1. Pauta sugerida para ser desenvolvida nas escolas com os professores [formadores: coordenadores e diretor]
janeiro 2012
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO ACRE
PLANEJAMENTO DAS EQUIPES ESCOLARES PARA GARANTIR A TODOS OS ALUNOS
UMA EDUCAÇÃO INTEGRAL
Orientações Gerais para os diretores e coordenadores das
escolas
Caros colegas,
Seguem abaixo as orientações para o Encontro de formação de professores das
escolas do Ensino Fundamental e Ensino Médio e em seguida a sugestão de pauta.
Sobre o que se pretende neste Encontro de Formação
A SEE pretende trabalhar com as equipes gestoras das redes estadual e municipal de
Rio Branco o planejamento do ano letivo visando garantir que as escolas possam
oferecer aos seus alunos uma educação integral. Para isso, pretende que em cada
escola o planejamento do ano letivo ocorra com toda a equipe escolar e
considerando as necessidades de aprendizagem dos alunos, o alcance das
expectativas previstas para cada ano e disciplina, além de buscar articular a
integração entre a sala de aula e o contexto social, visando dar sentido e significado
ao currículo.
A proposta é que ao final da formação a equipe gestora possa realizar na escola o
planejamento do ano letivo com todos os profissionais, definindo os objetivos a
serem alcançados, as ações que serão desenvolvidas, os recursos necessários, os
momentos de revisão do plano e o apoio que espera da SEE.
Sobre como será o trabalho
As equipes do EF I e EM terão dois dias de trabalho [16 horas] para estudo e
desenvolvimento da pauta que será desenvolvida com os diretores e coordenadores
por um formador do Instituto Abaporu.
O Encontro de formação com os diretores e coordenadores que será desenvolvido
pela Equipe da SEE será de 20 horas para estudo da pauta sugerida para o trabalho
com os professores na escola.
As atividades da pauta destinada para a Equipe da SEE e das pautas destinadas aos
diretores/coordenadores e professores são semelhantes. Algumas delas são ajustadas
considerando as especificidades dos grupos e outras excluídas.
2. Pauta sugerida para ser desenvolvida nas escolas com os professores [formadores: coordenadores e diretor]
janeiro 2012
Materiais necessários para a formação:
- datashow
- papel madeira/craft
- crachás
- papel sulfite
- canetas piloto
- fita crepe
- caneta para quadro branco de 2 cores diferentes
- apagador
- cópias dos anexos que serão utilizados
Materiais impressos
- Orientações Curriculares do EF I, EF II e EM
- Texto: Cuidados necessários no trabalho pedagógico
- Caderno 3
- Caderno 4
- Caderno de planejamento: Dialogando com as equipes escolares: firmando
compromissos necessários para a qualidade da aprendizagem dos alunos
- Proposta de leitura e escrita para alunos do EF e EM
Slides em powerpoint
3. Pauta sugerida para ser desenvolvida nas escolas com os professores [formadores: coordenadores e diretor]
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PAUTA SUGERIDA
[para o Encontro de formação nas escolas com a coordenação dos diretores e coordenadores]
Sequências
de Temas da formação Duração
atividades
1 Iniciando os trabalhos 1h
2 Criando escolas que aprendem 3h
Criando escolas que aprendem: os professores como
3 planejadores do ambiente aprendente 3h
Mapear a escola na busca dos melhores rumos: construir
4 uma escola de qualidade em atos e compromissos 3h
compartilhados pela equipe escolar
Todas os alunos podem aprender: superar o jargão e
5 enxergar quem está por trás dele 3h
Planejamento do trabalho pedagógico como expressão da
crença na capacidade do aluno aprender e na capacidade
6 4h
dos professores de ensinar
Planejamento do apoio pedagógico como uma ação
necessária para garantir o direito dos alunos de
7 3h
aprenderem
Fazer da escola um ambiente de letramento: um
8 compromisso de toda a equipe escolar 3h
Avaliação
1h
Total 24 h
Observação: O tempo indicado para cada atividade é apenas uma sugestão. O tempo
real deve ser redimensionado pelos coordenadores e diretor considerando o número
de professores da sua escola.
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Sequência de atividades 1 – Iniciando os trabalhos
Tempo: 1 hora
Atividades
1. Momento de boas vindas para o grupo de professores e demais funcionários da
escola que estejam participando do Encontro.
2. Estabelecer combinados quanto ao cumprimento dos horários, uso de celular
durante o encontro etc.
3. Apresentar os objetivos do Encontro:
- organizar o planejamento do ano letivo considerando as necessidades de
aprendizagem dos alunos, o alcance das expectativas previstas para cada ano
e disciplina, além de buscar articular a integração entre a sala de aula e o
contexto social, visando dar sentido e significado ao currículo.
4. Apresentação da pauta de trabalho.
5. Propor a leitura compartilhada do seguinte texto: “É o primeiro dia do novo
ano escolar. Você está se preparando, como professor, para a chegada dos
alunos, o que cria uma grande expectativa. Pedaços inteiros de giz esperam
na lousa e todos os lápis ainda estão do mesmo tamanho. Você folheia a
agenda em que, nos próximos meses, as páginas serão preenchidas com
anotações de todos os tipos. Os estudantes se tornarão tão familiares que será
difícil lembrar a época em que você não os conhecia. Você repassa um monte
de questões: Que tipos de alunos terei neste ano? Será que poderei fazer a
diferença para eles? Estou preparado para isso? Como serão os líderes, os
alunos dedicados e os desafios e os desafiadores? Dá para sentir a presença
iminente dos alunos, como o zunido no ar que se sente pouco antes de um
raio cair. O jornal acaba de publicar os resultados no vestibular no estado. O
diretor e coordenador acabam de retornar de uma formação com uma porção
de idéias. Forame escolhidos livros didáticos novos e você não teve tempo de
se apoderar deles. Estão faltando acrescentar ainda cinco ou seis alunos novos
em cada turma. Será que a escola conseguirá bons resultados com relação à
aprendizagem dos alunos? O que terá que ser feito de novo, o que deve ser
mantido porque já deu certo e o que ainda precisa ser mudado para que os
alunos aprendam mais e melhor? Organizar a escola e mantê-la organizada ao
longo do ano não é uma tarefa fácil e fazer com que ela de fato realize seu
principal propósito que é ensinar a todos os alunos é o grande desafio. Afinal,
como fazer cada vez mais da escola um ambiente aprendente? Vamos encarar
este desafio mais uma vez para que coletivamente possamos trocar
experiências e buscar caminhos que façam diferença no trabalho educativo de
2012. Bom trabalho a todos!”
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Sequência de atividades 2 - Criando escolas que aprendem
Tempo: 3 horas
Atividades:
1. Propor que em grupos de no máximo 5 pessoas leiam a seguinte situação:
“Imagine uma escola [aprendente] onde alunos e professores aprendem
efetivamente por meio da relação pedagógica, dos processos de ensino e de
aprendizagem e da relação com a comunidade onde esta escola está inserida.
A escola oferece aos professores e alunos um bom motivo para desejarem
estar presentes diariamente enfrentando os desafios próprios da construção
do conhecimento tanto dos conteúdos referentes às diferentes áreas como de
si mesmo e dos outros colocado pela convivência diária”.
2. Propor que a partir da leitura da situação acima, reflitam, discutam e anotem
o que responderem para as questões descritas abaixo:
a) O que os alunos nesta escola aprendente fazem em um dia típico?
b) Que estruturas, práticas ou atitudes [dos professores, coordenadores e
diretor] ajudam estes estudantes a progredir e ser bem sucedidos?
c) Como as atividades em sala de aula são organizadas? Quem as organiza?
Quem decide o que ensinar e o que avaliar?
d) Quem toma as decisões necessárias sobre os objetivos de aprendizagem?
e) Como os alunos interagem com os professores?
f) Que tipos de leituras são oferecidas para os alunos?
g) Que tipo de experiências de aprendizagem os alunos têm?
Importante:
Explique para o grupo que não se preocupe em acertar ou errar, ou se são
exequíveis, realistas as respostas dadas. A idéia é projetar esta escola
aprendente.
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3. Propor que o grupo leia as respostas dadas às questões acima e a partir delas
elabore um pequeno texto que tenha este início: Em uma escola
aprendente...
4. Solicitar que cada grupo leia o texto que elaborou e pedir para os demais
anotarem as ideias que mais chamaram a atenção em cada texto lido.
5. Convidar os grupos para discutirem os textos apresentados a partir da
anotação das principais ideias que foram identificadas. Esta discussão pode
ser iniciada a partir de perguntas, tais como: De tudo o que foi falado e
discutido, o que chamou mais a atenção? O que incomodou? O que se mostrou
como necessidade a ser encarada? O que pareceu como problema a ser
solucionado? Anotar na lousa tudo que for mais significativo.
6. Informar que vai apresentar algumas contribuições de autores que ajudam a
entender o que acontece numa escola aprendente e que cada um deve
escolher aquela que lhe pareceu mais significativa.
“As crianças desenvolvem uma ampla variedade de habilidades que irão utilizar para
ter sucesso.” - Daniel Goleman – Inteligência Emocional, p.37
“Os estudantes buscam problemas que os desafiem e fascinem e procuram o
conhecimento e as habilidades de que necessitam para avançar.” – Seymour Sarason –
Cartas a um Presidente Educacional Sério, p. 97
“Os estudantes de concentraram em problemas ao invés de em temas artificialmente
e rigidamente compartimentalizados.” – Nel Noddings – O desafio de cuidar nas escolas, p.
63
“Reconhecemos que cada resposta inadequada é adequada em outro contexto... Das
questões dos estudantes, surgem algumas das ideias e descobertas mais criativas” –
Ellen Langer – O Poder da Aprendizagem Consciente, p. 135
“Existe um estado de espírito reflexivo entre os estudantes e os professores. Eles
passam algum tempo pensando sobre os resultados de suas ações, e questionam por
que alguns esforços funcionam e outros não. Não apenas refletem após o fato, mas
podem trazer esse estado de espírito reflexivo para o problema em questão.” –
Robert J. Starrat – O Drama da Escolarização, p. 83
7. Pauta sugerida para ser desenvolvida nas escolas com os professores [formadores: coordenadores e diretor]
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“Muitas condições parecem fomentar a aprendizagem profunda: reconhecer as
próprias inadequações, propor os próprios problemas, correr risco, o humor,
trabalhar em conjunto, a compaixão, a importância de modelar e a presença de um
propósito moral.” Roland Barth – Aperfeiçoando escolas a partir de dentro, p. 44
“Todos os estudantes são tratados como superdotados e talentosos, pois os dotes e
talentos de cada criança são procurados e reconhecidos.” – Henry Levin – Escolas
Aceleradas em Ação, p. 17
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Sequência de atividades 3 - Criando escolas que aprendem: os professores como
planejadores do ambiente aprendente
Tempo: 3 horas
1. Pedir para os grupos considerarem as respostas que deram para as questões
propostas, o texto elaborado por todos os grupos, a discussão sobre os textos,
as posições dos diferentes autores e a posição que foi escolhida por cada um e
em seguida escolher três objetivos de uma escola aprendente que o grupo
considera principais e gostaria de ver realizados em sua escola.
Importante: Dizer para o grupo não se preocupar com quais objetivos possam
parecer mais plausíveis, fáceis de alcançar ou mais prováveis de serem
aceitos pelo grupo. Propor o modelo abaixo para escreverem os objetivos
usando papel madeira.
Objetivos da escola aprendente Observações ou explicações que possam
explicitar o máximo possível cada um dos
definidos pelo grupo. objetivos elencados.
2. Solicitar que cada grupo apresente o cartaz com os objetivos. Afixar todos
eles na parede.
3. Propor que diante dos objetivos apresentados, o grupão escolha 6 deles
usando como critério os que julgarem de maior relevância para a escola.
4. Distribuir dois objetivos para cada grupo e pedir que discutam as seguintes
questões relacionadas a cada um deles:
Objetivos O que deve ser feito O que pode dificultar Que tipo de indicador
para que os objetivos o alcance destes pode ser definido
escolhidos sejam objetivos? para saber se os
desenvolvidos em Como a dificuldade objetivos propostos
nossa escola? pode ser superada? estão sendo
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alcançados?
5. Propor que cada grupo exponha o que discutiu e sugerir que após as
apresentações os demais grupos façam os comentários, críticas, acréscimos
que julgarem necessários.
Sequência de atividades 4 – Mapear a escola na busca dos melhores rumos:
construir uma escola de qualidade em atos e compromisso compartilhados pela
equipe escolar.
Tempo: 3 horas
Atividades
1. Apresentar para o grupo de professores o quadro [“Quadro para análise dos
resultados da aprendizagem dos alunos em 2010 e 2011”] com a análise feita no
Encontro de formação na SEE, elaborado na Sequência de atividades 5 –
Mapear a escola na busca dos melhores rumos: construir a qualidade em
atos e compromisso compartilhados pela equipe escolar.
2. Explicar que o mapeamento da situação da escola é o primeiro passo para se
organizar um planejamento a favor da aprendizagem dos alunos e por isso, a
tarefa de cada grupo de professores por ano, será fazer este mapeamento
para que de antemão tenha as informações necessárias sobre o nível de
aprendizagem dos alunos para iniciar o trabalho pedagógico de 2012.
3. Propor para os professores que lecionam no mesmo ano de escolaridade que
trabalhem em parceria para que juntos discutam as especificidades e
necessidades das turmas de cada ano conforme os agrupamentos e as
orientações dadas abaixo:
Grupo de Professores do 1º ano do Ensino Fundamental
Orientação: [entregar por escrito para os professores]
Colegas professores do 1º. ano
A proposta neste momento de mapeamento da escola para os professores do
1º. ano consiste em refletir sobre a passagem das crianças da Educação
Infantil para o Ensino Fundamental. Por esta razão, indicamos retomar a
leitura de dois textos [muito provavelmente conhecidos pela maioria de
10. Pauta sugerida para ser desenvolvida nas escolas com os professores [formadores: coordenadores e diretor]
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vocês], mas que ao olhá-lo depois da experiência já vivida com crianças desta
idade, outros aspectos podem ser enxergados e considerados no trabalho
pedagógico com crianças pequenas.
E é este o convite: Vamos criar e reinventar o espaço escolar para as crianças
de 6 anos no Ensino Fundamental, levantando ideias, propostas a partir da
leitura e tantas outras por meio da troca de experiência entre vocês.
- Retomar a leitura da Introdução Caderno 1 – “Orientações para o
ensino de Língua Portuguesa e Matemática no Ciclo Inicial” cujo título
é “A implementação do Ensino Fundamental de 9 anos” e destacar os
principais aspectos do texto para ajudar a organizar a entrada das
crianças no Ensino Fundamental e a rotina do trabalho pedagógico.
- Ler o texto “O que tem acontecido nas escolas de Educação Infantil” e
destacar também as principais “dicas” para ajudar a organizar a
entrada das crianças no Ensino Fundamental e a rotina do trabalho
pedagógico. (que está no final deste documento).
- Relacionar todas as ideias ou ações levantadas utilizando o quadro
abaixo.
Construindo a qualidade da escola a partir da responsabilidade compartilhada pelos processos
de ensino e de aprendizagem
O que o diretor O que o O que os professores
Ideias ou ações indicadas deve fazer para que coordenador deve devem fazer para
pelos professores estas ações fazer para que estas que estas ações
aconteçam: ações aconteçam: aconteçam:
- Observação: estas ideias/ações devem ser consideradas junto com as
capacidades, conteúdos e atividades do Quadro Referência de LP, Matemática
e demais áreas do 1º. ano no momento do planejamento.
11. Pauta sugerida para ser desenvolvida nas escolas com os professores [formadores: coordenadores e diretor]
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Grupo de Professores do 2º. ano do Ensino Fundamental
Grupo de Professores de turmas de alfa de Aceleração
Orientação:
- Analisar os resultados da aprendizagem dos alunos em LP nas
avaliações externas de 2011 utilizando o quadro abaixo.
1. Considerando os resultados da aprendizagem dos alunos em 2011 em
LÍNGUA PORTUGUESA
( a ) houve um avanço significativo no nível de aprendizagem dos alunos ao
longo do ano.
( b ) houve avanço no nível de aprendizagem dos alunos ao longo do ano.
( c ) observa-se um pequeno avanço no nível de aprendizagem dos alunos ao
longo do ano.
( d ) não houve avanço no nível de aprendizagem dos alunos ao longo do ano.
2. Quais as ações que vocês apontam para desenvolver logo no início do ano
letivo 2012, principalmente aquelas relacionadas ao apoio pedagógico, na
perspectiva de garantir maiores níveis de aprendizagem dos alunos?
[considerar toda a discussão feita anteriormente sobre escola aprendente.]
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- Relacionar as ações indicadas na questão 2, usando o quadro abaixo:
Construindo a qualidade da escola a partir da responsabilidade compartilhada pelos processos
de ensino e de aprendizagem
O que o diretor O que o O que os professores
Ações indicadas pelos deve fazer para que coordenador deve devem fazer para
professores estas ações fazer para que estas que estas ações
aconteçam: ações aconteçam: aconteçam:
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Grupos de Professores do 3º. ao 5º. ano do Ensino Fundamental [separados
por ano de escolaridade]
Grupo de Professores das turmas de pós alfabetização de Aceleração
Grupo de Professores de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental II
Grupo de Professores de Matemática do Ensino Fundamental II
Grupo de Professores de Língua Portuguesa do Ensino Médio
Grupo de Professores Matemática do Ensino Médio
Orientação:
- Analisar os resultados da aprendizagem dos alunos em LP e MAT nas
avaliações externas de 2011 [para as turmas que não foi feita
avaliação externa em 2011, usar o resultado da última avaliação
realizada pelos professores], utilizando o quadro abaixo.
1. Considerando os resultados da aprendizagem dos alunos em 2011 em
LÍNGUA PORTUGUESA
( a ) houve um avanço significativo no nível de aprendizagem dos alunos ao
longo do ano.
( b ) houve avanço no nível de aprendizagem dos alunos ao longo do ano.
( c ) observa-se um pequeno avanço no nível de aprendizagem dos alunos ao
longo do ano.
( d ) não houve avanço no nível de aprendizagem dos alunos ao longo do ano.
2. Há alunos que chamam atenção pelo baixo nível de aprendizagem em LP e
que precisam de um trabalho mais direcionado em 2012? Quais são eles e
em que turmas estão em 2012?
3. Considerando os resultados da aprendizagem dos alunos em 2011 em
MATEMÁTICA
( a ) houve um avanço significativo no nível de aprendizagem dos alunos ao
longo do ano.
( b ) houve avanço no nível de aprendizagem dos alunos ao longo do ano.
( c ) observa-se um pequeno avanço no nível de aprendizagem dos alunos ao
longo do ano.
( d ) não houve avanço no nível de aprendizagem dos alunos ao longo do ano.
4. Há alunos que chamam atenção pelo baixo nível de aprendizagem em
Matemática e que precisam de um trabalho mais direcionado em 2012?
Quais são eles e em que turmas estão em 2012?
13. Pauta sugerida para ser desenvolvida nas escolas com os professores [formadores: coordenadores e diretor]
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5. Quais as principais ações que vocês apontam para o ano de 2012 na
perspectiva de garantir maiores níveis de aprendizagem dos alunos?
[considerar toda a discussão feita anteriormente sobre escola aprendente.]
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- Relacionar as ações indicadas na questão 5, usando o quadro abaixo:
Construindo a qualidade da escola a partir da responsabilidade compartilhada pelos processos
de ensino e de aprendizagem
O que o diretor O que o O que os professores
Ações indicadas pelos deve fazer para que coordenador deve devem fazer para
professores estas ações fazer para que estas que estas ações
aconteçam: ações aconteçam: aconteçam:
14. Pauta sugerida para ser desenvolvida nas escolas com os professores [formadores: coordenadores e diretor]
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Grupos de Professores de cada área do 3º. ao 5º. ano do Ensino
Fundamental [separados por área]
Grupos de Professores de cada área do 6º. ao 9º. ano do Ensino
Fundamental [separados por área]
Grupos de Professores de cada área do 1º. ao 3º. ano do Ensino Médio
[separados por área]
Orientação:
- Analisar os resultados da aprendizagem dos alunos em cada área do
conhecimento nas avaliações de 2011 [usar o resultado da última
avaliação realizada pelos professores], utilizando o quadro abaixo.
1. Considerando os resultados da aprendizagem dos alunos em 2011 em
_______________________[área]
( a ) houve um avanço significativo no nível de aprendizagem dos alunos ao
longo do ano.
( b ) houve avanço no nível de aprendizagem dos alunos ao longo do ano.
( c ) observa-se um pequeno avanço no nível de aprendizagem dos alunos ao
longo do ano.
( d ) não houve avanço no nível de aprendizagem dos alunos ao longo do ano.
2. Há alunos que chamam atenção pelo baixo nível de aprendizagem em
_________________[área] e que precisam de um trabalho mais
direcionado em 2012? Quais são eles e em que turmas estão em 2012?
3. Quais as principais ações que vocês apontam para o ano de 2012 na
perspectiva de garantir maiores níveis de aprendizagem dos alunos?
[considerar toda a discussão feita anteriormente sobre escola aprendente.]
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
- Relacionar as ações indicadas na questão 3, usando o quadro abaixo:
Construindo a qualidade da escola a partir da responsabilidade compartilhada pelos processos
de ensino e de aprendizagem
O que o diretor O que o O que os professores
Ações indicadas pelos deve fazer para que coordenador deve devem fazer para
professores estas ações fazer para que estas que estas ações
aconteçam: ações aconteçam: aconteçam:
15. Pauta sugerida para ser desenvolvida nas escolas com os professores [formadores: coordenadores e diretor]
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4. Propor que cada grupo de professores escolha dois itens do quadro
“Construindo a qualidade da escola à partir da responsabilidade compartilhada
pelo processo de ensino e aprendizagem” que julgar mais significativos para
socializar no grande grupo.
5. Apresentar [coordenadores e diretores] o mesmo quadro que preencheram na
ocasião que fizeram o mapeamento da escola no Encontro de Formação da SEE.
6. Discutir o que for necessário com o grupo com a intenção de definir
coletivamente quais são os principais compromissos da equipe escolar com a
aprendizagem dos alunos.
7. Finalizar esta parte do Encontro esclarecendo para os professores que este
trabalho firma mais uma vez o compromisso de toda a equipe escolar com a
garantia da aprendizagem dos alunos e, consequentemente, com a construção de
uma escola aprendente.
16. Pauta sugerida para ser desenvolvida nas escolas com os professores [formadores: coordenadores e diretor]
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Sequência de atividades 5 – Todos os alunos podem aprender: superar o jargão e
enxergar quem está por trás dele.
Tempo: 3 horas
Atividades
1. Propor que em grupos de no máximo 8 participantes, leiam o texto “Pinturas
coletivas” da professora Adriana Dias.
Importante: Explicar que o texto trata de um trabalho na área de Artes Visuais
com alunos do EF II, mas que as questões colocadas por ele transcedem a
especificidade do grau de escolaridade e idade dos alunos, servindo como base
para a discussão sobre o processo de ensino e aprendizagem e a relação professor
aluno seja no EF I, seja no EM.
2. Solicitar que após a leitura discutam o texto, usando o quadro abaixo:
O que foi possível aprender:
com a postura e
sobre o planejamento
propostas de sobre a relação entre sobre ensinar e
e envolvimento dos
atividades feitas pela a professora e alunos aprender
alunos
professora
3. Solicitar que apresentem o que responderam para cada questão colocada no
quadro.
4. Discutir os aspectos que o grupo considerou mais intrigantes.
5. Retomar o título desta sequência “Todos os alunos podem aprender: superar o
jargão e enxergar quem está por trás dele” e propor a leitura compartilhada
do texto abaixo:
O conceito de que ‘todos os alunos podem aprender’ tornou-se popular nos últimos
anos, servindo como base para inúmeras iniciativas educacionais. Ele é sustentado
pela pesquisa sobre as capacidades sociais e cognitivas que sugere que todas as
crianças, todos os adolescentes e todos os adultos têm o potencial para alcançar algo
significativo – se as condições apoiarem a aprendizagem e se as capacidades de cada
indivíduo forem valorizadas.
Defender a ideia que ‘todos os alunos são valiosos’ não é suficiente por si só. Mesmo
em escolas onde essa ideia orientadora é proclamada, os educadores e os pais muitas
vezes têm um modelo mental oculto sobre o potencial humano: o de que uma vez
estabelecido, fica estocado e é imutável. Isso leva a uma cultura de vencedores e
perdedores, onde certas crianças são rotuladas como ‘adiantadas’ e se sentem
valorizadas, enquanto outras são dadas como perdidas, ‘fracas’, ‘inferiores’ ou,
simplesmente, ‘burras’. Nessa cultura os adultos nem sempre investem o tempo e a
atenção que fariam a diferença para as crianças desse último grupo. Essa cultura
17. Pauta sugerida para ser desenvolvida nas escolas com os professores [formadores: coordenadores e diretor]
janeiro 2012
também encoraja os estudantes e educadores a se concentrarem em avaliações e
objetivos mensuráveis e a curto prazo, ao invés de investigarem no propósito mais
significativo das salas de aula e escolas: aprender e aumentar a capacidade de
aprender.
Uma sala de aula aprendente requer métodos e infra-estrutura que possibilitem que
todos fomentem o sucesso uns dos outros de forma deliberada. Isso significa
concentrar-se em mudar as maneiras como as pessoas pensam e interagem e
reconhecer que os estudantes aprendem de múltiplas formas e que suas capacidades
não são fixadas no momento do nascimento, Nessa classe, os estudantes reconhecem
que parte de seu propósito é certificar-se de que todos tenham sucesso.
Abraçar a ideia de que todas as crianças podem aprender não significa fechar os olhos
para as fragilidades da natureza humana, As pessoas, mesmos os jovens, podem ser
muito destrutivas ou muito difíceis de atingir. Talvez nunca saibamos de onde vem a
destrutividade humana, mas lidar com pessoas e situações difíceis é um desafio
crítico para qualquer sala de aula, qualquer professor [da pré escola em diante] e
também para cada membro da comunidade. Por si sós, as ferramentas da
‘organização aprendente’ não são suficientes para ajudar nesse desafio. Cada grama
de nossos recursos interiores é necessária, por toda a nossa vida. Entretanto, o
conceito de que todas as crianças podem aprender ainda é verdadeiro em todos os
tipos de ambientes humanos. Adotar essa ideia como um princípio condutor talvez
seja o primeiro passo para criar uma sala de aula aprendente. A esperança é o que,
no começo, atrai muitas pessoas para o ensino, e lembrar que todas as crianças
podem aprender ajuda a manter essa esperança viva.
6. Perguntar se alguém quer fazer algum comentário sobre o texto.
7. Finalizar esta sequência dizendo que o planejamento que será proposto a
seguir está comprometido com a crença inegociável na capacidade de que
todos os alunos têm de aprender.
18. Pauta sugerida para ser desenvolvida nas escolas com os professores [formadores: coordenadores e diretor]
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Sequência de atividades 6 – Planejamento do trabalho pedagógico como expressão
da crença na capacidade do aluno aprender e na capacidade dos professores de
ensinar.
Tempo: 4 horas [aproximadamente]
Atividades
1. Explicar para o grupo que toda a discussão feita até então teve como
propósito dar subsídio para qualificar o trabalho realizado em sala de aula,
fazer dela um espaço aprendente. A ideia é planejar o trabalho pedagógico
com o compromisso de criar situações que possam fazer a diferença na
aprendizagem dos alunos. Neste sentido, o convite é para ressignificar as salas
de aula como ambientes de abertura contínua, onde os alunos são chamados
para, juntos, estudarem o mundo que os rodeia.
2. Informar o que foi decidido sobre qual será a periodicidade do planejamento
na escola: semestral; trimestral ou bimestral. Esta decisão é importante para
que o coordenador e diretor possam fazer o seu plano de trabalho junto aos
professores.
3. Explicar que o planejamento deve ser resultado do que se pretende que os
alunos aprendam nas diferentes áreas, da análise dos resultados da avaliação
da aprendizagem durante o ano e das características das turmas.
4. Apresentar o conjunto de slides “Planejamento do trabalho pedagógico: o que
nunca é demais saber”.
5. Solicitar que os mesmos grupos formados na sequência anterior de atividades
organizem o planejamento do trabalho pedagógico, seguindo as orientações
abaixo e usando os materiais elencados sempre que necessário.
Orientações:
- Iniciar o planejamento, lendo os Cuidados Pedagógicos relacionados à
disciplina que leciona [ver o Caderno de Orientações Curriculares].
- Recuperar os resultados da avaliação dos alunos em 2011 e a partir deles:
→ Definir as capacidades que se pretende que os alunos desenvolvam ao longo do ano.
→ Definir o que se pretende ensinar (ou favorecer que os alunos aprendam), em linhas
gerais, para que as capacidades indicadas como objetivos possam ser desenvolvidas.
Lembrar que os conteúdos não são apenas fatos e conceitos, mas também
procedimentos, valores, normas, atitudes.
→ Definir as formas mais adequadas de organizar os conteúdos a serem trabalhados –
atividades permanentes, sequências de atividades, atividades de sistematização,
projetos.
- Definir o trabalho que leitura e escrita [em todas as disciplinas] que será
priorizado no primeiro bimestre considerando o nível de aprendizagem de
leitura e escrita dos alunos.
Importante: Para o desenvolvimento desta sequência com os professores é
necessário recuperar o estudo feitos nas formações em 2011 e os ‘aulões’ sobre o
Caderno 4 realizados em diferentes municípios. Serão necessários os seguintes
19. Pauta sugerida para ser desenvolvida nas escolas com os professores [formadores: coordenadores e diretor]
janeiro 2012
materiais relacionados abaixo que deverão estar disponíveis durante todos os
momentos de planejamento que serão realizados durante o ano.
- Orientações Curriculares do EF I, EF II e EM
- Texto: Cuidados necessários no trabalho pedagógico
- Caderno 3
- Caderno 4
- Caderno de planejamento: Dialogando com as equipes escolares: firmando
compromissos necessários para a qualidade da aprendizagem dos alunos
- Proposta de leitura e escrita para alunos do EF e EM
Sequência de atividades 7 – Planejamento do apoio pedagógico como uma ação
necessária para garantir o direito dos alunos de aprenderem
Tempo: 3 horas
Atividades
1. Propor que os professores organizados em grupo/ano de escolaridade
[Ensino Fundamental I] e por disciplina [Ensino Fundamental II e Médio]
definam a forma mais eficiente de desenvolver o apoio pedagógico no 1º.
bimestre:
→ a partir da análise dos resultados da aprendizagem dos alunos,
feito anteriormente, definir quais alunos precisam de apoio
pedagógico logo no início do ano.
→ definir como o apoio pedagógico será realizado na escola:
⋅ período de duração do apoio
⋅ planejamento e avaliação das atividades que serão
propostas para os alunos
20. Pauta sugerida para ser desenvolvida nas escolas com os professores [formadores: coordenadores e diretor]
janeiro 2012
⋅ comunicado às famílias
2. Socializar no grande grupo as formas de garantir o apoio pedagógico
propostas por cada grupo de professores.
3. Discutir coletivamente a estruturação do apoio pedagógico na escola:
→ O que deverá ser garantido pelo diretor
→ O que deve ser garantido pelo coordenador
→ O que deve ser garantido pelos professores
Sequência de atividades 8 – Fazer da escola um ambiente de letramento: um
compromisso de toda a equipe escolar
Tempo: 2 horas
1. Solicitar que os professores se organizem em pequenos grupos e que
elaborem 2 propostas para criar um ambiente de letramento na escola
[para tanto devem fazer uso das informações que tiveram durante as
formações realizadas em 2010 e 2011 e os materiais publicados pela SEE].
2. Propor que cada grupo apresente as suas propostas e coletivamente
decidam por aquelas que julgarem mais adequadas para 2012.
3. Propor uma discussão coletiva sobre a ‘operacionalização’ destas
propostas, considerando: horário, local, materiais, calendário de
realização, organização dos alunos e a divisão de tarefa entre os
professores, coordenadores e diretor para que as propostas sejam
viabilizadas.
Avaliação
21. Pauta sugerida para ser desenvolvida nas escolas com os professores [formadores: coordenadores e diretor]
janeiro 2012
Propor para os professores a avaliação dos trabalhos realizados: Escreva qual a
importância deste período de planejamento para o seu trabalho. Destaque três
principais responsabilidades que competem a você para que nossa escola se torne
cada vez mais um ambiente aprendente.
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Texto para os professores do 1º. ano do Ensino Fundamental
O que tem acontecido nas escolas de Educação Infantil
A passagem das crianças da Educação Infantil para o Ensino Fundamental tem sido um dos desafios
enfrentados por vocês e com o propósito de contribuir com o trabalho pedagógico realizado com as
crianças de 6 anos que ingressam no Ensino Fundamental, entendemos como importante compartilhar
algumas informações.
As escolas de Educação Infantil já têm a sua Proposta Pedagógica elaborada à semelhança dos Cadernos
de Orientações Curriculares dos 1º. e 2º. anos (com suas devidas especificidades preservadas) para
orientar o trabalho dos professores que trabalham com crianças de 4 e 5 anos. A Proposta está
disponível na SEE e nas secretarias municipais de todos os municípios que estão participando do
Programa de Formação de profissionais da Educação Infantil desenvolvido pela SEE e na SEME de Rio
Branco.
É com base nesta Proposta Pedagógica e principalmente no Programa de formação desenvolvido tanto
na SEE como na SEME de Rio Branco, que relacionamos abaixo algumas propostas que têm feito parte
das vivências das crianças nas escolas infantis. Entendemos que dividi-las com vocês neste momento
pode ser útil para o planejamento do ingresso das crianças no Ensino Fundamental.
ESPAÇOS INTERATIVOS [ateliês] é uma proposta para ser desenvolvida com o coletivo infantil, cujo
objetivo é a interação de crianças de idades diferentes. É uma atividade proposta para os momentos de
entrada da escola, para que os mesmos possam ser acompanhados de perto pelas professoras. Com o
espaço físico organizado, a professora tem como receber as crianças e seus familiares de uma forma
acolhedora. Ao chegarem à escola, as crianças devem encontrar o espaço organizado com diferentes
propostas, nesse momento não são agrupadas por faixa etária, elas formam o que pode ser chamado de
“grupo escola”. Nessa proposta, o espaço físico é organizado de forma a promover a interação das
crianças, por meio de cantos com jogos, materiais de pintura, casinha, fantasias etc. É importante
considerar que o espaço é mediador das interações, isso significa que a professora não tem nesse
momento, a função de trabalhar com outros conteúdos que não sejam aqueles compatíveis com a
construção de atitudes decorrentes da situação de interação. As propostas dos cantos devem ser
analisadas constantemente com o propósito de avaliar se estão favorecendo a interação das crianças.
Não é preciso um espaço físico fixo para montar os cantos e nem eles tampouco devem ficar montados o
tempo inteiro, mas é importante que estejam organizados de forma que as crianças visualizem todos
eles para que possam fazer as suas opções. Esse é um momento de “livre escolha” das crianças, elas
escolhem a proposta que mais lhe interessar e o tempo que permanecerão nela. Em virtude dessa
característica, as propostas devem ter começo-meio e fim no mesmo dia, não tem sentido propor uma
atividade que não possa ser concluída. O papel da professora é incentivar as parcerias das crianças, que
uma possa trabalhar com a outra, ou seja, que possam co-operar.
22. Pauta sugerida para ser desenvolvida nas escolas com os professores [formadores: coordenadores e diretor]
janeiro 2012
LEITURA DIÁRIA FEITA PELO PROFESSOR A leitura deve ser de variados tipos de textos, com ênfase nos
narrativos. É interessante selecionar livros para serem lidos no mesmo dia e outros que possam ser lidos
em capítulos, como por exemplo, Caçadas de Pedrinho, de Monteiro Lobato.
ATIVIDADES DE LEITURA E ESCRITA As propostas em “linguagem oral e escrita” têm como objetivo
favorecer um ambiente letrado, em que as crianças possam ter acesso aos diferentes textos e suas
funções comunicativas e propiciar a compreensão do funcionamento do sistema alfabético, a partir de
atividades de leitura e escrita planejadas para esse fim.
Considerando os conhecimentos disponíveis sobre a leitura é possível propor às crianças com escritas
não alfabéticas, várias situações de leitura. Nessa rotina, as atividades propostas pelo professor,
diariamente, são identificar numa lista de palavras as respostas das adivinhações, ordenas frases ou
palavras de textos que se conhecem de memória como poemas, quadrinhas, parlendas, músicas... e
tantas outras. Estas mesmas atividades podem ser propostas às crianças com escrita alfabética, mas com
desafios compatíveis aos seus saberes, uma vez que já lêem convencionalmente.
Também nesse momento, são propostas atividades de escrita de textos, pois todas as crianças são
capazes de produzir textos independente dos conhecimentos que possuem sobre a escrita.
Paralelo a esse trabalho existe a possibilidade de se desenvolver projetos de leitura, cuja intenção
maior é que as crianças vivenciem o papel de leitores, mesmo antes de saberem ler convencionalmente.
AS RODAS DE CONVERSA têm como objetivo favorecer o desenvolvimento da linguagem oral por meio
de situações comunicativas significativas. A idéia é priorizar o elemento comunicativo da língua, o seu
uso, e não enfatizar as situações pouco comunicativas e pouco funcionais, de pouco interesse aos dois
componentes do ato enunciativo: o emissor e o receptor, como por exemplo: situações repetitivas de
explicar, na segunda-feira, o que fez no domingo, ou ainda dirigir às crianças apenas perguntas sobre o
que está fazendo ou orientações como “não faça isso”, “cuidado com aquilo”: é necessário buscar
situações nas quais manter uma conversa possa ser interessante para os dois integrantes da situação de
comunicação. Além desse espaço, planejado para a conversa muitos outros ocorrem informalmente
durante os trabalhos ou conforme a necessidade do grupo ou da professora.
As rodas de conversa podem ser um bom espaço para discutir temas como: curiosidades sobre o mundo
animal, vegetal e mineral; notícias da mídia que possam ser interessantes para as crianças; biografias de
personagens famosos; invenções; comentários sobre leituras que fizeram em casa ou na escola;
comentários sobre a participação nos ateliês, sobre as brincadeiras no parque etc. É fundamental propor
que as crianças tragam temas que gostariam de conversar no grupo e agendar para uma das rodas da
semana.
A RODA DE BIBLIOTECA é uma atividade em que são oferecidos diferentes portadores de textos para
que as crianças possam manusear e ler. É interessante que ao final dessa proposta, seja solicitado que
comentem o que “leram” e isto pode a cada semana ser feito de uma forma diferente como por
exemplo: formar grupos de três alunos para que possam compartilhar as histórias lidas, fazer
comentários coletivamente, contar parte da história que leram para seduzirem os colegas a lerem
também.
MOVIMENTO – BRINCADEIRAS TRADICIONAIS A presença de um espaço para as brincadeiras tradicionais
na organização de uma rotina para crianças de 4 – 6 anos, justifica-se pela recorrência dessas
brincadeiras a diversos repertórios da cultura corporal que podem envolver, simultaneamente,
expressividade, equilíbrio, coordenação, socialização; favorecendo a utilização e o desenvolvimento de
habilidades como força, velocidade, resistência e flexibilidade, além da regulação do próprio
comportamento e da coordenação com o dos outros. Considerando alguns dos objetivos e conteúdos que
devem estar presentes nas atividades que envolvem movimento: conceituais – conhecimento do próprio
corpo e de suas possibilidades, necessidades, sentimentos e sensações na construção de sua identidade
como pessoa; noções que permitem a orientação no espaço e no tempo... Ou Procedimentais –
observação e exploração das possibilidades do corpo e das suas qualidades, diferenças e semelhanças
com o dos outros; do controle do próprio corpo, do tom e da postura para adequar-se às situações; do
planejamento da ação e da constatação dos seus efeitos... Ou ainda, Atitudinais – a aceitação das
diferenças; a auto-proteção diante dos perigos; a colaboração e a iniciativa nas atividades realizadas; o
esforço para vencer as dificuldades superáveis... As brincadeiras culturalmente realizadas pelas crianças
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vêm carregadas afetividade, de sentido e razões de ser. O cabo de guerra, a cobra-cega, o lenço-atrás,
o pique-rela, a amarelinha, o pular corda, o pique-esconde, siga o mestre e tantas outras do repertório
infantil, muitas vezes desprezadas pela escola, trazem em si, além de uma cultura constituída e,
portanto, cheia de significado para as crianças, mais conteúdos necessários ao seu desenvolvimento
global – físico / motor, cognitivo / intelectual - do que podemos supor.
JOGOS São situações propostas de forma sistemática e com regularidade. São oferecidas semanalmente
de forma intercalada - situações contextualizadas, significativas e organizadas de forma que
representem um crescente desafio para as crianças. Oferecem a oportunidade de um contato intenso
com determinados tipos de conteúdos. Alguns exemplos de jogos propostos são: percurso (trilha),
descubra o número...
ARTES VISUAIS Os momentos dedicados ao trabalho com artes visuais garantem às crianças a
possibilidade de um fazer, um apreciar e um refletir sobre a Arte enquanto instrumento de
representação de sentimentos, emoções e expressão do seu olhar para si, para o mundo e para tudo o
que existe nele. Esta idéia implica em organizar situações em que elas possam criar desenhos,
modelagens, pinturas, colagens a partir de seu próprio repertório e da ampliação do mesmo, utilizando
elementos da linguagem das Artes – ponto, linha, forma, cor, volume, espaço, textura; explorando e
utilizando diversos materiais, meios e suportes necessários para desenhar e pintar - lápis, pincéis,
brochas, areia, argila, terra, jornal, papel. Apreciar, narrando, descrevendo, interpretando, por meio
da leitura de obras de arte, o que vêem, sentem e compreendem do objeto artístico observado,
relacionando o visto às suas vivências e experiências cotidianas. Refletir olhando para além das
imagens, levantando hipóteses sobre suportes, materiais, intencionalidade, escolha de cores, luzes,
sombras, enfim, os diversos recursos utilizados pelos artistas para dar sentido à sua criação. Como nas
demais áreas, o trabalho com artes visuais deve promover o desenvolvimento de atitudes como o
cuidado e respeito pela produção e pelo patrimônio cultural seu, de seus amigos, de sua região, país,
mundo... Bem como de utilização racional, funcional e ecologicamente correta, dos espaços e materiais
com os quais estiverem trabalhando.
Rosana Dutoit
Formadora dos grupos de Educação Infantil em parceria
com as equipes de Educação Infantil da SEE e SEME/RB