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Cadernos de Seguro: Risco e Percepção
- 1. Rio de Janeiro, 10 de Fevereiro de 2012 +> busca avançada
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RISCO E PERCEPÇÃO: TEMAS DE CAPA
DA PRÓXIMA EDIÇÃO DA CADERNOS DE
SEGURO
Risco e percepção são os temas do artigo de capa da próxima edição da
Cadernos de Seguro.
No período de agosto de 2003 a fevereiro de 2005, Antonio Fernando
Navarro, especialista em Gestão de Riscos, e Mônica Lopes Gonçalves,
coordenadora do Programa de Mestrado em Saúde e Meio Ambiente da
Universidade da Região de Joinville (Univille), realizaram uma pesquisa no
bairro de Jardim Sofia, localizado na periferia de Joinville (SC), ocupado
por moradores das classes de renda “D” e “E”.
Eles obtiveram 255 depoimentos, feitos por moradores e comerciantes
locais, uma faixa de 35% do número de ocupantes do bairro. O objetivo
era avaliar questões relativas ao meio ambiente, principalmente pelo fato
de que parte da população já havia sofrido danos materiais, causados pelo
alagamento do rio do Braço, afluente do rio Cubatão.
No artigo, Antonio Navarro e Mônica Gonçalves entendem a percepção de
riscos como um elemento de preservação do meio ambiente e das
pessoas. “Está associada, quase sempre, a palavras como: medo, receio
ou desconhecimento de situações que podem afetar a integridade física
das pessoas, o seu bem-estar, ou gerar danos. A maior ou menor
percepção dos riscos pode induzir a maiores ou menores cuidados.
Especialmente no contexto do meio ambiente, isso pode significar maior ou
menor quantidade de pessoas expostas ou afetadas por catástrofes”,
avaliam.
O estudo feito pelos pesquisadores demonstra questões muito
interessantes sobre o grau de percepção a respeito do nível de risco a que
são submetidos os moradores quando desconsideram fatores ou ações que
agridem o equilíbrio das relações ambientais. “Os entrevistados não
pensam nas questões relativas à presença do verde ou na temperatura
mais amena nas épocas de calor. Também não pensam que as raízes das
plantas podem reter mais água no solo. Para eles, quando questionados,
não são assuntos importantes. Isso demonstra o grau de desinformação
existente”, ponderam.
(Antonio Carlos Teixeira)
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