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                                                                                      9.ºD


Câmara de lobos, 4 de Abril de 2011
CPLP




     A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) é uma
organização assinada entre países lusófonos, que incentiva a aliança e a
 amizade entre os signatários. A sua sede fica em Lisboa e o seu actual
   Secretário Executivo é Domingos Simões Pereira, da Guiné-Bissau.
  Promove a data de 5 de Maio como Dia da Língua Portuguesa e da
             Cultura, celebrado em todo o espaço lusófono.
São Tomé e Príncipe

O são-tomense ou forro (também conhecido como santomé ou
   santomense) é uma língua nacional de São Tomé e Príncipe,
     falada em toda a ilha de São Tomé, excepto na ponta sul.
 Sendo uma língua crioula de base portuguesa, o são-tomense
    difere grandemente dos crioulos da Guiné-Bissau, Senegal,
   Gâmbia e Cabo Verde. O substrato do são-tomense assenta
   principalmente nas línguas kwa, faladas na Costa do Marfim,
                   Gana, Togo, Benim e Nigéria.
   O são-tomense é a língua usada nos contactos sociais em
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    pelos escravos libertos ou forros. A maioria dos falantes de
      são-tomense fala também português ao nível politico, e
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complexificada e lexicalmente expandida, em particular pelas
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Línguas em S. Tomé e Príncipe

O angolar é uma língua nacional de São Tomé e Príncipe, falada
  na ponta sul da ilha de São Tomé, principalmente em torno da
         vila de São João dos Angolares, distrito de Caué.
Os angolares são um grupo étnico distinto que tem a sua origem
    atribuída ao naufrágio, ao sul da ilha de São Tomé, de um
   navio negreiro com escravos trazidos de Angola em meados
                           do século XVI.
Muitos angolares actualmente falam também são-tomense e/ou
   português e há uma tendência para se integrarem nos forros
   que significa homens livres que constituem o principal grupo
                   étnico de São Tomé e Príncipe.
Provérbio São Tomé
        Ua món ca labá ôtlô
         Pa dôçu ficá limpu

       (Uma mão lava a outra
        e ambas ficam limpas)
Tchiloli

O tchiloli é considerado por muitos, uma das manifestações
   artísticas mais representativas e de maior valor criativo
       existente nas ilhas. Teatro de rua, habitualmente
   representado nas festas religiosas, o tchiloli ou tragédia
  Marquês de Mântua, cujo assunto recua à corte medieval
europeia – Imperador Carlos Magno e o Marquês de Mântua.
 A peça encena um dilema moral: um pai, o Imperador Carlos
  Magno é confrontado com um filho homicida e é colocado
   perante o conflito entre deveres paternais privados e os
                   deveres da justiça pública.
Caetano da Costa Alegre
     Caetano da Costa Alegre nasceu, em 1864,
         a 26 de Abril, foi um poeta nascido no
            seio de uma família crioula cabo-
                         verdiana.
      Em 1882 estudou medicina em Portugal
       acabando por se tornar médico e morre
                de tuberculose em 1890.
       Este poeta canta as origens Africanas,
        expressão de nostalgia do estilo de vida
              de São Tomé e a descrição do
                 sentimento da sua raça.
      Ele apaixona-se por uma mulher branca
       mas devido à cor da sua pele é recusado
          e vai ter que lutar contra o racismo.
Visão
   Vi-te passar, longe de mim, distante,
Como uma estátua de ébano ambulante;
        Ias de luto, doce, tutinegra,
     E o teu aspecto pesaroso e triste
  Prendeu minha alma, sedutora negra;
      Depois, cativa de invisível laço,
 (o teu encanto, a que ninguém resiste)
    Foi-te seguindo o pequenino passo
      Até que o vulto gracioso e lindo
  Desapareceu, longe de mim, distante,
Como uma estátua de ébano ambulante.
Análise
  Este poema é auto-biográfico
          isto é fala sobre: a
    diferença da cor pela a qual
             Costa Alegre é
       marginalizado; e da sua
       paixão por uma mulher
        branca, o que vem a
    agravar a diferença de pele
        e os preconceitos ou
     racismo que marcam a sua
       época, em que o poeta
          viveu (século XIX).
Alda Espírito Santo
Alda Espírito Santo nasceu, em Abril ,de 1926, em São Tomé.
   Frequentou a Universidade em Portugal, mas teve que
     abandonar os estudos devido às actividades políticas e
               também por motivos económicos.
  Era uma das mais conhecidas poetisas africanas de língua
 portuguesa e devido a isso ocupou alguns cargos importantes
  nomeadamente foi Ministra da Educação e Cultura, Ministra
              da Informação e Cultura e Deputada.
   Os seus poemas aparecem nas mais variadas antologias
 lusófonas, jornais e revistas de são Tomé e Príncipe, Angola e
                          Moçambique.
Tânia
  Nesta noite morna de luar africano
    Salpicando de sombras as estradas
   Eu estendo os meus braços sedentos
     Para a nossa mãe África, gigante
  E ergo para ti meu canto sem palavras
        Suplicando bênção da terra
      Para as vias dos teus caminhos
      Para a rota do destino imenso
  Traçado na inteireza de todo o teu ser
 Para ti, a projecção das nossas estradas
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           Mãe África dignificada.
Análise
O poema fala do sentimento de um sãotomense,
  da sua identidade. O facto de se assumir como
  Africano devido à proximidade geográfica e ao
 povoamento das ilhas de S. Tomé e Príncipe. Há
  aqui um apelo ao Continente Africano sentido
 como mãe que se busca na hora da redenção/da
    luta por dominar o seu próprio destino e o
  homem sãotomense assume-se como africano.
Francisco José Tenreiro
         Francisco José Tenreiro nasceu, em
          1921, na ilha de São Tomé, estudou
               em Lisboa e foi professor no
              Instituto de Ciências Sociais e
           Política Ultramarina, numa altura,
            em que se intensificava a Guerra
           Colonial. Geógrafo por formação,
          usou a poesia para exprimir a nova
                África, já não a dos postais
            ilustrados e dos povos, plantas e
              animais exóticos, mas a de um
           novo tempo, marcado pela fusão
                    de culturas nativas.
Mestiço!            Canção do Mestiço
   Nasci do negro e do branco
     e quem olhar para mim
      é como que se olhasse
  para um tabuleiro de xadrez:          a tua conta está errada.
   a vista passando depressa          Teu lugar é ao pé do negro.
        fica baralhando cor              Ah! Mas eu me danei…
                                            e muito calminho
  no olho alumbrado de quem         arrepanhei o meu cabelo para
               me vê.                              trás
              Mestiço!              fiz saltar fumo do meu cigarro
                                              cantei do alto
   E tenho no peito uma alma            a minha gargalhada livre
               grande               que encheu o branco de calor!
    uma alma feita de adição                        …
                                                 Mestiço!
       Foi isso que um dia               Quando amo a branca
     o branco cheio de raiva                  sou branco…
   cantou os dedos das mãos               Quando amo a negra
                                                sou negro.
fez uma tabuada e falou grosso:
             - mestiço!
Análise
    Este poema fala de um novo
      homem, o Mestiço, fruto de
     um homem branco e de uma
        mulher negra. O principal
        tema é a mestiçagem ou
    miscigenação e o facto de não
     ser aceite. O Branco chama-o
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  • 1. Escola Básica do 2.º e 3.º Ciclos da Torre A Língua Portuguesa no Mundo Discentes: Lisandra Figueira N.º10 Fábio Graça N.º6 9.ºD Câmara de lobos, 4 de Abril de 2011
  • 2. CPLP A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) é uma organização assinada entre países lusófonos, que incentiva a aliança e a amizade entre os signatários. A sua sede fica em Lisboa e o seu actual Secretário Executivo é Domingos Simões Pereira, da Guiné-Bissau. Promove a data de 5 de Maio como Dia da Língua Portuguesa e da Cultura, celebrado em todo o espaço lusófono.
  • 3. São Tomé e Príncipe O são-tomense ou forro (também conhecido como santomé ou santomense) é uma língua nacional de São Tomé e Príncipe, falada em toda a ilha de São Tomé, excepto na ponta sul. Sendo uma língua crioula de base portuguesa, o são-tomense difere grandemente dos crioulos da Guiné-Bissau, Senegal, Gâmbia e Cabo Verde. O substrato do são-tomense assenta principalmente nas línguas kwa, faladas na Costa do Marfim, Gana, Togo, Benim e Nigéria. O são-tomense é a língua usada nos contactos sociais em praticamente toda a ilha de São Tomé, inicialmente falada pelos escravos libertos ou forros. A maioria dos falantes de são-tomense fala também português ao nível politico, e internacional.
  • 4. O que são Crioulos? Os crioulos são línguas naturais, de formação rápida, criadas pela necessidade de expressão e comunicação plena entre indivíduos inseridos em comunidades multilinguísticas relativamente estáveis. Procurando superar a pouca funcionalidade das suas línguas maternas, estes recorrem ao modelo imposto (mas pouco acessível) da língua socialmente dominante e ao seu saber linguístico para constituir uma forma de linguagem simples, de uso restrito mas eficaz, o pidgin, que posteriormente é gramaticalmente complexificada e lexicalmente expandida, em particular pelas novas gerações de crianças que a adquirem como língua materna, dando origem ao crioulo.
  • 5. Línguas em S. Tomé e Príncipe O angolar é uma língua nacional de São Tomé e Príncipe, falada na ponta sul da ilha de São Tomé, principalmente em torno da vila de São João dos Angolares, distrito de Caué. Os angolares são um grupo étnico distinto que tem a sua origem atribuída ao naufrágio, ao sul da ilha de São Tomé, de um navio negreiro com escravos trazidos de Angola em meados do século XVI. Muitos angolares actualmente falam também são-tomense e/ou português e há uma tendência para se integrarem nos forros que significa homens livres que constituem o principal grupo étnico de São Tomé e Príncipe.
  • 6. Provérbio São Tomé Ua món ca labá ôtlô Pa dôçu ficá limpu (Uma mão lava a outra e ambas ficam limpas)
  • 7. Tchiloli O tchiloli é considerado por muitos, uma das manifestações artísticas mais representativas e de maior valor criativo existente nas ilhas. Teatro de rua, habitualmente representado nas festas religiosas, o tchiloli ou tragédia Marquês de Mântua, cujo assunto recua à corte medieval europeia – Imperador Carlos Magno e o Marquês de Mântua. A peça encena um dilema moral: um pai, o Imperador Carlos Magno é confrontado com um filho homicida e é colocado perante o conflito entre deveres paternais privados e os deveres da justiça pública.
  • 8. Caetano da Costa Alegre Caetano da Costa Alegre nasceu, em 1864, a 26 de Abril, foi um poeta nascido no seio de uma família crioula cabo- verdiana. Em 1882 estudou medicina em Portugal acabando por se tornar médico e morre de tuberculose em 1890. Este poeta canta as origens Africanas, expressão de nostalgia do estilo de vida de São Tomé e a descrição do sentimento da sua raça. Ele apaixona-se por uma mulher branca mas devido à cor da sua pele é recusado e vai ter que lutar contra o racismo.
  • 9. Visão Vi-te passar, longe de mim, distante, Como uma estátua de ébano ambulante; Ias de luto, doce, tutinegra, E o teu aspecto pesaroso e triste Prendeu minha alma, sedutora negra; Depois, cativa de invisível laço, (o teu encanto, a que ninguém resiste) Foi-te seguindo o pequenino passo Até que o vulto gracioso e lindo Desapareceu, longe de mim, distante, Como uma estátua de ébano ambulante.
  • 10. Análise Este poema é auto-biográfico isto é fala sobre: a diferença da cor pela a qual Costa Alegre é marginalizado; e da sua paixão por uma mulher branca, o que vem a agravar a diferença de pele e os preconceitos ou racismo que marcam a sua época, em que o poeta viveu (século XIX).
  • 11. Alda Espírito Santo Alda Espírito Santo nasceu, em Abril ,de 1926, em São Tomé. Frequentou a Universidade em Portugal, mas teve que abandonar os estudos devido às actividades políticas e também por motivos económicos. Era uma das mais conhecidas poetisas africanas de língua portuguesa e devido a isso ocupou alguns cargos importantes nomeadamente foi Ministra da Educação e Cultura, Ministra da Informação e Cultura e Deputada. Os seus poemas aparecem nas mais variadas antologias lusófonas, jornais e revistas de são Tomé e Príncipe, Angola e Moçambique.
  • 12. Tânia Nesta noite morna de luar africano Salpicando de sombras as estradas Eu estendo os meus braços sedentos Para a nossa mãe África, gigante E ergo para ti meu canto sem palavras Suplicando bênção da terra Para as vias dos teus caminhos Para a rota do destino imenso Traçado na inteireza de todo o teu ser Para ti, a projecção das nossas estradas Varridas da impureza dos dejectos inúteis Para ti, o canto de glória da nossa Mãe África dignificada.
  • 13. Análise O poema fala do sentimento de um sãotomense, da sua identidade. O facto de se assumir como Africano devido à proximidade geográfica e ao povoamento das ilhas de S. Tomé e Príncipe. Há aqui um apelo ao Continente Africano sentido como mãe que se busca na hora da redenção/da luta por dominar o seu próprio destino e o homem sãotomense assume-se como africano.
  • 14. Francisco José Tenreiro Francisco José Tenreiro nasceu, em 1921, na ilha de São Tomé, estudou em Lisboa e foi professor no Instituto de Ciências Sociais e Política Ultramarina, numa altura, em que se intensificava a Guerra Colonial. Geógrafo por formação, usou a poesia para exprimir a nova África, já não a dos postais ilustrados e dos povos, plantas e animais exóticos, mas a de um novo tempo, marcado pela fusão de culturas nativas.
  • 15. Mestiço! Canção do Mestiço Nasci do negro e do branco e quem olhar para mim é como que se olhasse para um tabuleiro de xadrez: a tua conta está errada. a vista passando depressa Teu lugar é ao pé do negro. fica baralhando cor Ah! Mas eu me danei… e muito calminho no olho alumbrado de quem arrepanhei o meu cabelo para me vê. trás Mestiço! fiz saltar fumo do meu cigarro cantei do alto E tenho no peito uma alma a minha gargalhada livre grande que encheu o branco de calor! uma alma feita de adição … Mestiço! Foi isso que um dia Quando amo a branca o branco cheio de raiva sou branco… cantou os dedos das mãos Quando amo a negra sou negro. fez uma tabuada e falou grosso: - mestiço!
  • 16. Análise Este poema fala de um novo homem, o Mestiço, fruto de um homem branco e de uma mulher negra. O principal tema é a mestiçagem ou miscigenação e o facto de não ser aceite. O Branco chama-o de “negro”, o negro chama-o de “branco”. Mas o mulato ou mestiço não é branco, nem negro, é uma mistura de ambos – um homem novo.