Este documento discute a importância da auto-cura em relação à terceirização na resolução de problemas. Afirma que 90% de uma recuperação depende do indivíduo e apenas 10% de ajuda externa, assim como no esporte o atleta depende principalmente de seu próprio esforço para vencer. Também enfatiza a necessidade de buscar ativamente soluções por meio do autoconhecimento e transformação interior, em vez de se ver como vítima das circunstâncias.
2. É muito freqüente vermos pessoas colocando-se na posição de vítimas e exigindo sejam colocadas à sua disposição instâncias e soluções para os seus problemas, como se o mundo fosse um grande aglomerado de súditos disponíveis para atender às exigências de reis e rainhas. Essa é uma situação um tanto comum e só evidencia a existência de um quadro patológico auto induzido, exteriorizado por sensação de muito sofrimento sem aparente solução de continuidade.
3. Por experiência sabemos que os processos de desequilíbrio vibracional têm alcançado consideráveis índices de melhora graças fundamentalmente à postura do envolvido, predispondo-se a uma mudança de atitude; enquanto ele “terceirizar” em 100% a resolução de seu problema há uma tendência de estabilização de seu estado de anomalia em níveis de desolação.
4. Podemos afirmar que 90% de uma recuperação depende do desarmonizado e apenas 10% daqueles que se propõem a ajudar ( assistência espiritual, qualquer que seja , e mesmo a medicina estabelecida). Isso nos confirma que o chamado milagre, realmente não existe e que a fórmula do sucesso depende 90% de transpiração e 10%, apenas, de talento.
5. Cabe aqui lembrarmos que um atleta, quando em busca de conquistar a sua medalha, recebe a ajuda de seu treinador e de outros profissionais, mas tem que treinar muito e até à exaustão, às vezes. São dias, meses e até anos de treinamento intensivo para tentar atingir o objetivo. Entretanto, na hora de competir, ele está só, depende de si, de seu esforço; ele não pede para que os obstáculos sejam tirados de sua frente; ao contrário, esforça-se para superá-los e vencer.
6. Mesmo assim, ele, em muitas das vezes, não consegue ganhar a sua medalha; mas não desiste, vai continuar treinando, ainda mais, para tentar uma próxima vez... mas, se nunca conseguir vencer alguma competição não se sentirá derrotado, pois terá sido o grande vencedor da perseverança, o grande vencedor da preguiça, o grande vencedor da vontade e o que é melhor terá sido o grande vencedor da humildade e do orgulho.
7. À semelhança desse quadro de competição, a vida é o palco em que se desenrola uma enorme olimpíada onde nós somos os atletas buscando conquistar as medalhas da humildade e do domínio do orgulho e da vaidade. Mas se quisermos ser atletas da divindade temos que treinar muita caridade, muita fraternidade e, à exaustão, muito amor. Lembremos do que ELE nos disse: “ Buscai e achareis”, “Batei e abrir-se-vos-á”... mas “que estreita é a porta, e que apertado o caminho que leva para a vida, e quão poucos são os que acertam com ela”.
8. Então, sabemos que é necessário buscar, procurar; a porta não será colocada à nossa frente; Depois é necessário insistir com paciência e quando a porta se abrir será necessário percorrer os caminhos com fé, fervor e confiança, com humildade e não com arrogância, sem o que seremos abandonados às nossas próprias forças.
9. Emmanuel, em Palavras de Vida Eterna, nº 2, comenta : “ ... As portas da sabedoria e do amor jazem constantemente abertas. Os tesouros da Ciência e as alegrias da compreensão humana, as glórias da arte e as luzes da sublimação interior são acessíveis a todas as criaturas. No entanto, do rio de graças da vida, cada alma somente retira a porção de riquezas que possa perceber e utilizar proveitosamente. Estuda, observa, trabalha e renova-te para o bem. Amplia a visão que te é própria e auxilia os outros, ajudando a ti mesmo. Recorda que Deus a ninguém dá os seus dons por medida, contudo cada alma traz consigo a medida que instalou no próprio íntimo para a recepção dos dons de Deus.”
10. Em muitas das vezes, no desenrolar de nossa encarnação, somos submetidos e enfrentados por dificuldades, muitas das quais solicitadas por nós mesmos e outras impostas pelas leis cósmicas instituídas e que nos estão respondendo prestimosamente a acenos nossos feitos no passado. Essas dificuldades, quase sempre nós as chamamos de “doença” e nos arvoramos em tentar erradicá-las, sem, no entanto indagar de suas causas. Essa atitude é natural, porque via de regra as causas apontam para nós mesmos. Porém, se perdermos o medo, poderemos aprender a nos conhecer e a partir daí iniciarmos o processo de transformação interior que nos tornará mais fortes, pois passaremos a vibrar em freqüências mais sutis e conseqüentemente sintonizaremos com as vibrações mais puras e mais elevadas do universo.
11. A vida, como uma grande Escola que é, traz-nos, dentro de sua estrutura Olímpica, uma grande disciplina chamada sofrimento, e mais importante que derrotá-lo é entendê-lo para estirpá-lo. Para tanto, que sejamos o grande “médico”, o grande “cirurgião” de nós mesmos e o que buscarmos que seja, talvez um bálsamo, quando muito um complemento, mas que não seja muito...
12. l TEXTO : Santiago Alonzo Filho Fátima Antunes Bauru/SP