuras para serem materiais de consulta. • Analise das formas posições das letras: Atividades de escrita para o/a aluno/a analisar, por exemplo, quantas pontas têm o H, quantas retas e utiliza no traçado do A, M, E, , quantas curvas temas letras C, P, etc. • Valor sonoro – relação letra/som: jogos de memória com figura e letra inicial. Bingo de figuras. Alfabeto vivo.
  • 23. Texto elaborado por Angela Freire Página 23 TRABALHO COM PALAVRAS • Nome próprio: Crachá com nome e foto ou desenho (autorretrato feito pelo/a alfabetizando/a). • Montar o nome com letras móveis. Bingo de nomes, de fotos e/ou autorretrato. Dominó de nomes (letra inicial / nome). Painel de chamada com cartões de nomes. • Análise da linguística da palavra: Letra inicial e final, número de letras, letras repetidas, vogal, consoante. Atividades de escrita com palavras. • Memorização de palavras significativas: Atividades de escrita. Listas de palavras. • Conservação da escrita de palavras: Atividades de escrita: complete, forca, enigma, “stop”, cruzadinha. Listas de palavras. TRABALHO COM FRASES E TEXTOS • Sentido e direção da escrita: Produção coletiva de listas, receitas, bilhetes, recados, etc. (sendo o professor o escriba). Ler para o aluno (apontando sempre onde está lendo). • Vinculação do discurso oral com texto escrito: Leitura de história e reescrita espontânea individual ou produção coletiva. Escrita de história vivida pelos alunos. • Junção de letras na formação das silabas: Listas de palavras. Atividades de escrita: complete, forca, enigma, “stop”, cruzadinha.