SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  5
Télécharger pour lire hors ligne
ENSINANDO QUALIDADE DE SERVIÇO NA INTERNET COM O OPNET
                           MODELER
 Antonio M. Alberti1, Renan S. dos Santos2, Thiago F. Lopes3, Heyder F. A. Alves4, Carles F. C. Vallvé 5

Abstract  In the past few years, many improvements have                    recursos existentes nas redes de comutação de pacotes
been done to bring Quality of Service (QoS) support to the                  baseadas em circuito virtual.
Internet. These improvements defined a new Internet QoS                          Levando-se em conta a atual tendência de que a Internet
framework, mainly composed by Differentiated Services                       se tornará uma rede convergente multimídia, capaz de
(DiffServ), Multi-Protocol Label Switching (MPLS) and                       suportar aplicações com garantias de QoS, o entendimento
Constraint Based Routing technologies. Taking in account                    de tais tecnologias e dos seus fundamentos, é peça chave na
the current trend that Internet will become a multimedia                    formação dos atuais profissionais da área. Assim, este artigo
convergent network, capable to support multimedia                           descreve a nossa experiência em ensinar estas tecnologias,
applications with QoS, the understanding of such framework                  utilizando um laboratório de simulação. Detalhes dos
is fundamental to the formation of today area professionals.                experimentos realizados, resultados obtidos e análises feitas,
In this scenario, this paper describes our experience in                    são fornecidos. Através dos resultados dessas simulações, os
teaching Internet QoS in a simulation laboratory. Details of                estudantes podem verificar as vantagens, desvantagens e
experiments, obtained results and performed analysis are                    principais aspectos relacionados com cada tecnologia.
provided. We used OPNET Modeler simulation environment
to simulate three scenarios: standard Internet, MPLS                                               MPLS E DIFFSERV
Internet and DiffServ/MPLS Internet. Through simulations
                                                                                 O MPLS [1] baseia-se no conceito de Label Switching,
results, students can see the advantages and disadvantages
                                                                            onde cada pacote recebe um label pequeno e fixo, que
of each scenario. The experiments are used in a graduate
                                                                            informa aos nós de comutação, como os dados devem ser
telecommunication engineering course.
                                                                            comutados nesta rede.
                                                                                 O MPLS foi desenvolvido originalmente para ser
Index Terms  QoS, Internet, MPLS, DiffServ, OPNET.
                                                                            utilizado em conjunto com redes ATM. Neste caso, o plano
                          INTRODUÇÃO                                        de controle do ATM é dispensado, aproveitando-se somente
                                                                            a comutação de células ATM, que é feita em hardware. Os
Com o desenvolvimento da Internet [1], serviços multimídia                  labels são os próprios identificadores de canal virtual (VCI –
vêm se tornando cada vez mais populares. Esses serviços                     Virtual Channel Identifier) e de caminho virtual (VPI –
geram tráfegos intensos na rede, que demandam por altas                     Virtual Path Identifier) do ATM [9].
taxas de transmissão e são sensíveis ao atraso e a variação de                   No MPLS existem dois tipos de roteadores: o LER
atraso, experimentados na rede. As redes IP [4], como a                     (Label Edge Routers) e o LSR (Label Switch Routers). Os
Internet, são redes não orientadas à conexão, baseadas em                   LERs estão localizados na borda da rede e a sua função
datagramas. Elas são estruturadas através de roteadores, o                  primária é classificar e escolher os labels adequados para
que permite flexibilidade de roteamento e robustez.                         cada fluxo de pacotes na entrada da rede e remover os
Entretanto, quando se trabalha com tráfego em tempo real                    labels, na saída da rede. Eles convertem pacotes IP em
interativo, os roteadores não conseguem oferecer garantias                  pacotes MPLS. Os LSRs estão localizados no núcleo da
de qualidade de serviço (QoS), uma vez que eles não                         rede e são comutadores de alta velocidade, cujo principal
reservam recursos, nem realizam o roteamento baseado nos                    objetivo é encaminhar pacotes rapidamente. Um label MPLS
requisitos de QoS (tipicamente).                                            é um pequeno identificador de circuito virtual de tamanho
     Como solução para esse problema, surgiram as redes                     fixo (20 bits), colocado no cabeçalho dos pacotes MPLS. O
orientadas à conexão, baseadas em circuitos virtuais, como                  cabeçalho MPLS possui também o campo EXP
as redes ATM (Asynchronous Transfer Mode) [9]. Estas                        (Experimental) que é usado para especificar as classes de
redes utilizam comutadores, ao invés de roteadores. Neste                   serviço em um LSP (Label Switching Path).
cenário, surgiu a tecnologia MPLS [1], Multiprotocol Label                       Quando um pacote chega em um LER de ingresso, este
Switching, que se propõem, de forma inteligente, a agregar                  analisa o conteúdo do datagrama IP e configura o cabeçalho
as vantagens do roteamento, com a eficiência e a reserva de                 adequado. Quando um pacote MPLS chega em um LSR, este


1 Antonio Marcos Alberti, , INATEL - Instituto Nacional de Telecomunicações, Av. João de Camargo, 510, 37540-000, Sta Rita do Sapucai, MG, Brasil,
alberti@inatel.br.
2 Renan Silveira dos Santos, INATEL, Av. João de Camargo, 510, 37540-000, Sta Rita do Sapucai, MG, Brasil, renan-santos@inatel.br.
3 Thiago Ferreira Lopes, INATEL, Av. João de Camargo, 510, 37540-000, Sta Rita do Sapucai, MG, Brasil, thiago-lopes@inatel.br.
4 Heyder Fernando A. Alves, INATEL, Av. João de Camargo, 510, 37540-000, Sta Rita do Sapucai, MG, Brasil, heyder@inatel.br.
5 Carles Fransesc Casanova Vallvé, INATEL, Av. João de Camargo, 510, 37540-000, Sta Rita do Sapucai, MG, Brasil, carles@inatel.br.
examina o cabeçalho do pacote MPLS. Em função deste              terminais da rede configurem este campo, antes que o
cabeçalho e da interface em que o pacote chegou, o LSR           tráfego atinja os roteadores.
consulta uma tabela de encaminhamento e determina qual é              A principal forma de integração entre o MPLS e o
o label da interface de saída. Uma vez determinada a saída       DiffServ se dá pela utilização do campo DSCP como regra
correta, o LSR substitui o label no cabeçalho do pacote          para construção de FECs. Assim, o tráfego DiffServ é
MPLS e envia este pacote para o próximo LSR. Assim, um           mapeado para dentro de uma FEC de um LSP MPLS. Para
LSP é um caminho definido através de uma seqüência de            tanto, os LERs da rede devem possuir tabelas de
labels, entre dois LERs. Todos os pacotes pertencentes a um      mapeamento PHB - EXP. Estas tabelas permitem o
LSP seguem o mesmo caminho pré-definido.                         mapeamento de uma classe DiffServ em uma classe MPLS
     Para classificar os pacotes que pertencem a um LSP,         de um determinado LSP. Desta forma, é possível se
utilizam-se as FECs (Forwarding Equivalence Class) [2][7].       implementar mecanismos de priorização de tráfego nos
Todos os pacotes pertencentes a uma FEC recebem o mesmo          LSRs da rede baseados no campo EXP do MPLS e ToS do
tratamento. Várias FECs podem ser utilizadas para                IP (DiffServ).
classificar o tráfego de um LSP. Em síntese, uma FEC
define um conjunto de regras para classificação do tráfego                     CENÁRIOS DE SIMULAÇÃO
que pertence a um determinado LSP.
     Quando um LSP transporta tráfego classificado por           Para realizar os experimentos de simulação, foi utilizada a
mais de uma FEC, o campo EXP é utilizado para identificar        ferramenta OPNET Modeler [6]. Considerada uma das
à qual FEC pertence o pacote. Este LSP é chamado de E-           principais ferramentas para o modelamento e simulação de
LSP (EXP-Inferred LSP) [7]. O campo EXP tem três bits,           redes de comunicações, o OPNET Modeler permite projetar
portanto podem ser definidas até 8 FECs em um LSP. Para          e estudar estas redes, incluindo seus dispositivos e
cada FEC de um LSP é associado um tronco (trunk). Este           protocolos, com flexibilidade e escalabilidade. O OPNET
tronco é utilizado para definir como será o policiamento e o     Modeler possui um módulo especifíco para a tecnologia
escalonamento dos pacotes pertencentes a cada FEC do LSP.        MPLS [7]. O trabalho baseou-se nos manuais da ferramenta,
Assim, vários troncos, cada qual com o seu tráfego definido      bem como na referência [8].
por uma FEC, podem compartilhar um mesmo LSP. O                       Três cenários de simulação foram selecionados, com o
MPLS, através da sua arquitetura, permite reservar recursos      objetivo de avaliar uma metodologia para implantação e
na rede de comutação para um determinado tráfego IP, além        engenharia de novos serviços em uma rede IP com QoS:
de fornecer subsídios para que seja feita uma engenharia de      • Primeiro Cenário: Foi modelada uma rede IP sem
tráfego na rede.                                                      suporte à QoS (veja a FIGURA 1). Esta rede é composta
     Para melhorar o suporte à QoS em uma rede multimídia             por cinco roteadores centrais LSR (Campinas, Belo
IP, é preciso implementar, juntamente com o MPLS, o                   Horizonte, Vitória, Rio e São Paulo), cinco roteadores
Diffserv [3]. Os Serviços Diferenciados (Diffserv) propõe             de borda LER (Cambuí, Savassi, Vila Velha,
uma estrutura de priorização de pacotes, na qual, eles são            Copacabana, Moema) e um servidor (localizado em
classificados de acordo com o tipo de dados que levam. A              Moema), que fornece os serviços para todos os clientes
classificação de tráfego é feita através do uso Differentiated        da rede. Todos os enlaces são bi-direcionais e usam a
Service Code Point (DSCP). No DiffServ, o campo ToS                   tecnologia PPP_E1 [4], exceto os enlaces entre o
(Type of Service) dos pacotes IP é redefinido como campo              LSR_SP e o servidor, que são do tipo PPP_E3. Foram
DS (1 byte). Este campo possui os 6 bits do DSCP, que são             utilizadas cinco aplicações [4]: Banco de Dados
utilizados para definir a que classe de serviço (PHB - Per            (Database), VoIP (Voice over IP), FTP (File Transfer
Hop Behaviour) pertence um determinado pacote IP.                     Protocol), HTTP (HyperText_Transfer_Protocol) e
Portanto, cada DSCP especifica um PHB.                                Videoconferência. As aplicações Videoconferência e
     Todos os pacotes com o mesmo PHB são tratados da                 VoIP enviam datagramas com o campo ToS
mesma forma em um roteador da rede. O IETF definiu os                 configurado para EF, enquanto as aplicações Banco de
seguintes tipos de PHB [5]:                                           Dados, FTP e HTTP, utilizam AF 11. Para configurar o
• EF - Expedicted Forwarding: Nível de maior                          tráfego nas estações dos clientes e no servidor é
     prioridade. Voltado para tráfegos que exigem baixa               necessário criar diferentes perfis. Duas configurações de
     perda de pacotes, atraso e variação de atraso limitados.         perfis foram definidas: perfil real time (RT) e non-real
                                                                      time (NRT). O perfil real time é construído para as
• AF - Assured Forwarding: Nível de prioridade
                                                                      aplicações em tempo real: Videoconferência e VoIP. O
     intermediária. Voltado para tráfegos com diferentes
                                                                      perfil non-real time é construído para as aplicações de
     exigências de perda, mas que toleram atrasos.
                                                                      tráfego armazenado: Banco de Dados, FTP e HTTP.
• Best Effort: Nível de prioridade baixa.
                                                                      Configuraram-se os clientes que utilizam aplicações em
     No DiffServ também é possível se classificar o tráfego
                                                                      tempo real, com o perfil RT, e os clientes de tráfego
nos roteadores de borda da rede, a fim de configurar o
                                                                      armazenado, com o perfil NRT.
campo ToS. Também é possível que o software nos
curso de Pós-Gradução em Engenharia de Redes e Sistemas
                                                                de Telecomunicações do Inatel. Assim sendo, o aluno que
                                                                executa estas experiências já teve contato com o OPNET
                                                                Modeler.
                                                                                   Primeira Experiência
                                                                Esta experiência tem dois objetivos principais: 1º) fazer com
                                                                que os estudantes relembrem os principais conceitos e
                                                                funcionalidades necessárias para se utilizar o OPNET
                                                                Modeler. 2º) montar o primeiro cenário. As principais
                                                                atividades realizadas nesta experiência são:
                                                                • Criação de um Novo Projeto: O aluno inicia a
                                                                     construção do primeiro cenário a partir de um projeto
                                                                     vazio. Isto servirá para que ele relembre como trabalhar
                                                                     com o OPNET Modeler.
                                                                • Utilização da Palheta de Objetos: Nesta atividade, o
    FIGURA 1. TOPOLOGIA DA REDE UTILIZADA NOS EXPERIMENTOS.          aluno acrescenta novos objetos, não presentes na palheta
•   Segundo Cenário: foi utilizada a mesma topologia do              original de MPLS.
    primeiro cenário, adicionando-se às configurações           • Criação das Aplicações da Rede: Nesta atividade, o
    necessárias para o suporte do MPLS. Foram criados oito           aluno cria todas as aplicações da rede, configurando os
    LSP’s manualmente, todos estáticos. A FIGURA 1                   principais parâmetros de cada aplicação. O objetivo é
    mostra os LSPs criados (em verde, rosa, laranja e azul).         que o aluno entenda como as aplicações irão gerar
    Duas FEC’s foram configuradas: uma para aplicações               tráfego na rede. Ainda nesta atividade, pede-se que os
    em tempo real (RT) e outra para as demais aplicações             estudantes expliquem alguns dos parâmetros
    (NRT). A FEC RT aceita tráfego com ToS igual a EF,               configurados. Como resultado, tem-se a familiarização
    enquanto a FEC NRT aceita tráfego com ToS igual a                dos alunos com os parâmetros típicos das aplicações.
    AF 11. Também foram criados dois troncos: RT Trunk e        • Criação dos Perfis da Rede: Esta atividade é bastante
    NRT Trunk. Feito isto, configurou-se a tabela de                 semelhante à anterior. Entretanto, agora são criados os
    mapeamento de tráfego em cada LER. No atributo                   perfis de uso das aplicações, configuradas na atividade
    Traffic Mapping Configuration, dependendo do terminal            anterior. Pede-se que o aluno comente sobre os
    ligado em cada interface do roteador, foi escolhida a            parâmetros de cada um deles. Como resultado, tem-se a
    FEC, o tronco e o LSP adequado.                                  familiarização dos estudantes com os perfis de uso
                                                                     típico de aplicações multimídia.
•   Terceiro Cenário: Finalmente, foi criado um terceiro        • Colocação dos Elementos de Rede: Uma vez definidas
    cenário, utilizando-se DiffServ e o escalonador WFQ              as aplicações e os perfis de uso destas aplicações, pede-
    (Weighted Fair Queuing) [9], além das implementações             se que os alunos posicionem os elementos de rede,
    anteriores. Foi alterado o atributo WFQ Profiles, do             conforme a FIGURA 1. Esta rede já possui roteadores
    objeto QoS, mudando a propriedade Buffer Capacity                MPLS, porém eles ainda não serão utilizados. Também
    para 10000 bytes. Configurou-se também os nós da rede            são configuradas as capacidades dos enlaces da rede.
    para que eles utilizassem o WFQ, ao invés do FCFS                Pede-se para que os estudantes expliquem o que
    (First-Coming First-Served) [9]. Em cada roteador LER            acontecerá nestes terminais. Ao final desta atividade, os
    e LSR, no atributo IP/IP QoS Parameters/Interface                participantes aprendem quais são os equipamentos e
    Information foi acrescentado tantas linhas quanto o              tipos de enlaces que podem ser utilizados para montar
    número de interfaces do roteador. Em cada linha, foi             uma rede multimídia IP com MPLS.
    alterado somente o parâmetro QoS Scheme. Este               • Configuração dos Serviços nos Terminais Fonte:
    processo foi realizado em todos os roteadores da rede.           Pede-se que os estudantes configurem os terminais RT
                                                                     para suportar as aplicações em tempo real. O mesmo é
             FAZENDO AS EXPERIÊNCIAS                                 feito para os NRT. Este passo é bastante importante,
                                                                     pois os alunos precisam relacionar o suporte ao serviço
Para cada cenário apresentado anteriormente, uma                     com os perfis configurados anteriormente.
experiência em laboratório de simulação foi desenvolvida. A     • Configuração dos Serviços no Servidor: Pede-se que
seguir, descrevem-se as atividades planejadas, os objetivos a        os alunos configurem o único servidor da rede, para que
serem atingidos e os resultados esperados em cada                    ele suporte todos os serviçso da rede.
experiência. Vale ressaltar, que estas experiências fazem       • Configuração das Estatísticas: Pede-se que os
parte da disciplina TP 125 – Laboratório de Redes II, do             participantes configurem estatísticas de saída pré-
selecionadas. Estas estatísticas serão alvo das atividades       resultado, tem-se a familiarização dos estudantes com a
    de análise, logo a seguir.                                       configuração típica de roteadores para o suporte à QoS.
•   Execução da Simulação: Pede-se que o aluno                   •   Configuração das Estatísticas dos LSPs: Pede-se que
    configure a duração da simulação para 5 minutos e                os alunos configurem estatísticas de saída pré-
    execute-a.                                                       selecionadas, relacionadas aos LSPs criados.
•   Analise dos Resultados: Nesta etapa pede-se para os          •   Execução da Simulação: A simulação deve ser
    estudantes a análise dos resultados obtidos. Dentre as           executada por 5 minutos.
    análises solicitadas estão: 1º) o atraso médio fim-a-fim     •   Analise dos Resultados: As mesmas análises
    observado para as aplicações RT e NRT nos terminais              solicitadas na primeira experiência são repetidas.
    da rede. 2º) o tráfego médio enviado e recebido pelas            Entretanto, pede-se aos estudantes que comparem os
    aplicações RT e NRT. 3º) a utilização em alguns dos              resultados obtidos nos dois cenários. Adicionalmente, é
    enlaces da rede. Como resultado, os alunos aprendem              solicitada a análise dos resultados obtidos para cada
    onde estão as limitações da Internet atual (sem MPLS e           LSP. Solicita-se, também, que o aluno análise as
    DiffServ) no tratamento à aplicações multimídia.                 vantagens de se utilizar MPLS na rede. Como resultado,
                                                                     os alunos aprendem como e onde a tecnologia MPLS
                   Segunda Experiência                               pode ser empregada para melhorar o Gerenciamento de
Esta experiência tem por objetivo montar o segundo cenário           Tráfego na rede.
e analisar a tecnologia MPLS. As principais atividades                              Terceira Experiência
realizadas nesta experiência são:
• Duplicação do Primeiro Cenário: O segundo cenário é            Esta experiência tem por objetivo montar o terceiro cenário e
     construído a partir da duplicação do primeiro. Portanto,    analisar a tecnologia DiffServ, que será utilizada para
     possui os mesmos modelos e configurações.                   melhorar o suporte à QoS na rede. Aliado ao DiffServ tem-se
• Criação dos LSPs: Nesta etapa, são criados e                   o escalonamento WFQ. As principais atividades realizadas
     configurados os LSPs. Ao final desta atividade, os          nesta experiência são:
     estudantes são questionados a respeito da finalidade dos    • Duplicação do Segundo Cenário: O terceiro cenário é
     LSPs. O objetivo é criar uma discussão e facilitar o            construído a partir da duplicação do segundo. Assim
     entendimento dos resultados desta experiência. Como             sendo, todos os modelos e configurações deste cenário
     resultado, os participantes aprendem quais são as               são levados ao cenário 3.
     características de um LSP e quais são as principais         • Configuração do Perfil de Escalonamento: Nesta
     decisões envolvidas na Engenharia de Tráfego MPLS.              atividade, é configurado o perfil de escalonamento que
• Criação das FECs: Pede-se que os estudantes criem                  será utilizado nas interfaces dos roteadores da rede.
     duas FECs, conforme visto na seção anterior.                    Utiliza-se o perfil WFQ. Além disto, define-se que o
     Questiona-se sobre a utilidade das FECs. O                      esquema de pesos do escalonador será baseado no
     entendimento e correta configuração das FEC é de suma           campo DSCP do DiffServ. Pede-se que os estudantes
     importância para o restante das atividades. Ao final            expliquem quais são as vantagens do WFQ sobre o
     desta atividade, os alunos aprendem quais são as                FCFS. Ao final desta atividade, os participantes
     características de uma FEC e quais são as principais            aprendem quais são os parâmetros típicos de um
     decisões envolvidas na classificação de tráfego Internet.       escalonador WFQ, bem como o código DSCP pode ser
• Criação dos Troncos: Uma vez definidas as FECs, na                 utilizado para classificar tráfego no escalonador.
     seqüência é necessária a definição dos troncos. Dois        • Configuração dos LERs e LSRs: Uma vez
     troncos são criados: RT e NRT. Os estudantes são                configurado o perfil de escalonamento, este perfil é
     questionados a respeito do que acontece caso o tráfego          aplicado a todos os roteadores da rede.
     submetido a um tronco ultrapasse a largura de banda         • Execução da Simulação: A simulação deve ser
     negociada. Os participantes aprendem quais são os               executada por 5 minutos.
     efeitos do policiamento de tráfego.                         • Analise dos Resultados: As mesmas análises
• Configuração dos LERs e LSRs: O próximo passo é                    solicitadas na primeira e segunda experiências são
     configurar os LERs e LSRs da rede. É necessário                 repetidas. Entretanto, pede-se aos estudantes que
     habilitar o MPLS nestes modelos de equipamentos.                comparem os resultados obtidos nos três cenários.
     Feito isso, é necessário configurar a Tabela de                 Também, é solicitada a análise dos resultados obtidos
     Mapeamento de Tráfego em cada LER. Questiona-se a               para cada LSP. Por fim, pede-se que o aluno análise as
     razão por de trás desta configuração. Ela é necessária          vantagens de se utilizar DiffServ na rede e compare com
     para que os LERs e LSRs saibam como encaminhar o                o cenário anterior. Como resultado, os alunos aprendem
     tráfego através dos LSPs récem criados. Dependendo do           como e onde as tecnologias DiffServ e WFQ podem ser
     terminal ligado em cada interface do roteador, deve-se          empregadas para melhorar o suporte à QoS na rede.
     escolher a FEC, o tronco e o LSP adequados. Como
RESULTADOS DAS EXPERIÊNCIAS                          Pode-se observar que com a utilização do MPLS, ocorre
                                                              uma redução do atraso para ambas. Entretanto, o valor de
A FIGURA 2 e a FIGURA 3 mostram o atraso médio, fim-a-        atraso ainda está bastante alto para uma aplicação em tempo
fim, na rede, para as aplicações de Voz e Videoconferência,   real. Já com o uso do DiffServ e WFQ, o atraso é reduzido
respectivamente.                                              drasticamente. A FIGURA 4 mostra o atraso, fim-a-fim, para
                                                              as aplicações HTTP, em média, na rede. Observa-se que
                                                              com o uso de MPLS e/ou DiffServ o atraso torna-se maior do
                                                              que em uma rede IP simples. Entretanto, este atraso pode ser
                                                              tolerado pelas aplicações non-real time.

                                                                                 CONSIDERAÇÕES FINAIS
                                                              A partir dos resultados obtidos, percebe-se que com o uso do
                                                              MPLS, é possível se fazer a engenharia de tráfego na rede
                                                              (organização do tráfego) e, com isto, melhorar as métricas de
                                                              desempenho. Com o uso do DiffServ, junto com o
                                                              escalonador WFQ e do mapeamento das classes de serviço
                                                              para MPLS, pode-se modificar o escalonamento e reserva de
                                                              recursos nas filas dos roteadores, estabelecendo-se níveis de
                                                              prioridades, o que melhora o desempenho da rede para
                                                              aplicações real time. Observa-se ainda, que a ferramenta
            FIGURA 2. ATRASO: APLICAÇÕES DE VOZ.              OPNET, junto com os cenários estudados, fornecem uma
                                                              base para que os estudantes estejam aptos a analisar, planejar
                                                              e implantar uma rede IP com suporte à QoS, bem como
                                                              avaliar o desempenho dos diversos serviços oferecidos.
                                                              Como melhorias ao trabalho, pretende-se incluir a alocação
                                                              dinâmica de LSPs usando LDP (Label Distribution
                                                              Protocol) e o roteamento com restrições.

                                                                                         REFERÊNCIAS
                                                              [1]   Wang, Zheng, “Internet QoS Architectures and Mechanisms for
                                                                    Quality of Service”, Morgan Kaufmann, 1st edition, 2001.
                                                              [2]   Internet Engineering Task Force IETF. http://www.ietf.org.
                                                              [3]   IETF, “Multiprotocol Label Switching Architecture”, RFC-3031,
                                                                    2001.
                                                              [4]   Tanenbaum, Andrew S., "Redes de Computadores", 4ª Edição, Editora
                                                                    Érica.
                                                              [5]   Blake S., Black D., Carlson M., Davies E., Wang Z., Weiss W. "An
      FIGURA 3. ATRASO: APLICAÇÕES DE VIDEOCONFERÊNCIA.
                                                                    Architecture for Differentiated Services", RFC 2475, December, 1998.
                                                              [6]   OPNET Technologies, Inc., “OPNET Modeler Brochure”,
                                                                    http://www.opnet.com/products/brochures/Modeler.pdf.
                                                              [7]   OPNET Technologies, Inc., “Modeler Product Documentation 10.5:
                                                                    MPLS Model User Guide”.
                                                              [8]   OPNET Technologies, Inc., “OPNET Modeler Product
                                                                    Documentation 10.5: Adding QoS Services to an MPLS-Enabled
                                                                    Network”.
                                                              [9]   Giroux, N., Ganti, S., “Quality of Service in ATM Networks: State-of-
                                                                    Art Traffic Management”, Prentice Hall, 1998.




             FIGURA 4. ATRASO: APLICAÇÕES HTTP.

Contenu connexe

Tendances

Uma Plataforma para Engenharia de Tráfego com Qualidade de Serviço em Redes MPLS
Uma Plataforma para Engenharia de Tráfego com Qualidade de Serviço em Redes MPLSUma Plataforma para Engenharia de Tráfego com Qualidade de Serviço em Redes MPLS
Uma Plataforma para Engenharia de Tráfego com Qualidade de Serviço em Redes MPLSEduardo Nicola F. Zagari
 
Exercícios para semestre
Exercícios para semestreExercícios para semestre
Exercícios para semestreredesinforma
 
Basico de protocolos_2009
Basico de protocolos_2009Basico de protocolos_2009
Basico de protocolos_2009redesinforma
 
Lista exerc conceitos-mod-ref
Lista exerc conceitos-mod-refLista exerc conceitos-mod-ref
Lista exerc conceitos-mod-refredesinforma
 
Ensinando Qualidade de Serviço na Internet com o OPNET
Ensinando Qualidade de Serviço na Internet com o OPNETEnsinando Qualidade de Serviço na Internet com o OPNET
Ensinando Qualidade de Serviço na Internet com o OPNETAntonio Marcos Alberti
 
Redes lista exercicios
Redes lista exerciciosRedes lista exercicios
Redes lista exerciciosredesinforma
 
Capítulo 15 conexões de lans, redes backbone e lans virtuais
Capítulo 15   conexões de lans, redes backbone e lans virtuaisCapítulo 15   conexões de lans, redes backbone e lans virtuais
Capítulo 15 conexões de lans, redes backbone e lans virtuaisFaculdade Mater Christi
 
Redes ópticas arquitetura, dispositivos e topologia demônio de maxwell
Redes ópticas  arquitetura, dispositivos e topologia   demônio de maxwellRedes ópticas  arquitetura, dispositivos e topologia   demônio de maxwell
Redes ópticas arquitetura, dispositivos e topologia demônio de maxwellDiel França
 
Migração nas Redes Ópticas Passivas
Migração nas Redes Ópticas PassivasMigração nas Redes Ópticas Passivas
Migração nas Redes Ópticas PassivasHeitor Galvão
 
S2 B 2007 Infra Aula 01 V1.00
S2 B 2007   Infra   Aula 01 V1.00S2 B 2007   Infra   Aula 01 V1.00
S2 B 2007 Infra Aula 01 V1.00doctorweb
 
Inmetro 2009 eng telecom cargo 29
Inmetro 2009 eng telecom cargo 29Inmetro 2009 eng telecom cargo 29
Inmetro 2009 eng telecom cargo 29Diogo Edler Menezes
 
RC SL04 - Camada de Rede
RC SL04 - Camada de RedeRC SL04 - Camada de Rede
RC SL04 - Camada de RedeUFPB
 
31283575 protocolos-de-transporte-tcp-e-udp
31283575 protocolos-de-transporte-tcp-e-udp31283575 protocolos-de-transporte-tcp-e-udp
31283575 protocolos-de-transporte-tcp-e-udpKievnny Mendonca
 

Tendances (20)

Uma Plataforma para Engenharia de Tráfego com Qualidade de Serviço em Redes MPLS
Uma Plataforma para Engenharia de Tráfego com Qualidade de Serviço em Redes MPLSUma Plataforma para Engenharia de Tráfego com Qualidade de Serviço em Redes MPLS
Uma Plataforma para Engenharia de Tráfego com Qualidade de Serviço em Redes MPLS
 
Questoes
QuestoesQuestoes
Questoes
 
Exercícios para semestre
Exercícios para semestreExercícios para semestre
Exercícios para semestre
 
Basico de protocolos_2009
Basico de protocolos_2009Basico de protocolos_2009
Basico de protocolos_2009
 
Lista exerc conceitos-mod-ref
Lista exerc conceitos-mod-refLista exerc conceitos-mod-ref
Lista exerc conceitos-mod-ref
 
ENSINANDO REDES ATM EM LABORATÓRIO
ENSINANDO REDES ATM EM LABORATÓRIOENSINANDO REDES ATM EM LABORATÓRIO
ENSINANDO REDES ATM EM LABORATÓRIO
 
Ensinando Qualidade de Serviço na Internet com o OPNET
Ensinando Qualidade de Serviço na Internet com o OPNETEnsinando Qualidade de Serviço na Internet com o OPNET
Ensinando Qualidade de Serviço na Internet com o OPNET
 
Modelo osi
Modelo osiModelo osi
Modelo osi
 
Redes lista exercicios
Redes lista exerciciosRedes lista exercicios
Redes lista exercicios
 
Capítulo 15 conexões de lans, redes backbone e lans virtuais
Capítulo 15   conexões de lans, redes backbone e lans virtuaisCapítulo 15   conexões de lans, redes backbone e lans virtuais
Capítulo 15 conexões de lans, redes backbone e lans virtuais
 
Redes ópticas arquitetura, dispositivos e topologia demônio de maxwell
Redes ópticas  arquitetura, dispositivos e topologia   demônio de maxwellRedes ópticas  arquitetura, dispositivos e topologia   demônio de maxwell
Redes ópticas arquitetura, dispositivos e topologia demônio de maxwell
 
Migração nas Redes Ópticas Passivas
Migração nas Redes Ópticas PassivasMigração nas Redes Ópticas Passivas
Migração nas Redes Ópticas Passivas
 
Aula 1
Aula 1Aula 1
Aula 1
 
S2 B 2007 Infra Aula 01 V1.00
S2 B 2007   Infra   Aula 01 V1.00S2 B 2007   Infra   Aula 01 V1.00
S2 B 2007 Infra Aula 01 V1.00
 
Aula12
Aula12Aula12
Aula12
 
Aula14
Aula14Aula14
Aula14
 
Inmetro 2009 eng telecom cargo 29
Inmetro 2009 eng telecom cargo 29Inmetro 2009 eng telecom cargo 29
Inmetro 2009 eng telecom cargo 29
 
RC SL04 - Camada de Rede
RC SL04 - Camada de RedeRC SL04 - Camada de Rede
RC SL04 - Camada de Rede
 
Cap04a
Cap04aCap04a
Cap04a
 
31283575 protocolos-de-transporte-tcp-e-udp
31283575 protocolos-de-transporte-tcp-e-udp31283575 protocolos-de-transporte-tcp-e-udp
31283575 protocolos-de-transporte-tcp-e-udp
 

En vedette

I pv4para ipv6-final
I pv4para ipv6-finalI pv4para ipv6-final
I pv4para ipv6-finalalexjcgdf
 
Präsentation Ringvorlesung Mai 2011
Präsentation Ringvorlesung Mai 2011Präsentation Ringvorlesung Mai 2011
Präsentation Ringvorlesung Mai 2011Janina Wildfeuer
 
Proyecto introduccion sobre el cacao
Proyecto introduccion sobre el cacaoProyecto introduccion sobre el cacao
Proyecto introduccion sobre el cacaoBryan Stalin
 
Monografia cacao en tumbes
Monografia cacao en tumbesMonografia cacao en tumbes
Monografia cacao en tumbescarlin29
 

En vedette (7)

I pv4para ipv6-final
I pv4para ipv6-finalI pv4para ipv6-final
I pv4para ipv6-final
 
Cadena de cacao en Bolivia
Cadena de cacao en Bolivia Cadena de cacao en Bolivia
Cadena de cacao en Bolivia
 
Cacao Boliviano
Cacao BolivianoCacao Boliviano
Cacao Boliviano
 
Diagnostico del agua en las americas
Diagnostico del agua en las americasDiagnostico del agua en las americas
Diagnostico del agua en las americas
 
Präsentation Ringvorlesung Mai 2011
Präsentation Ringvorlesung Mai 2011Präsentation Ringvorlesung Mai 2011
Präsentation Ringvorlesung Mai 2011
 
Proyecto introduccion sobre el cacao
Proyecto introduccion sobre el cacaoProyecto introduccion sobre el cacao
Proyecto introduccion sobre el cacao
 
Monografia cacao en tumbes
Monografia cacao en tumbesMonografia cacao en tumbes
Monografia cacao en tumbes
 

Similaire à ENSINANDO QUALIDADE DE SERVIÇO NA INTERNET COM O OPNET MODELER

Uma Implementação do MPLS para Redes Linux
Uma Implementação do MPLS para Redes LinuxUma Implementação do MPLS para Redes Linux
Uma Implementação do MPLS para Redes LinuxEduardo Nicola F. Zagari
 
WEBCONFERÊNCIA - REDES 2022.2 - IV.pdf
WEBCONFERÊNCIA - REDES 2022.2 - IV.pdfWEBCONFERÊNCIA - REDES 2022.2 - IV.pdf
WEBCONFERÊNCIA - REDES 2022.2 - IV.pdfSuelmaAlvesdeCarvalh1
 
Aula Teste Fatec - Projeto de Redes de Computadores
Aula Teste Fatec - Projeto de Redes de ComputadoresAula Teste Fatec - Projeto de Redes de Computadores
Aula Teste Fatec - Projeto de Redes de ComputadoresDalton Martins
 
Projetos Estruturados de Redes - Parte 5
Projetos Estruturados de Redes - Parte 5Projetos Estruturados de Redes - Parte 5
Projetos Estruturados de Redes - Parte 5José Wagner Bungart
 
Modelos TCP/IP e OSI para CCNA
Modelos TCP/IP e OSI para CCNAModelos TCP/IP e OSI para CCNA
Modelos TCP/IP e OSI para CCNAwolkartt_18
 
Aula 06 - Caracterizando fluxo de tráfego e Projeto de Topologia - Parte I - ...
Aula 06 - Caracterizando fluxo de tráfego e Projeto de Topologia - Parte I - ...Aula 06 - Caracterizando fluxo de tráfego e Projeto de Topologia - Parte I - ...
Aula 06 - Caracterizando fluxo de tráfego e Projeto de Topologia - Parte I - ...Dalton Martins
 
Trabalho atm e mpls
Trabalho atm e mplsTrabalho atm e mpls
Trabalho atm e mplsaandersonnn
 
Gestão de Redes de Computadores e Serviços.pptx
Gestão de Redes de Computadores e Serviços.pptxGestão de Redes de Computadores e Serviços.pptx
Gestão de Redes de Computadores e Serviços.pptxHJesusMiguel
 
UFPA PPGCC LPRAD 2014-02 - Edinaldo La-Roque - OPNET - Tutorial Rede LTE Basi...
UFPA PPGCC LPRAD 2014-02 - Edinaldo La-Roque - OPNET - Tutorial Rede LTE Basi...UFPA PPGCC LPRAD 2014-02 - Edinaldo La-Roque - OPNET - Tutorial Rede LTE Basi...
UFPA PPGCC LPRAD 2014-02 - Edinaldo La-Roque - OPNET - Tutorial Rede LTE Basi...Edinaldo La-Roque
 
Redes de computadores
Redes de computadoresRedes de computadores
Redes de computadoresJean Rocha
 
Aula01 introdução a camanda 2 do modelo osi
Aula01   introdução a camanda 2 do modelo osiAula01   introdução a camanda 2 do modelo osi
Aula01 introdução a camanda 2 do modelo osiCarlos Veiga
 
Aula 07 - Projeto de Topologia e Exercícios - Parte II
Aula 07 - Projeto de Topologia e Exercícios - Parte IIAula 07 - Projeto de Topologia e Exercícios - Parte II
Aula 07 - Projeto de Topologia e Exercícios - Parte IIDalton Martins
 

Similaire à ENSINANDO QUALIDADE DE SERVIÇO NA INTERNET COM O OPNET MODELER (20)

Core Network e MPLS
Core Network e MPLSCore Network e MPLS
Core Network e MPLS
 
Uma Implementação do MPLS para Redes Linux
Uma Implementação do MPLS para Redes LinuxUma Implementação do MPLS para Redes Linux
Uma Implementação do MPLS para Redes Linux
 
Camadasrede
CamadasredeCamadasrede
Camadasrede
 
Camadas rede
Camadas redeCamadas rede
Camadas rede
 
WEBCONFERÊNCIA - REDES 2022.2 - IV.pdf
WEBCONFERÊNCIA - REDES 2022.2 - IV.pdfWEBCONFERÊNCIA - REDES 2022.2 - IV.pdf
WEBCONFERÊNCIA - REDES 2022.2 - IV.pdf
 
Aula Teste Fatec - Projeto de Redes de Computadores
Aula Teste Fatec - Projeto de Redes de ComputadoresAula Teste Fatec - Projeto de Redes de Computadores
Aula Teste Fatec - Projeto de Redes de Computadores
 
Projetos Estruturados de Redes - Parte 5
Projetos Estruturados de Redes - Parte 5Projetos Estruturados de Redes - Parte 5
Projetos Estruturados de Redes - Parte 5
 
Camadasrede
CamadasredeCamadasrede
Camadasrede
 
O protocolo SCTP para o transporte de vídeo codificado escalonável
O protocolo SCTP para o transporte de vídeo codificado escalonávelO protocolo SCTP para o transporte de vídeo codificado escalonável
O protocolo SCTP para o transporte de vídeo codificado escalonável
 
Modelos TCP/IP e OSI para CCNA
Modelos TCP/IP e OSI para CCNAModelos TCP/IP e OSI para CCNA
Modelos TCP/IP e OSI para CCNA
 
Aula 06 - Caracterizando fluxo de tráfego e Projeto de Topologia - Parte I - ...
Aula 06 - Caracterizando fluxo de tráfego e Projeto de Topologia - Parte I - ...Aula 06 - Caracterizando fluxo de tráfego e Projeto de Topologia - Parte I - ...
Aula 06 - Caracterizando fluxo de tráfego e Projeto de Topologia - Parte I - ...
 
Aulas frc 04
Aulas frc  04Aulas frc  04
Aulas frc 04
 
Trabalho atm e mpls
Trabalho atm e mplsTrabalho atm e mpls
Trabalho atm e mpls
 
Gestão de Redes de Computadores e Serviços.pptx
Gestão de Redes de Computadores e Serviços.pptxGestão de Redes de Computadores e Serviços.pptx
Gestão de Redes de Computadores e Serviços.pptx
 
UFPA PPGCC LPRAD 2014-02 - Edinaldo La-Roque - OPNET - Tutorial Rede LTE Basi...
UFPA PPGCC LPRAD 2014-02 - Edinaldo La-Roque - OPNET - Tutorial Rede LTE Basi...UFPA PPGCC LPRAD 2014-02 - Edinaldo La-Roque - OPNET - Tutorial Rede LTE Basi...
UFPA PPGCC LPRAD 2014-02 - Edinaldo La-Roque - OPNET - Tutorial Rede LTE Basi...
 
Artigo IPv6
Artigo IPv6Artigo IPv6
Artigo IPv6
 
121 redes
121 redes121 redes
121 redes
 
Redes de computadores
Redes de computadoresRedes de computadores
Redes de computadores
 
Aula01 introdução a camanda 2 do modelo osi
Aula01   introdução a camanda 2 do modelo osiAula01   introdução a camanda 2 do modelo osi
Aula01 introdução a camanda 2 do modelo osi
 
Aula 07 - Projeto de Topologia e Exercícios - Parte II
Aula 07 - Projeto de Topologia e Exercícios - Parte IIAula 07 - Projeto de Topologia e Exercícios - Parte II
Aula 07 - Projeto de Topologia e Exercícios - Parte II
 

Plus de Antonio Marcos Alberti

Convergência de Arquiteturas de Informação: 6G e Além
Convergência de Arquiteturas de Informação: 6G e AlémConvergência de Arquiteturas de Informação: 6G e Além
Convergência de Arquiteturas de Informação: 6G e AlémAntonio Marcos Alberti
 
Disrupções Tecnológicas e seus Impactos
Disrupções Tecnológicas e seus ImpactosDisrupções Tecnológicas e seus Impactos
Disrupções Tecnológicas e seus ImpactosAntonio Marcos Alberti
 
EMPREENDENDO A MUDANÇA EM REDE ABUNDANTE: COMO INTEGRAR TECNOLOGIA, METODOLO...
EMPREENDENDO A MUDANÇA EM REDE ABUNDANTE: COMO  INTEGRAR TECNOLOGIA, METODOLO...EMPREENDENDO A MUDANÇA EM REDE ABUNDANTE: COMO  INTEGRAR TECNOLOGIA, METODOLO...
EMPREENDENDO A MUDANÇA EM REDE ABUNDANTE: COMO INTEGRAR TECNOLOGIA, METODOLO...Antonio Marcos Alberti
 
Palestra Transformação Digital no The Developer Conferece (TDC) - Future
Palestra Transformação Digital no The Developer Conferece (TDC) - FuturePalestra Transformação Digital no The Developer Conferece (TDC) - Future
Palestra Transformação Digital no The Developer Conferece (TDC) - FutureAntonio Marcos Alberti
 
PILARES DA TRANSIÇÃO E CONVERGÊNCIA DE TECNOLOGIAS DISRUPTIVAS
PILARES DA TRANSIÇÃO E CONVERGÊNCIA DE TECNOLOGIAS DISRUPTIVASPILARES DA TRANSIÇÃO E CONVERGÊNCIA DE TECNOLOGIAS DISRUPTIVAS
PILARES DA TRANSIÇÃO E CONVERGÊNCIA DE TECNOLOGIAS DISRUPTIVASAntonio Marcos Alberti
 
CIDADES INTELIGENTES: TECNOLOGIAS, NOVOS MODELOS, SOLUÇÕES E DESAFIOS EM AB...
CIDADES INTELIGENTES: TECNOLOGIAS, NOVOS MODELOS, SOLUÇÕES E DESAFIOS EM AB...CIDADES INTELIGENTES: TECNOLOGIAS, NOVOS MODELOS, SOLUÇÕES E DESAFIOS EM AB...
CIDADES INTELIGENTES: TECNOLOGIAS, NOVOS MODELOS, SOLUÇÕES E DESAFIOS EM AB...Antonio Marcos Alberti
 
Inteligência Artificial na Transformação Digital de Smart Cities
Inteligência Artificial na Transformação Digital de Smart CitiesInteligência Artificial na Transformação Digital de Smart Cities
Inteligência Artificial na Transformação Digital de Smart CitiesAntonio Marcos Alberti
 
SDN, NFV AND CDN/ICN IN HIBRID TERRESTRIAL/SATELLITE 5G: WHAT IS MISSING?
SDN, NFV AND CDN/ICN IN HIBRID TERRESTRIAL/SATELLITE 5G: WHAT IS MISSING?SDN, NFV AND CDN/ICN IN HIBRID TERRESTRIAL/SATELLITE 5G: WHAT IS MISSING?
SDN, NFV AND CDN/ICN IN HIBRID TERRESTRIAL/SATELLITE 5G: WHAT IS MISSING?Antonio Marcos Alberti
 
Convergência de Tecnologias Disruptivas: IoT, IA, Blockchain, 5G e Internet d...
Convergência de Tecnologias Disruptivas: IoT, IA, Blockchain, 5G e Internet d...Convergência de Tecnologias Disruptivas: IoT, IA, Blockchain, 5G e Internet d...
Convergência de Tecnologias Disruptivas: IoT, IA, Blockchain, 5G e Internet d...Antonio Marcos Alberti
 
Convergência de Tecnologias Disruptivas
Convergência de Tecnologias DisruptivasConvergência de Tecnologias Disruptivas
Convergência de Tecnologias DisruptivasAntonio Marcos Alberti
 
FORWARDING/ROUTING WITH DUAL NAMES: THE NOVAGENESIS APPROACH
FORWARDING/ROUTING WITH DUAL NAMES: THE NOVAGENESIS APPROACHFORWARDING/ROUTING WITH DUAL NAMES: THE NOVAGENESIS APPROACH
FORWARDING/ROUTING WITH DUAL NAMES: THE NOVAGENESIS APPROACHAntonio Marcos Alberti
 
Internet das Coisas, Blockchain e NovaGenesis
Internet das Coisas, Blockchain e NovaGenesisInternet das Coisas, Blockchain e NovaGenesis
Internet das Coisas, Blockchain e NovaGenesisAntonio Marcos Alberti
 
FUTURE INTERNET OF THINGS: EXPERIMENTING WITH NOVAGENESIS AND VIRTUAL SENSORS...
FUTURE INTERNET OF THINGS: EXPERIMENTING WITH NOVAGENESIS AND VIRTUAL SENSORS...FUTURE INTERNET OF THINGS: EXPERIMENTING WITH NOVAGENESIS AND VIRTUAL SENSORS...
FUTURE INTERNET OF THINGS: EXPERIMENTING WITH NOVAGENESIS AND VIRTUAL SENSORS...Antonio Marcos Alberti
 
PROJETO NOVAGENESIS: A CRIAÇÃO DE UMA NOVA INTERNET
PROJETO NOVAGENESIS: A CRIAÇÃO DE UMA NOVA INTERNETPROJETO NOVAGENESIS: A CRIAÇÃO DE UMA NOVA INTERNET
PROJETO NOVAGENESIS: A CRIAÇÃO DE UMA NOVA INTERNETAntonio Marcos Alberti
 

Plus de Antonio Marcos Alberti (20)

6G
6G6G
6G
 
Convergência de Arquiteturas de Informação: 6G e Além
Convergência de Arquiteturas de Informação: 6G e AlémConvergência de Arquiteturas de Informação: 6G e Além
Convergência de Arquiteturas de Informação: 6G e Além
 
Disrupções Tecnológicas e seus Impactos
Disrupções Tecnológicas e seus ImpactosDisrupções Tecnológicas e seus Impactos
Disrupções Tecnológicas e seus Impactos
 
EMPREENDENDO A MUDANÇA EM REDE ABUNDANTE: COMO INTEGRAR TECNOLOGIA, METODOLO...
EMPREENDENDO A MUDANÇA EM REDE ABUNDANTE: COMO  INTEGRAR TECNOLOGIA, METODOLO...EMPREENDENDO A MUDANÇA EM REDE ABUNDANTE: COMO  INTEGRAR TECNOLOGIA, METODOLO...
EMPREENDENDO A MUDANÇA EM REDE ABUNDANTE: COMO INTEGRAR TECNOLOGIA, METODOLO...
 
Palestra Transformação Digital no The Developer Conferece (TDC) - Future
Palestra Transformação Digital no The Developer Conferece (TDC) - FuturePalestra Transformação Digital no The Developer Conferece (TDC) - Future
Palestra Transformação Digital no The Developer Conferece (TDC) - Future
 
NovaGenesis Overview
NovaGenesis OverviewNovaGenesis Overview
NovaGenesis Overview
 
NovaGenesis Overview
NovaGenesis OverviewNovaGenesis Overview
NovaGenesis Overview
 
NovaGenesis Overview
NovaGenesis OverviewNovaGenesis Overview
NovaGenesis Overview
 
PILARES DA TRANSIÇÃO E CONVERGÊNCIA DE TECNOLOGIAS DISRUPTIVAS
PILARES DA TRANSIÇÃO E CONVERGÊNCIA DE TECNOLOGIAS DISRUPTIVASPILARES DA TRANSIÇÃO E CONVERGÊNCIA DE TECNOLOGIAS DISRUPTIVAS
PILARES DA TRANSIÇÃO E CONVERGÊNCIA DE TECNOLOGIAS DISRUPTIVAS
 
CIDADES INTELIGENTES: TECNOLOGIAS, NOVOS MODELOS, SOLUÇÕES E DESAFIOS EM AB...
CIDADES INTELIGENTES: TECNOLOGIAS, NOVOS MODELOS, SOLUÇÕES E DESAFIOS EM AB...CIDADES INTELIGENTES: TECNOLOGIAS, NOVOS MODELOS, SOLUÇÕES E DESAFIOS EM AB...
CIDADES INTELIGENTES: TECNOLOGIAS, NOVOS MODELOS, SOLUÇÕES E DESAFIOS EM AB...
 
Inteligência Artificial na Transformação Digital de Smart Cities
Inteligência Artificial na Transformação Digital de Smart CitiesInteligência Artificial na Transformação Digital de Smart Cities
Inteligência Artificial na Transformação Digital de Smart Cities
 
SDN, NFV AND CDN/ICN IN HIBRID TERRESTRIAL/SATELLITE 5G: WHAT IS MISSING?
SDN, NFV AND CDN/ICN IN HIBRID TERRESTRIAL/SATELLITE 5G: WHAT IS MISSING?SDN, NFV AND CDN/ICN IN HIBRID TERRESTRIAL/SATELLITE 5G: WHAT IS MISSING?
SDN, NFV AND CDN/ICN IN HIBRID TERRESTRIAL/SATELLITE 5G: WHAT IS MISSING?
 
Convergência de Tecnologias Disruptivas: IoT, IA, Blockchain, 5G e Internet d...
Convergência de Tecnologias Disruptivas: IoT, IA, Blockchain, 5G e Internet d...Convergência de Tecnologias Disruptivas: IoT, IA, Blockchain, 5G e Internet d...
Convergência de Tecnologias Disruptivas: IoT, IA, Blockchain, 5G e Internet d...
 
Arte e Pensamento - Mundo Virtual
Arte e Pensamento - Mundo VirtualArte e Pensamento - Mundo Virtual
Arte e Pensamento - Mundo Virtual
 
Convergência de Tecnologias Disruptivas
Convergência de Tecnologias DisruptivasConvergência de Tecnologias Disruptivas
Convergência de Tecnologias Disruptivas
 
FORWARDING/ROUTING WITH DUAL NAMES: THE NOVAGENESIS APPROACH
FORWARDING/ROUTING WITH DUAL NAMES: THE NOVAGENESIS APPROACHFORWARDING/ROUTING WITH DUAL NAMES: THE NOVAGENESIS APPROACH
FORWARDING/ROUTING WITH DUAL NAMES: THE NOVAGENESIS APPROACH
 
OVERVIEW OF ICT LAB RESEARCH
OVERVIEW OF ICT LAB RESEARCHOVERVIEW OF ICT LAB RESEARCH
OVERVIEW OF ICT LAB RESEARCH
 
Internet das Coisas, Blockchain e NovaGenesis
Internet das Coisas, Blockchain e NovaGenesisInternet das Coisas, Blockchain e NovaGenesis
Internet das Coisas, Blockchain e NovaGenesis
 
FUTURE INTERNET OF THINGS: EXPERIMENTING WITH NOVAGENESIS AND VIRTUAL SENSORS...
FUTURE INTERNET OF THINGS: EXPERIMENTING WITH NOVAGENESIS AND VIRTUAL SENSORS...FUTURE INTERNET OF THINGS: EXPERIMENTING WITH NOVAGENESIS AND VIRTUAL SENSORS...
FUTURE INTERNET OF THINGS: EXPERIMENTING WITH NOVAGENESIS AND VIRTUAL SENSORS...
 
PROJETO NOVAGENESIS: A CRIAÇÃO DE UMA NOVA INTERNET
PROJETO NOVAGENESIS: A CRIAÇÃO DE UMA NOVA INTERNETPROJETO NOVAGENESIS: A CRIAÇÃO DE UMA NOVA INTERNET
PROJETO NOVAGENESIS: A CRIAÇÃO DE UMA NOVA INTERNET
 

ENSINANDO QUALIDADE DE SERVIÇO NA INTERNET COM O OPNET MODELER

  • 1. ENSINANDO QUALIDADE DE SERVIÇO NA INTERNET COM O OPNET MODELER Antonio M. Alberti1, Renan S. dos Santos2, Thiago F. Lopes3, Heyder F. A. Alves4, Carles F. C. Vallvé 5 Abstract  In the past few years, many improvements have recursos existentes nas redes de comutação de pacotes been done to bring Quality of Service (QoS) support to the baseadas em circuito virtual. Internet. These improvements defined a new Internet QoS Levando-se em conta a atual tendência de que a Internet framework, mainly composed by Differentiated Services se tornará uma rede convergente multimídia, capaz de (DiffServ), Multi-Protocol Label Switching (MPLS) and suportar aplicações com garantias de QoS, o entendimento Constraint Based Routing technologies. Taking in account de tais tecnologias e dos seus fundamentos, é peça chave na the current trend that Internet will become a multimedia formação dos atuais profissionais da área. Assim, este artigo convergent network, capable to support multimedia descreve a nossa experiência em ensinar estas tecnologias, applications with QoS, the understanding of such framework utilizando um laboratório de simulação. Detalhes dos is fundamental to the formation of today area professionals. experimentos realizados, resultados obtidos e análises feitas, In this scenario, this paper describes our experience in são fornecidos. Através dos resultados dessas simulações, os teaching Internet QoS in a simulation laboratory. Details of estudantes podem verificar as vantagens, desvantagens e experiments, obtained results and performed analysis are principais aspectos relacionados com cada tecnologia. provided. We used OPNET Modeler simulation environment to simulate three scenarios: standard Internet, MPLS MPLS E DIFFSERV Internet and DiffServ/MPLS Internet. Through simulations O MPLS [1] baseia-se no conceito de Label Switching, results, students can see the advantages and disadvantages onde cada pacote recebe um label pequeno e fixo, que of each scenario. The experiments are used in a graduate informa aos nós de comutação, como os dados devem ser telecommunication engineering course. comutados nesta rede. O MPLS foi desenvolvido originalmente para ser Index Terms  QoS, Internet, MPLS, DiffServ, OPNET. utilizado em conjunto com redes ATM. Neste caso, o plano INTRODUÇÃO de controle do ATM é dispensado, aproveitando-se somente a comutação de células ATM, que é feita em hardware. Os Com o desenvolvimento da Internet [1], serviços multimídia labels são os próprios identificadores de canal virtual (VCI – vêm se tornando cada vez mais populares. Esses serviços Virtual Channel Identifier) e de caminho virtual (VPI – geram tráfegos intensos na rede, que demandam por altas Virtual Path Identifier) do ATM [9]. taxas de transmissão e são sensíveis ao atraso e a variação de No MPLS existem dois tipos de roteadores: o LER atraso, experimentados na rede. As redes IP [4], como a (Label Edge Routers) e o LSR (Label Switch Routers). Os Internet, são redes não orientadas à conexão, baseadas em LERs estão localizados na borda da rede e a sua função datagramas. Elas são estruturadas através de roteadores, o primária é classificar e escolher os labels adequados para que permite flexibilidade de roteamento e robustez. cada fluxo de pacotes na entrada da rede e remover os Entretanto, quando se trabalha com tráfego em tempo real labels, na saída da rede. Eles convertem pacotes IP em interativo, os roteadores não conseguem oferecer garantias pacotes MPLS. Os LSRs estão localizados no núcleo da de qualidade de serviço (QoS), uma vez que eles não rede e são comutadores de alta velocidade, cujo principal reservam recursos, nem realizam o roteamento baseado nos objetivo é encaminhar pacotes rapidamente. Um label MPLS requisitos de QoS (tipicamente). é um pequeno identificador de circuito virtual de tamanho Como solução para esse problema, surgiram as redes fixo (20 bits), colocado no cabeçalho dos pacotes MPLS. O orientadas à conexão, baseadas em circuitos virtuais, como cabeçalho MPLS possui também o campo EXP as redes ATM (Asynchronous Transfer Mode) [9]. Estas (Experimental) que é usado para especificar as classes de redes utilizam comutadores, ao invés de roteadores. Neste serviço em um LSP (Label Switching Path). cenário, surgiu a tecnologia MPLS [1], Multiprotocol Label Quando um pacote chega em um LER de ingresso, este Switching, que se propõem, de forma inteligente, a agregar analisa o conteúdo do datagrama IP e configura o cabeçalho as vantagens do roteamento, com a eficiência e a reserva de adequado. Quando um pacote MPLS chega em um LSR, este 1 Antonio Marcos Alberti, , INATEL - Instituto Nacional de Telecomunicações, Av. João de Camargo, 510, 37540-000, Sta Rita do Sapucai, MG, Brasil, alberti@inatel.br. 2 Renan Silveira dos Santos, INATEL, Av. João de Camargo, 510, 37540-000, Sta Rita do Sapucai, MG, Brasil, renan-santos@inatel.br. 3 Thiago Ferreira Lopes, INATEL, Av. João de Camargo, 510, 37540-000, Sta Rita do Sapucai, MG, Brasil, thiago-lopes@inatel.br. 4 Heyder Fernando A. Alves, INATEL, Av. João de Camargo, 510, 37540-000, Sta Rita do Sapucai, MG, Brasil, heyder@inatel.br. 5 Carles Fransesc Casanova Vallvé, INATEL, Av. João de Camargo, 510, 37540-000, Sta Rita do Sapucai, MG, Brasil, carles@inatel.br.
  • 2. examina o cabeçalho do pacote MPLS. Em função deste terminais da rede configurem este campo, antes que o cabeçalho e da interface em que o pacote chegou, o LSR tráfego atinja os roteadores. consulta uma tabela de encaminhamento e determina qual é A principal forma de integração entre o MPLS e o o label da interface de saída. Uma vez determinada a saída DiffServ se dá pela utilização do campo DSCP como regra correta, o LSR substitui o label no cabeçalho do pacote para construção de FECs. Assim, o tráfego DiffServ é MPLS e envia este pacote para o próximo LSR. Assim, um mapeado para dentro de uma FEC de um LSP MPLS. Para LSP é um caminho definido através de uma seqüência de tanto, os LERs da rede devem possuir tabelas de labels, entre dois LERs. Todos os pacotes pertencentes a um mapeamento PHB - EXP. Estas tabelas permitem o LSP seguem o mesmo caminho pré-definido. mapeamento de uma classe DiffServ em uma classe MPLS Para classificar os pacotes que pertencem a um LSP, de um determinado LSP. Desta forma, é possível se utilizam-se as FECs (Forwarding Equivalence Class) [2][7]. implementar mecanismos de priorização de tráfego nos Todos os pacotes pertencentes a uma FEC recebem o mesmo LSRs da rede baseados no campo EXP do MPLS e ToS do tratamento. Várias FECs podem ser utilizadas para IP (DiffServ). classificar o tráfego de um LSP. Em síntese, uma FEC define um conjunto de regras para classificação do tráfego CENÁRIOS DE SIMULAÇÃO que pertence a um determinado LSP. Quando um LSP transporta tráfego classificado por Para realizar os experimentos de simulação, foi utilizada a mais de uma FEC, o campo EXP é utilizado para identificar ferramenta OPNET Modeler [6]. Considerada uma das à qual FEC pertence o pacote. Este LSP é chamado de E- principais ferramentas para o modelamento e simulação de LSP (EXP-Inferred LSP) [7]. O campo EXP tem três bits, redes de comunicações, o OPNET Modeler permite projetar portanto podem ser definidas até 8 FECs em um LSP. Para e estudar estas redes, incluindo seus dispositivos e cada FEC de um LSP é associado um tronco (trunk). Este protocolos, com flexibilidade e escalabilidade. O OPNET tronco é utilizado para definir como será o policiamento e o Modeler possui um módulo especifíco para a tecnologia escalonamento dos pacotes pertencentes a cada FEC do LSP. MPLS [7]. O trabalho baseou-se nos manuais da ferramenta, Assim, vários troncos, cada qual com o seu tráfego definido bem como na referência [8]. por uma FEC, podem compartilhar um mesmo LSP. O Três cenários de simulação foram selecionados, com o MPLS, através da sua arquitetura, permite reservar recursos objetivo de avaliar uma metodologia para implantação e na rede de comutação para um determinado tráfego IP, além engenharia de novos serviços em uma rede IP com QoS: de fornecer subsídios para que seja feita uma engenharia de • Primeiro Cenário: Foi modelada uma rede IP sem tráfego na rede. suporte à QoS (veja a FIGURA 1). Esta rede é composta Para melhorar o suporte à QoS em uma rede multimídia por cinco roteadores centrais LSR (Campinas, Belo IP, é preciso implementar, juntamente com o MPLS, o Horizonte, Vitória, Rio e São Paulo), cinco roteadores Diffserv [3]. Os Serviços Diferenciados (Diffserv) propõe de borda LER (Cambuí, Savassi, Vila Velha, uma estrutura de priorização de pacotes, na qual, eles são Copacabana, Moema) e um servidor (localizado em classificados de acordo com o tipo de dados que levam. A Moema), que fornece os serviços para todos os clientes classificação de tráfego é feita através do uso Differentiated da rede. Todos os enlaces são bi-direcionais e usam a Service Code Point (DSCP). No DiffServ, o campo ToS tecnologia PPP_E1 [4], exceto os enlaces entre o (Type of Service) dos pacotes IP é redefinido como campo LSR_SP e o servidor, que são do tipo PPP_E3. Foram DS (1 byte). Este campo possui os 6 bits do DSCP, que são utilizadas cinco aplicações [4]: Banco de Dados utilizados para definir a que classe de serviço (PHB - Per (Database), VoIP (Voice over IP), FTP (File Transfer Hop Behaviour) pertence um determinado pacote IP. Protocol), HTTP (HyperText_Transfer_Protocol) e Portanto, cada DSCP especifica um PHB. Videoconferência. As aplicações Videoconferência e Todos os pacotes com o mesmo PHB são tratados da VoIP enviam datagramas com o campo ToS mesma forma em um roteador da rede. O IETF definiu os configurado para EF, enquanto as aplicações Banco de seguintes tipos de PHB [5]: Dados, FTP e HTTP, utilizam AF 11. Para configurar o • EF - Expedicted Forwarding: Nível de maior tráfego nas estações dos clientes e no servidor é prioridade. Voltado para tráfegos que exigem baixa necessário criar diferentes perfis. Duas configurações de perda de pacotes, atraso e variação de atraso limitados. perfis foram definidas: perfil real time (RT) e non-real time (NRT). O perfil real time é construído para as • AF - Assured Forwarding: Nível de prioridade aplicações em tempo real: Videoconferência e VoIP. O intermediária. Voltado para tráfegos com diferentes perfil non-real time é construído para as aplicações de exigências de perda, mas que toleram atrasos. tráfego armazenado: Banco de Dados, FTP e HTTP. • Best Effort: Nível de prioridade baixa. Configuraram-se os clientes que utilizam aplicações em No DiffServ também é possível se classificar o tráfego tempo real, com o perfil RT, e os clientes de tráfego nos roteadores de borda da rede, a fim de configurar o armazenado, com o perfil NRT. campo ToS. Também é possível que o software nos
  • 3. curso de Pós-Gradução em Engenharia de Redes e Sistemas de Telecomunicações do Inatel. Assim sendo, o aluno que executa estas experiências já teve contato com o OPNET Modeler. Primeira Experiência Esta experiência tem dois objetivos principais: 1º) fazer com que os estudantes relembrem os principais conceitos e funcionalidades necessárias para se utilizar o OPNET Modeler. 2º) montar o primeiro cenário. As principais atividades realizadas nesta experiência são: • Criação de um Novo Projeto: O aluno inicia a construção do primeiro cenário a partir de um projeto vazio. Isto servirá para que ele relembre como trabalhar com o OPNET Modeler. • Utilização da Palheta de Objetos: Nesta atividade, o FIGURA 1. TOPOLOGIA DA REDE UTILIZADA NOS EXPERIMENTOS. aluno acrescenta novos objetos, não presentes na palheta • Segundo Cenário: foi utilizada a mesma topologia do original de MPLS. primeiro cenário, adicionando-se às configurações • Criação das Aplicações da Rede: Nesta atividade, o necessárias para o suporte do MPLS. Foram criados oito aluno cria todas as aplicações da rede, configurando os LSP’s manualmente, todos estáticos. A FIGURA 1 principais parâmetros de cada aplicação. O objetivo é mostra os LSPs criados (em verde, rosa, laranja e azul). que o aluno entenda como as aplicações irão gerar Duas FEC’s foram configuradas: uma para aplicações tráfego na rede. Ainda nesta atividade, pede-se que os em tempo real (RT) e outra para as demais aplicações estudantes expliquem alguns dos parâmetros (NRT). A FEC RT aceita tráfego com ToS igual a EF, configurados. Como resultado, tem-se a familiarização enquanto a FEC NRT aceita tráfego com ToS igual a dos alunos com os parâmetros típicos das aplicações. AF 11. Também foram criados dois troncos: RT Trunk e • Criação dos Perfis da Rede: Esta atividade é bastante NRT Trunk. Feito isto, configurou-se a tabela de semelhante à anterior. Entretanto, agora são criados os mapeamento de tráfego em cada LER. No atributo perfis de uso das aplicações, configuradas na atividade Traffic Mapping Configuration, dependendo do terminal anterior. Pede-se que o aluno comente sobre os ligado em cada interface do roteador, foi escolhida a parâmetros de cada um deles. Como resultado, tem-se a FEC, o tronco e o LSP adequado. familiarização dos estudantes com os perfis de uso típico de aplicações multimídia. • Terceiro Cenário: Finalmente, foi criado um terceiro • Colocação dos Elementos de Rede: Uma vez definidas cenário, utilizando-se DiffServ e o escalonador WFQ as aplicações e os perfis de uso destas aplicações, pede- (Weighted Fair Queuing) [9], além das implementações se que os alunos posicionem os elementos de rede, anteriores. Foi alterado o atributo WFQ Profiles, do conforme a FIGURA 1. Esta rede já possui roteadores objeto QoS, mudando a propriedade Buffer Capacity MPLS, porém eles ainda não serão utilizados. Também para 10000 bytes. Configurou-se também os nós da rede são configuradas as capacidades dos enlaces da rede. para que eles utilizassem o WFQ, ao invés do FCFS Pede-se para que os estudantes expliquem o que (First-Coming First-Served) [9]. Em cada roteador LER acontecerá nestes terminais. Ao final desta atividade, os e LSR, no atributo IP/IP QoS Parameters/Interface participantes aprendem quais são os equipamentos e Information foi acrescentado tantas linhas quanto o tipos de enlaces que podem ser utilizados para montar número de interfaces do roteador. Em cada linha, foi uma rede multimídia IP com MPLS. alterado somente o parâmetro QoS Scheme. Este • Configuração dos Serviços nos Terminais Fonte: processo foi realizado em todos os roteadores da rede. Pede-se que os estudantes configurem os terminais RT para suportar as aplicações em tempo real. O mesmo é FAZENDO AS EXPERIÊNCIAS feito para os NRT. Este passo é bastante importante, pois os alunos precisam relacionar o suporte ao serviço Para cada cenário apresentado anteriormente, uma com os perfis configurados anteriormente. experiência em laboratório de simulação foi desenvolvida. A • Configuração dos Serviços no Servidor: Pede-se que seguir, descrevem-se as atividades planejadas, os objetivos a os alunos configurem o único servidor da rede, para que serem atingidos e os resultados esperados em cada ele suporte todos os serviçso da rede. experiência. Vale ressaltar, que estas experiências fazem • Configuração das Estatísticas: Pede-se que os parte da disciplina TP 125 – Laboratório de Redes II, do participantes configurem estatísticas de saída pré-
  • 4. selecionadas. Estas estatísticas serão alvo das atividades resultado, tem-se a familiarização dos estudantes com a de análise, logo a seguir. configuração típica de roteadores para o suporte à QoS. • Execução da Simulação: Pede-se que o aluno • Configuração das Estatísticas dos LSPs: Pede-se que configure a duração da simulação para 5 minutos e os alunos configurem estatísticas de saída pré- execute-a. selecionadas, relacionadas aos LSPs criados. • Analise dos Resultados: Nesta etapa pede-se para os • Execução da Simulação: A simulação deve ser estudantes a análise dos resultados obtidos. Dentre as executada por 5 minutos. análises solicitadas estão: 1º) o atraso médio fim-a-fim • Analise dos Resultados: As mesmas análises observado para as aplicações RT e NRT nos terminais solicitadas na primeira experiência são repetidas. da rede. 2º) o tráfego médio enviado e recebido pelas Entretanto, pede-se aos estudantes que comparem os aplicações RT e NRT. 3º) a utilização em alguns dos resultados obtidos nos dois cenários. Adicionalmente, é enlaces da rede. Como resultado, os alunos aprendem solicitada a análise dos resultados obtidos para cada onde estão as limitações da Internet atual (sem MPLS e LSP. Solicita-se, também, que o aluno análise as DiffServ) no tratamento à aplicações multimídia. vantagens de se utilizar MPLS na rede. Como resultado, os alunos aprendem como e onde a tecnologia MPLS Segunda Experiência pode ser empregada para melhorar o Gerenciamento de Esta experiência tem por objetivo montar o segundo cenário Tráfego na rede. e analisar a tecnologia MPLS. As principais atividades Terceira Experiência realizadas nesta experiência são: • Duplicação do Primeiro Cenário: O segundo cenário é Esta experiência tem por objetivo montar o terceiro cenário e construído a partir da duplicação do primeiro. Portanto, analisar a tecnologia DiffServ, que será utilizada para possui os mesmos modelos e configurações. melhorar o suporte à QoS na rede. Aliado ao DiffServ tem-se • Criação dos LSPs: Nesta etapa, são criados e o escalonamento WFQ. As principais atividades realizadas configurados os LSPs. Ao final desta atividade, os nesta experiência são: estudantes são questionados a respeito da finalidade dos • Duplicação do Segundo Cenário: O terceiro cenário é LSPs. O objetivo é criar uma discussão e facilitar o construído a partir da duplicação do segundo. Assim entendimento dos resultados desta experiência. Como sendo, todos os modelos e configurações deste cenário resultado, os participantes aprendem quais são as são levados ao cenário 3. características de um LSP e quais são as principais • Configuração do Perfil de Escalonamento: Nesta decisões envolvidas na Engenharia de Tráfego MPLS. atividade, é configurado o perfil de escalonamento que • Criação das FECs: Pede-se que os estudantes criem será utilizado nas interfaces dos roteadores da rede. duas FECs, conforme visto na seção anterior. Utiliza-se o perfil WFQ. Além disto, define-se que o Questiona-se sobre a utilidade das FECs. O esquema de pesos do escalonador será baseado no entendimento e correta configuração das FEC é de suma campo DSCP do DiffServ. Pede-se que os estudantes importância para o restante das atividades. Ao final expliquem quais são as vantagens do WFQ sobre o desta atividade, os alunos aprendem quais são as FCFS. Ao final desta atividade, os participantes características de uma FEC e quais são as principais aprendem quais são os parâmetros típicos de um decisões envolvidas na classificação de tráfego Internet. escalonador WFQ, bem como o código DSCP pode ser • Criação dos Troncos: Uma vez definidas as FECs, na utilizado para classificar tráfego no escalonador. seqüência é necessária a definição dos troncos. Dois • Configuração dos LERs e LSRs: Uma vez troncos são criados: RT e NRT. Os estudantes são configurado o perfil de escalonamento, este perfil é questionados a respeito do que acontece caso o tráfego aplicado a todos os roteadores da rede. submetido a um tronco ultrapasse a largura de banda • Execução da Simulação: A simulação deve ser negociada. Os participantes aprendem quais são os executada por 5 minutos. efeitos do policiamento de tráfego. • Analise dos Resultados: As mesmas análises • Configuração dos LERs e LSRs: O próximo passo é solicitadas na primeira e segunda experiências são configurar os LERs e LSRs da rede. É necessário repetidas. Entretanto, pede-se aos estudantes que habilitar o MPLS nestes modelos de equipamentos. comparem os resultados obtidos nos três cenários. Feito isso, é necessário configurar a Tabela de Também, é solicitada a análise dos resultados obtidos Mapeamento de Tráfego em cada LER. Questiona-se a para cada LSP. Por fim, pede-se que o aluno análise as razão por de trás desta configuração. Ela é necessária vantagens de se utilizar DiffServ na rede e compare com para que os LERs e LSRs saibam como encaminhar o o cenário anterior. Como resultado, os alunos aprendem tráfego através dos LSPs récem criados. Dependendo do como e onde as tecnologias DiffServ e WFQ podem ser terminal ligado em cada interface do roteador, deve-se empregadas para melhorar o suporte à QoS na rede. escolher a FEC, o tronco e o LSP adequados. Como
  • 5. RESULTADOS DAS EXPERIÊNCIAS Pode-se observar que com a utilização do MPLS, ocorre uma redução do atraso para ambas. Entretanto, o valor de A FIGURA 2 e a FIGURA 3 mostram o atraso médio, fim-a- atraso ainda está bastante alto para uma aplicação em tempo fim, na rede, para as aplicações de Voz e Videoconferência, real. Já com o uso do DiffServ e WFQ, o atraso é reduzido respectivamente. drasticamente. A FIGURA 4 mostra o atraso, fim-a-fim, para as aplicações HTTP, em média, na rede. Observa-se que com o uso de MPLS e/ou DiffServ o atraso torna-se maior do que em uma rede IP simples. Entretanto, este atraso pode ser tolerado pelas aplicações non-real time. CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir dos resultados obtidos, percebe-se que com o uso do MPLS, é possível se fazer a engenharia de tráfego na rede (organização do tráfego) e, com isto, melhorar as métricas de desempenho. Com o uso do DiffServ, junto com o escalonador WFQ e do mapeamento das classes de serviço para MPLS, pode-se modificar o escalonamento e reserva de recursos nas filas dos roteadores, estabelecendo-se níveis de prioridades, o que melhora o desempenho da rede para aplicações real time. Observa-se ainda, que a ferramenta FIGURA 2. ATRASO: APLICAÇÕES DE VOZ. OPNET, junto com os cenários estudados, fornecem uma base para que os estudantes estejam aptos a analisar, planejar e implantar uma rede IP com suporte à QoS, bem como avaliar o desempenho dos diversos serviços oferecidos. Como melhorias ao trabalho, pretende-se incluir a alocação dinâmica de LSPs usando LDP (Label Distribution Protocol) e o roteamento com restrições. REFERÊNCIAS [1] Wang, Zheng, “Internet QoS Architectures and Mechanisms for Quality of Service”, Morgan Kaufmann, 1st edition, 2001. [2] Internet Engineering Task Force IETF. http://www.ietf.org. [3] IETF, “Multiprotocol Label Switching Architecture”, RFC-3031, 2001. [4] Tanenbaum, Andrew S., "Redes de Computadores", 4ª Edição, Editora Érica. [5] Blake S., Black D., Carlson M., Davies E., Wang Z., Weiss W. "An FIGURA 3. ATRASO: APLICAÇÕES DE VIDEOCONFERÊNCIA. Architecture for Differentiated Services", RFC 2475, December, 1998. [6] OPNET Technologies, Inc., “OPNET Modeler Brochure”, http://www.opnet.com/products/brochures/Modeler.pdf. [7] OPNET Technologies, Inc., “Modeler Product Documentation 10.5: MPLS Model User Guide”. [8] OPNET Technologies, Inc., “OPNET Modeler Product Documentation 10.5: Adding QoS Services to an MPLS-Enabled Network”. [9] Giroux, N., Ganti, S., “Quality of Service in ATM Networks: State-of- Art Traffic Management”, Prentice Hall, 1998. FIGURA 4. ATRASO: APLICAÇÕES HTTP.