O documento descreve a arquitetura brasileira no início do século XX em São Paulo, incluindo projetos de melhoria urbana e a influência do modernismo após a Semana de Arte Moderna de 1922. Também destaca o trabalho do arquiteto ucraniano Gregori Warchavchik e edifícios projetados na década de 1940 e 1950.
3. 1911 A ilustração mostra um dos primeiros projetos de melhoramentos no centro da cidade de São Paulo, no início do século passado. O Teatro Municipal aparece com destaque, à esquerda da área que seria ajardinada no Vale do Anhangabaú. O desenho destaca o Viaduto do Chá, o viaduto Santa Ifigênia, a Praça Antônio Prado e outros pontos históricos. O projeto incluía o alargamento da rua São João, que só mais tarde se tornaria avenida. Vale do Anhangabaú
5. Semana de Arte Moderna de 22 imita a arte de Paris Grandes pintores franceses como Degas, Monet, Manet , Cézanne , Matisse , Renoir e Fernand Léger , serviram de referência para os artistas nacionais, na década de 20, a partir do Movimento Modernista, que destacou nomes como Tarsila do Amaral, Anita Malfatti , Victor Brecheret e outros, que estudaram em Paris, através de bolsas de estudo patrocinadas pelo governo de São Paulo. Todos eles foram inspirados pela arte da cidade-luz. A pintora e musa do modernismo, Tarsila do Amaral foi uma das melhores traduções da influência francesa nos movimentos artísticos brasileiros. Ela freqüentou as escolas e ateliês de Paris, como a tradicional Academie Julian, e foi também uma das primeiras artistas do país a ter quadros expostos na capital francesa. Oswald de Andrade , um dos mais importantes representantes da intelectualidade da vanguarda paulista, que viveu na França, escreveu no manifesto do Pau Brasil: "Os alfandegários de Santos examinaram minhas malas, minhas roupas. Mas se esqueceram de ver o que eu trazia no coração. Uma saudade feliz, de Paris".
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7. A contribuição de GREGORI WARCHAVCHIK Arquiteto ucraniano “ Rejeitava a idéia do estilo contemporâneo (já que o estilo de uma época só viria a ser definido mais tarde, pelas gerações seguintes) e propunha uma explicação racionalista para a história da arquitetura (o valor dos estilos do passado provinha do caráter funcional de seus elementos decorativos e da unidade existente entre as artes, a vida e os meios técnicos de uma determinada época).” (BRUAND, Yves, 2008, P.65) Lucio Costa, Frank Lloyd Right, Gregori Warchavchik
18. 22 out 1922 projeto do arquiteto italiano Domiziano Rossi e foi concluído por Renzo Ranzini , ambos do escritório de Ramos de Azevedo Prédio dos Correios
30. No dia 16 de junho de 1946, o Banespa anunciava no Estadão a mudança para sua nova sede, no Edifício Altino Arantes. Marco arquitetônico da cidade, o prédio do antigo Banespa, atual Santander, tem 162 metros de altura e um mirante de onde é possível ver o Pico do Jaraguá, os prédios da Avenida Paulista, o Palácio das Indústrias, as fábricas do Brás e da Mooca. Símbolo da fase de progresso da cidade nos anos 1930, foi inaugurado em junho de 1947, depois de oito anos de obras. Com linhas inspiradas no Empire State, marca uma mudança na evolução da arquitetura paulistana, quando a cidade passou a trocar o estilo clássico francês por edifícios que seguiam o desenho americano. Fundado em 1909 com capital francês e nacionalizado em 1910, o Banespa frequenta acalorados debates eleitorais por ter sido ‘federalizado’ no ano 2000, sob protestos do então governador Mário Covas, e privatizado pelo governo Fernando Henrique Cardoso, que o vendeu em leilão ao banco espanhol Santander, por US$ 7 bilhões. O prédio fica na Rua João Brícola, 24. Aberto das 10h às 17h (fecha sáb. e dom.). Abaixo anúncio dos 60 anos do do Banespa, dia 5 de novembro de 1986: “Um banco que cada dia fica mais jovem” Ed. Altino Arantes
31. Rua Marquês de Itu, apresentava como principal vantagem a localização: a uma quadra da Praça da República, próximo às ruas do Arouche, 7 de Abril e Barão de Itapetininga, endereços centrais e muito valorizados na época. Ed. Elza
32. 28 de abril de 1946, prédio de nove andares no número 171 da rua Benjamin Constant, entre o Largo São Francisco e a Praça da Sé. O anúncio destacava a principal qualidade do prédio de lojas e escritórios: “No coração de São Paulo, empreendimento notável, proporcionando a todos os homens de negócios a aquisição da sua loja ou do seu escritório.” O edifício era oferecido pelas imobiliárias Hugo Abreu e J. Floriano de Toledo, que relacionavam, entre as vantagens, a “fachada sóbria e imponente, ponto valorizado e dois elevadores Otis”. Passados 65 anos, a fachada sóbria e imponente” do Palacete Chavantes continua bem conservada e o edifício está com todos os conjuntos comerciais alugados. No térreo funciona o 7° Tabelião de Notas. Ed. Palacete Chavantes
51. “ Um monumento à grandeza da terra paulista. O Rockfeller Center de São Paulo”, dizia o anúncio de lançamento do prédio projetado por Oscar Niemeyer, em 25 de maio de 1952 (14 anos antes da inauguração, em 25 de maio de 1966). Ed. Copan