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Caroline Cichoski
Gestora Ambiental – UTFPR
Especialista em Gestão Ambiental de Municipios –UTFPR
Mestre em Ciência Ambiental – PROCAM -USP
Monitoramento participativo como ferramenta de
Aprendizagem Social.
Programação
• Nos conhecendo...
• Gestão participativa
• Novas ferramentas
• Surgimento do Monitoramento participativo
•Métodos de monitoramento
•IBVol – Índice Biológico para voluntários
•Avaliação Ambiental
•Análise FQ
•Mediação da Vazão
•Análise Biológica
• Bioindicadores
Aplicação da metodologia Comprando a ferramenta
Resultados obtidos
Gestão Participativa
o Complexidade dos corpos d’água – problemas ambientais.
o Necessidade de informações sobre os corpos d’água;
o Ferramentas tradicionais x Envolvimento da comunidade;
PROGRAMAS DE MONITORAMENTO PARTICIPATIVO
GESTÃO PARTICIPATIVA
CONTEXTO TEÓRICO
 Marco legal da gestão participativa e descentralizada da água.
 Lei das águas – 9.433/97.
Gestão deve ser integrada colegiada, descentralizada e contar
com ampla participação social.
 Importância da participação: um caminho para a aprendizagem
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Aferição dos dados
Definição dos pontos de coleta.
Verificando os pontos estratégicos ao
longo do monitoramento
Há interessados? Sim Não
Bons resultados?
Sim
Não
Início do monitoramento
Busca por soluções dos problemas
identificados
ETAPAS DO MONITORAMENTO
PARTICIPATIVO
BIOMONITORAMENTO
PARTICIPATIVO – IBVol
CONTEXTO TEÓRICO
 Biomonitoramento para avaliação da qualidade da água em riachos.
 Biomonitoramento são respostas biológicas para avaliar mudanças no
ambiente (ROSENBERG;RESH, 1993);
 Associados ao substrato vivem os macroinvertebrados bentônicos -
complexa interação da biota com o seu ambiente físico e químico ;
 Macroinvertebrados bentônicos cada vez mais usado;
 CONAMA 357/2005 - a qualidade dos ambientes aquáticos avaliada por
indicadores biológicos,
 Protocolos de bioavalição rápida: origem das ferramentas para voluntários
 Nos Estados Unidos, dificuldade das técnicas utilizadas e uma redução de
recursos por volta de 1980 – EPA.
 Trabalho voluntários;
 IBVol – Índice biológico para voluntários
Monitoramento?
o Acompanhamento - construção de um filme.
o Obtenção de dados sobre a qualidade;
o Gestão e resolução dos problemas.
O que é monitorado?
Rios de água doce – fácil acesso.
Como monitorar?
Análises:
Físicas e químicas;
Ambiental;
Medição da vazão
E análise biológica - BIOMONITORAMENTO
Análise Físico Química
Uso de kit em campo.
Coliformes
fecais e
totais
Dureza
Temperatura
Amônia
pH
Fosfato
OD
Avaliação Ambiental
. Avaliação do entorno do rio
Importante: deve ser feita considerando 50 metros
acima e 50 metros abaixo do ponto central de coleta.
Cada ponto central deve ser representativo de apenas
uma condição ecológica, ou seja, não deve ser de
transição entre áreas (por ex. rio acima florestado e
rio-abaixo desmatado (borda de matas), limite do
centro urbano etc.)
Considera a quantidade
relativa das estruturas
naturais dos rios, como
pedras grandes e troncos de
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refúgio e alimentação da
fauna aquática. Idealmente,
é formado por remansos e
corredeiras.
Prestar especial atenção na
presença de folhas antigas
dentro do rio.
1. Condições para os
animais que vivem no
fundo do rio
2. Características do fundo do rio
 Estimativa do perfil do fundo do rio
(presença de areia, pedra, gravetos etc.)
Quanto mais heterogêneo, melhor.
3. Velocidade e
regime de fundo
 É importante para manter
a diversidade da
comunidade aquática.
 ATENÇÃO: Os 4 tipos
básicos são fundo lento,
fundo rápido, raso lento e
raso rápido.
4. Deposição de sedimentos
 É o quanto de sedimento está
depositado no canal do rio.
 Muito sedimento significa
muitos impactos humanos.
5. SITUAÇÃO DO CANAL DE ÁGUA
CORRENTE
 Nível de água do canal, sendo normal, abaixo ou
acima do normal - relacionando a estação do ano.
 Observar a presença de pedras fora da água.
6. Alterações do canal
 Alterações humanas causadas
no canal do rio;
 Estas alterações causam menos
habitats para a fauna aquática.
7. Frequência de
corredeiras
 Corredeiras frequentes;
 Águas calmas - remansos
8. Estabilidade das margens
 Condição das margens: pontuar MENOS se:
 Sem vegetação;
 Desmoronamento dos bancos;
 Margens muito inclinadas (parecendo que está
canalizado);
 Raízes de árvores expostas;
 Solo exposto;
A presença de erosão nos rios significa condições ruins
para a vida aquática.
9. Cobertura Vegetal
Quantidade de vegetação nas margens.
Vegetação
 Forma uma rede protetora do solo;
 Absorve a água, assim reduz a erosão
Absorve nutrientes (através das raízes) ;
 Fornece sombra para o rio.
10. Extensão da Mata ciliar
Vegetação adjacente ao rio.
Esta vegetação ajuda a:
- Reter poluentes;
- Controlar a erosão;
- Servir de habitat;
- Regular nutrientes.
Medição da Vazão
 Vazão do Rio – m³
Análise Biológica
Macroinvertebrados bentônicos
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– Crustáceos
– Moluscos
– Anelideos
Análise Biológica
Bioindicadores
São espécies, cuja presença, baixa frequência ou
ausência são indicativos de uma determinada
condição ambiental
1)Podem ser afetados por perturbações nos ambientes
aquáticos e em todos os períodos;
2) Possuem grande variedade de espécies;
3) Fauna rica em rios de pequenas dimensões, os quais
podem não comportar a fauna de peixes;
4) Não possuem grande locomoção leva a uma eficiente
espacial dos poluentes;
5) Metodologias de coleta simples, baixo custo, e não afetam
o ambiente;
6) São fáceis de identificar a olho nu.
Razões para utilizar Macroinvertebrados
MÉTODO DE COLETA
3 amostras por regime – Remanso e Correnteza
Para classificação biológica os níveis são
Reino
Filo
Classe
Ordem
Família
Gênero
Espécie
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Insecta (insetos), Crustácea (crustáceos),
(ephemeroptera, odonata, plecoptera,
hemiptera, coleoptera, megaloptera,
trichoptera e diptera)
Antena
Patas
Cercos
Cabeça Tórax Abdome
Vale lembrar que os insetos jovens não possuem asas.
Elas se desenvolvem dentro de “estojos” chamados
tecas alares.
MORFOLOGIA EXTERNA
Caudas
Brânquias
Em insetos jovens, esta região pode abrigar brânquias respiratórias e
“caudas”. Estas caudas se situam no final do abdome e possuem
função sensorial e tátil.
Brânquias traqueais
Pigmentos
respiratórios
Sistema Respiratório e a Captação
do Oxigênio em insetos aquáticos
ANATOMIA INTERNA
Sifão
Muitos imaturos aquáticos,
como larvas de mosquitos,
desenvolveram um tubo anal,
chamado sifão
Alguns insetos adultos,
como os besouros e
percevejos, submergem
carregando consigo
suprimentos de ar
atmosférico, na forma de
uma bolha
No desenvolvimento gradual (Hemi = metade),
recebem o nome de ninfa e são muito parecidos com a
forma adulta, ocorre a troca ou renovação do
exoesqueleto, esse processo é denominado muda.
O desenvolvimento pode ser gradual ou completo.
DESENVOLVIMENTO E
METAMORFOSE
Ovos
Tecas
alares
MUDAS
No desenvolvimento completo (Holus = todo) os insetos
imaturos recebem o nome de larva e, quando saem do
ovo, são completamente diferentes dos adultos.
Desenvolvimento
holometabólico de
borboleta (Ordem
Lepidoptera).
CONHECENDO OS
BIOINDICADORES
ORDEM EPHEMEROPTERA
Ephemero = de curta duração;
ptera = asas
Nome comum: Efemérides
Ninfas
Adulto
ORDEM ODONATA
Odon = dente
Nome comum: Libélulas, lavadeiras
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aparentes
Ninfas com brânquias
aparentes
Ninfas
Adulto
ORDEM ODONATA
“máscara” com garras
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ORDEM PLECOPTERA
Plecon = dobra; ptera = asa
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Ninfa Inseto Adulto
ORDEM HEMIPTERA
Tecas
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Hemi = meia; Ptera = asa
Nome comum: Percevejo
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Ninfa
ORDEM COLEOPTERA
Coleo = estojo; Ptera = asa
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Trico = pêlo; ptera = asa
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larvas e as pupas são aquáticas.
Larvas
ORDEM TRICHOPTERA
Di = duas; Ptera = asa
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Dipteras sem cabeça aparente Dipteras com cabeça aparente
Esta ordem recebe este nome porque os adultos, diferente das
outras ordens, só possuem um par de asas membranosas para
voar e balancin para dar equilíbrio.
ORDEM DIPTERA
OS CRUSTÁCEOS
Os crustáceos são
exclusivos entre os
artrópodes por
possuírem cinco
pares de patas e
dois pares de
antenas, importantes
órgãos sensoriais.
OS MOLUSCOS
A classe Gastropoda vem
do grego gaster = ventre e
podos = pé
AS MINHOCAS AQUÁTICAS
A classe Oligochaeta (oligo =
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OS SANGUESSUGAS
OS SANGUESSUGAS
A Classe Hirudinea ou Achaeta (a = não; chaeta = cerdas, pêlos)
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Plecoptera
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Brânquias no abdome
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Odonata sem cauda
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Têm olhos grandes
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Odonata com cauda
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Trichoptera sem casulo
Brânquias no abdome
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corpo
Diptera sem cabeça aparente
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Possuem conchas de várias
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Diptera com cabeça aparente
Corpo vermiforme
Uma falsa pata
Algumas espécies
têm o corpo
vermelho
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muito comprido
Sanguessugas Minhocas
Corpo segmentado Se parecem com as
2 ventosas terrestres, mas são
aquáticas
Planárias
São chamados de
vermes achatados
2 olhos distintos
Concepçãoerealização:DanielBuss–dbuss@ioc.fiocruz.br(3aversão)
Hemiptera
Diptera sem
cabeça aparente
Odonata
sem cauda
Odonata
com cauda
Trichoptera
sem casulo
Diptera com
cabeça aparente
Coleoptera Ephemeroptera
Crustáceos Megaloptera
Plecoptera
Trichoptera
com casulo
Valor Valor
55
4
Moluscos Minhocas
Sanguessugas Planárias
5
4
3
3
3
22
2 1
11
1 1
Odonata
sem cauda
Odonata
com cauda
Trichoptera
sem casulo
Diptera com
cabeça aparente
Use a soma dos valores para determinar a classe de qualidade do rio segundo o índice
Moluscos Minhocas
Sanguessugas Planárias
7 pontos ou menos Péssimo
27 pontos ou mais Excelente
Entre 26 e 21 pontos Bom
Entre 20 e 14 pontos Regular
2
2
1
1
Entre 13 e 8 pontos Ruim
AVALIAÇÃO DO
BIOMONITORAMENTO
PARTICIPATIVO
BIOMONITORAMENTO
PARTICIPATIVO – IBVol
MÉTODOS
 Após a coleta dos voluntários
 Amostras preservadas e levadas para laboratórior.
 Em laboratório
 Lavadas, preservadas em álcool 70%, flutuadas;
 Os organismos foram triados no estereomicroscópio e
identificados pelos especialistas no nível taxonômico de
famílias.
 Índices
 Voluntários - IBVOL
 Especialistas - Riqueza de famílias
BIOMONITORAMENTO
PARTICIPATIVO – IBVol
MÉTODOS
 Análise dos dados
 Correlação entre a riqueza de famílias e IBVol, calculada por
meio do índice de correlação de Spearman (SIEGEL, 1977).
 Os valores de IBVol obtidos por voluntários e especialistas
foram comparados, as 6 unidades amostrais de cada ponto, por
meio do Teste U de Mann-Whitney (SIEGEL, 1977).
BIOMONITORAMENTO
PARTICIPATIVO – IBVol
RESULTADOS E DISCUSSÃO
BIOMONITORAMENTO
PARTICIPATIVO – IBVol
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O índice de Spearman mostrou haver uma alta
correlação (rs = 0,74831; p = 0,00035; α = 0,05 )
BIOMONITORAMENTO
PARTICIPATIVO – IBVol
RESULTADOS E DISCUSSÃO
BIOMONITORAMENTO
PARTICIPATIVO – IBVol
RESULTADOS E DISCUSSÃO
BIOMONITORAMENTO
PARTICIPATIVO – IBVol
RESULTADOS E DISCUSSÃO
P1 - Não houve diferença significativa entre os valores de IBVol
de especialistas e voluntários a um nível de significância de 5%
(U = 7; p = 0,0927).
P2- Há diferença significativa a um nível de significância de 5%
(U = 4; p = 0,02891).
P3 – Há diferença significativa a um nível de significância de
5% (U = 12; p = 0,0351).
Mesmo com essa diferença o IBVol possui caráter conservador no P2
BIOMONITORAMENTO
PARTICIPATIVO – IBVol
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Grupos IdEsp IdVol
Trichoptera sem casulo
Crustáceo
Coleoptera
Diptera sem cabeça
Odonata anisoptera
Odonata zygoptera
Trichoptera de casulo
Diptera com cabeça aparente
Moluscos
Minhocas
Sanguessugas
25
1
41
6
3
1
3
447
51
355
26
19
1
1
3
0
1
0
7
0
13
0
Totais de organismos 959 45
Tabela - Número de grupos identificados por Especialistas e Voluntários na APA Embu Verde- Ponto 2.
Baixa representatividade na amostraNão localizados em função do tamanho
CORRELAÇÃO DE PEARSON BMWP (IAP) E
IBVOL (BUSS,2008)
Bom
Ruim
APRENDIZAGEM SOCIAL
APRENDIZAGEM SOCIAL
CONTEXTO TEÓRICO
Contexto Quadro atual Ações e Práticas Resultados
Circuito de aprendizagem
simples
Incremento de práticas - rotina
Circuito de aprendizagem dupla
Reenquadramento
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Transformação → ação
Figura - Níveis de Aprendizagem Social no contexto dos recursos naturais.
Fonte: Adaptado de Argyris (1999) e Keen, Brown e Dyball (2005)
APRENDIZAGEM SOCIAL
Monitoramento: APRENDIZAGEM SOCIAL
 Técnicas de monitoramento => Circuito simples de
aprendizagem
 Compreensão das ações específicas, conhecimentos
específicos bem definidos, como aprendizagem de técnicas,
métodos e conceitos (Keen, Brown e Dyball 2005).
APRENDIZAGEM SOCIAL
APRENDIZAGEM SOCIAL DOS ATORES
ENVOLVIDOS
 Reconhecimento do espaço físico/geográfico.
A aprendizagem é, fundamentalmente, o ato ou processo pelo
qual ocorre a mudança de comportamento, que provem dos
conhecimentos, habilidades e atitudes que são adquiridos
(KNOWLES; HOLTON; SWANSON, 1998).
 Questionamento sobre a realidade local:
 Circuito dupla de aprendizagem - questionamentos sobre o
quadro atual os problemas existentes.
APRENDIZAGEM SOCIAL
APRENDIZAGEM SOCIAL DOS ATORES ENVOLVIDOS
 Circuito triplo de Aprendizagem – resolução dos problemas e mudanças.
 Magnitude dos problemas – Requerem soluções complexas; Outras preocupações.
 Empoderamento de informações técnicas sobre a qualidade da água – PODER.
 O conhecimento local não é reconhecido;
Aprendizagem simples e dupla poder gerar ações e ganhos futuros.
 Aprendizagem de circuito simples é menos impactante, porém em longo prazo pode ter
um efeito cascata gerando outros ganhos para a comunidade(FERNANDEZ-
GIMENEZ; BALLARD E STURTEVANT, 2008) .
 Circuitos simples e duplo - propulsores iniciais para a efetiva Aprendizagem Social,
- circuito triplo - solução dos problemas ambientais (KEEN, BROWN E DYBAll , 2005).
BIOMONITORAMENTO
PARTICIPATIVO – IBVol
CONCLUSÕES
 Os dados gerados com a ferramenta IBVol distinguem as
condições ambientais como a métrica riqueza de famílias;
 Os voluntários não apresentaram dificuldade ou erro na
identificação;
 A ferramenta apresentou dificuldade em distinguir diferenças sutis
no ambiente - caráter conservador;
 As diferenças relacionada aos organismos que não foram
localizados - tamanho ou tempo de triagem;
 A utilização do IBVol, se mostrou uma ferramenta de avaliação
ambiental simples e robusta;
 IBVol pode ser utilizado por agentes locais para contribuir na
geração de dados sobre a qualidade ambiental;
O USO DA FERRAMENTA DE MONITORAMENTO
PARTICIPATIVO
 Dificuldades em implantar o PM;
 A dimensão dos problemas é um fator relevante;
 É preciso buscar maneiras para engajar a comunidade e legitimar
a atividade;
 Previamente por um processo educacional de sensibilização e
envolvimento;
 IBVol apresentou bons resultados;
 Pequenos organismos não encontrados;
 Caráter conservador;
 O objetivo da ferramenta não é substituir técnicas peritas em
análise de biomonitoramento.
RESULTADOS DA PARTICIPAÇÃO
 Comunidade Sabiá.
 Video 1.
OBRIGADA!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 FERNANDEZ-GIMENEZ, M. E.; BALLARD, H. L.; STURTEVANT V. E.
Adaptive management and social learning in collaborative and
community-based monitoring: a study of five community-based forestry
organizations in the western USA. Ecology and Society, v.13(2), n.4,
2008.
 KEEN, M.; BROWN, A. V.; DYBALL, R. Social learning in
environmental management: towards a sustainable future.
London, UK: Earthscan, 2005.
 KNOWLES, M.; HOLTON, E.; SWANSON, R. The adult learner: The
definitive classic in adult education and human resource management.
Woburn, MA: Butterworth- Heinemann. 1998.
 ROSENBERG, D. M.; RESCH, V. H. Introduction to fresh water
biomonitoring and benthic macroinvertebrates. In: Freshwater
biomonitoring and benthic macroinvertebrates. New York : Chapmann &
Hall, p.1 – 91 1993.

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  • 1. Caroline Cichoski Gestora Ambiental – UTFPR Especialista em Gestão Ambiental de Municipios –UTFPR Mestre em Ciência Ambiental – PROCAM -USP Monitoramento participativo como ferramenta de Aprendizagem Social.
  • 2. Programação • Nos conhecendo... • Gestão participativa • Novas ferramentas • Surgimento do Monitoramento participativo •Métodos de monitoramento •IBVol – Índice Biológico para voluntários •Avaliação Ambiental •Análise FQ •Mediação da Vazão •Análise Biológica • Bioindicadores Aplicação da metodologia Comprando a ferramenta Resultados obtidos
  • 3. Gestão Participativa o Complexidade dos corpos d’água – problemas ambientais. o Necessidade de informações sobre os corpos d’água; o Ferramentas tradicionais x Envolvimento da comunidade; PROGRAMAS DE MONITORAMENTO PARTICIPATIVO
  • 4. GESTÃO PARTICIPATIVA CONTEXTO TEÓRICO  Marco legal da gestão participativa e descentralizada da água.  Lei das águas – 9.433/97. Gestão deve ser integrada colegiada, descentralizada e contar com ampla participação social.  Importância da participação: um caminho para a aprendizagem social na gestão dos recursos hídricos.  Participação.  Capacitação.  Aprendizagem social.  Habilidades adquiridas para participar de processos de negociação e avanço para ação compartilhada de melhorias ambientais.
  • 5. Identificação dos grupos associativistas presentes na área de estudo. Mobilização e convite para a participação Capacitação teórica e prática Aferição dos dados Definição dos pontos de coleta. Verificando os pontos estratégicos ao longo do monitoramento Há interessados? Sim Não Bons resultados? Sim Não Início do monitoramento Busca por soluções dos problemas identificados ETAPAS DO MONITORAMENTO PARTICIPATIVO
  • 6.
  • 7. BIOMONITORAMENTO PARTICIPATIVO – IBVol CONTEXTO TEÓRICO  Biomonitoramento para avaliação da qualidade da água em riachos.  Biomonitoramento são respostas biológicas para avaliar mudanças no ambiente (ROSENBERG;RESH, 1993);  Associados ao substrato vivem os macroinvertebrados bentônicos - complexa interação da biota com o seu ambiente físico e químico ;  Macroinvertebrados bentônicos cada vez mais usado;  CONAMA 357/2005 - a qualidade dos ambientes aquáticos avaliada por indicadores biológicos,  Protocolos de bioavalição rápida: origem das ferramentas para voluntários  Nos Estados Unidos, dificuldade das técnicas utilizadas e uma redução de recursos por volta de 1980 – EPA.  Trabalho voluntários;  IBVol – Índice biológico para voluntários
  • 8. Monitoramento? o Acompanhamento - construção de um filme. o Obtenção de dados sobre a qualidade; o Gestão e resolução dos problemas.
  • 9. O que é monitorado? Rios de água doce – fácil acesso.
  • 10. Como monitorar? Análises: Físicas e químicas; Ambiental; Medição da vazão E análise biológica - BIOMONITORAMENTO
  • 11. Análise Físico Química Uso de kit em campo. Coliformes fecais e totais Dureza Temperatura Amônia pH Fosfato OD
  • 13. Importante: deve ser feita considerando 50 metros acima e 50 metros abaixo do ponto central de coleta. Cada ponto central deve ser representativo de apenas uma condição ecológica, ou seja, não deve ser de transição entre áreas (por ex. rio acima florestado e rio-abaixo desmatado (borda de matas), limite do centro urbano etc.)
  • 14. Considera a quantidade relativa das estruturas naturais dos rios, como pedras grandes e troncos de árvores, que possibilitam o refúgio e alimentação da fauna aquática. Idealmente, é formado por remansos e corredeiras. Prestar especial atenção na presença de folhas antigas dentro do rio. 1. Condições para os animais que vivem no fundo do rio
  • 15.
  • 16. 2. Características do fundo do rio  Estimativa do perfil do fundo do rio (presença de areia, pedra, gravetos etc.) Quanto mais heterogêneo, melhor.
  • 17. 3. Velocidade e regime de fundo  É importante para manter a diversidade da comunidade aquática.  ATENÇÃO: Os 4 tipos básicos são fundo lento, fundo rápido, raso lento e raso rápido.
  • 18. 4. Deposição de sedimentos  É o quanto de sedimento está depositado no canal do rio.  Muito sedimento significa muitos impactos humanos.
  • 19. 5. SITUAÇÃO DO CANAL DE ÁGUA CORRENTE  Nível de água do canal, sendo normal, abaixo ou acima do normal - relacionando a estação do ano.  Observar a presença de pedras fora da água.
  • 20. 6. Alterações do canal  Alterações humanas causadas no canal do rio;  Estas alterações causam menos habitats para a fauna aquática.
  • 21. 7. Frequência de corredeiras  Corredeiras frequentes;  Águas calmas - remansos
  • 22. 8. Estabilidade das margens  Condição das margens: pontuar MENOS se:  Sem vegetação;  Desmoronamento dos bancos;  Margens muito inclinadas (parecendo que está canalizado);  Raízes de árvores expostas;  Solo exposto; A presença de erosão nos rios significa condições ruins para a vida aquática.
  • 23.
  • 24. 9. Cobertura Vegetal Quantidade de vegetação nas margens. Vegetação  Forma uma rede protetora do solo;  Absorve a água, assim reduz a erosão Absorve nutrientes (através das raízes) ;  Fornece sombra para o rio.
  • 25.
  • 26. 10. Extensão da Mata ciliar Vegetação adjacente ao rio. Esta vegetação ajuda a: - Reter poluentes; - Controlar a erosão; - Servir de habitat; - Regular nutrientes.
  • 27. Medição da Vazão  Vazão do Rio – m³
  • 28. Análise Biológica Macroinvertebrados bentônicos – Insetos – Crustáceos – Moluscos – Anelideos
  • 29. Análise Biológica Bioindicadores São espécies, cuja presença, baixa frequência ou ausência são indicativos de uma determinada condição ambiental
  • 30. 1)Podem ser afetados por perturbações nos ambientes aquáticos e em todos os períodos; 2) Possuem grande variedade de espécies; 3) Fauna rica em rios de pequenas dimensões, os quais podem não comportar a fauna de peixes; 4) Não possuem grande locomoção leva a uma eficiente espacial dos poluentes; 5) Metodologias de coleta simples, baixo custo, e não afetam o ambiente; 6) São fáceis de identificar a olho nu. Razões para utilizar Macroinvertebrados
  • 31. MÉTODO DE COLETA 3 amostras por regime – Remanso e Correnteza
  • 32. Para classificação biológica os níveis são Reino Filo Classe Ordem Família Gênero Espécie Artrópodes Insecta (insetos), Crustácea (crustáceos), (ephemeroptera, odonata, plecoptera, hemiptera, coleoptera, megaloptera, trichoptera e diptera)
  • 33. Antena Patas Cercos Cabeça Tórax Abdome Vale lembrar que os insetos jovens não possuem asas. Elas se desenvolvem dentro de “estojos” chamados tecas alares. MORFOLOGIA EXTERNA
  • 34. Caudas Brânquias Em insetos jovens, esta região pode abrigar brânquias respiratórias e “caudas”. Estas caudas se situam no final do abdome e possuem função sensorial e tátil.
  • 35. Brânquias traqueais Pigmentos respiratórios Sistema Respiratório e a Captação do Oxigênio em insetos aquáticos ANATOMIA INTERNA
  • 36. Sifão Muitos imaturos aquáticos, como larvas de mosquitos, desenvolveram um tubo anal, chamado sifão Alguns insetos adultos, como os besouros e percevejos, submergem carregando consigo suprimentos de ar atmosférico, na forma de uma bolha
  • 37. No desenvolvimento gradual (Hemi = metade), recebem o nome de ninfa e são muito parecidos com a forma adulta, ocorre a troca ou renovação do exoesqueleto, esse processo é denominado muda. O desenvolvimento pode ser gradual ou completo. DESENVOLVIMENTO E METAMORFOSE
  • 39. No desenvolvimento completo (Holus = todo) os insetos imaturos recebem o nome de larva e, quando saem do ovo, são completamente diferentes dos adultos.
  • 42. ORDEM EPHEMEROPTERA Ephemero = de curta duração; ptera = asas Nome comum: Efemérides Ninfas Adulto
  • 43. ORDEM ODONATA Odon = dente Nome comum: Libélulas, lavadeiras Ninfas sem brânquias aparentes Ninfas com brânquias aparentes Ninfas Adulto
  • 44. ORDEM ODONATA “máscara” com garras Mandíbulas Lábio
  • 45. ORDEM PLECOPTERA Plecon = dobra; ptera = asa Nome comum: plecópteros Ninfa Inseto Adulto
  • 46. ORDEM HEMIPTERA Tecas alares Hemi = meia; Ptera = asa Nome comum: Percevejo Respiração através do sifão ou bolhas Ninfa
  • 47. ORDEM COLEOPTERA Coleo = estojo; Ptera = asa Nome comum: Besouros Larvas
  • 48. ORDEM MEGALOPTERA Mega = grande; Ptera = asa Nome comum: megalóptero, cobra- com-asas ânquias Patas Brânquias Larvas Adulto
  • 49. Trico = pêlo; ptera = asa Nome comum: Friganários Larvas sem casulo Larvas com casulo Fazem metamorfose completa e as larvas e as pupas são aquáticas. Larvas ORDEM TRICHOPTERA
  • 50. Di = duas; Ptera = asa Nome comum: Mosquitos e moscas Dipteras sem cabeça aparente Dipteras com cabeça aparente Esta ordem recebe este nome porque os adultos, diferente das outras ordens, só possuem um par de asas membranosas para voar e balancin para dar equilíbrio. ORDEM DIPTERA
  • 51. OS CRUSTÁCEOS Os crustáceos são exclusivos entre os artrópodes por possuírem cinco pares de patas e dois pares de antenas, importantes órgãos sensoriais.
  • 52. OS MOLUSCOS A classe Gastropoda vem do grego gaster = ventre e podos = pé
  • 53. AS MINHOCAS AQUÁTICAS A classe Oligochaeta (oligo = poucos; chaeta = cerdas, pêlos)
  • 54. OS SANGUESSUGAS OS SANGUESSUGAS A Classe Hirudinea ou Achaeta (a = não; chaeta = cerdas, pêlos)
  • 55. Organismos sensíveis Plecoptera 2 caudas Antenas longas Ephemeroptera 3 caudas Brânquias no abdome Trichoptera com casulo Vivem em casulos de madeira, folhas, seda ou areia Megaloptera Crustáceos Mandíbulas Caranguejos, pitus e grandes lagostins Brânquias no abdome Coleoptera São besouros aquáticos; adultos e larvas Organismos Intermediários Odonata sem cauda São as libélulas Têm olhos grandes e abdome robusto Odonata com cauda Têm o abdome fino, brânquias em forma de folha e antenas longas Trichoptera sem casulo Brânquias no abdome 6 patas garras no final do corpo Diptera sem cabeça aparente Corpo vermiforme Não têm patas Hemiptera São percevejos aquáticos Possuem um “bico” Muitos andam sobre a água Organismos tolerantes Moluscos São caramujos de água doce Possuem conchas de várias formas e tamanhos. Diptera com cabeça aparente Corpo vermiforme Uma falsa pata Algumas espécies têm o corpo vermelho Outras têm um “rabo” muito comprido Sanguessugas Minhocas Corpo segmentado Se parecem com as 2 ventosas terrestres, mas são aquáticas Planárias São chamados de vermes achatados 2 olhos distintos Concepçãoerealização:DanielBuss–dbuss@ioc.fiocruz.br(3aversão)
  • 56. Hemiptera Diptera sem cabeça aparente Odonata sem cauda Odonata com cauda Trichoptera sem casulo Diptera com cabeça aparente Coleoptera Ephemeroptera Crustáceos Megaloptera Plecoptera Trichoptera com casulo Valor Valor 55 4 Moluscos Minhocas Sanguessugas Planárias 5 4 3 3 3 22 2 1 11 1 1 Odonata sem cauda Odonata com cauda Trichoptera sem casulo Diptera com cabeça aparente Use a soma dos valores para determinar a classe de qualidade do rio segundo o índice Moluscos Minhocas Sanguessugas Planárias 7 pontos ou menos Péssimo 27 pontos ou mais Excelente Entre 26 e 21 pontos Bom Entre 20 e 14 pontos Regular 2 2 1 1 Entre 13 e 8 pontos Ruim
  • 57.
  • 59. BIOMONITORAMENTO PARTICIPATIVO – IBVol MÉTODOS  Após a coleta dos voluntários  Amostras preservadas e levadas para laboratórior.  Em laboratório  Lavadas, preservadas em álcool 70%, flutuadas;  Os organismos foram triados no estereomicroscópio e identificados pelos especialistas no nível taxonômico de famílias.  Índices  Voluntários - IBVOL  Especialistas - Riqueza de famílias
  • 60. BIOMONITORAMENTO PARTICIPATIVO – IBVol MÉTODOS  Análise dos dados  Correlação entre a riqueza de famílias e IBVol, calculada por meio do índice de correlação de Spearman (SIEGEL, 1977).  Os valores de IBVol obtidos por voluntários e especialistas foram comparados, as 6 unidades amostrais de cada ponto, por meio do Teste U de Mann-Whitney (SIEGEL, 1977).
  • 62. BIOMONITORAMENTO PARTICIPATIVO – IBVol RESULTADOS E DISCUSSÃO O índice de Spearman mostrou haver uma alta correlação (rs = 0,74831; p = 0,00035; α = 0,05 )
  • 65. BIOMONITORAMENTO PARTICIPATIVO – IBVol RESULTADOS E DISCUSSÃO P1 - Não houve diferença significativa entre os valores de IBVol de especialistas e voluntários a um nível de significância de 5% (U = 7; p = 0,0927). P2- Há diferença significativa a um nível de significância de 5% (U = 4; p = 0,02891). P3 – Há diferença significativa a um nível de significância de 5% (U = 12; p = 0,0351). Mesmo com essa diferença o IBVol possui caráter conservador no P2
  • 66. BIOMONITORAMENTO PARTICIPATIVO – IBVol RESULTADOS E DISCUSSÃO Grupos IdEsp IdVol Trichoptera sem casulo Crustáceo Coleoptera Diptera sem cabeça Odonata anisoptera Odonata zygoptera Trichoptera de casulo Diptera com cabeça aparente Moluscos Minhocas Sanguessugas 25 1 41 6 3 1 3 447 51 355 26 19 1 1 3 0 1 0 7 0 13 0 Totais de organismos 959 45 Tabela - Número de grupos identificados por Especialistas e Voluntários na APA Embu Verde- Ponto 2. Baixa representatividade na amostraNão localizados em função do tamanho
  • 67. CORRELAÇÃO DE PEARSON BMWP (IAP) E IBVOL (BUSS,2008) Bom Ruim
  • 69. APRENDIZAGEM SOCIAL CONTEXTO TEÓRICO Contexto Quadro atual Ações e Práticas Resultados Circuito de aprendizagem simples Incremento de práticas - rotina Circuito de aprendizagem dupla Reenquadramento Circuito de aprendizagem tripla Transformação → ação Figura - Níveis de Aprendizagem Social no contexto dos recursos naturais. Fonte: Adaptado de Argyris (1999) e Keen, Brown e Dyball (2005)
  • 70. APRENDIZAGEM SOCIAL Monitoramento: APRENDIZAGEM SOCIAL  Técnicas de monitoramento => Circuito simples de aprendizagem  Compreensão das ações específicas, conhecimentos específicos bem definidos, como aprendizagem de técnicas, métodos e conceitos (Keen, Brown e Dyball 2005).
  • 71. APRENDIZAGEM SOCIAL APRENDIZAGEM SOCIAL DOS ATORES ENVOLVIDOS  Reconhecimento do espaço físico/geográfico. A aprendizagem é, fundamentalmente, o ato ou processo pelo qual ocorre a mudança de comportamento, que provem dos conhecimentos, habilidades e atitudes que são adquiridos (KNOWLES; HOLTON; SWANSON, 1998).  Questionamento sobre a realidade local:  Circuito dupla de aprendizagem - questionamentos sobre o quadro atual os problemas existentes.
  • 72. APRENDIZAGEM SOCIAL APRENDIZAGEM SOCIAL DOS ATORES ENVOLVIDOS  Circuito triplo de Aprendizagem – resolução dos problemas e mudanças.  Magnitude dos problemas – Requerem soluções complexas; Outras preocupações.  Empoderamento de informações técnicas sobre a qualidade da água – PODER.  O conhecimento local não é reconhecido; Aprendizagem simples e dupla poder gerar ações e ganhos futuros.  Aprendizagem de circuito simples é menos impactante, porém em longo prazo pode ter um efeito cascata gerando outros ganhos para a comunidade(FERNANDEZ- GIMENEZ; BALLARD E STURTEVANT, 2008) .  Circuitos simples e duplo - propulsores iniciais para a efetiva Aprendizagem Social, - circuito triplo - solução dos problemas ambientais (KEEN, BROWN E DYBAll , 2005).
  • 73. BIOMONITORAMENTO PARTICIPATIVO – IBVol CONCLUSÕES  Os dados gerados com a ferramenta IBVol distinguem as condições ambientais como a métrica riqueza de famílias;  Os voluntários não apresentaram dificuldade ou erro na identificação;  A ferramenta apresentou dificuldade em distinguir diferenças sutis no ambiente - caráter conservador;  As diferenças relacionada aos organismos que não foram localizados - tamanho ou tempo de triagem;  A utilização do IBVol, se mostrou uma ferramenta de avaliação ambiental simples e robusta;  IBVol pode ser utilizado por agentes locais para contribuir na geração de dados sobre a qualidade ambiental;
  • 74. O USO DA FERRAMENTA DE MONITORAMENTO PARTICIPATIVO  Dificuldades em implantar o PM;  A dimensão dos problemas é um fator relevante;  É preciso buscar maneiras para engajar a comunidade e legitimar a atividade;  Previamente por um processo educacional de sensibilização e envolvimento;  IBVol apresentou bons resultados;  Pequenos organismos não encontrados;  Caráter conservador;  O objetivo da ferramenta não é substituir técnicas peritas em análise de biomonitoramento.
  • 75.
  • 76. RESULTADOS DA PARTICIPAÇÃO  Comunidade Sabiá.  Video 1.
  • 78. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS  FERNANDEZ-GIMENEZ, M. E.; BALLARD, H. L.; STURTEVANT V. E. Adaptive management and social learning in collaborative and community-based monitoring: a study of five community-based forestry organizations in the western USA. Ecology and Society, v.13(2), n.4, 2008.  KEEN, M.; BROWN, A. V.; DYBALL, R. Social learning in environmental management: towards a sustainable future. London, UK: Earthscan, 2005.  KNOWLES, M.; HOLTON, E.; SWANSON, R. The adult learner: The definitive classic in adult education and human resource management. Woburn, MA: Butterworth- Heinemann. 1998.  ROSENBERG, D. M.; RESCH, V. H. Introduction to fresh water biomonitoring and benthic macroinvertebrates. In: Freshwater biomonitoring and benthic macroinvertebrates. New York : Chapmann & Hall, p.1 – 91 1993.