SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  242
Télécharger pour lire hors ligne
OBJECTIVOS

- Constituir um suporte técnico-didáctico dirigido a todos os utilizadores de recursos audiovisuais, com
  particular destaque para os formadores, contribuindo para a elevação do nível de qualidade da
  prática pedagógica;

- Identificar os diversos recursos didácticos de acordo com a seguinte tipologia: não projectáveis,
  projectáveis, ecrãs, meios sonoros e audiovisuais;

- Estabelecer os princípios gerais de funcionamento dos diversos recursos;

- Definir as regras básicas de utilização dos diferentes equipamentos;
- Enumerar as situações de utilização preferencial para cada recurso com base nas respectivas
   potencialidades e limitações, numa perspectiva de eficácia pedagógica, atendendo às situações de
   ensino-aprendizagem em presença e à existência de possíveis condicionalismos.



APRESENTAÇÃO
Os conteúdos deste documento destinam-se particularmente aos formadores que utilizam ou
pretendam utilizar como auxiliares pedagógicos os recursos audiovisuais, em contexto de formação.

Trata-se, assim, de dar a conhecer as características, vantagens e desvantagens de um conjunto
representativo destes recursos.

Pretende-se, ainda apresentar as possíveis utilizações dos meios, segundo os métodos pedagógicos a
adoptar e ajudar a seleccionar os meios mais adequados em função dos objectivos a atingir.



INTRODUÇÃO
Historicamente a designação de recursos didácticos deriva dos meios que, tal como o nome indica, se
serviam simultaneamente da imagem e do som, para transmitir a mensagem: o diaporama, o filme e a
televisão/vídeo. No entanto, esta designação engloba actualmente recursos didácticos, como o
retroprojector, o gravador de cassetes ou o simples quadro de escrita, apesar de não associarem a
imagem ao som.

Podemos, assim, definir como recursos didácticos - todos os meios que facilitam a aprendizagem
através da estimulação dos sentidos.




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                        1
IMPORTÂNCIA DOS SENTIDOS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM
Num processo de aprendizagem, os cinco sentidos funcionam como vias privilegiadas de acesso de
informação ao cérebro.

Vários estudos foram desenvolvidos para se determinar qual a percentagem de utilização de cada um
dos cinco sentidos: visão, audição, tacto, olfacto e gosto.

Dois destes estudos forneceram os seguintes resultados:




Apesar dos resultados obtidos não serem coincidentes, verifica-se que a visão é destacadamente o
sentido mais importante no processo de aprendizagem. O segundo mais importante é sem dúvida o
sentido da audição. Os restantes sentidos apresentam maiores diferenças nos resultados sendo a sua
importância relativa baixa, quando comparados com a visão e a audição.




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                  2
Outros estudos realizados determinaram qual a percentagem de informação retida no processo de
aprendizagem.




                                Percentagem de retenção da informação

Também se verificou que a informação retida após um determinado período de tempo, varia com a
utilização dos meios audiovisuais .




                     Percentagem de retenção da informação ao longo do tempo

       Em síntese, conclui-se da análise dos vários resultados obtidos, que a utilização de informação
       audiovisual facilita o processo de aprendizagem.



INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                      3
RECURSOS DIDÁCTICOS SEGUNDO OS SENTIDOS
Os recursos didácticos podem ser classificados de diversas formas dependendo do critério que for
escolhido.

Um dos critérios possíveis de classificação é o baseado nos sentidos .




                     Classificação dos recursos didácticos segundo os sentidos

   Pode referir-se a título exemplificativo:

- Gustativos. A formação e a actividade profissional na indústria alimentar e culinária recorre
  normalmente ao sentido do gosto durante o processo de confecção e no controlo de qualidade.

- Olfactivos. O sentido do olfacto é imprescindível em determinadas actividades profissionais
  (indústria química, perfumes, culinária), por ser impossível descrever, visualmente ou por palavras,
  qualquer odor.

- Tácteis. O caso mais característico da utilização deste sentido num processo de aprendizagem, é a
   escrita Braille utilizada pelos deficientes visuais.

- Os meios auditivos, visuais e audiovisuais, devido à sua complexidade, merecem no quadro
   deste CD-ROM, tratamento mais desenvolvido.




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                      4
SELECÇÃO

   MOTIVOS QUE JUSTIFICAM O USO DOS RECURSOS AUDIOVISUAIS

   Como se constata, o uso destes recursos didácticos melhora a retenção da informação no processo
   de aprendizagem. Há, no entanto, outros motivos, complementares do primeiro, que apelam à
   utilização destes meios:

   — Provoca grande impacte no auditório;

   — Aumenta o interesse e a atenção dos formandos;

   — Facilita a retenção na memória;

   — Facilita a troca de ideias;

   — Facilita a actividade do formador;

   — Diminui o tempo da formação/aprendizagem.


   FACTORES QUE CONDICIONAM A SUA ESCOLHA
   Atendendo à extrema importância de que se revestem estes recursos no processo de aprendizagem
   é fundamental a sua perfeita adequação a cada situação específica de ensino-aprendizagem pelo
   que se torna muito importante seleccionar correctamente os meios a utilizar, de entre todos os
   disponíveis.

   Esta fase de selecção é, por vezes, difícil pelos diversos factores nela implicados. No entanto, os
   seguintes devem merecer particular destaque:

- Objectivo a atingir com a sua utilização.

- Destinatários - As características dos destinatários condicionam a escolha dos meios. Por exemplo,
  para um grupo de invisuais é absolutamente inadequada a selecção de qualquer meio visual.

- Conteúdo da mensagem a transmitir - Por exemplo, não é possível demonstrar movimentos
  através de imagens fixas.

- Condicionalismos materiais - Estes podem ser determinantes na selecção dos meios, uma vez que
  os mais adequados nem sempre estão ao dispor do formador. Assim, é fundamental que o formador
  saiba antecipadamente quais os meios que tem à sua disposição.

- Condicionantes do espaço de formação - Por exemplo, o uso de meios visuais projectáveis, como
  o episcópio e o projector de slides, é inadequado em salas que não possam ser obscurecidas.

- Tempo disponível para a acção de formação - Acções de curta duração podem não permitir o uso
   de documentos audiovisuais previamente elaborados para acções de maior duração. Nestes casos,
   o formador deverá adaptar estes documentos, se possível, ou escolher outros.



INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                      5
UTILIZAÇÃO
PRINCíPIOS GERAIS

Pode ficar a impressão de que a qualidade da formação, depende fundamentalmente da utilização dos
recursos didácticos. No entanto, apesar da sua importância real, nunca se deve esquecer que mais não
são do que auxiliares pedagógicos do formador.

É precisamente no formador que reside a qualidade da formação. A utilização daqueles meios, por
melhor que eles sejam, nunca poderá salvar uma sessão mal preparada.

A utilização de meios em excesso, provocando a fadiga dos participantes, ou as deficientes condições
de apresentação, tanto ao nível técnico como ambiental, também poderá comprometer os resultados
esperados.

Por vezes, verifica-se que devido às suas elevadas qualidades mediáticas, os meios são utilizados para
colmatar ou disfarçar lacunas de tempo ou de assunto, na apresentação dos temas. No entanto, eles só
devem ser utilizados como reforço dos meios tradicionais, para facilitar a aprendizagem.

Outro aspecto a ter em conta é o de não haver meios específicos para cada objectivo. Para cada
situação certos meios podem ser mais apropriados do que outros, mas não há “eleitos”. Todos eles
como veremos têm vantagens e desvantagens.

As preferências pessoais de cada formador em relação à utilização dos vários meios, não devem
afectar a sua escolha quanto aos mais apropriados, para cada situação de formação.

Cada recurso didáctico deve ser estruturado em função de um determinado grupo destinatário, para se
atingir um objectivo específico. Por este motivo não há documentos didácticos universais. Sempre que
se deseja utilizar documentos já existentes é necessário fazer uma análise cuidada dos seus conteúdos
e forma e verificar a sua adequação aos fins pretendidos.

AVALIAÇÃO

A avaliação assume carácter formativo e não obrigatório.

Para cada tema – não projectáveis, projectáveis, ecrãs, meios sonoros e audiovisuais - , no índice
respectivo é apresentado sob a designação Avaliação um grupo de qestões que permitem ao utilizador
aferir o nível de apreensão de um conjunto de conhecimentos considerados essenciais.

A tipologia de questões é variável – escolha múltipla, selecção, verdadeiro-falso e de completar – em
função do conteúdo a avaliar.

Ao optar pela questão que considera correcta, surge uma mensagem dando conhecimento do sucesso
ou insucesso alcançado e, neste último caso, é proporcionada uma segunda, e definitiva, oportunidade,
com possibilidade de optar por consulta, antes de se considerar definitivamente aceite a resposta
seleccionada.

No final, uma vez respondida a totalidade das questões de cada tema, é facultada a informação relativa
aos resultados obtidos.
INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                      6
MEIOS VISUAIS NÃO PROJECTÁVEIS
Os meios visuais não projectáveis são recursos didácticos cuja exploração se faz por observação
directa, não implicando portanto a utilização de aparelhos do tipo óptico ou electrónico.

Esta família engloba um conjunto extenso e variado de recursos. Podemos sistematizá-los do seguinte
modo:

- QUADROS

- DOCUMENTOS GRÁFICOS

- MODELOS E MAQUETAS

- RECURSOS DO MEIO AMBIENTE


QUADROS
Estes auxiliares pedagógicos são, desde há longa data, os mais vulgarizados, apesar de alguns deles
terem caído em desuso. Estão neste caso os quadros de ardósia, já referenciados em 1658, que
serviram de base ao processo pedagógico no sistema educativo, até há bem pouco tempo.

O quadro preto de escrita com giz foi inicialmente substituído por outro, sintético de cor verde, que
mantinha as mesmas características de utilização. Este tipo de quadros foi, no entanto, rapidamente
substituído pelos quadros brancos, também conhecidos por cerâmicos.

Os quadros que actualmente são mais utilizados em formação, são do tipo branco/magnético. Estes
suportes têm a particularidade de permitir uma utilização polivalente. Tanto podem ser de escrita
directa, substituindo o quadro de giz, como de afixação magnética de elementos, substituindo, neste
caso, o flanelógrafo ou quadro de flanela.


TIPOS DE QUADROS

   — Quadro preto (ardósia)
   — Quadro verde (sintético)
   — Quadro de flanela ou flanelógrafo
   — Quadro magnético
   — Quadro de afixação (cortiça)
   — Quadro branco ou cerâmico
   — Quadro de papel ou de conferência
   — Quadro copiador
   — Quadro interactivo
INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                     7
QUADROS DE ESCRITA A GIZ
Nesta categoria englobam-se os quadros de ardósia e os sintéticos. Apesar do seu progressivo
desuso, ainda os podemos encontrar em grande número sobretudo em estabelecimentos de ensino.




                                           Quadro de escrita a giz


VANTAGENS

   — Baixo custo de aquisição e utilização.

   — Fácil utilização visto não necessitarem de conhecimentos técnicos específicos.

   — Larga implantação na maioria dos estabelecimentos de ensino.

   — Utilização de cores. Existe uma larga variedade de giz de cor.

   — Elevada durabilidade.




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação             8
DESVANTAGENS

   — Pó de giz. É sem dúvida o maior inconveniente deste tipo de quadro. A sua utilização provoca
     grandes quantidades de pó, sujando o utilizador e o espaço circundante. Este pó é também
     prejudicial à saúde.

   — Posição do utilizador. O formador, ao utilizar este meio, vira as costas ao grupo, quebrando-se
     o contacto visual.

   — A informação não é reutilizável. Sempre que se apaga o quadro, a informação desaparece,
     não podendo ser reutilizada.

   — Legibilidade deficiente. Normalmente o utilizador dá pouca importância aos aspectos gráficos (
       letragem, traço, cores, etc. ) de que resulta uma informação deficiente.




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                    9
QUADRO DE FLANELA OU FLANELÓGRAFO
O quadro de flanela ou flanelógrafo é dos que mais facilmente podem ser construídos pelo formador. É
constituído por um painel de contraplacado ou aglomerado de madeira, sobre o qual é colada uma
flanela.




                                            Imagem de flanelógrafo

O seu funcionamento baseia-se no princípio da aderência por contacto, de duas superfícies rugosas. Se
os elementos a utilizar forem contituídos pelo mesmo material ou idêntico, aderem por si. Se os
elementos forem em materiais não aderentes é necessário colar na parte de trás pedaços de papel de
lixa, de papel de veludo ou de Velkro , para permitir a aderência.

Para garantir uma melhor aderência o quadro deve ter uma ligeira inclinação para trás.

VANTAGENS

   — Fácil de construir.

   — Pouco dispendioso.

   — Elementos fáceis de realizar. Os elementos são facilmente confeccionados pelo formador,
     consoante as necessidades.

   — Mobilidade e animação dos elementos. Os elementos põem-se e tiram-se muito facilmente, o
     que permite compor e decompor a informação.

   — Elementos reutilizáveis.
INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                    10
DESVANTAGENS

   — Pouca implantação. Caiu em desuso por ter sido ultrapassado por outros auxiliares
     pedagógicos mais eficientes sendo actualmente muito difícil encontrá-lo em espaços de
     formação. Pela mesma razão também é difícil encontrar no comércio elementos já
     confeccionados.

   — Preparação complexa e demorada. A utilização do flanelógrafo exige uma preparação cuidada
     porque não permite improvisos. Exemplo: imagine-se a apresentar num flanelógrafo, as
     conclusões dum grupo, letra a letra!

   — Acondicionamento dos elementos. Os elementos, por aderirem facilmente entre si, dificultam o
       seu manuseamento obrigando a que sejam guardados separadamente. Isto representa mais
       espaço para arrumação.




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                11
QUADRO MAGNÉTICO
Este quadro é constituído por uma chapa de metal ferro-magnético e permite a afixação de elementos,
através de pequenos ímanes.




                                             Quadro magnético

Pelas suas características, este suporte é uma evolução do flanelógrafo.

A preparação dos elementos a afixar, é semelhante à do quadro de flanela, mas em lugar de se fixar
material rugoso nas costas dos elementos, utilizam-se materiais magnetizados.

Este quadro, tal como o flanelógrafo, não permite improvisos, obrigando a que o material de
demonstração seja cuidadosamente pensado e confeccionado com antecedência.




                                     Ímanes para quadros magnéticos


INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                  12
VANTAGENS

- Larga implantação visto que os quadros cerâmicos de escrita, muito vulgarizados nos espaços de
  formação, são também do tipo magnético.

- Elementos reutilizáveis.

- Elevada durabilidade dos elementos.

- Mobilidade e animação dos elementos. Tal como no flanelógrafo os elementos põem-se e tiram-
  se facilmente o que permite compor e decompor a informação.

- Afixação de documentos. O quadro magnético também serve de quadro para afixação de
   documentos utilizando ímanes. Exemplo: cartazes, fotografias, diagramas, recortes de   jornais,
   mapas, etc.


DESVANTAGENS

- Preparação complexa e demorada. A utilização deste suporte exige uma preparação cuidada
  porque não permite improvisos.

- Realização dos elementos. Os elementos para este suporte são mais dispendiosos e difíceis de
  realizar do que os elementos para o flanelógrafo.

- Acondicionamento dos elementos. À semelhança do que acontece com os elementos para o
   flanelógrafo, é difícil o seu manuseamento e acondicionamento.




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                 13
QUADRO DE AFIXAÇÃO
Os quadros de afixação são muito práticos porque podem fornecer, a baixo custo, informações de toda
a espécie. Neles se podem afixar cartazes, fotografias, mapas, avisos e outros documentos.

Normalmente o quadro de afixação é um painel de madeira forrado a cortiça. Os documentos são
afixados por meio de punaises ou alfinetes de cabeça plástica. Os quadros magnéticos também são
usados como quadros de afixação.




          Alfinetes de cabeça plástica para quadros de afixação em cortiça ou sintéticos




                                      Quadro de afixação em cortiça

INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                  14
Quadro de afixação em feltro sintético

Devido às suas propriedades isolantes, a cortiça é frequentemente utilizada como revestimento das
paredes das salas de formação, o que permite utilizá-las como painéis de afixação.




                              Folha A4 afixada em parede forrada a cortiça

A disposição e preparação dos documentos deve ser cuidada de forma a que a informação seja clara,
legível e visualmente atraente.


INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                15
QUADRO BRANCO OU CERÂMICO
Actualmente este tipo de quadro é o mais utilizado em salas de formação, pelas suas vantagens,
nomeadamente a polivalência.




                                          Quadro branco ou cerâmico

A sua principal função é como suporte de escrita directa, substituindo os primitivos quadros de giz.

Neste caso, um dos principais cuidados a ter é a correcta selecção e utilização dos materiais de escrita,
visto só existir um tipo de caneta adequada a este suporte: a caneta de feltro do tipo não permanente
(normalmente tem a designação:non permanent / dry wipe / for white board).




                              Canetas adequadas para quadros cerâmicos

INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                         16
Apagador de quadro cerâmico


Este aspecto é importante visto que normalmente co-existem nas salas de formação canetas de
aspecto idêntico, do tipo permanente (normalmente têm a designação: permanent / waterproof) próprias
para escrita em quadro de papel.

Se, por lapso, o formador utilizar canetas do tipo permanente, no quadro branco, a informação não
desaparecerá com o apagador , podendo provocar uma situação de embaraço para o formador. Ao
verificar-se esta situação, deve proceder-se do seguinte modo: utilizar um pano branco limpo ou
algodão embebido em álcool e limpar com movimentos não circulares. Nunca utilizar o apagador do
quadro embebido em álcool porque irá sujar ainda mais o quadro.

Para além de permitir a escrita directa, e servir como quadro magnético, com as vantagens e aplicações
deste quadro, também pode ser utilizado como ecrã, em casos particulares. Nestes casos e devido ao
alto brilho da sua superfície, deve-se ter o cuidado de não colocar espectadores no eixo de projecção, a
fim de evitar situações de encandeamento.




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                       17
Representação de sala com disposição dos formandos
                            quando se utiliza o quadro branco como ecrã

No caso da utilização do quadro branco como ecrã, podemos complementar a informação original,
obtida por projecção (retroprojector, episcópio, etc.), escrevendo directamente no quadro. Exemplos:
preencher uma grelha de avaliação, legendar um organograma ou figura, completar um esquema
técnico.




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                   18
Utilização combinada do quadro branco com um retroprojector




                             Ponteiro laser e o efeito produzido numa imagem




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação   19
VANTAGENS

- Baixo custo de aquisição.

- Facilidade de utilização visto não necessitar de conhecimentos específicos.

- Larga implantação. Bastante vulgarizado nos espaços de formação.

- Utilização de cores. Grande variedade de canetas de cor.

- Elevada durabilidade. A sua utilização não tem as desvantagens provocadas pelo pó de giz.

- Polivalência: Quadro de escrita, quadro magnético, ecrã em casos particulares.


DESVANTAGENS

- Posição do utilizador. O formador ao utilizar este meio, vira as costas ao grupo quebrando-se o
  contacto visual.

- Legibilidade limitada. As canetas normalmente disponíveis são de traço fino.

- Uso de canetas específicas. Só podem ser utilizadas canetas de feltro do tipo não permanente.

- A informação não é reutilizável. Sempre que se apaga o quadro, a informação desaparece, não
  podendo ser novamente utilizada. Esta desvantagem tende a ser ultrapassada por quadros
  recentemente surgidos no mercado, que por processos electrónicos podem reproduzir cópias em
  papel, da informação escrita no quadro. São os quadros copiadores que veremos adiante.




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                    20
QUADRO DE PAPEL
O quadro de papel também conhecido por quadro de conferência é o mais pequeno dos quadros de
escrita utilizados em formação.

Normalmente tem as dimensões de 90 x 60 cm e está montado num cavalete metálico. O cavalete pode
ser regulado em altura e inclinação. A parte superior do quadro tem uma barra de suporte e fixação do
conjunto de folhas de papel. A placa-base do quadro tem as mesmas características do quadro branco /
magnético.




                       Quadro de conferência com conjunto de folhas de papel
                    e com a identificação das três outras utilizações que pode ter


A principal característica deste suporte é que a informação escrita em cada folha de papel não
desaparece e pode ser reutilizada.

É frequente utilizar o quadro de papel em conjunto com outros auxiliares pedagógicos (quadro branco,
retroprojector, etc.) já que têm utilizações complementares.


INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                    21
Planta de sala com colocação dos quadros, retroprojector e ecrã


No quadro branco normalmente regista-se a informação geral e no quadro de papel a informação
síntese, o que permite em qualquer altura relembrar as ideias-chave.

Este quadro é de fácil transporte, ocupa pouco espaço e alia uma grande polivalência a uma fácil
utilização. Estas características tornam-no ideal para pequenos grupos.




     Letras e algarismos que se fixam, por magnetismo, a qualquer tipo de quadro magnético

INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação               22
As folhas de papel usadas neste suporte, fornecidas em bloco, têm uma face lisa e outra rugosa. A face
apropriada para escrita é a lisa porque permite um melhor grafismo, não ensopa e poupa as pontas de
feltro das canetas.

Apesar das canetas adequadas a este suporte serem do tipo permanente (waterproof), outros materiais
de escrita podem ser utilizados, como os lápis de cera, de cor, carvão, etc.




                   Canetas para escrita em folhas de papel de quadro de conferência

O quadro de papel também pode ser encarado como um bloco de notas gigante. Pode-se preparar com
antecedência e guardar para posterior utillização: escrita, esboços, gráficos e figuras. Toda esta
informação pode também ser obtida pela técnica da projecção, já referida para o quadro branco.

Sempre que o formador prevê que vai repetir o mesmo tema, em diferentes sessões, pode ser
vantajoso preparar um álbum seriado. Este é basicamente um conjunto de folhas com a informação
síntese ordenada sequencialmente.




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                     23
VANTAGENS

   — Fácil utilização.

   — Baixo custo de aquisição.

   — Preparação prévia. A informação pode estar pronta, ou em rascunho a lápis, para ser recoberta
     a tinta durante a sessão.

   — Conservação e utilização posterior. Contrariamente aos outros quadros de escrita, a
     informação não desaparece podendo ser reutilizada como síntese ou recapitulação. As folhas
     podem ainda ser afixadas ou penduradas na sala de formação, para consulta, o que permite
     certas discussões de grupo, resumir opiniões, etc.

   — Não suja. A sua utilização não tem as desvantagens do pó de giz.

   — Utilização de cores. Grande variedade de canetas de cor.

   — Diversos materiais de escrita.

   — Fácil transporte. Normalmente a estrutura é articulada, o que permite obter um conjunto
     compacto para facilitar o transporte.

   — Posição do utilizador. O formador ao utilizar este meio não vira
     completamente as costas ao grupo.

   — Polivalência:        Quadro de papel.
                          Quadro branco.
                          Quadro magnético.


DESVANTAGENS

   — Área para escrita muito limitada. Normalmente 90 x 60 cm.

   — Carácter permanente da informação. Não permite emendar um erro sem rasura.




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                 24
QUADRO DE ESCRITA COPIADOR
O quadro de escrita copiador pertence a uma geração de meios visuais mais tecnológica, e tanto pode
ser utilizado em formação como em reuniões institucionais (empresariais).

As suas dimensões são variáveis, podendo ir desde o tamanho do quadro de papel (conferência), com
85 cm de altura por 73 cm de largura, até aos de maiores dimensões, com 120 X 92 cm.

Estes quadros tanto podem ser de colocação na parede, como montados sobre uma estrutura móvel
com rodízios.

A principal característica deste meio, é permitir a obtenção de cópias em papel, da informação escrita
na superfície no quadro. Estas são reproduzidas em papel de termocópia no formato A4. Esta
característica permite que o grupo utilizador concentre toda a atenção na informação apresentada, sem
necessidade de a copiar.

Já existem modelos que se ligam por cabo a um PC e que depois de instalado um software, que
acompanha o quadro, permite guardar ou imprimir, também a partir do computador, tudo o que se fizer
no quadro.




                       Quadro de escrita copiador ligado a um PC e impressora

Outra característica é possuir várias (4) superfícies iguais para escrita, bastando carregar-se num botão
para que a superfície utilizada deslize lateralmente, sendo substituída pela outra. Alguns modelos
permitem deslocar manualmente a superfície de escrita. Em modelos mais recentes há também uma
superfície, sem brilho, para ser usada como ecrã.



INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                        25
Quadro de escrita copiador com várias superfícies de escrita.
                       Há ainda outra superfície para ser usada como ecrã.

A sua utilização é extremamente simples, podendo ser usado como qualquer outro quadro branco do
tipo convencional. As canetas apropriadas são do mesmo tipo, isto é, não permanentes. Os apagadores
são também do tipo convencional. Há, no entanto, algumas precauções a tomar com esta superfície de
escrita. A principal é nunca se utilizarem canetas do tipo permanente, cuja informação só pode ser
apagada com álcool, o que a danificará.

Outra das precauções é não deixar informação escrita ou pedaços de fita cola, durante muito tempo
sobre a superfície, o que pode dificultar a sua remoção. A limpeza desta superfície só deve ser feita
com um detergente suave, solúvel em água. O uso de produtos diluentes, como por exemplo, a benzina
ou o álcool, são absolutamente interditos, pois danificam a superfície de escrita.




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                    26
Painel de comando das funções do quadro copiador e da impressora

Também se deve evitar a colocação do aparelho em lugares expostos ao sol ou muito próximo de
sistemas de aquecimento de ambiente.




                   Superfície a ser usada exclusivamente como ecrã de projecção
INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                 27
A humidade também pode afectar o seu funcionamento, sobretudo no que respeita à impressão em
papel.

Já existem modelos portáteis, leves (cerca de 5 Kg), com a área de escrita idêntica à de um quadro de
papel. Também pode ser ligado a um PC ou a uma impressora.




           Quadro de escrita copiador portátil montado sobre um quadro de conferência

VANTAGENS

– Facilidade de utilização.

– Conservação da informação por cópia em papel.

– Integração com meios informáticos nalguns aparelhos.


DESVANTAGENS

- Custo de aquisição.

- Sensibilidade. A superfície de escrita pode ser danificada pela permanência prolongada da
  informação escrita, pelo álcool e pela exposição ao sol.

- Posição do utilizador. O formador, ao utilizar este meio, vira as costas ao grupo.


INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                    28
QUADROS INTERACTIVOS
Uma das últimas inovações a surgir no mercado foram os quadros de escrita interactivos.

Com estes quadros o formador/utilizador pode:

   — Escrever na sua superfície com as canetas de um normal quadro de escrita;

   — Escrever ou desenhar sobre qualquer imagem nele projectada com canetas virtuais e tinta
     electrónica a cores;

   — Apagar o que se escreveu ou desenhou com um apagador virtual;

   — Usar como ecrã (a superfície não tem brilho);

   — Projectar a imagem de um PC e com o toque de um dedo ou de uma caneta especial actuar
     sobre os ficheiros, o sistema operativo e o software do PC;

   — Usar um teclado virtual para escrever;

   — Fazer save de cada imagem para um PC e imprimir, no final da sessão, para distribuir aos
     formandos. Se o save for feito em HTML pode colocar tudo na Internet;

   — Pode alterar posteriormente os ficheiros que se guardaram.

É evidente que isoladamente estes quadros só podem ser usados como quadro de escrita e ecrã. Para
se obter todo o rendimento temos de usar um PC ligado a um projector de data/vídeo que projecta a
imagem do PC sobre a superfície do quadro. Temos, portanto, de usar 3 equipamentos (quadro, PC e
projector de data) o que representa uma despesa/investimento avultado.




                                             Quadro interactivo


INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                 29
No PC que usarmos para este fim temos de instalar software que faz funcionar as diferentes opções de
utilização. Após a instalação do software há que calibrar a imagem (definir a área útil). Depois de feita a
instalação e calibração podemos começar a usar qualquer software. Por exemplo fazer apresentações
em PowerPoint ou usar o Excel podendo adicionar informação ao que está a fazer.

O princípio de funcionamento baseia-se num sistema de coordenadas (abcissa e ordenada) na
superfície do quadro. Ao actuarmos sobre a imagem projectada (calibrada) com as canetas virtuais
permite-nos seleccionar as opções como se estivéssemos a usar o rato.




       Dois exemplos de imagens às quais foi acrescentada informação feita manualmente

Alguns destes quadros funcionam com uma caneta especial (algumas alimentadas por uma pilha).
Com esta caneta seleccionamos de um menu a função que queremos usar.

Também já existem modelos em que o formador/utilizador não tem de estar diante do quadro. Pode
sentar-se no meio dos formandos/participantes e controlar e fazer tudo actuando sobre uma prancheta
que transmite os dados ao quadro por infravermelhos.

Existe, ainda, uma marca que comercializa um dispositivo que se fixa, com ventosas, a um vulgar
quadro de escrita do lado esquerdo do mesmo. Por infravermelhos e ultrasons o aparelho faz a leitura
de tudo o que se escreve/desenha, a cores e em tempo real, no quadro e guarda como ficheiro
informático em diferentes formatos à escolha do utilizador. Tem cartuchos próprios onde se introduzem
as canetas normais para quadros brancos. Fazem, igualmente, parte do conjunto um apagador e uma
caneta especial que substitui o rato. Também funciona ligado a um PC e um projector de data/vídeo
como já foi referido para os quadros.




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                           30
Conjunto de elementos que permite transformar um quadro branco em quadro interactivo




                         Dispositivo colocado no quadro e ligado a um laptop




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação             31
Modelo para quadros de conferência

Este equipamento é substancialmente mais acessível que os quadros interactivos apresentando a
importante vantagem de ser portátil. O formador/utilizador pode levar o conjunto para qualquer sala
onde houver um quadro de escrita. Ao ser usado como ecrã para um projector de data/vídeo tem como
desvantagem o brilho que a superfície do quadro produz. Nesta situação o formador/utilizador deve
fazer deslocar os formandos/espectadores para fora do eixo de projecção para evitar o encandeamento
dos mesmos.

Além dos quadros também há ecrãs interactivos que funcionam por retroprojecção. Têm uma grande
vantagem sobre os quadros – o utilizador não provoca sombra na superfície de trabalho.




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                   32
Ecrã interactivo que funciona por retroprojecção

Já existem, também, monitores de plasma com superfície sensível ao toque e que se comportam do
mesmo modo.




                                       Monitor de plasma interactivo


INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação              33
VANTAGENS
   — Fácil de usar (após aprendizagem do software e prática de utilização).

   — Intuitivo.

   — Atractivo da novidade.

   — Portabilidade de alguns modelos/marcas.

   — Aumenta a produtividade. Os formandos/participantes concentram-se no que interessa em vez de
     estarem a tomar notas.

   — O software permite guardar em ficheiro informático. Tudo o que se faz pode ser impresso,
     partilhado na Internet por e-mail ou em HTML.


DESVANTAGENS
   — Sombra produzida pelo utilizador (nos modelos que não têm prancheta de desenho).

   — Posição do utilizador. O formador, enquanto escreve/desenha vira as costas ao grupo,
     quebrando-se temporariamente o contacto visual.

   — Habituação para usar os vários botões e menus.

   — Custo do quadro e software.

   — Necessidade de mais 2 equipamentos (PC e projector de data/vídeo) para que a interactividade
     funcione.

   — Rigidez de colocação. Apesar de haver modelos com rodas, as grandes dimensões e o peso
     tornam a mobilidade dos quadros reduzida.




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                  34
PRINCÍPIOS DE UTILIZAÇÃO DOS QUADROS
Para uma correcta utilização dos quadros devem-se ter em conta os seguintes factores:

   — Dimensão dos caracteres. Para garantir uma boa visibilidade a dimensão dos caracteres é
     determinada pela distância ao quadro do participante mais afastado.

   — Relação altura/espessura. A espessura do traço deve ser proporcional à altura dos caracteres.

   — Espacejamento. Deve-se ter o cuidado de espacejar correctamente as letras e as palavras.

   — Entrelinhamento. O espaço entre as linhas também deve merecer a nossa atenção.

   — Tamanho de letra. É aconselhável manter o mesmo tamanho das letras em cada linha.

   — Tipo de letra. Deve ser simples para facilitar a leitura.

   — Utilização de cores. As cores a utilizar devem provocar um bom contraste com o suporte e
     distinguirem-se bem entre si .

   — Ênfase. Para dar ênfase a parte de uma informação (ideia-chave, título, etc.) pode-se mudar a
     cor, o formato ou simplesmente sublinhar.

   — Linhas horizontais. A informação escrita deve estar disposta segundo linhas regulares e
       horizontais.




                            Sala de reuniões com quadro de escrita copiador
                            e ecrã que se movimenta sob comando eléctrico


INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                   35
DOCUMENTOS GRÁFICOS
Os documentos gráficos representam um conjunto importante de auxiliares pedagógicos a que
podemos recorrer através do sentido da visão.

Um auxiliar visual gráfico é normalmente a representação simbólica da realidade. O importante não é a
representação exacta do objecto real, mas a apresentação clara e simplificada de alguns dos seus
aspectos. O exemplo mais vulgar deste tipo de documentos são os sinais de trânsito que utilizam,
quase exclusivamente, uma linguagem de imagens para simbolizar ideias ou objectos.




                                             Exemplo de cartaz




                                        Exemplo de desenho digital


INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                    36
Exemplo de um desdobrável

Em formação, os documentos gráficos mais apropriados são os diagramas, os esquemas, os gráficos,
os organigramas, as fotografias, os desenhos, os cartazes, sem esquecer os livros, os manuais
técnicos, as fotocópias e os mapas,cartas e globos.




                                          Mapas e globo terrestre



INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação               37
Os documentos gráficos têm como principal função, completar de forma simples e prática a informação
apresentada, quer oralmente, quer através de outro meio audiovisual. Estes documentos podem ser
facilmente adaptados ou modificados, em função das alterações de conteúdo de cada acção.

Na sua execução, de uma forma geral, os documentos gráficos apelam a técnicas variadas como a
letragem, a utilização da cor, o desenho, o recorte, a colagem, a fotografia por processos manuais e
laboratoriais ou recorrendo a meios informáticos.

VANTAGENS

   — Baixo custo. Podem ser obtidos pelo formador sem grandes despesas.

   — Fácil adaptação aos conteúdos.

   — Fácil transporte, reduzido peso e dimensões.

   — Fácil utilização. A sua utilização não envolve conhecimentos e meios técnicos específicos.

   — Fácil preparação.




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                    38
MODELOS E MAQUETAS
Quando em formação se pretende falar sobre um objecto real, é melhor mostrar esse mesmo objecto
do que a sua representação. No entanto, há situações que limitam o contacto directo com esses
objectos por serem muito grandes (avião), muito pequenos (molécula), complexos (motor de explosão)
ou perigosos (armas).




                                       Um modelo do corpo humano




                                  Um disco duro de computador (aberto)


INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                 39
Uma maqueta

Sempre que se utilizam maquetas ou modelos, deve-se indicar qual é a escala de representação, de
modo a não induzir os formandos em erro.




                                         Esqueleto de um pássaro



INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação               40
RECURSOS DO MEIO AMBIENTE
O meio ambiente, apesar de muitas vezes ser esquecido, pode ser um importante auxiliar pedagógico.
Normalmente, o formador pode encontrar no meio que o rodeia uma série de recursos que podem
complementar a formação em sala.




            Um exemplo de recurso do meio ambiente - Oceanário - Parque das Nações

Alguns destes recursos podem ser os museus, as bibliotecas, as empresas, as instalações fabris, as
feiras, as exposições e os recursos da natureza.

A exploração destes recursos permite ligar as actividades de aprendizagem às realidades concretas da
vida.




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                   41
TELAS DE PROJECÇÃO (ECRÃS)
As telas de projecção, vulgarmente conhecidas por ecrãs, são superfícies apropriadas para o
visionamento de imagens projectadas.

Um ecrã é basicamente uma superfície plana com características adequadas para receber imagens
projectadas.

Os ecrãs podem ser opacos ou translúcidos.

Nos ecrãs opacos a imagem projectada pelo aparelho é reflectida na sua superfície, permitindo ao
espectador o visionamento. Os ecrãs mais usados em formação são normalmente os opacos.




                              Representação de uma sala com ecrã opaco

No ecrã translúcido a imagem não é reflectida mas transmitida através do próprio ecrã. À projecção
obtida através destes ecrãs chama-se retroprojecção (projecção por trás).




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                 42
Representação de uma sala com ecrã translúcido


As características da superfície do ecrã influenciam determinantemente a qualidade da imagem
reproduzida. O seu rendimento depende dos seguintes factores:

   — Brilho - intensidade da luz reflectida.

   — Contraste - diferença entre as zonas mais claras e mais escuras.

   — Fidelidade da cor - reprodução das cores sem alteração.

   — Direccionalidade - determinação do ângulo de visionamento.


Quanto ao tipo de superfície os ecrãs podem ser:

   — Mate

   — Perolado

   — Lenticular

No ecrã mate a superfície é branca e lisa mas sem brilho. As imagens reflectidas têm uma
luminosidade uniforme mesmo quando visionadas lateralmente. A sua direccionalidade (ângulo de
visionamento) é de 30 graus para cada lado do eixo de projecção.

INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação             43
Os ecrãs mate não reflectem tanta luz como os perolados e os lenticulares, mas têm um bom ângulo de
visionamento.

Para utilização corrente e se a sala puder ser obscurecida, recomenda-se a utilização dum ecrã deste
tipo.

É o ecrã que mais se encontra nos espaços de formação sobretudo pelo seu baixo custo.

Este ecrã é mais apropriado para salas largas e pouco profundas.




                                                  Ecrã mate




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                   44
O ecrã perolado é formado por uma superfície branca recoberta de minúsculas contas de vidro incolor.
Estas contas são altamente direccionais reflectindo a luz na direcção exacta donde provém. Em
consequência disto, os espectadores colocados junto ao eixo de projecção recebem uma imagem mais
brilhante do que os colocados lateralmente. Frontalmente o factor de reflexão de um ecrã perolado é
cerca de quatro vezes superior ao de um ecrã mate. Para um ângulo superior a 20 graus, este factor é
inferior ao do ecrã mate.




                    Pormenor em planta e corte da superfície de um ecrã perolado

O ecrã perolado é, portanto, mais luminoso, mas também mais direccional que o ecrã mate.
O seu uso recomenda-se em salas estreitas e compridas.




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                   45
Representação do comportamento dos diferentes tipos de ecrã
                                 conforme o ângulo de reflexão

O ecrã lenticular é constituído por matéria plástica resistente e moldada de tal forma que se comporta
como uma superfície recoberta de minúsculas lentes côncavas. Este tipo de ecrã combina as vantagens
do ecrã perolado (factor de reflexão muito elevado) com as do ecrã mate (ângulo de visionamento
lateral de 30 graus).

O factor de reflexão deste ecrã, tal como no perolado, é cerca de quatro vezes superior ao do mate mas
não se atenua lateralmente. Este tipo de ecrã é o mais indicado para salas grandes.




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                     46
Pormenor em planta e corte da superfície de um ecrã lenticular

Devido ao seu elevado rendimento luminoso os perolados e os lenticulares podem ser usados sem
obscurecimento total das salas.

Além dos custos de aquisição são sobretudo as condições da sala onde se efectua a projecção que
devem condicionar a escolha do tipo de ecrã a utilizar.


Quanto ao formato, os ecrãs de projecção podem ser de dois tipos:

- Quadrado

- Rectangular

O formato quadrado tem a vantagem de permitir a projecção de imagens com enquadramento
horizontal ou vertical, nomeadamente de diapositivos e de acetatos para retroprojector. Este é o formato
mais adequado para espaços de formação.

O formato rectangular é mais apropriado à projecção cinematográfica por ser compatível com o
enquadramento horizontal da imagem.

Quanto à forma de montagem, os ecrãs podem ser fixos ou móveis. Em espaços de formação é mais
comum encontrarem-se ecrãs de parede ou de tripé com recolha por enrolamento. Em alguns casos os
de parede, de maiores dimensões, têm enrolamento eléctrico.




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                       47
Ecrã de grandes dimensões com enrolamento eléctrico




                                 Representação dos vários tipos de ecrã.




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação   48
PRINCÍPIOS DE UTILIZAÇÃO
   — A área de visionamento varia com o grau de direccionalidade do ecrã utilizado.

   — O ecrã deve ter uma largura de cerca de 1/6 do comprimento da sala.

   — A superfície do ecrã deve estar sempre bem esticada.

   — O eixo de projecção da imagem deve coincidir com o centro do ecrã.

   — Sempre que possível o limite inferior do ecrã deve ficar à altura dos olhos dos espectadores.

   — Devem evitar-se as distorções geométricas na imagem projectada.

   — A imagem projectada deve, se possível, encher o ecrã.

   — No fim da utilização deve-se enrolar o ecrã a fim de preservar a sua superfície de danos ou
     sujidade.




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                       49
MEIOS VISUAIS PROJECTÁVEIS
O conjunto de meios que abaixo se identificam utiliza como veículo da informação a imagem projectada
num ecrã. Tanto pelos antecedentes históricos, como pelo seu papel na actualidade, continuam a ser
dos mais importantes em formação.

Os meios visuais projectáveis mais utilizados são:

   — EPISCÓPIO

   — PROJECTOR DE DIAPOSITIVOS

   — RETROPROJECTOR

   — PAINEL DE CRISTAIS LÍQUIDOS

Destes meios o mais importante é o retroprojector tanto pela sua versatilidade como pela sua taxa de
utilização.


O EPISCÓPIO
Este tipo de aparelho destina-se essencialmente à projecção fixa, por reflexão, de documentos opacos
tais como: fotografias, páginas de livros, jornais ou revistas, desenhos e até pequenos objectos.

O episcópio foi utilizado durante vários anos, mas a sua utilização como auxiliar de formação foi
limitada pela fraca luminosidade da imagem projectada.




                              Esquema de funcionamento de um episcópio

INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                   50
O documento a projectar é colocado no porta-documentos sendo comprimido contra uma placa de
vidro. É iluminado então por uma lâmpada, sendo a projecção obtida por intermédio dum espelho,
inclinado a 45 graus, que reflecte a imagem para a objectiva e desta é projectada para o ecrã. A
imagem é reproduzida com as cores originais.




                                        Modelo antigo de episcópio




                                       Modelo moderno de episcópio

INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação               51
VANTAGENS

   — Facilidade de utilização.

   — Variedade de documentos. Devido ao tipo de documentos que podem ser utilizados, a
     variedade é quase ilimitada.

   — Os documentos não necessitam de preparação prévia.

   — Reprodução de elementos. Se a imagem for projectada sobre um quadro de escrita, branco ou
     de papel, é possível reproduzir por cópia: desenhos, gráficos, etc.




                              Reprodução por cópia de imagem projectada




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação             52
DESVANTAGENS

   — Dimensões e peso. Normalmente estes aparelhos são volumosos, pesados e de difícil
     transporte.

   — Danificação dos documentos. Devido à utilização de lâmpadas de elevada potência (cerca de
     1000 W), estes aparelhos aquecem os documentos em demasia, podendo danificá-los, o que é
     grave com documentos originais.

   — Obscurecimento da sala. Devido à fraca luminosidade da imagem projectada, é absolutamente
     necessário obscurecer a sala, o que provoca quebras de ritmo na comunicação.

   — Pouca implantação. Actualmente é raro encontrá-lo em espaços de formação.

   — Inacessibilidade do documento durante a projecção. Como o original está colocado entre um
     vidro e o porta-documentos, o formador não pode actuar directamente sobre ele (apontar
     directamente, acrescentar ou revelar progressivamente a informação).




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação             53
PROJECTOR DE DIAPOSITIVOS
O projector de diapositivos, vulgarmente conhecido por projector de slides, é o sucessor do mais antigo
meio de projecção fixa que se conhece, a lanterna mágica. Conhecido dede 1650, este aparelho tinha
sobretudo uma função recreativa familiar. Projectava imagens coloridas.

Este aparelho projectava imagens coloridas pintadas em chapas de vidro através de uma óptica simples
(lente) e cuja fonte luminosa era uma simples lamparina.

Neste século com o advento da electricidade e simultaneamente da fotografia, houve uma enorme
evolução neste aparelho. A fonte luminosa passou a ser constituída por uma lâmpada, a lente evoluiu
para uma objectiva (conjunto de lentes) e a imagem a projectar passou a ser do tipo fotográfico. No
entanto, só após a Segunda Guerra Mundial se verificou a sua larga difusão tanto no ensino como na
formação profissional.

Num projector de slides encontramos normalmente um sistema de iluminação constituído por uma
lâmpada e um reflector. Um sistema de condensadores concentra o feixe luminoso sobre o slide a
projectar. Finalmente, a objectiva transmite a imagem ampliada para o ecrã, permitindo também a sua
focagem.




                         Esquema de funcionamento de um projector de slides
                                      com carregador circular




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                      54
Interior de um projector de slides onde podemos ver o reflector, duas lâmpadas,
                lente convergente, filtro anti-calórico e mais uma lente convergente

A fim de evitar que por sobreaquecimento o slide se danifique, existe um sistema de arrefecimento
constituído pelo filtro anticalórico e por uma turbina de arrefecimento controlada por um termostato.

Como, em alguns retroprojectores , pode acontecer que, depois de desligada a lâmpada, a turbina de
arrefecimento se mantenha a funcionar até se normalizar a temperatura no interior do aparelho, o
aparelho nunca deve ser desligado da corrente enquanto a turbina estiver em funcionamento.

Lembramos que, sempre que uma imagem é transmitida através de um conjunto óptico, sofre uma
inversão em relação ao original. Por esta razão temos sempre de colocar o slide em posição invertida
no aparelho.



O DIAPOSITIVO / SLIDE

O diapositivo, como o seu nome indica, é uma imagem transparente positiva, em filme (película
fotográfica), normalmente colorida, montada num caixilho de plástico para facilitar a projecção.

Este documento, o diapositivo, obtem-se utilizando películas fotográficas do tipo inversível. Destas
películas, por revelação, obtêm-se directamente imagens prontas a ser visionadas.

O formato mais usado em formação é o de 36mm x 24mm obtido, por corte, da película de 35 mm.
Cada diapositivo é assim um original único cuja reprodução além de dispendiosa, degrada bastante a
qualidade da imagem.



INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                    55
Um diapositivo mal protegido (caixilho simples ou CS) está sujeito a numerosos danos de utilização. Os
mais comuns são: as impressões digitais e os riscos na película, resultantes do manuseamento ou mau
acondicionamento; a degradação da imagem resultante do calor do feixe de projecção e o efeito das
poeiras.




                       Caixilhos para diapositivos: com vidros, tipo CS e normal


Os caixilhos CS possuem nos bordos entalhes para encaixe nos respectivos carregadores. Os slides
ficam presos aos carregadores e podemos inclusive invertê-los sem que os slides caiam como acontece
nos vulgares carregadores longitudinais.




                                         Sistema de fixação tipo CS


INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                     56
Por estas razões cada diapositivo deve ser protegido por caixilhos especiais. Nestes caixilhos, a
película fica entalada entre dois finos vidros especiais. Além de proporcionarem uma eficaz protecção
aos danos mencionados, também mantém a película no mesmo plano, evitando que empole com o
calor o que provoca desfoque na imagem. Os caixilhos especiais com vidros não entram nos
carregadores tipo CS.




                                          Caixilho especial aberto

Um dos aspectos mais importantes na utilização deste meio é o correcto posicionamento dos slides a
projectar porque das oito posições possíveis, só uma é correcta.

Para colocar correctamente os slides deve proceder da seguinte forma:

1 - Orientar o slide de forma a ver/ler correctamente a imagem. Para facilitar a orientação use, sempre
    que existam na imagem, referências tais como palavras, matrículas de automóveis, etc. Todos os
    slides têm uma face menos brilhante que a outra (face da emulsão). Esta face menos brilhante tem
    de estar virada para a objectiva do projector.

2 - Rodar o caixilho 180 graus mantendo sempre a mesma face do slide virada para si. A imagem fica
    de “pernas para o ar”.

3 - Colocar o slide no carregador, nesta posição.




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                      57
Orientação do slide




                                Marcação de um slide, no caixilho

O incorrecto posicionamento dos slides pode provocar situações embaraçosas para o formador durante
a projecção. Isto pode ser evitado se os caixilhos forem marcados.
INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                   58
Esta marcação tem por objectivo:

   — Garantir o correcto posicionamento para projecção.

   — Classificar ou ordenar numericamente os slides.

A marcação deve ser efectuada no canto superior direito da face virada para o operador, na posição em
que o slide entra no carregador. Esta marcação deve ser feita com caneta de feltro do tipo permanente
sobre próprio caixilho ou numa pequena etiqueta autocolante.




                               Colocação do slide num carregador circular




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                    59
Colocação do slide num carregador longitudinal do tipo CS

Existem no mercado vários tipos de projectores de slides. Normalmente em instituições de formação
usam-se modelos robustos e fiáveis. Estes modelos costumam ter:

   — Carregadores circulares, para funcionamento na horizontal, com tampa protectora.

   — Objectivas zoom (distância focal variável) para uma melhor adaptação às dimensões das
     diferentes salas de formação.

   — Dispositivos de mudança rápida de lâmpada - deslocando um manípulo entra em funcionamento
     uma lâmpada de reserva.




            Manípulo na traseira do projector que permite a mudança rápida da lâmpada


INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                60
As duas lâmpadas lado a lado no interior do projector de slides

–      Comandos a distância que, por cabo ou infra-vermelho, permitem fazer avançar ou recuar os
       slides, ou ainda fazer correcções na focagem.




                                Comando à distância por infravermelhos


INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação               61
Projector de slides de carregador circular




            Projector de slides de carregador longitudinal tipo CS e respectivo comando




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação            62
Há também modelos que além de serem vulgares projectores de slides têm pequenos ecrãs
incorporados, muito práticos para visionar e seleccionar imagens. Estes modelos são normalmente de
baixo custo.




                   O ecrã usado como mesa de luz para escolha/selecção de slides




                          O ecrã usado como tela de visionamento dos slides


INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                 63
O mesmo aparelho pode também ser usado como um vulgar projector de slides


VANTAGENS

– Qualidade da imagem projectada.

– Facilidade de transporte do projector.

– Robustez e fiabilidade nos modelos institucionais.

– Facilidade de obtenção de assuntos. Tudo o que se pode fotografar é utilizável.

–   Rapidez de apresentação da imagem.

–   Compatibilidade. Os formatos dos slides estão normalizados mundialmente.

–   Baixo custo de realização dos documentos.

– Facilidades de utilização do projector: controlo remoto, focagem, avanço e retrocesso de
    imagem.




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação          64
DESVANTAGENS

– Elevado custo dos aparelhos institucionais.

–   Obscurecimento da sala.

–   Impossibilidade de intervenção directa sobre o documento.

– Impossibilidade de animação dos documentos.

– Dificuldade de utilização combinada com outros meios audiovisuais.

– Preparação prévia da sessão.

– Posição do aparelho. Afastado e em posição oposta à do formador.



PRINCÍPIOS DE UTILIZAÇÃO
    – Garantir uma imagem projectada:

       §   de dimensões adequadas ao grupo espectador;

       §   sem distorções geométricas e centrada no ecrã;

       §   bem focada;

       §   sem interrupções do feixe luminoso (projector sobrelevado).

    – Garantir o obscurecimento da sala.

    – Garantir o correcto ordenamento e posicionamento das imagens a projectar.




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação    65
O RETROPROJECTOR
O retroprojector começou a ser utilizado em formação durante a Segunda Guerra Mundial, pelo exército
americano, para diminuir o tempo de instrução militar.

Foi o primeiro meio de projecção a ser utilizado com luz ambiente normal. Devido a esta característica
pode ser utilizado em complemento e simultaneamente com outros auxiliares pedagógicos,
normalmente os quadros.

O retroprojector foi concebido de forma a projectar documentos transparentes de grande formato, a
curta distância, produzindo uma grande imagem.

Nos retroprojectores primitivos, devido à complexidade dos sistemas ópticos (jogos de espelhos e
condensadores) a luminosidade da imagem final era significativamente reduzida por reflexões internas.
Para obviar a este inconveniente e obter uma luminosidade uniforme, equipavam-se os retroprojectores
com lâmpadas muito potentes, obrigando ao uso de filtros anticalóricos e pesados condensadores de
vidro. Eram, portanto, aparelhos volumosos, pesados e de elevado consumo de energia.




                            Esquema de funcionamento de um retroprojector


INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                     66
Com a evolução técnica foram criados aparelhos mais racionais, ligeiros e compactos.

Os pesados condensadores de vidro foram substituídos por lentes de Fresnel, de plástico. As lâmpadas
primitivas foram substituídas por outras de menores dimensões e consumo, mas de elevado rendimento
luminoso.

Todos estes factores contribuíram para uma larga utilização deste meio nas empresas, escolas e
instituições de formação.

Os documentos transparentes (acetatos) colocam-se sobre uma placa de vidro, o porta-documentos,
disposta horizontalmente por cima duma lâmpada e dum condensador, a lente de Fresnel. Por cima do
documento encontra-se a cabeça de projecção, constituída por uma objectiva e um espelho. Esta
cabeça desloca-se em altura para permitir a focagem da imagem. Em alguns modelos, e sobretudo em
portáteis, a focagem faz-se na própria objectiva.




               Representação do princípio de funcionamento de uma lente de Fresnel




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                   67
Actualmente podem-se encontrar retroprojectores portáteis, extremamente leves e compactos que se
transportam numa pasta de reduzidas dimensões.




                            Retroprojector portátil na sua mala de transporte




                       Princípio de funcionamento de um retroprojector portátil



INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação               68
Retroprojector portátil em posição de transporte

Os documentos transparentes (acetatos) colocam-se sobre uma placa de vidro, o porta-documentos,
disposta horizontalmente por cima duma lâmpada e dum condensador, a lente de Fresnel. Por cima do
documento encontra-se a cabeça de projecção, constituída por uma objectiva e um espelho. Esta
cabeça desloca-se em altura para permitir a focagem da imagem. Em alguns modelos e sobretudo em
portáteis a focagem faz-se na própria objectiva.




                    Cabeça de projecção onde se pode ver a alavanca de focagem


INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                69
Retroprojector portátil em posição de utilização

Os retroprojectores portáteis têm a lâmpada na cabeça de projecção e o feixe luminoso vem para baixo
em direcção ao porta-documentos. O porta-documentos é constituído por uma lente de Fresnel de
superfície espelhada (reflectora) que devolve a luz reflectida à cabeça de projecção. Uma vez que o
porta-documentos é um espelho, onde toda a potência luminosa da lâmpada se reflecte, torna-se
incómodo/cansativo para o utilizador olhar para os acetatos que projecta. Deve evitar-se o uso destes
retroprojectores durante períodos prolongados (horas).




                              Os três tipos mais comuns de retroprojector

INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                    70
Os retroprojectores actuais apresentam corpos menos volumosos
                                     e lâmpadas mais potentes

Os retroprojectores mais comuns são equipados com lâmpadas de halogéneo de 24 v - 250 w
ou 36v - 400w.

Estas potências são suficientes para a apresentação de acetatos em salas de formação.




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação            71
Os 2 tipos de lâmpadas mais utilizadas nos actuais retroprojectores.
                                   (de 36V- 400W e de 24V- 250W)

Estas lâmpadas não têm, no entanto, potência luminosa suficiente para a utilização do retroprojector
com Painéis de Cristais Líquidos (PCL). Estes painéis, nomeadamente os policromáticos de milhares
de cores, devido à grande densidade da imagem obrigam à utilização de retroprojectores específicos.
Estes aparelhos são equipados com lâmpadas de metal-halide normalmente com 575 W de potência.
Estas últimas são de elevado custo.




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                    72
Interior de retroprojector com lâmpada do tipo metal-halide

A utilização de lâmpadas de elevada potência produz muito calor, obrigando estes aparelhos a
possuirem sistemas de arrefecimento eficazes e de preferência silenciosos. O ruído de funcionamento
do conjunto (PCL+retroprojector) não pode constituir um elemento perturbador para o utilizador. Estes
aparelhos são substancialmente mais caros que os aparelhos comuns.

Todo o tipo de lâmpadas (tungsténio e halogéneo) que se usam em retroprojectores nunca deve ser
tocada pelos dedos. A gordura da nossa pele reage com o vidro da lâmpada (feito à base de quartzo) e
produzirá manchas no vidro, que diminuirão o rendimento luminoso e o tempo de vida da lâmpada.




                        Efeito que o contacto com a nossa pele produz no vidro
                                      das lâmpadas de halogéneo
INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                     73
É por este motivo que as lâmpadas vêm sempre protegidas nas suas embalagens. A lâmpada deve ser
colocada com a sua protecção e só depois de colocada no seu suporte é que se retira a protecção.
Estas recomendações são também válidas para todo o tipo de aparelhos/dispositivos que operem com
este tipo de lâmpadas, incluindo os faróis dos nossos automóveis.




                               Lâmpadas com a embalagem de protecção

Os procedimentos para se garantir um visionamento em boas condições técnicas são os seguintes:

   — Ligar a ficha de alimentação eléctrica à tomada.

   — Levantar o espelho da cabeça de projecção (se o não fizer e ligar o aparelho, o espelho pode
     quebrar por sobreaquecimento).

   — Accionar o interruptor de funcionamento, o que em condições normais fará acender a
     lâmpada. Se tal não suceder, verificar se chega corrente ao aparelho, se o fusível ou a lâmpada
     se encontram fundidos. Se após estas verificações a lâmpada não acender, o aparelho pode ter
     uma avaria que só os serviços técnicos competentes poderão solucionar.

   — Regular o tamanho da imagem. Como este aparelho é de distância focal fixa, o tamanho da
     imagem projectada depende da distância do aparelho ao ecrã. Normalmente a imagem deve
     encher o ecrã.

   — Posicionar correctamente o aparelho face ao ecrã, de modo a não haver obstrução e
     distorção na imagem projectada. Normalmente o aparelho deve ser colocado numa posição
     baixa o que vai acentuar o eixo de projecção, provocando uma distorção vertical na imagem.
     Quando no plano horizontal, o eixo óptico do aparelho não é perpendicular ao ecrã, dá-se uma
     distorção horizontal na imagem.


INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                   74
Distorção vertical da imagem projectada




                                      Correcção da distorção vertical.




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação   75
Distorção horizontal




                       Correcção da distorção horizontal e também do desfoque




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação   76
— Focar a imagem projectada. Colocar um acetato impresso no porta-documentos e rodar o
     manípulo de focagem até se obter uma imagem correctamente focada. As distorções de imagem
     atrás referidas também afectam a focagem.




                              Efeito de desfoque do lado esquerdo do ecrã

Após a utilização não se deve desligar o aparelho da tomada. Há aparelhos em que, depois de
desligada a lâmpada, o sistema de arrefecimento continua a funcionar até à normalização da
temperatura no interior do aparelho.

Enquanto a lâmpada estiver ligada, não se deve deslocar o retroprojector. Corre-se o risco de fundir a
lâmpada. Todos os movimentos que tiver de fazer deverão ser suaves.

Alguns aparelhos têm um comutador para duas posições de intensidade luminosa. A maior intensidade
só deve ser usada quando for mesmo necessária, porque reduz o tempo de vida da lâmpada.

Em alguns retroprojectores o bloco lâmpada e reflector pode ser deslocado em altura, aproximando ou
afastando a fonte luminosa do porta-documentos. O efeito pretendido é a optimização do feixe luminoso
de modo a que a mancha luminosa no ecrã seja branca e homogénea. Quando desajustado surgirão
nos limites da zona iluminada manchas azuladas ou amareladas.

Apesar de não ser um ajuste técnico, também é conveniente verificar o estado de limpeza do porta-
-documentos, lente ou objectiva e espelho.




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                      77
PRINCÍPIOS DE UTILIZAÇÃO
   — Pelas características da retroprojecção o utilizador não precisa de olhar para o ecrã para ver a
       informação, visto que o faz directamente no porta-documentos. Por esta razão a posição do
       utilizador é sempre frontal ao grupo não havendo, portanto, quebras na comunicação. O
       utilizador pode, assim, apresentar simultaneamente a informação oral e escrita.

   — Quando se pretende revelar progressivamente o conteúdo do acetato devem-se utilizar
     máscaras. Uma máscara é normalmente uma folha de papel opaca que cobre, no acetato, a
     informação que não se quer revelar de imediato. As máscaras podem ser progressivas ou
     selectivas.

   — A utilização de máscaras aumenta o interesse do grupo e evita a dispersão da atenção.




                     Dois tipos de máscaras mais usadas - máscara progressiva
                              e máscaras selectivas (em baixo à direita)

   — Sempre que se pretende salientar parte da informação deve-se apontar directamente no acetato.
     Nunca apontar directamente no ecrã, porque o utilizador entra no cone de luz, perde o contacto
     visual com o grupo e pode danificar o ecrã.

   — Nunca se deve deixar o aparelho ligado em permanência. O utilizador não deve ligar o aparelho
     sem se certificar que o documento a apresentar está correctamente colocado. Após a
     apresentação de cada documento deve-se desligar o aparelho, o que faz regressar a atenção do
     grupo ao formador.


INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                    78
— O retroprojector também permite a escrita directa como se se tratasse dum simples quadro de
     escrita. Neste caso o utilizador escreve sobre um acetato colocado no porta-documentos, com o
     aparelho ligado. Desta forma também se pode acrescentar informação suplementar em
     documentos já elaborados.

   — Outra possível utilização deste aparelho é a apresentação de objectos transparentes e silhuetas
       de opacos.

   — A informação pode ser repartida por vários acetatos, presos a uma moldura de cartolina, que ao
     serem progressivamente sobrepostos vão criar a informação final - acetato composto




                        Acetato composto com todos os acetatos sobrepostos

   — Em casos particulares o retroprojector pode ser usado para reproduzir por cópia: desenhos,
       gráficos e figuras, em quadros de escrita (ver Quadro Branco).




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                   79
VANTAGENS

   — Não há obscurecimento da sala. Ao contrário de outros meios projectáveis (projector de
     diapositivos, episcópio), a utilização deste meio é feita com luz ambiente, o que não quebra o
     ritmo da exposição.

   — Larga implantação. Bastante vulgarizado nos espaços de formação.

   — Baixo custo.

   — Utilização de cores. Existe uma larga variedade de cores nos materiais para confecção de
     documentos projectáveis.

   — Economia de tempo. A preparação prévia dos documentos poupa o tempo de escrita que seria
       necessário durante a sessão.

   — Durabilidade dos documentos, desde que devidamente acondicionados em bolsas próprias ou
     dossiers.

   — Reutilização dos documentos. A informação pode ser sempre utilizada posteriormente na
     mesma sessão ou seguintes.

   — Mobilidade e animação dos elementos. Há documentos que pela sua construção (em acrílico)
     permitem a visualização de movimentos (Exemplo: mostrador de relógio com ponteiros móveis).

   — Posição do utilizador. Sempre frontal ao grupo, não havendo quebras de comunicação.

   — Escrita directa. Pode ser utilizado como quadro de escrita.

   — Revelação progressiva da informação. Com a utilização de máscaras ou acetatos compostos.

   — Apresentação de objectos transparentes e opacos.

   — Utilização combinada. Quando a imagem é projectada sobre um quadro de escrita branco ou
       de papel, é possível acrescentar informação ou reproduzir por cópia, desenhos, gráficos, etc.


DESVANTAGENS

   — Conhecimentos específicos. Requer a aprendizagem de conhecimentos técnicos para uma
     correcta utilização deste meio.

   — Ruído de funcionamento, provocado pela turbina de arrefecimento em alguns modelos. Por
     vezes, mesmo após se ter desligado a lâmpada, a turbina de arrefecimento mantém-se a
     funcionar até à normalização da temperatura no interior do aparelho.

   — Preparação prévia. Antes da sessão é necessário fazer uma série de verificações e ajustes,
     quando necessário, a fim de garantir um correcto visionamento.

INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                         80
DOCUMENTOS PARA O RETROPROJECTOR
O suporte mais comum para utilizar em retroprojecção é a folha de acetato transparente, de formato A4.
Existem basicamente dois tipos: para confecção manual e para utilização em fotocopiadoras ou
impressoras de computador (laser ou de jacto de tinta).

Normalmente os acetatos destinados à confecção manual, não podem ser utilizados em fotocopiadoras
ou impressoras laser porque derretem no seu interior, inutilizando o acetato e danificando a máquina.
Portanto, quando se utilizarem acetatos em fotocopiadora, teremos que nos certificar, pela embalagem,
que são do tipo adequado. Os acetatos para impressoras de jacto de tinta têm uma face lisa e outra
rugosa. A face rugosa é que deve receber a tinta. Se assim não for a tinta não se fixa nem seca. Ao
colocar o acetato na impressora lembre-se da orientação correcta.

Os documentos para retroprojector podem ser simples ou compostos. Os documentos simples são
constituídos por uma única folha de acetato com informação. Normalmente, para utilização, são
montados numa moldura de cartão ou protegidos por bolsas cristalinas apropriadas, para preservação
do documento. Estas bolsas não retiram qualidade à projecção, têm perfurações que facilitam o seu
arquivo em dossiers e possuem abas que além de cobrirem o excesso de zona luminosa (do porta-
documentos) permitem escrever anotações. As vulgares bolsas em plástico não devem ser utilizadas
durante a projecção porque retiram qualidade à imagem.




         Acetato protegido na sua bolsa colocada no porta-documentos do retroprojector

Os documentos compostos são constituídos por diversas folhas de acetato que, por sobreposição,
permitem uma apresentação progressiva e complementar da informação. Estes documentos pela sua
estrutura têm de ser montados numa moldura de cartão.

INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                     81
Acetato composto sobre porta-documentos com os diferentes acetatos não sobrepostos




                       Acetato composto já com os vários acetatos sobrepostos

INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação           82
Acetato base                                                   1




                        2                                                        3




                                    Acetato 4 e resultado final no ecrã

INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação       83
Quando executamos acetatos compostos manualmente devemos usar uma matriz que tenha nos quatro
cantos, e fora da área útil de imagem, miras de acerto para que a sobreposição dos acetatos seja
perfeita.




               Matriz, com miras, para a concepção de acetatos simples e compostos

Os processos de execução de documentos para retroprojector são variados:

   — Manual

   — Fotográfico

   — Fotocopiadora

   — Computador

   — Misto

O processo de execução manual de acetatos é o mais comum porque requer menos meios e é
menos dispendioso. Neste processo a execução do documento depende inteiramente do formador, que
para isso pode utilizar diversos materiais:

   – Canetas de feltro do tipo permanente de diversas cores e espessuras .

   – Canetas de tinta da china para acetato de diversas espessuras.

   – Letras de decalque opacas ou transparentes, de várias cores, tipos e tamanhos.

   – Películas autocolantes e autoaderentes de várias cores.

INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação               84
O processo de execução fotográfico, como o próprio nome indica, consiste na reprodução
fotográfica, a preto e branco ou a cores, de originais de variado tipo. Salienta-se que este processo,
pela complexidade de meios e técnicas que exige, bem como pelo seu elevado custo, não está ao
alcance de todos os serviços de formação.




          Acetato feito por processo fotográfico (informação a branco e fundo em negro)

O processo de execução por fotocopiadora é actualmente um dos mais práticos e acessíveis, para a
criação de documentos para o retroprojector. As possibilidades técnicas das actuais fotocopiadoras,
como ampliação ou redução a cores, permitem ao formador reproduzir fácil e rapidamente informação
escrita, esquemas, desenhos, que de outra forma demorariam muito tempo a fazer manualmente.
Salienta-se mais uma vez que só devem ser utilizados acetatos próprios para fotocopiadora.

O processo de execução por computador com impressão final a jacto de tinta ou laser está a tornar-
se cada vez mais vulgar na produção destes documentos didácticos.

Dada a grande diversidade de programas para computador, nomeadamente no campo gráfico, assim
como a vulgarização destes equipamentos, as possibilidades de produção dos documentos são quase
ilimitadas. Paralelamente a impressora laser garante uma excelente qualidade de impressão.

O processo de execução misto resulta da associação de dois ou mais dos processos anteriores.




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                     85
As três vantagens das bolsas de protecção

INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação   86
PRINCÍPIOS BÁSICOS DE LEGIBILIDADE DOS ACETATOS
   — Área de exploração. Deve ser considerada uma área de exploração com 24cm x 18 cm,
     centrada na folha de acetato A4, a fim de permitir a utilização de caixilhos de cartolina, se assim
     for conveniente.

   — Forma de apresentação do conteúdo. O conteúdo pode ser estruturado segundo a horizontal
     ou a vertical, conforme a conveniência de cada caso.

   — Tipos de caracteres.

              Design. Os caracteres utilizados devem ter um design simples e de fácil leitura, assim
              como uma boa definição.

              Altura mínima dos caracteres / símbolos. A altura mínima dos caracteres / símbolos,
              depende das dimensões do ecrã (imagem projectada) e da distância ao espectador mais
              afastado.

              Espessura dos traços dos caracteres. A espessura dos traços dos caracteres deve ser
              proporcional à altura dos mesmos. Recomenda-se que a espessura mínima seja cerca de
              1/5 da altura dos caracteres.

   — Espacejamento. O correcto espacejamento entre letras e palavras, é tão importante como a
     escolha do tipo de letra. As palavras lêem-se melhor quando o espacejamento entre letras é
     menos de metade do espaço ocupado pelas próprias letras. O espacejamento mínimo entre
     palavras deve ser igual à largura média do tipo de letras utilizado.

   — Entrelinhamento. O espacejamento entre linhas de informação escrita, deve ser pelo menos
     igual à altura dos caracteres.

   — Espessura mínima do traço. A espessura mínima dos traços a utilizar em desenhos, gráficos
       ou esquemas, deve ser de 0.5 mm.

   — Cores. A utilização de cores, para além de aumentar o interesse, permite fazer ressaltar, separar
     e diferenciar assuntos.




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                       87
PAINEL DE CRISTAIS LÍQUIDOS - PCL
O painel de cristais líquidos (PCL), conhecido em inglês por LCD PANEL (Liquid Cristal Display Panel)
ou DATA SHOW, é um aparelho electrónico cujo princípio de funcionamento é análogo ao dos ecrãs dos
computadores portáteis.




                                         Painel de Cristais Líquidos

Este aparelho quando desligado parece uma placa de vidro transparente com uma moldura de plástico.
Funciona sobre um retroprojector com ligação à saída do monitor dum computador. O PCL comporta-se
assim como um acetato electrónico. Toda a informação presente no monitor do computador aparece na
superfície transparente de cristais líquidos e é projectada num ecrã.




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                   88
PCL em utilização sobre um retroprojector

Os PCL podem ser classificados quanto ao tipo de imagem apresentada e quanto ao princípio de
funcionamento.

Quanto à imagem podem ser monocromáticos ou policromáticos. Os monocromáticos, consoante as
marcas e modelos podem apresentar entre 6 e 16 tons de uma única cor. Os policromáticos apresentam
valores variáveis entre 256 e 16,7 milhões de cores.

Quanto à tecnologia podem ser de matriz passiva ou de matriz activa.

Os PCL de matriz passiva são mais lentos a renovar a imagem produzindo o chamado "efeito de
submarino", em que o cursor do rato desaparece quando é movimentado, só voltando a aparecer
quando o movimento pára. Estes PCL também deixam passar menos luz e possuem menor contraste
que os activos.

Os PCL de matriz activa são consideravelmente mais caros que os de matriz passiva, mas oferecem
uma qualidade de imagem muito superior e uma velocidade de refrescamento (renovação) igual à de um
monitor de computador. Os de melhor qualidade podem até reproduzir imagens reais, em tempo real,
provenientes de um videogravador.

Recentemente surgiram ecrãs de matriz passiva de duplo varrimento, que aliam o baixo preço a uma
maior frequência de imagem, melhor adaptados portanto para aplicações com imagens em movimento.
Estes aparelhos estão progressivamente a ser substituídos pelos projectores de data/vídeo que
analisaremos no tema Meios Audiovisuais.



INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                 89
VANTAGENS

   — Dimensão da imagem.

   — Portabilidade (peso e dimensões).

   — Facilidade de instalação e ajuste.

   — Associação com uma tecnologia conhecida - o retroprojector.



DESVANTAGENS

   – Custo.

   – Uso de retroprojector específico de potência elevada.

   – Fragilidade.

   – Resolução limitada da imagem (com incidência nos de matriz passiva).




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação   90
OS MEIOS SONOROS
Os meios sonoros englobam todos os meios que utilizam unicamente o som como veículo
para transmissão da informação.

Há milhares de anos que o homem transmite os seus conhecimentos através de um meio
sonoro - a voz humana. Apesar da grande variedade de recursos didácticos à disposição do
formador, a voz continua a ser o principal meio de transmissão de conhecimentos.

Os meios sonoros apresentam a vantagem de estar muito vulgarizados visto uma grande
percentagem da população possuir rádio, gravador de cassetes ou mesmo sofisticados
conjuntos de alta fidelidade. Por esta razão, a maior parte das pessoas está familiarizada com
a utilização destes meios. No entanto, em formação, para além da voz, os meios sonoros são
pouco utilizados isoladamente, estando normalmente associados à imagem, como no
diaporama, no filme e no vídeo.

Os documentos sonoros utilizáveis como recursos didácticos vão desde a música, entrevistas,
discursos de figuras públicas, livros falados, até às gravações resultantes de situações de
formação (exemplo: role-play).

Os vários documentos sonoros podem ser divulgados pelos seguintes meios:


RÁDIO

GIRA- DISCOS

GRAVADOR DE BOBINES

GRAVADOR DE CASSETES

LEITOR DE CD

GRAVADOR DAT

GRAVADOR DE MINI-DISC

GRAVADOR DE DCC

LEITOR DE MP3




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação              91
O SOM

A sensação auditiva provocada por uma vibração acústica é designada por som.

O som é provocado pela vibração cíclica de um corpo. Essa vibração é transmitida ao meio
que o rodeia, sendo captada pelo ouvido.

Para se propagar, o som necessita de um meio elástico sólido, líquido ou gasoso. No vácuo
não há propagação de som.

Uma das características que permite diferenciar o som é a sua frequência.

A frequência ou altura dum som é expressa em Hertz (Hz), e representa o número de
vibrações por segundo. Quanto maior for o número de vibrações por segundo (maior
frequência), mais agudo é o som. Inversamente, quanto menor for o número de vibrações
(menor frequência), mais grave é o som. O exemplo de um som agudo é o produzido por um
apito policial e o de um som grave o produzido por um bombo.




                      Gráfico de frequências de algumas fontes sonoras

A voz humana varia entre os 150 e os 8 000 Hz.



INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação          92
Admite-se que a capacidade de audição humana varie entre os 20 e os 20 000 Hz. Estes
limites variam segundo o indivíduo e a idade. Em média, um adulto ouve entre os 30 e os
15 000 Hz.

Outra das características do som é o nível ou intensidade, que varia com a amplitude das
vibrações acústicas. A intensidade sonora mede-se em decibéis (dB).

Este factor é muito importante, porque o ouvido humano tem um limite máximo de tolerância.
A partir deste limite a sensação é dolorosa, podendo mesmo provocar a surdez. O limiar da
dor situa-se nos 130 dB.




                                 Tabela de intensidades em dB

Um formador falando com voz normal e ouvido a cerca de três metros, produz uma
intensidade sonora de 50 dB. Acima dos 70 dB considera-se que o som é forte, e abaixo
deste valor que é fraco.

Um aspecto importante, em formação, é a mensagem sonora ser recebida com clareza pelos
formandos. Quando existe um elevado ruído de fundo, a mensagem sonora (sinal) tem de ser
reproduzida com uma intensidade superior ao normal, para se sobrepor ao ruído. Para que a
mensagem seja bem audível deve ser 15 dB superior ao nível de ruído. Esta relação tem o
nome de relação sinal - ruído e a designação S/N (Signal/Noise).




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação          93
CADEIA SONORA

Quando se pretende reproduzir mensagens sonoras em salas de grandes dimensões, para
grandes audiências, é necessário o recurso a uma cadeia sonora para amplificar o som.




                                           Cadeia sonora

O princípio de funcionamento da cadeia sonora, consiste na conversão das ondas sonoras em
sinais eléctricos (microfone), na amplificação dos sinais (amplificador) e finalmente na
reconversão dos sinais eléctricos em ondas sonoras (altifalante).

A cadeia sonora pode ser formada por elementos independentes, ou estar integrada no
mesmo aparelho, como no caso do televisor, rádio portátil ou projector de filme.




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação          94
MICROFONES
Um dos elementos principais da cadeia sonora é o microfone, que pode ser de vários tipos,
quanto ao princípio de funcionamento e à direccionalidade.

O ouvido humano tem a capacidade de seleccionar o tipo de som no qual se quer concentrar
desprezando ou minimizando o ruído. Tomemos como exemplo uma sessão de formação. Se
a exposição de um formador for interessante, os formandos alheiam-se do ruído na rua. A
esta capacidade chama-se selectividade. Os microfones não possuem esta capacidade.
Captam tudo por igual. Resulta deste fenómeno a grande variedade de formas e
características dos microfones.

Em formação e quanto ao funcionamento, os tipos de microfones mais utilizados são os
electrodinâmicos e os de condensador.

Os microfones electrodinâmicos não necessitam de ser alimentados por uma pilha como
acontece com os de condensador. Como estes microfones têm uma fonte de alimentação é
necessário ligá-los antes da utilização, sendo ainda conveniente verificar o estado da pilha.
Depois de cada utilização, devem ser desligados para se poupar a carga da pilha.

Actualmente todos os gravadores de cassetes assim como as câmaras de vídeo são
equipados com microfones de condensador, de reduzidas dimensões.

Os microfones podem ser de três tipos quanto ao ângulo de captação sonora /
direccionalidade:




      Unidireccionais (cardióides)




      Omnidireccionais




      Superdireccionais




                         Diagrama da direccionalidade de microfones

INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação             95
Os unidireccionais são microfones que privilegiam uma determinada direcção na captação sonora.
São os mais apropriados quando se pretende captar a fala de um único interveniente , como numa
conferência.

Os microfones omnidireccionais captam os sons uniformemente em todas as direcções. Quando se
pretende captar o diálogo entre vários intervenientes, como numa situação de “mesa redonda”, este tipo
de microfone é o mais adequado.

Os superdireccionais são microfones de elevada direccionalidade (ângulo de captação muito estreito).
Este tipo de microfone não é adequado a situações de formação, sendo o seu uso reservado a
utilizações profissionais.




                 Dois tipos de microfones: um cardióide e um de lapela com emissor




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                     96
O AMPLIFICADOR E O ALTIFALANTE
O amplificador é o elemento da cadeia sonora que amplifica o sinal que lhe é fornecido à entrada. As
possíveis fontes de sinal (rádio, leitor de CD, gravador de áudio) debitam sinais de fraca intensidade,
insuficientes para excitar um altifalante, pelo que necessitam de ser amplificados. A potência de
amplificação varia consoante o aparelho e mede-se em WATT (W).




                                           Amplificador de áudio

O altifalante tem a função inversa do microfone e destina-se a converter os sinais eléctricos de áudio,
em ondas sonoras.

Para aumentar a qualidade sonora, os altifalantes podem ser montados em caixas apropriadas,
designadas por colunas.




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                      97
Coluna de altifalantes

Cada altifalante, ou coluna de altifalantes, tem um limite máximo de potência de funcionamento. Para
evitar a sua destruição, os altifalantes nunca podem ser ligados a amplificadores de potência superior à
que podem suportar.

A reprodução sonora de alta-fidelidade (Hi-Fi), que corresponde à gama de 20 a 20 000 Hz, não pode
ser conseguida através de um único altifalante. Por esta razão existem altifalantes de diversos tipos,
específicos para a reprodução de determinada gama de frequências - graves, médias e agudas. Numa
coluna de som encontram-se normalmente estes três tipos de altifalantes, para se obter uma elevada
fidelidade de reprodução sonora.




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                       98
SINTONIZADOR/RECEPTOR DE RÁDIO
A rádio como meio de comunicação e de difusão cultural teve um papel determinante até ao
aparecimento da televisão. Apesar das limitações óbvias face à televisão, ainda pode ser um importante
veículo de educação/formação sobretudo pela grande economia e facilidade de difusão/recepção.




                            Conjunto de alta fidelidade constituído por:
                amplificador, leitor de CD, gravador/leitor de cassetes e sintonizador

Nalguns países de grandes dimensões , como a Austrália e o Canadá, em regiões isoladas com pouca
densidade populacional, ainda hoje se usa a rádio como meio de ensino - os estudantes têm as suas
aulas via rádio.




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                     99
GIRA- DISCOS
O disco de vinil como recurso didáctico, foi progressivamente substituído pela gravação magnética em
cassete de áudio. Além de ter sido o suporte preferido para o registo de obras musicais, foi utilizado
em formação, sobretudo no ensino de línguas.




                                                  Gira-discos

A principal desvantagem do gira-discos é a sua fragilidade. Por outro lado os discos de vinil exigem
uma utilização e acondicionamento cuidadosos para evitar danos irreparáveis, como riscos,
deformações ou mesmo fracturas.

Actualmente, com a progressiva substituição do disco de vinil pelo CD (Compact Disc), torna-se cada
vez mais difícil encontrar registos neste suporte.




INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação                    100
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização
Recursos didáticos na formação: classificação e utilização

Contenu connexe

Tendances

Apresentação autoscopia final
Apresentação autoscopia finalApresentação autoscopia final
Apresentação autoscopia finalpchiamba
 
Plano de Sessão Autoscopia Final
Plano de Sessão Autoscopia FinalPlano de Sessão Autoscopia Final
Plano de Sessão Autoscopia FinalDebora_Marques
 
Método expositivo
Método expositivoMétodo expositivo
Método expositivo2046800
 
Módulo 1 | Fotografia Digital | 3. Exposição
Módulo 1 | Fotografia Digital | 3. ExposiçãoMódulo 1 | Fotografia Digital | 3. Exposição
Módulo 1 | Fotografia Digital | 3. ExposiçãoNuno Barros
 
Metodos tecnicas pedagogicas[1]
Metodos tecnicas pedagogicas[1]Metodos tecnicas pedagogicas[1]
Metodos tecnicas pedagogicas[1]Cátia Elias
 
Quebra gelos - Volume 1
Quebra gelos - Volume 1Quebra gelos - Volume 1
Quebra gelos - Volume 1Jairo Siqueira
 
Definição de Objetivos - construção
Definição de Objetivos - construçãoDefinição de Objetivos - construção
Definição de Objetivos - construçãoRonaldo Otero
 
Portefolio reflexivo de_aprendizagem
Portefolio reflexivo de_aprendizagemPortefolio reflexivo de_aprendizagem
Portefolio reflexivo de_aprendizagemElisa Dias
 
PRA - Portefólio Reflexivo Aprendizagens [RVCC]
PRA - Portefólio Reflexivo Aprendizagens [RVCC]PRA - Portefólio Reflexivo Aprendizagens [RVCC]
PRA - Portefólio Reflexivo Aprendizagens [RVCC]J P
 
RELAÇÕES PÚBLICAS criação e produção audiovisual aula 1
RELAÇÕES PÚBLICAS criação e produção audiovisual  aula 1RELAÇÕES PÚBLICAS criação e produção audiovisual  aula 1
RELAÇÕES PÚBLICAS criação e produção audiovisual aula 1UNIP. Universidade Paulista
 
10 OrientaçãO Para A ElaboraçãO Do Pra
10 OrientaçãO Para A ElaboraçãO Do Pra10 OrientaçãO Para A ElaboraçãO Do Pra
10 OrientaçãO Para A ElaboraçãO Do PraJoão Lima
 
Guiao: Como elaborar um portefolio
Guiao: Como elaborar um portefolioGuiao: Como elaborar um portefolio
Guiao: Como elaborar um portefoliobedjoaoii
 

Tendances (20)

Apresentação autoscopia final
Apresentação autoscopia finalApresentação autoscopia final
Apresentação autoscopia final
 
Slides módulo 4
Slides módulo 4Slides módulo 4
Slides módulo 4
 
Apoio psicossocial
Apoio psicossocialApoio psicossocial
Apoio psicossocial
 
Módulo 6
Módulo 6Módulo 6
Módulo 6
 
Plano de Sessão Autoscopia Final
Plano de Sessão Autoscopia FinalPlano de Sessão Autoscopia Final
Plano de Sessão Autoscopia Final
 
Método expositivo
Método expositivoMétodo expositivo
Método expositivo
 
Autoscopia final
Autoscopia finalAutoscopia final
Autoscopia final
 
Módulo 1 | Fotografia Digital | 3. Exposição
Módulo 1 | Fotografia Digital | 3. ExposiçãoMódulo 1 | Fotografia Digital | 3. Exposição
Módulo 1 | Fotografia Digital | 3. Exposição
 
Metodos tecnicas pedagogicas[1]
Metodos tecnicas pedagogicas[1]Metodos tecnicas pedagogicas[1]
Metodos tecnicas pedagogicas[1]
 
Planos de Formação
Planos de FormaçãoPlanos de Formação
Planos de Formação
 
Quebra gelos - Volume 1
Quebra gelos - Volume 1Quebra gelos - Volume 1
Quebra gelos - Volume 1
 
Definição de Objetivos - construção
Definição de Objetivos - construçãoDefinição de Objetivos - construção
Definição de Objetivos - construção
 
Portefolio reflexivo de_aprendizagem
Portefolio reflexivo de_aprendizagemPortefolio reflexivo de_aprendizagem
Portefolio reflexivo de_aprendizagem
 
PRA - Portefólio Reflexivo Aprendizagens [RVCC]
PRA - Portefólio Reflexivo Aprendizagens [RVCC]PRA - Portefólio Reflexivo Aprendizagens [RVCC]
PRA - Portefólio Reflexivo Aprendizagens [RVCC]
 
RELAÇÕES PÚBLICAS criação e produção audiovisual aula 1
RELAÇÕES PÚBLICAS criação e produção audiovisual  aula 1RELAÇÕES PÚBLICAS criação e produção audiovisual  aula 1
RELAÇÕES PÚBLICAS criação e produção audiovisual aula 1
 
Reflexao final
Reflexao finalReflexao final
Reflexao final
 
10 OrientaçãO Para A ElaboraçãO Do Pra
10 OrientaçãO Para A ElaboraçãO Do Pra10 OrientaçãO Para A ElaboraçãO Do Pra
10 OrientaçãO Para A ElaboraçãO Do Pra
 
Guiao: Como elaborar um portefolio
Guiao: Como elaborar um portefolioGuiao: Como elaborar um portefolio
Guiao: Como elaborar um portefolio
 
Grandes pedagogos
Grandes pedagogosGrandes pedagogos
Grandes pedagogos
 
Módulo 10
Módulo 10Módulo 10
Módulo 10
 

En vedette

Recursos audiovisuais na educação
Recursos audiovisuais na educaçãoRecursos audiovisuais na educação
Recursos audiovisuais na educaçãoRenato Carvalho
 
Tics grupo B8.2
Tics grupo B8.2Tics grupo B8.2
Tics grupo B8.2Carmen
 
Comandos e dicas do prompt de comando (cmd)
Comandos e dicas do prompt de comando (cmd)Comandos e dicas do prompt de comando (cmd)
Comandos e dicas do prompt de comando (cmd)marcosdcl
 
Recursos Didáticos e Multimédia - PowerPoint
Recursos Didáticos e Multimédia - PowerPointRecursos Didáticos e Multimédia - PowerPoint
Recursos Didáticos e Multimédia - PowerPointzorzelouro
 
05 04 2011 Metodos formativos
05 04 2011 Metodos formativos05 04 2011 Metodos formativos
05 04 2011 Metodos formativosSarayCatena
 
Ficha de trabalho so 6 m4 linux comandos
Ficha de trabalho so 6 m4   linux comandosFicha de trabalho so 6 m4   linux comandos
Ficha de trabalho so 6 m4 linux comandoskamatozza
 
Braile - Como tratar deficientes visuais corretamente
Braile - Como tratar deficientes visuais corretamenteBraile - Como tratar deficientes visuais corretamente
Braile - Como tratar deficientes visuais corretamenteMaryanne Monteiro
 
Audiovisuais.nte floreta
Audiovisuais.nte floretaAudiovisuais.nte floreta
Audiovisuais.nte floretaBenilde Ramalho
 
Apostila recursos audiovisuais
Apostila recursos audiovisuaisApostila recursos audiovisuais
Apostila recursos audiovisuaisArlete Laenzlinger
 
Periféricos - Curso de Informática
Periféricos - Curso de InformáticaPeriféricos - Curso de Informática
Periféricos - Curso de InformáticaLeandro Martins
 
Instrumentos e Recursos utilizados na Avaliação das Crianças na Educação Infa...
Instrumentos e Recursos utilizados na Avaliação das Crianças na Educação Infa...Instrumentos e Recursos utilizados na Avaliação das Crianças na Educação Infa...
Instrumentos e Recursos utilizados na Avaliação das Crianças na Educação Infa...Claudinéia Barbosa
 
Recursos didáticos para o Ensino da Geografia
Recursos didáticos para o Ensino da GeografiaRecursos didáticos para o Ensino da Geografia
Recursos didáticos para o Ensino da GeografiaDanilo Paranhos
 

En vedette (20)

Recursos Audiovisuais - Resumo
Recursos Audiovisuais - ResumoRecursos Audiovisuais - Resumo
Recursos Audiovisuais - Resumo
 
Recursos audiovisuais
Recursos audiovisuaisRecursos audiovisuais
Recursos audiovisuais
 
Recursos audiovisuais na educação
Recursos audiovisuais na educaçãoRecursos audiovisuais na educação
Recursos audiovisuais na educação
 
Uso de recursos visuais no ensino de Química - Profª Flávia Vasconcelos
Uso de recursos visuais no ensino de Química - Profª Flávia VasconcelosUso de recursos visuais no ensino de Química - Profª Flávia Vasconcelos
Uso de recursos visuais no ensino de Química - Profª Flávia Vasconcelos
 
Tics grupo B8.2
Tics grupo B8.2Tics grupo B8.2
Tics grupo B8.2
 
Comandos e dicas do prompt de comando (cmd)
Comandos e dicas do prompt de comando (cmd)Comandos e dicas do prompt de comando (cmd)
Comandos e dicas do prompt de comando (cmd)
 
Recursos Didáticos e Multimédia - PowerPoint
Recursos Didáticos e Multimédia - PowerPointRecursos Didáticos e Multimédia - PowerPoint
Recursos Didáticos e Multimédia - PowerPoint
 
05 04 2011 Metodos formativos
05 04 2011 Metodos formativos05 04 2011 Metodos formativos
05 04 2011 Metodos formativos
 
Ficha de trabalho so 6 m4 linux comandos
Ficha de trabalho so 6 m4   linux comandosFicha de trabalho so 6 m4   linux comandos
Ficha de trabalho so 6 m4 linux comandos
 
Braile - Como tratar deficientes visuais corretamente
Braile - Como tratar deficientes visuais corretamenteBraile - Como tratar deficientes visuais corretamente
Braile - Como tratar deficientes visuais corretamente
 
Power point
Power pointPower point
Power point
 
Audiovisuais.nte floreta
Audiovisuais.nte floretaAudiovisuais.nte floreta
Audiovisuais.nte floreta
 
Apostila recursos audiovisuais
Apostila recursos audiovisuaisApostila recursos audiovisuais
Apostila recursos audiovisuais
 
Comandos CMD
Comandos CMDComandos CMD
Comandos CMD
 
Aula linguagem audiovisual 02
Aula linguagem audiovisual 02Aula linguagem audiovisual 02
Aula linguagem audiovisual 02
 
Aula linguagem audiovisual 01
Aula linguagem audiovisual 01Aula linguagem audiovisual 01
Aula linguagem audiovisual 01
 
Periféricos - Curso de Informática
Periféricos - Curso de InformáticaPeriféricos - Curso de Informática
Periféricos - Curso de Informática
 
Instrumentos e Recursos utilizados na Avaliação das Crianças na Educação Infa...
Instrumentos e Recursos utilizados na Avaliação das Crianças na Educação Infa...Instrumentos e Recursos utilizados na Avaliação das Crianças na Educação Infa...
Instrumentos e Recursos utilizados na Avaliação das Crianças na Educação Infa...
 
Recursos didáticos para o Ensino da Geografia
Recursos didáticos para o Ensino da GeografiaRecursos didáticos para o Ensino da Geografia
Recursos didáticos para o Ensino da Geografia
 
Trabalho escolar normas_da_abnt
Trabalho escolar normas_da_abntTrabalho escolar normas_da_abnt
Trabalho escolar normas_da_abnt
 

Similaire à Recursos didáticos na formação: classificação e utilização

Equipamentos e materiais_didaticos
Equipamentos e materiais_didaticosEquipamentos e materiais_didaticos
Equipamentos e materiais_didaticosmarli kotaki
 
Equipamentos e materiais_didaticos
Equipamentos e materiais_didaticosEquipamentos e materiais_didaticos
Equipamentos e materiais_didaticosdidapgdy
 
ROTEIROS DE APRENDIZAGEM
ROTEIROS DE APRENDIZAGEMROTEIROS DE APRENDIZAGEM
ROTEIROS DE APRENDIZAGEMmarcellasarah
 
Métodos de Ensino e Aprendizagem
Métodos de Ensino e AprendizagemMétodos de Ensino e Aprendizagem
Métodos de Ensino e AprendizagemJoao Papelo
 
Apresentação_detalhada_e_aberta__Acomp._Aprendizagens.pptx
Apresentação_detalhada_e_aberta__Acomp._Aprendizagens.pptxApresentação_detalhada_e_aberta__Acomp._Aprendizagens.pptx
Apresentação_detalhada_e_aberta__Acomp._Aprendizagens.pptxSupervisoEMAC
 
Representação visual ple_1006475_tema2__23_07_17_v3
Representação visual ple_1006475_tema2__23_07_17_v3Representação visual ple_1006475_tema2__23_07_17_v3
Representação visual ple_1006475_tema2__23_07_17_v3malmeidaUAB
 
OT. Sociologia 2015
OT. Sociologia 2015OT. Sociologia 2015
OT. Sociologia 2015Valdeavare
 
Areal oralidade no_ensino_secundario_
Areal oralidade no_ensino_secundario_Areal oralidade no_ensino_secundario_
Areal oralidade no_ensino_secundario_Maria Amorim
 
Areal oralidade no_ensino_secundario_
Areal oralidade no_ensino_secundario_Areal oralidade no_ensino_secundario_
Areal oralidade no_ensino_secundario_Maria Amorim
 
Relatório final reflexão critica
Relatório final reflexão criticaRelatório final reflexão critica
Relatório final reflexão criticaManuel Sequeira
 
Encontro Educação Especial
Encontro Educação EspecialEncontro Educação Especial
Encontro Educação EspecialMayraPalmeira2
 
Aula 7. texto zanon e althaus (2008). instrumentos de avaliação na pratica pe...
Aula 7. texto zanon e althaus (2008). instrumentos de avaliação na pratica pe...Aula 7. texto zanon e althaus (2008). instrumentos de avaliação na pratica pe...
Aula 7. texto zanon e althaus (2008). instrumentos de avaliação na pratica pe...Karlla Costa
 
Slides sobre planejamento
Slides sobre planejamentoSlides sobre planejamento
Slides sobre planejamentofamiliaestagio
 
Planejamento Educacao Física
Planejamento Educacao FísicaPlanejamento Educacao Física
Planejamento Educacao FísicaDanilo Pires
 

Similaire à Recursos didáticos na formação: classificação e utilização (20)

Equipamentos e materiais_didaticos
Equipamentos e materiais_didaticosEquipamentos e materiais_didaticos
Equipamentos e materiais_didaticos
 
Material Impresso Para Educacao A Distancia
Material Impresso Para Educacao A DistanciaMaterial Impresso Para Educacao A Distancia
Material Impresso Para Educacao A Distancia
 
referencial detalhado do curso formação pedagógica inicial de formadores | CCP
referencial detalhado do curso formação pedagógica inicial de formadores | CCPreferencial detalhado do curso formação pedagógica inicial de formadores | CCP
referencial detalhado do curso formação pedagógica inicial de formadores | CCP
 
Equipamentos e materiais_didaticos
Equipamentos e materiais_didaticosEquipamentos e materiais_didaticos
Equipamentos e materiais_didaticos
 
ROTEIROS DE APRENDIZAGEM
ROTEIROS DE APRENDIZAGEMROTEIROS DE APRENDIZAGEM
ROTEIROS DE APRENDIZAGEM
 
Métodos de Ensino e Aprendizagem
Métodos de Ensino e AprendizagemMétodos de Ensino e Aprendizagem
Métodos de Ensino e Aprendizagem
 
Apresentação_detalhada_e_aberta__Acomp._Aprendizagens.pptx
Apresentação_detalhada_e_aberta__Acomp._Aprendizagens.pptxApresentação_detalhada_e_aberta__Acomp._Aprendizagens.pptx
Apresentação_detalhada_e_aberta__Acomp._Aprendizagens.pptx
 
Representação visual ple_1006475_tema2__23_07_17_v3
Representação visual ple_1006475_tema2__23_07_17_v3Representação visual ple_1006475_tema2__23_07_17_v3
Representação visual ple_1006475_tema2__23_07_17_v3
 
Ot. 2015
Ot. 2015Ot. 2015
Ot. 2015
 
OT. Sociologia 2015
OT. Sociologia 2015OT. Sociologia 2015
OT. Sociologia 2015
 
Areal oralidade no_ensino_secundario_
Areal oralidade no_ensino_secundario_Areal oralidade no_ensino_secundario_
Areal oralidade no_ensino_secundario_
 
Areal oralidade no_ensino_secundario_
Areal oralidade no_ensino_secundario_Areal oralidade no_ensino_secundario_
Areal oralidade no_ensino_secundario_
 
Relatório final reflexão critica
Relatório final reflexão criticaRelatório final reflexão critica
Relatório final reflexão critica
 
Formação docente
Formação docenteFormação docente
Formação docente
 
Apres projeto
Apres projetoApres projeto
Apres projeto
 
Encontro Educação Especial
Encontro Educação EspecialEncontro Educação Especial
Encontro Educação Especial
 
Aula 7. texto zanon e althaus (2008). instrumentos de avaliação na pratica pe...
Aula 7. texto zanon e althaus (2008). instrumentos de avaliação na pratica pe...Aula 7. texto zanon e althaus (2008). instrumentos de avaliação na pratica pe...
Aula 7. texto zanon e althaus (2008). instrumentos de avaliação na pratica pe...
 
Metodologias do Ensino Superior.pdf
Metodologias do Ensino Superior.pdfMetodologias do Ensino Superior.pdf
Metodologias do Ensino Superior.pdf
 
Slides sobre planejamento
Slides sobre planejamentoSlides sobre planejamento
Slides sobre planejamento
 
Planejamento Educacao Física
Planejamento Educacao FísicaPlanejamento Educacao Física
Planejamento Educacao Física
 

Dernier

Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISVitor Vieira Vasconcelos
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.keislayyovera123
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfIedaGoethe
 
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdfO Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdfPastor Robson Colaço
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptxAula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptxpamelacastro71
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 

Dernier (20)

Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
 
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdfO Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptxAula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 

Recursos didáticos na formação: classificação e utilização

  • 1. OBJECTIVOS - Constituir um suporte técnico-didáctico dirigido a todos os utilizadores de recursos audiovisuais, com particular destaque para os formadores, contribuindo para a elevação do nível de qualidade da prática pedagógica; - Identificar os diversos recursos didácticos de acordo com a seguinte tipologia: não projectáveis, projectáveis, ecrãs, meios sonoros e audiovisuais; - Estabelecer os princípios gerais de funcionamento dos diversos recursos; - Definir as regras básicas de utilização dos diferentes equipamentos; - Enumerar as situações de utilização preferencial para cada recurso com base nas respectivas potencialidades e limitações, numa perspectiva de eficácia pedagógica, atendendo às situações de ensino-aprendizagem em presença e à existência de possíveis condicionalismos. APRESENTAÇÃO Os conteúdos deste documento destinam-se particularmente aos formadores que utilizam ou pretendam utilizar como auxiliares pedagógicos os recursos audiovisuais, em contexto de formação. Trata-se, assim, de dar a conhecer as características, vantagens e desvantagens de um conjunto representativo destes recursos. Pretende-se, ainda apresentar as possíveis utilizações dos meios, segundo os métodos pedagógicos a adoptar e ajudar a seleccionar os meios mais adequados em função dos objectivos a atingir. INTRODUÇÃO Historicamente a designação de recursos didácticos deriva dos meios que, tal como o nome indica, se serviam simultaneamente da imagem e do som, para transmitir a mensagem: o diaporama, o filme e a televisão/vídeo. No entanto, esta designação engloba actualmente recursos didácticos, como o retroprojector, o gravador de cassetes ou o simples quadro de escrita, apesar de não associarem a imagem ao som. Podemos, assim, definir como recursos didácticos - todos os meios que facilitam a aprendizagem através da estimulação dos sentidos. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 1
  • 2. IMPORTÂNCIA DOS SENTIDOS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM Num processo de aprendizagem, os cinco sentidos funcionam como vias privilegiadas de acesso de informação ao cérebro. Vários estudos foram desenvolvidos para se determinar qual a percentagem de utilização de cada um dos cinco sentidos: visão, audição, tacto, olfacto e gosto. Dois destes estudos forneceram os seguintes resultados: Apesar dos resultados obtidos não serem coincidentes, verifica-se que a visão é destacadamente o sentido mais importante no processo de aprendizagem. O segundo mais importante é sem dúvida o sentido da audição. Os restantes sentidos apresentam maiores diferenças nos resultados sendo a sua importância relativa baixa, quando comparados com a visão e a audição. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 2
  • 3. Outros estudos realizados determinaram qual a percentagem de informação retida no processo de aprendizagem. Percentagem de retenção da informação Também se verificou que a informação retida após um determinado período de tempo, varia com a utilização dos meios audiovisuais . Percentagem de retenção da informação ao longo do tempo Em síntese, conclui-se da análise dos vários resultados obtidos, que a utilização de informação audiovisual facilita o processo de aprendizagem. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 3
  • 4. RECURSOS DIDÁCTICOS SEGUNDO OS SENTIDOS Os recursos didácticos podem ser classificados de diversas formas dependendo do critério que for escolhido. Um dos critérios possíveis de classificação é o baseado nos sentidos . Classificação dos recursos didácticos segundo os sentidos Pode referir-se a título exemplificativo: - Gustativos. A formação e a actividade profissional na indústria alimentar e culinária recorre normalmente ao sentido do gosto durante o processo de confecção e no controlo de qualidade. - Olfactivos. O sentido do olfacto é imprescindível em determinadas actividades profissionais (indústria química, perfumes, culinária), por ser impossível descrever, visualmente ou por palavras, qualquer odor. - Tácteis. O caso mais característico da utilização deste sentido num processo de aprendizagem, é a escrita Braille utilizada pelos deficientes visuais. - Os meios auditivos, visuais e audiovisuais, devido à sua complexidade, merecem no quadro deste CD-ROM, tratamento mais desenvolvido. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 4
  • 5. SELECÇÃO MOTIVOS QUE JUSTIFICAM O USO DOS RECURSOS AUDIOVISUAIS Como se constata, o uso destes recursos didácticos melhora a retenção da informação no processo de aprendizagem. Há, no entanto, outros motivos, complementares do primeiro, que apelam à utilização destes meios: — Provoca grande impacte no auditório; — Aumenta o interesse e a atenção dos formandos; — Facilita a retenção na memória; — Facilita a troca de ideias; — Facilita a actividade do formador; — Diminui o tempo da formação/aprendizagem. FACTORES QUE CONDICIONAM A SUA ESCOLHA Atendendo à extrema importância de que se revestem estes recursos no processo de aprendizagem é fundamental a sua perfeita adequação a cada situação específica de ensino-aprendizagem pelo que se torna muito importante seleccionar correctamente os meios a utilizar, de entre todos os disponíveis. Esta fase de selecção é, por vezes, difícil pelos diversos factores nela implicados. No entanto, os seguintes devem merecer particular destaque: - Objectivo a atingir com a sua utilização. - Destinatários - As características dos destinatários condicionam a escolha dos meios. Por exemplo, para um grupo de invisuais é absolutamente inadequada a selecção de qualquer meio visual. - Conteúdo da mensagem a transmitir - Por exemplo, não é possível demonstrar movimentos através de imagens fixas. - Condicionalismos materiais - Estes podem ser determinantes na selecção dos meios, uma vez que os mais adequados nem sempre estão ao dispor do formador. Assim, é fundamental que o formador saiba antecipadamente quais os meios que tem à sua disposição. - Condicionantes do espaço de formação - Por exemplo, o uso de meios visuais projectáveis, como o episcópio e o projector de slides, é inadequado em salas que não possam ser obscurecidas. - Tempo disponível para a acção de formação - Acções de curta duração podem não permitir o uso de documentos audiovisuais previamente elaborados para acções de maior duração. Nestes casos, o formador deverá adaptar estes documentos, se possível, ou escolher outros. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 5
  • 6. UTILIZAÇÃO PRINCíPIOS GERAIS Pode ficar a impressão de que a qualidade da formação, depende fundamentalmente da utilização dos recursos didácticos. No entanto, apesar da sua importância real, nunca se deve esquecer que mais não são do que auxiliares pedagógicos do formador. É precisamente no formador que reside a qualidade da formação. A utilização daqueles meios, por melhor que eles sejam, nunca poderá salvar uma sessão mal preparada. A utilização de meios em excesso, provocando a fadiga dos participantes, ou as deficientes condições de apresentação, tanto ao nível técnico como ambiental, também poderá comprometer os resultados esperados. Por vezes, verifica-se que devido às suas elevadas qualidades mediáticas, os meios são utilizados para colmatar ou disfarçar lacunas de tempo ou de assunto, na apresentação dos temas. No entanto, eles só devem ser utilizados como reforço dos meios tradicionais, para facilitar a aprendizagem. Outro aspecto a ter em conta é o de não haver meios específicos para cada objectivo. Para cada situação certos meios podem ser mais apropriados do que outros, mas não há “eleitos”. Todos eles como veremos têm vantagens e desvantagens. As preferências pessoais de cada formador em relação à utilização dos vários meios, não devem afectar a sua escolha quanto aos mais apropriados, para cada situação de formação. Cada recurso didáctico deve ser estruturado em função de um determinado grupo destinatário, para se atingir um objectivo específico. Por este motivo não há documentos didácticos universais. Sempre que se deseja utilizar documentos já existentes é necessário fazer uma análise cuidada dos seus conteúdos e forma e verificar a sua adequação aos fins pretendidos. AVALIAÇÃO A avaliação assume carácter formativo e não obrigatório. Para cada tema – não projectáveis, projectáveis, ecrãs, meios sonoros e audiovisuais - , no índice respectivo é apresentado sob a designação Avaliação um grupo de qestões que permitem ao utilizador aferir o nível de apreensão de um conjunto de conhecimentos considerados essenciais. A tipologia de questões é variável – escolha múltipla, selecção, verdadeiro-falso e de completar – em função do conteúdo a avaliar. Ao optar pela questão que considera correcta, surge uma mensagem dando conhecimento do sucesso ou insucesso alcançado e, neste último caso, é proporcionada uma segunda, e definitiva, oportunidade, com possibilidade de optar por consulta, antes de se considerar definitivamente aceite a resposta seleccionada. No final, uma vez respondida a totalidade das questões de cada tema, é facultada a informação relativa aos resultados obtidos. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 6
  • 7. MEIOS VISUAIS NÃO PROJECTÁVEIS Os meios visuais não projectáveis são recursos didácticos cuja exploração se faz por observação directa, não implicando portanto a utilização de aparelhos do tipo óptico ou electrónico. Esta família engloba um conjunto extenso e variado de recursos. Podemos sistematizá-los do seguinte modo: - QUADROS - DOCUMENTOS GRÁFICOS - MODELOS E MAQUETAS - RECURSOS DO MEIO AMBIENTE QUADROS Estes auxiliares pedagógicos são, desde há longa data, os mais vulgarizados, apesar de alguns deles terem caído em desuso. Estão neste caso os quadros de ardósia, já referenciados em 1658, que serviram de base ao processo pedagógico no sistema educativo, até há bem pouco tempo. O quadro preto de escrita com giz foi inicialmente substituído por outro, sintético de cor verde, que mantinha as mesmas características de utilização. Este tipo de quadros foi, no entanto, rapidamente substituído pelos quadros brancos, também conhecidos por cerâmicos. Os quadros que actualmente são mais utilizados em formação, são do tipo branco/magnético. Estes suportes têm a particularidade de permitir uma utilização polivalente. Tanto podem ser de escrita directa, substituindo o quadro de giz, como de afixação magnética de elementos, substituindo, neste caso, o flanelógrafo ou quadro de flanela. TIPOS DE QUADROS — Quadro preto (ardósia) — Quadro verde (sintético) — Quadro de flanela ou flanelógrafo — Quadro magnético — Quadro de afixação (cortiça) — Quadro branco ou cerâmico — Quadro de papel ou de conferência — Quadro copiador — Quadro interactivo INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 7
  • 8. QUADROS DE ESCRITA A GIZ Nesta categoria englobam-se os quadros de ardósia e os sintéticos. Apesar do seu progressivo desuso, ainda os podemos encontrar em grande número sobretudo em estabelecimentos de ensino. Quadro de escrita a giz VANTAGENS — Baixo custo de aquisição e utilização. — Fácil utilização visto não necessitarem de conhecimentos técnicos específicos. — Larga implantação na maioria dos estabelecimentos de ensino. — Utilização de cores. Existe uma larga variedade de giz de cor. — Elevada durabilidade. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 8
  • 9. DESVANTAGENS — Pó de giz. É sem dúvida o maior inconveniente deste tipo de quadro. A sua utilização provoca grandes quantidades de pó, sujando o utilizador e o espaço circundante. Este pó é também prejudicial à saúde. — Posição do utilizador. O formador, ao utilizar este meio, vira as costas ao grupo, quebrando-se o contacto visual. — A informação não é reutilizável. Sempre que se apaga o quadro, a informação desaparece, não podendo ser reutilizada. — Legibilidade deficiente. Normalmente o utilizador dá pouca importância aos aspectos gráficos ( letragem, traço, cores, etc. ) de que resulta uma informação deficiente. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 9
  • 10. QUADRO DE FLANELA OU FLANELÓGRAFO O quadro de flanela ou flanelógrafo é dos que mais facilmente podem ser construídos pelo formador. É constituído por um painel de contraplacado ou aglomerado de madeira, sobre o qual é colada uma flanela. Imagem de flanelógrafo O seu funcionamento baseia-se no princípio da aderência por contacto, de duas superfícies rugosas. Se os elementos a utilizar forem contituídos pelo mesmo material ou idêntico, aderem por si. Se os elementos forem em materiais não aderentes é necessário colar na parte de trás pedaços de papel de lixa, de papel de veludo ou de Velkro , para permitir a aderência. Para garantir uma melhor aderência o quadro deve ter uma ligeira inclinação para trás. VANTAGENS — Fácil de construir. — Pouco dispendioso. — Elementos fáceis de realizar. Os elementos são facilmente confeccionados pelo formador, consoante as necessidades. — Mobilidade e animação dos elementos. Os elementos põem-se e tiram-se muito facilmente, o que permite compor e decompor a informação. — Elementos reutilizáveis. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 10
  • 11. DESVANTAGENS — Pouca implantação. Caiu em desuso por ter sido ultrapassado por outros auxiliares pedagógicos mais eficientes sendo actualmente muito difícil encontrá-lo em espaços de formação. Pela mesma razão também é difícil encontrar no comércio elementos já confeccionados. — Preparação complexa e demorada. A utilização do flanelógrafo exige uma preparação cuidada porque não permite improvisos. Exemplo: imagine-se a apresentar num flanelógrafo, as conclusões dum grupo, letra a letra! — Acondicionamento dos elementos. Os elementos, por aderirem facilmente entre si, dificultam o seu manuseamento obrigando a que sejam guardados separadamente. Isto representa mais espaço para arrumação. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 11
  • 12. QUADRO MAGNÉTICO Este quadro é constituído por uma chapa de metal ferro-magnético e permite a afixação de elementos, através de pequenos ímanes. Quadro magnético Pelas suas características, este suporte é uma evolução do flanelógrafo. A preparação dos elementos a afixar, é semelhante à do quadro de flanela, mas em lugar de se fixar material rugoso nas costas dos elementos, utilizam-se materiais magnetizados. Este quadro, tal como o flanelógrafo, não permite improvisos, obrigando a que o material de demonstração seja cuidadosamente pensado e confeccionado com antecedência. Ímanes para quadros magnéticos INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 12
  • 13. VANTAGENS - Larga implantação visto que os quadros cerâmicos de escrita, muito vulgarizados nos espaços de formação, são também do tipo magnético. - Elementos reutilizáveis. - Elevada durabilidade dos elementos. - Mobilidade e animação dos elementos. Tal como no flanelógrafo os elementos põem-se e tiram- se facilmente o que permite compor e decompor a informação. - Afixação de documentos. O quadro magnético também serve de quadro para afixação de documentos utilizando ímanes. Exemplo: cartazes, fotografias, diagramas, recortes de jornais, mapas, etc. DESVANTAGENS - Preparação complexa e demorada. A utilização deste suporte exige uma preparação cuidada porque não permite improvisos. - Realização dos elementos. Os elementos para este suporte são mais dispendiosos e difíceis de realizar do que os elementos para o flanelógrafo. - Acondicionamento dos elementos. À semelhança do que acontece com os elementos para o flanelógrafo, é difícil o seu manuseamento e acondicionamento. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 13
  • 14. QUADRO DE AFIXAÇÃO Os quadros de afixação são muito práticos porque podem fornecer, a baixo custo, informações de toda a espécie. Neles se podem afixar cartazes, fotografias, mapas, avisos e outros documentos. Normalmente o quadro de afixação é um painel de madeira forrado a cortiça. Os documentos são afixados por meio de punaises ou alfinetes de cabeça plástica. Os quadros magnéticos também são usados como quadros de afixação. Alfinetes de cabeça plástica para quadros de afixação em cortiça ou sintéticos Quadro de afixação em cortiça INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 14
  • 15. Quadro de afixação em feltro sintético Devido às suas propriedades isolantes, a cortiça é frequentemente utilizada como revestimento das paredes das salas de formação, o que permite utilizá-las como painéis de afixação. Folha A4 afixada em parede forrada a cortiça A disposição e preparação dos documentos deve ser cuidada de forma a que a informação seja clara, legível e visualmente atraente. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 15
  • 16. QUADRO BRANCO OU CERÂMICO Actualmente este tipo de quadro é o mais utilizado em salas de formação, pelas suas vantagens, nomeadamente a polivalência. Quadro branco ou cerâmico A sua principal função é como suporte de escrita directa, substituindo os primitivos quadros de giz. Neste caso, um dos principais cuidados a ter é a correcta selecção e utilização dos materiais de escrita, visto só existir um tipo de caneta adequada a este suporte: a caneta de feltro do tipo não permanente (normalmente tem a designação:non permanent / dry wipe / for white board). Canetas adequadas para quadros cerâmicos INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 16
  • 17. Apagador de quadro cerâmico Este aspecto é importante visto que normalmente co-existem nas salas de formação canetas de aspecto idêntico, do tipo permanente (normalmente têm a designação: permanent / waterproof) próprias para escrita em quadro de papel. Se, por lapso, o formador utilizar canetas do tipo permanente, no quadro branco, a informação não desaparecerá com o apagador , podendo provocar uma situação de embaraço para o formador. Ao verificar-se esta situação, deve proceder-se do seguinte modo: utilizar um pano branco limpo ou algodão embebido em álcool e limpar com movimentos não circulares. Nunca utilizar o apagador do quadro embebido em álcool porque irá sujar ainda mais o quadro. Para além de permitir a escrita directa, e servir como quadro magnético, com as vantagens e aplicações deste quadro, também pode ser utilizado como ecrã, em casos particulares. Nestes casos e devido ao alto brilho da sua superfície, deve-se ter o cuidado de não colocar espectadores no eixo de projecção, a fim de evitar situações de encandeamento. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 17
  • 18. Representação de sala com disposição dos formandos quando se utiliza o quadro branco como ecrã No caso da utilização do quadro branco como ecrã, podemos complementar a informação original, obtida por projecção (retroprojector, episcópio, etc.), escrevendo directamente no quadro. Exemplos: preencher uma grelha de avaliação, legendar um organograma ou figura, completar um esquema técnico. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 18
  • 19. Utilização combinada do quadro branco com um retroprojector Ponteiro laser e o efeito produzido numa imagem INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 19
  • 20. VANTAGENS - Baixo custo de aquisição. - Facilidade de utilização visto não necessitar de conhecimentos específicos. - Larga implantação. Bastante vulgarizado nos espaços de formação. - Utilização de cores. Grande variedade de canetas de cor. - Elevada durabilidade. A sua utilização não tem as desvantagens provocadas pelo pó de giz. - Polivalência: Quadro de escrita, quadro magnético, ecrã em casos particulares. DESVANTAGENS - Posição do utilizador. O formador ao utilizar este meio, vira as costas ao grupo quebrando-se o contacto visual. - Legibilidade limitada. As canetas normalmente disponíveis são de traço fino. - Uso de canetas específicas. Só podem ser utilizadas canetas de feltro do tipo não permanente. - A informação não é reutilizável. Sempre que se apaga o quadro, a informação desaparece, não podendo ser novamente utilizada. Esta desvantagem tende a ser ultrapassada por quadros recentemente surgidos no mercado, que por processos electrónicos podem reproduzir cópias em papel, da informação escrita no quadro. São os quadros copiadores que veremos adiante. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 20
  • 21. QUADRO DE PAPEL O quadro de papel também conhecido por quadro de conferência é o mais pequeno dos quadros de escrita utilizados em formação. Normalmente tem as dimensões de 90 x 60 cm e está montado num cavalete metálico. O cavalete pode ser regulado em altura e inclinação. A parte superior do quadro tem uma barra de suporte e fixação do conjunto de folhas de papel. A placa-base do quadro tem as mesmas características do quadro branco / magnético. Quadro de conferência com conjunto de folhas de papel e com a identificação das três outras utilizações que pode ter A principal característica deste suporte é que a informação escrita em cada folha de papel não desaparece e pode ser reutilizada. É frequente utilizar o quadro de papel em conjunto com outros auxiliares pedagógicos (quadro branco, retroprojector, etc.) já que têm utilizações complementares. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 21
  • 22. Planta de sala com colocação dos quadros, retroprojector e ecrã No quadro branco normalmente regista-se a informação geral e no quadro de papel a informação síntese, o que permite em qualquer altura relembrar as ideias-chave. Este quadro é de fácil transporte, ocupa pouco espaço e alia uma grande polivalência a uma fácil utilização. Estas características tornam-no ideal para pequenos grupos. Letras e algarismos que se fixam, por magnetismo, a qualquer tipo de quadro magnético INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 22
  • 23. As folhas de papel usadas neste suporte, fornecidas em bloco, têm uma face lisa e outra rugosa. A face apropriada para escrita é a lisa porque permite um melhor grafismo, não ensopa e poupa as pontas de feltro das canetas. Apesar das canetas adequadas a este suporte serem do tipo permanente (waterproof), outros materiais de escrita podem ser utilizados, como os lápis de cera, de cor, carvão, etc. Canetas para escrita em folhas de papel de quadro de conferência O quadro de papel também pode ser encarado como um bloco de notas gigante. Pode-se preparar com antecedência e guardar para posterior utillização: escrita, esboços, gráficos e figuras. Toda esta informação pode também ser obtida pela técnica da projecção, já referida para o quadro branco. Sempre que o formador prevê que vai repetir o mesmo tema, em diferentes sessões, pode ser vantajoso preparar um álbum seriado. Este é basicamente um conjunto de folhas com a informação síntese ordenada sequencialmente. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 23
  • 24. VANTAGENS — Fácil utilização. — Baixo custo de aquisição. — Preparação prévia. A informação pode estar pronta, ou em rascunho a lápis, para ser recoberta a tinta durante a sessão. — Conservação e utilização posterior. Contrariamente aos outros quadros de escrita, a informação não desaparece podendo ser reutilizada como síntese ou recapitulação. As folhas podem ainda ser afixadas ou penduradas na sala de formação, para consulta, o que permite certas discussões de grupo, resumir opiniões, etc. — Não suja. A sua utilização não tem as desvantagens do pó de giz. — Utilização de cores. Grande variedade de canetas de cor. — Diversos materiais de escrita. — Fácil transporte. Normalmente a estrutura é articulada, o que permite obter um conjunto compacto para facilitar o transporte. — Posição do utilizador. O formador ao utilizar este meio não vira completamente as costas ao grupo. — Polivalência: Quadro de papel. Quadro branco. Quadro magnético. DESVANTAGENS — Área para escrita muito limitada. Normalmente 90 x 60 cm. — Carácter permanente da informação. Não permite emendar um erro sem rasura. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 24
  • 25. QUADRO DE ESCRITA COPIADOR O quadro de escrita copiador pertence a uma geração de meios visuais mais tecnológica, e tanto pode ser utilizado em formação como em reuniões institucionais (empresariais). As suas dimensões são variáveis, podendo ir desde o tamanho do quadro de papel (conferência), com 85 cm de altura por 73 cm de largura, até aos de maiores dimensões, com 120 X 92 cm. Estes quadros tanto podem ser de colocação na parede, como montados sobre uma estrutura móvel com rodízios. A principal característica deste meio, é permitir a obtenção de cópias em papel, da informação escrita na superfície no quadro. Estas são reproduzidas em papel de termocópia no formato A4. Esta característica permite que o grupo utilizador concentre toda a atenção na informação apresentada, sem necessidade de a copiar. Já existem modelos que se ligam por cabo a um PC e que depois de instalado um software, que acompanha o quadro, permite guardar ou imprimir, também a partir do computador, tudo o que se fizer no quadro. Quadro de escrita copiador ligado a um PC e impressora Outra característica é possuir várias (4) superfícies iguais para escrita, bastando carregar-se num botão para que a superfície utilizada deslize lateralmente, sendo substituída pela outra. Alguns modelos permitem deslocar manualmente a superfície de escrita. Em modelos mais recentes há também uma superfície, sem brilho, para ser usada como ecrã. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 25
  • 26. Quadro de escrita copiador com várias superfícies de escrita. Há ainda outra superfície para ser usada como ecrã. A sua utilização é extremamente simples, podendo ser usado como qualquer outro quadro branco do tipo convencional. As canetas apropriadas são do mesmo tipo, isto é, não permanentes. Os apagadores são também do tipo convencional. Há, no entanto, algumas precauções a tomar com esta superfície de escrita. A principal é nunca se utilizarem canetas do tipo permanente, cuja informação só pode ser apagada com álcool, o que a danificará. Outra das precauções é não deixar informação escrita ou pedaços de fita cola, durante muito tempo sobre a superfície, o que pode dificultar a sua remoção. A limpeza desta superfície só deve ser feita com um detergente suave, solúvel em água. O uso de produtos diluentes, como por exemplo, a benzina ou o álcool, são absolutamente interditos, pois danificam a superfície de escrita. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 26
  • 27. Painel de comando das funções do quadro copiador e da impressora Também se deve evitar a colocação do aparelho em lugares expostos ao sol ou muito próximo de sistemas de aquecimento de ambiente. Superfície a ser usada exclusivamente como ecrã de projecção INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 27
  • 28. A humidade também pode afectar o seu funcionamento, sobretudo no que respeita à impressão em papel. Já existem modelos portáteis, leves (cerca de 5 Kg), com a área de escrita idêntica à de um quadro de papel. Também pode ser ligado a um PC ou a uma impressora. Quadro de escrita copiador portátil montado sobre um quadro de conferência VANTAGENS – Facilidade de utilização. – Conservação da informação por cópia em papel. – Integração com meios informáticos nalguns aparelhos. DESVANTAGENS - Custo de aquisição. - Sensibilidade. A superfície de escrita pode ser danificada pela permanência prolongada da informação escrita, pelo álcool e pela exposição ao sol. - Posição do utilizador. O formador, ao utilizar este meio, vira as costas ao grupo. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 28
  • 29. QUADROS INTERACTIVOS Uma das últimas inovações a surgir no mercado foram os quadros de escrita interactivos. Com estes quadros o formador/utilizador pode: — Escrever na sua superfície com as canetas de um normal quadro de escrita; — Escrever ou desenhar sobre qualquer imagem nele projectada com canetas virtuais e tinta electrónica a cores; — Apagar o que se escreveu ou desenhou com um apagador virtual; — Usar como ecrã (a superfície não tem brilho); — Projectar a imagem de um PC e com o toque de um dedo ou de uma caneta especial actuar sobre os ficheiros, o sistema operativo e o software do PC; — Usar um teclado virtual para escrever; — Fazer save de cada imagem para um PC e imprimir, no final da sessão, para distribuir aos formandos. Se o save for feito em HTML pode colocar tudo na Internet; — Pode alterar posteriormente os ficheiros que se guardaram. É evidente que isoladamente estes quadros só podem ser usados como quadro de escrita e ecrã. Para se obter todo o rendimento temos de usar um PC ligado a um projector de data/vídeo que projecta a imagem do PC sobre a superfície do quadro. Temos, portanto, de usar 3 equipamentos (quadro, PC e projector de data) o que representa uma despesa/investimento avultado. Quadro interactivo INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 29
  • 30. No PC que usarmos para este fim temos de instalar software que faz funcionar as diferentes opções de utilização. Após a instalação do software há que calibrar a imagem (definir a área útil). Depois de feita a instalação e calibração podemos começar a usar qualquer software. Por exemplo fazer apresentações em PowerPoint ou usar o Excel podendo adicionar informação ao que está a fazer. O princípio de funcionamento baseia-se num sistema de coordenadas (abcissa e ordenada) na superfície do quadro. Ao actuarmos sobre a imagem projectada (calibrada) com as canetas virtuais permite-nos seleccionar as opções como se estivéssemos a usar o rato. Dois exemplos de imagens às quais foi acrescentada informação feita manualmente Alguns destes quadros funcionam com uma caneta especial (algumas alimentadas por uma pilha). Com esta caneta seleccionamos de um menu a função que queremos usar. Também já existem modelos em que o formador/utilizador não tem de estar diante do quadro. Pode sentar-se no meio dos formandos/participantes e controlar e fazer tudo actuando sobre uma prancheta que transmite os dados ao quadro por infravermelhos. Existe, ainda, uma marca que comercializa um dispositivo que se fixa, com ventosas, a um vulgar quadro de escrita do lado esquerdo do mesmo. Por infravermelhos e ultrasons o aparelho faz a leitura de tudo o que se escreve/desenha, a cores e em tempo real, no quadro e guarda como ficheiro informático em diferentes formatos à escolha do utilizador. Tem cartuchos próprios onde se introduzem as canetas normais para quadros brancos. Fazem, igualmente, parte do conjunto um apagador e uma caneta especial que substitui o rato. Também funciona ligado a um PC e um projector de data/vídeo como já foi referido para os quadros. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 30
  • 31. Conjunto de elementos que permite transformar um quadro branco em quadro interactivo Dispositivo colocado no quadro e ligado a um laptop INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 31
  • 32. Modelo para quadros de conferência Este equipamento é substancialmente mais acessível que os quadros interactivos apresentando a importante vantagem de ser portátil. O formador/utilizador pode levar o conjunto para qualquer sala onde houver um quadro de escrita. Ao ser usado como ecrã para um projector de data/vídeo tem como desvantagem o brilho que a superfície do quadro produz. Nesta situação o formador/utilizador deve fazer deslocar os formandos/espectadores para fora do eixo de projecção para evitar o encandeamento dos mesmos. Além dos quadros também há ecrãs interactivos que funcionam por retroprojecção. Têm uma grande vantagem sobre os quadros – o utilizador não provoca sombra na superfície de trabalho. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 32
  • 33. Ecrã interactivo que funciona por retroprojecção Já existem, também, monitores de plasma com superfície sensível ao toque e que se comportam do mesmo modo. Monitor de plasma interactivo INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 33
  • 34. VANTAGENS — Fácil de usar (após aprendizagem do software e prática de utilização). — Intuitivo. — Atractivo da novidade. — Portabilidade de alguns modelos/marcas. — Aumenta a produtividade. Os formandos/participantes concentram-se no que interessa em vez de estarem a tomar notas. — O software permite guardar em ficheiro informático. Tudo o que se faz pode ser impresso, partilhado na Internet por e-mail ou em HTML. DESVANTAGENS — Sombra produzida pelo utilizador (nos modelos que não têm prancheta de desenho). — Posição do utilizador. O formador, enquanto escreve/desenha vira as costas ao grupo, quebrando-se temporariamente o contacto visual. — Habituação para usar os vários botões e menus. — Custo do quadro e software. — Necessidade de mais 2 equipamentos (PC e projector de data/vídeo) para que a interactividade funcione. — Rigidez de colocação. Apesar de haver modelos com rodas, as grandes dimensões e o peso tornam a mobilidade dos quadros reduzida. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 34
  • 35. PRINCÍPIOS DE UTILIZAÇÃO DOS QUADROS Para uma correcta utilização dos quadros devem-se ter em conta os seguintes factores: — Dimensão dos caracteres. Para garantir uma boa visibilidade a dimensão dos caracteres é determinada pela distância ao quadro do participante mais afastado. — Relação altura/espessura. A espessura do traço deve ser proporcional à altura dos caracteres. — Espacejamento. Deve-se ter o cuidado de espacejar correctamente as letras e as palavras. — Entrelinhamento. O espaço entre as linhas também deve merecer a nossa atenção. — Tamanho de letra. É aconselhável manter o mesmo tamanho das letras em cada linha. — Tipo de letra. Deve ser simples para facilitar a leitura. — Utilização de cores. As cores a utilizar devem provocar um bom contraste com o suporte e distinguirem-se bem entre si . — Ênfase. Para dar ênfase a parte de uma informação (ideia-chave, título, etc.) pode-se mudar a cor, o formato ou simplesmente sublinhar. — Linhas horizontais. A informação escrita deve estar disposta segundo linhas regulares e horizontais. Sala de reuniões com quadro de escrita copiador e ecrã que se movimenta sob comando eléctrico INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 35
  • 36. DOCUMENTOS GRÁFICOS Os documentos gráficos representam um conjunto importante de auxiliares pedagógicos a que podemos recorrer através do sentido da visão. Um auxiliar visual gráfico é normalmente a representação simbólica da realidade. O importante não é a representação exacta do objecto real, mas a apresentação clara e simplificada de alguns dos seus aspectos. O exemplo mais vulgar deste tipo de documentos são os sinais de trânsito que utilizam, quase exclusivamente, uma linguagem de imagens para simbolizar ideias ou objectos. Exemplo de cartaz Exemplo de desenho digital INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 36
  • 37. Exemplo de um desdobrável Em formação, os documentos gráficos mais apropriados são os diagramas, os esquemas, os gráficos, os organigramas, as fotografias, os desenhos, os cartazes, sem esquecer os livros, os manuais técnicos, as fotocópias e os mapas,cartas e globos. Mapas e globo terrestre INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 37
  • 38. Os documentos gráficos têm como principal função, completar de forma simples e prática a informação apresentada, quer oralmente, quer através de outro meio audiovisual. Estes documentos podem ser facilmente adaptados ou modificados, em função das alterações de conteúdo de cada acção. Na sua execução, de uma forma geral, os documentos gráficos apelam a técnicas variadas como a letragem, a utilização da cor, o desenho, o recorte, a colagem, a fotografia por processos manuais e laboratoriais ou recorrendo a meios informáticos. VANTAGENS — Baixo custo. Podem ser obtidos pelo formador sem grandes despesas. — Fácil adaptação aos conteúdos. — Fácil transporte, reduzido peso e dimensões. — Fácil utilização. A sua utilização não envolve conhecimentos e meios técnicos específicos. — Fácil preparação. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 38
  • 39. MODELOS E MAQUETAS Quando em formação se pretende falar sobre um objecto real, é melhor mostrar esse mesmo objecto do que a sua representação. No entanto, há situações que limitam o contacto directo com esses objectos por serem muito grandes (avião), muito pequenos (molécula), complexos (motor de explosão) ou perigosos (armas). Um modelo do corpo humano Um disco duro de computador (aberto) INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 39
  • 40. Uma maqueta Sempre que se utilizam maquetas ou modelos, deve-se indicar qual é a escala de representação, de modo a não induzir os formandos em erro. Esqueleto de um pássaro INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 40
  • 41. RECURSOS DO MEIO AMBIENTE O meio ambiente, apesar de muitas vezes ser esquecido, pode ser um importante auxiliar pedagógico. Normalmente, o formador pode encontrar no meio que o rodeia uma série de recursos que podem complementar a formação em sala. Um exemplo de recurso do meio ambiente - Oceanário - Parque das Nações Alguns destes recursos podem ser os museus, as bibliotecas, as empresas, as instalações fabris, as feiras, as exposições e os recursos da natureza. A exploração destes recursos permite ligar as actividades de aprendizagem às realidades concretas da vida. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 41
  • 42. TELAS DE PROJECÇÃO (ECRÃS) As telas de projecção, vulgarmente conhecidas por ecrãs, são superfícies apropriadas para o visionamento de imagens projectadas. Um ecrã é basicamente uma superfície plana com características adequadas para receber imagens projectadas. Os ecrãs podem ser opacos ou translúcidos. Nos ecrãs opacos a imagem projectada pelo aparelho é reflectida na sua superfície, permitindo ao espectador o visionamento. Os ecrãs mais usados em formação são normalmente os opacos. Representação de uma sala com ecrã opaco No ecrã translúcido a imagem não é reflectida mas transmitida através do próprio ecrã. À projecção obtida através destes ecrãs chama-se retroprojecção (projecção por trás). INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 42
  • 43. Representação de uma sala com ecrã translúcido As características da superfície do ecrã influenciam determinantemente a qualidade da imagem reproduzida. O seu rendimento depende dos seguintes factores: — Brilho - intensidade da luz reflectida. — Contraste - diferença entre as zonas mais claras e mais escuras. — Fidelidade da cor - reprodução das cores sem alteração. — Direccionalidade - determinação do ângulo de visionamento. Quanto ao tipo de superfície os ecrãs podem ser: — Mate — Perolado — Lenticular No ecrã mate a superfície é branca e lisa mas sem brilho. As imagens reflectidas têm uma luminosidade uniforme mesmo quando visionadas lateralmente. A sua direccionalidade (ângulo de visionamento) é de 30 graus para cada lado do eixo de projecção. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 43
  • 44. Os ecrãs mate não reflectem tanta luz como os perolados e os lenticulares, mas têm um bom ângulo de visionamento. Para utilização corrente e se a sala puder ser obscurecida, recomenda-se a utilização dum ecrã deste tipo. É o ecrã que mais se encontra nos espaços de formação sobretudo pelo seu baixo custo. Este ecrã é mais apropriado para salas largas e pouco profundas. Ecrã mate INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 44
  • 45. O ecrã perolado é formado por uma superfície branca recoberta de minúsculas contas de vidro incolor. Estas contas são altamente direccionais reflectindo a luz na direcção exacta donde provém. Em consequência disto, os espectadores colocados junto ao eixo de projecção recebem uma imagem mais brilhante do que os colocados lateralmente. Frontalmente o factor de reflexão de um ecrã perolado é cerca de quatro vezes superior ao de um ecrã mate. Para um ângulo superior a 20 graus, este factor é inferior ao do ecrã mate. Pormenor em planta e corte da superfície de um ecrã perolado O ecrã perolado é, portanto, mais luminoso, mas também mais direccional que o ecrã mate. O seu uso recomenda-se em salas estreitas e compridas. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 45
  • 46. Representação do comportamento dos diferentes tipos de ecrã conforme o ângulo de reflexão O ecrã lenticular é constituído por matéria plástica resistente e moldada de tal forma que se comporta como uma superfície recoberta de minúsculas lentes côncavas. Este tipo de ecrã combina as vantagens do ecrã perolado (factor de reflexão muito elevado) com as do ecrã mate (ângulo de visionamento lateral de 30 graus). O factor de reflexão deste ecrã, tal como no perolado, é cerca de quatro vezes superior ao do mate mas não se atenua lateralmente. Este tipo de ecrã é o mais indicado para salas grandes. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 46
  • 47. Pormenor em planta e corte da superfície de um ecrã lenticular Devido ao seu elevado rendimento luminoso os perolados e os lenticulares podem ser usados sem obscurecimento total das salas. Além dos custos de aquisição são sobretudo as condições da sala onde se efectua a projecção que devem condicionar a escolha do tipo de ecrã a utilizar. Quanto ao formato, os ecrãs de projecção podem ser de dois tipos: - Quadrado - Rectangular O formato quadrado tem a vantagem de permitir a projecção de imagens com enquadramento horizontal ou vertical, nomeadamente de diapositivos e de acetatos para retroprojector. Este é o formato mais adequado para espaços de formação. O formato rectangular é mais apropriado à projecção cinematográfica por ser compatível com o enquadramento horizontal da imagem. Quanto à forma de montagem, os ecrãs podem ser fixos ou móveis. Em espaços de formação é mais comum encontrarem-se ecrãs de parede ou de tripé com recolha por enrolamento. Em alguns casos os de parede, de maiores dimensões, têm enrolamento eléctrico. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 47
  • 48. Ecrã de grandes dimensões com enrolamento eléctrico Representação dos vários tipos de ecrã. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 48
  • 49. PRINCÍPIOS DE UTILIZAÇÃO — A área de visionamento varia com o grau de direccionalidade do ecrã utilizado. — O ecrã deve ter uma largura de cerca de 1/6 do comprimento da sala. — A superfície do ecrã deve estar sempre bem esticada. — O eixo de projecção da imagem deve coincidir com o centro do ecrã. — Sempre que possível o limite inferior do ecrã deve ficar à altura dos olhos dos espectadores. — Devem evitar-se as distorções geométricas na imagem projectada. — A imagem projectada deve, se possível, encher o ecrã. — No fim da utilização deve-se enrolar o ecrã a fim de preservar a sua superfície de danos ou sujidade. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 49
  • 50. MEIOS VISUAIS PROJECTÁVEIS O conjunto de meios que abaixo se identificam utiliza como veículo da informação a imagem projectada num ecrã. Tanto pelos antecedentes históricos, como pelo seu papel na actualidade, continuam a ser dos mais importantes em formação. Os meios visuais projectáveis mais utilizados são: — EPISCÓPIO — PROJECTOR DE DIAPOSITIVOS — RETROPROJECTOR — PAINEL DE CRISTAIS LÍQUIDOS Destes meios o mais importante é o retroprojector tanto pela sua versatilidade como pela sua taxa de utilização. O EPISCÓPIO Este tipo de aparelho destina-se essencialmente à projecção fixa, por reflexão, de documentos opacos tais como: fotografias, páginas de livros, jornais ou revistas, desenhos e até pequenos objectos. O episcópio foi utilizado durante vários anos, mas a sua utilização como auxiliar de formação foi limitada pela fraca luminosidade da imagem projectada. Esquema de funcionamento de um episcópio INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 50
  • 51. O documento a projectar é colocado no porta-documentos sendo comprimido contra uma placa de vidro. É iluminado então por uma lâmpada, sendo a projecção obtida por intermédio dum espelho, inclinado a 45 graus, que reflecte a imagem para a objectiva e desta é projectada para o ecrã. A imagem é reproduzida com as cores originais. Modelo antigo de episcópio Modelo moderno de episcópio INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 51
  • 52. VANTAGENS — Facilidade de utilização. — Variedade de documentos. Devido ao tipo de documentos que podem ser utilizados, a variedade é quase ilimitada. — Os documentos não necessitam de preparação prévia. — Reprodução de elementos. Se a imagem for projectada sobre um quadro de escrita, branco ou de papel, é possível reproduzir por cópia: desenhos, gráficos, etc. Reprodução por cópia de imagem projectada INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 52
  • 53. DESVANTAGENS — Dimensões e peso. Normalmente estes aparelhos são volumosos, pesados e de difícil transporte. — Danificação dos documentos. Devido à utilização de lâmpadas de elevada potência (cerca de 1000 W), estes aparelhos aquecem os documentos em demasia, podendo danificá-los, o que é grave com documentos originais. — Obscurecimento da sala. Devido à fraca luminosidade da imagem projectada, é absolutamente necessário obscurecer a sala, o que provoca quebras de ritmo na comunicação. — Pouca implantação. Actualmente é raro encontrá-lo em espaços de formação. — Inacessibilidade do documento durante a projecção. Como o original está colocado entre um vidro e o porta-documentos, o formador não pode actuar directamente sobre ele (apontar directamente, acrescentar ou revelar progressivamente a informação). INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 53
  • 54. PROJECTOR DE DIAPOSITIVOS O projector de diapositivos, vulgarmente conhecido por projector de slides, é o sucessor do mais antigo meio de projecção fixa que se conhece, a lanterna mágica. Conhecido dede 1650, este aparelho tinha sobretudo uma função recreativa familiar. Projectava imagens coloridas. Este aparelho projectava imagens coloridas pintadas em chapas de vidro através de uma óptica simples (lente) e cuja fonte luminosa era uma simples lamparina. Neste século com o advento da electricidade e simultaneamente da fotografia, houve uma enorme evolução neste aparelho. A fonte luminosa passou a ser constituída por uma lâmpada, a lente evoluiu para uma objectiva (conjunto de lentes) e a imagem a projectar passou a ser do tipo fotográfico. No entanto, só após a Segunda Guerra Mundial se verificou a sua larga difusão tanto no ensino como na formação profissional. Num projector de slides encontramos normalmente um sistema de iluminação constituído por uma lâmpada e um reflector. Um sistema de condensadores concentra o feixe luminoso sobre o slide a projectar. Finalmente, a objectiva transmite a imagem ampliada para o ecrã, permitindo também a sua focagem. Esquema de funcionamento de um projector de slides com carregador circular INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 54
  • 55. Interior de um projector de slides onde podemos ver o reflector, duas lâmpadas, lente convergente, filtro anti-calórico e mais uma lente convergente A fim de evitar que por sobreaquecimento o slide se danifique, existe um sistema de arrefecimento constituído pelo filtro anticalórico e por uma turbina de arrefecimento controlada por um termostato. Como, em alguns retroprojectores , pode acontecer que, depois de desligada a lâmpada, a turbina de arrefecimento se mantenha a funcionar até se normalizar a temperatura no interior do aparelho, o aparelho nunca deve ser desligado da corrente enquanto a turbina estiver em funcionamento. Lembramos que, sempre que uma imagem é transmitida através de um conjunto óptico, sofre uma inversão em relação ao original. Por esta razão temos sempre de colocar o slide em posição invertida no aparelho. O DIAPOSITIVO / SLIDE O diapositivo, como o seu nome indica, é uma imagem transparente positiva, em filme (película fotográfica), normalmente colorida, montada num caixilho de plástico para facilitar a projecção. Este documento, o diapositivo, obtem-se utilizando películas fotográficas do tipo inversível. Destas películas, por revelação, obtêm-se directamente imagens prontas a ser visionadas. O formato mais usado em formação é o de 36mm x 24mm obtido, por corte, da película de 35 mm. Cada diapositivo é assim um original único cuja reprodução além de dispendiosa, degrada bastante a qualidade da imagem. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 55
  • 56. Um diapositivo mal protegido (caixilho simples ou CS) está sujeito a numerosos danos de utilização. Os mais comuns são: as impressões digitais e os riscos na película, resultantes do manuseamento ou mau acondicionamento; a degradação da imagem resultante do calor do feixe de projecção e o efeito das poeiras. Caixilhos para diapositivos: com vidros, tipo CS e normal Os caixilhos CS possuem nos bordos entalhes para encaixe nos respectivos carregadores. Os slides ficam presos aos carregadores e podemos inclusive invertê-los sem que os slides caiam como acontece nos vulgares carregadores longitudinais. Sistema de fixação tipo CS INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 56
  • 57. Por estas razões cada diapositivo deve ser protegido por caixilhos especiais. Nestes caixilhos, a película fica entalada entre dois finos vidros especiais. Além de proporcionarem uma eficaz protecção aos danos mencionados, também mantém a película no mesmo plano, evitando que empole com o calor o que provoca desfoque na imagem. Os caixilhos especiais com vidros não entram nos carregadores tipo CS. Caixilho especial aberto Um dos aspectos mais importantes na utilização deste meio é o correcto posicionamento dos slides a projectar porque das oito posições possíveis, só uma é correcta. Para colocar correctamente os slides deve proceder da seguinte forma: 1 - Orientar o slide de forma a ver/ler correctamente a imagem. Para facilitar a orientação use, sempre que existam na imagem, referências tais como palavras, matrículas de automóveis, etc. Todos os slides têm uma face menos brilhante que a outra (face da emulsão). Esta face menos brilhante tem de estar virada para a objectiva do projector. 2 - Rodar o caixilho 180 graus mantendo sempre a mesma face do slide virada para si. A imagem fica de “pernas para o ar”. 3 - Colocar o slide no carregador, nesta posição. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 57
  • 58. Orientação do slide Marcação de um slide, no caixilho O incorrecto posicionamento dos slides pode provocar situações embaraçosas para o formador durante a projecção. Isto pode ser evitado se os caixilhos forem marcados. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 58
  • 59. Esta marcação tem por objectivo: — Garantir o correcto posicionamento para projecção. — Classificar ou ordenar numericamente os slides. A marcação deve ser efectuada no canto superior direito da face virada para o operador, na posição em que o slide entra no carregador. Esta marcação deve ser feita com caneta de feltro do tipo permanente sobre próprio caixilho ou numa pequena etiqueta autocolante. Colocação do slide num carregador circular INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 59
  • 60. Colocação do slide num carregador longitudinal do tipo CS Existem no mercado vários tipos de projectores de slides. Normalmente em instituições de formação usam-se modelos robustos e fiáveis. Estes modelos costumam ter: — Carregadores circulares, para funcionamento na horizontal, com tampa protectora. — Objectivas zoom (distância focal variável) para uma melhor adaptação às dimensões das diferentes salas de formação. — Dispositivos de mudança rápida de lâmpada - deslocando um manípulo entra em funcionamento uma lâmpada de reserva. Manípulo na traseira do projector que permite a mudança rápida da lâmpada INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 60
  • 61. As duas lâmpadas lado a lado no interior do projector de slides – Comandos a distância que, por cabo ou infra-vermelho, permitem fazer avançar ou recuar os slides, ou ainda fazer correcções na focagem. Comando à distância por infravermelhos INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 61
  • 62. Projector de slides de carregador circular Projector de slides de carregador longitudinal tipo CS e respectivo comando INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 62
  • 63. Há também modelos que além de serem vulgares projectores de slides têm pequenos ecrãs incorporados, muito práticos para visionar e seleccionar imagens. Estes modelos são normalmente de baixo custo. O ecrã usado como mesa de luz para escolha/selecção de slides O ecrã usado como tela de visionamento dos slides INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 63
  • 64. O mesmo aparelho pode também ser usado como um vulgar projector de slides VANTAGENS – Qualidade da imagem projectada. – Facilidade de transporte do projector. – Robustez e fiabilidade nos modelos institucionais. – Facilidade de obtenção de assuntos. Tudo o que se pode fotografar é utilizável. – Rapidez de apresentação da imagem. – Compatibilidade. Os formatos dos slides estão normalizados mundialmente. – Baixo custo de realização dos documentos. – Facilidades de utilização do projector: controlo remoto, focagem, avanço e retrocesso de imagem. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 64
  • 65. DESVANTAGENS – Elevado custo dos aparelhos institucionais. – Obscurecimento da sala. – Impossibilidade de intervenção directa sobre o documento. – Impossibilidade de animação dos documentos. – Dificuldade de utilização combinada com outros meios audiovisuais. – Preparação prévia da sessão. – Posição do aparelho. Afastado e em posição oposta à do formador. PRINCÍPIOS DE UTILIZAÇÃO – Garantir uma imagem projectada: § de dimensões adequadas ao grupo espectador; § sem distorções geométricas e centrada no ecrã; § bem focada; § sem interrupções do feixe luminoso (projector sobrelevado). – Garantir o obscurecimento da sala. – Garantir o correcto ordenamento e posicionamento das imagens a projectar. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 65
  • 66. O RETROPROJECTOR O retroprojector começou a ser utilizado em formação durante a Segunda Guerra Mundial, pelo exército americano, para diminuir o tempo de instrução militar. Foi o primeiro meio de projecção a ser utilizado com luz ambiente normal. Devido a esta característica pode ser utilizado em complemento e simultaneamente com outros auxiliares pedagógicos, normalmente os quadros. O retroprojector foi concebido de forma a projectar documentos transparentes de grande formato, a curta distância, produzindo uma grande imagem. Nos retroprojectores primitivos, devido à complexidade dos sistemas ópticos (jogos de espelhos e condensadores) a luminosidade da imagem final era significativamente reduzida por reflexões internas. Para obviar a este inconveniente e obter uma luminosidade uniforme, equipavam-se os retroprojectores com lâmpadas muito potentes, obrigando ao uso de filtros anticalóricos e pesados condensadores de vidro. Eram, portanto, aparelhos volumosos, pesados e de elevado consumo de energia. Esquema de funcionamento de um retroprojector INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 66
  • 67. Com a evolução técnica foram criados aparelhos mais racionais, ligeiros e compactos. Os pesados condensadores de vidro foram substituídos por lentes de Fresnel, de plástico. As lâmpadas primitivas foram substituídas por outras de menores dimensões e consumo, mas de elevado rendimento luminoso. Todos estes factores contribuíram para uma larga utilização deste meio nas empresas, escolas e instituições de formação. Os documentos transparentes (acetatos) colocam-se sobre uma placa de vidro, o porta-documentos, disposta horizontalmente por cima duma lâmpada e dum condensador, a lente de Fresnel. Por cima do documento encontra-se a cabeça de projecção, constituída por uma objectiva e um espelho. Esta cabeça desloca-se em altura para permitir a focagem da imagem. Em alguns modelos, e sobretudo em portáteis, a focagem faz-se na própria objectiva. Representação do princípio de funcionamento de uma lente de Fresnel INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 67
  • 68. Actualmente podem-se encontrar retroprojectores portáteis, extremamente leves e compactos que se transportam numa pasta de reduzidas dimensões. Retroprojector portátil na sua mala de transporte Princípio de funcionamento de um retroprojector portátil INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 68
  • 69. Retroprojector portátil em posição de transporte Os documentos transparentes (acetatos) colocam-se sobre uma placa de vidro, o porta-documentos, disposta horizontalmente por cima duma lâmpada e dum condensador, a lente de Fresnel. Por cima do documento encontra-se a cabeça de projecção, constituída por uma objectiva e um espelho. Esta cabeça desloca-se em altura para permitir a focagem da imagem. Em alguns modelos e sobretudo em portáteis a focagem faz-se na própria objectiva. Cabeça de projecção onde se pode ver a alavanca de focagem INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 69
  • 70. Retroprojector portátil em posição de utilização Os retroprojectores portáteis têm a lâmpada na cabeça de projecção e o feixe luminoso vem para baixo em direcção ao porta-documentos. O porta-documentos é constituído por uma lente de Fresnel de superfície espelhada (reflectora) que devolve a luz reflectida à cabeça de projecção. Uma vez que o porta-documentos é um espelho, onde toda a potência luminosa da lâmpada se reflecte, torna-se incómodo/cansativo para o utilizador olhar para os acetatos que projecta. Deve evitar-se o uso destes retroprojectores durante períodos prolongados (horas). Os três tipos mais comuns de retroprojector INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 70
  • 71. Os retroprojectores actuais apresentam corpos menos volumosos e lâmpadas mais potentes Os retroprojectores mais comuns são equipados com lâmpadas de halogéneo de 24 v - 250 w ou 36v - 400w. Estas potências são suficientes para a apresentação de acetatos em salas de formação. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 71
  • 72. Os 2 tipos de lâmpadas mais utilizadas nos actuais retroprojectores. (de 36V- 400W e de 24V- 250W) Estas lâmpadas não têm, no entanto, potência luminosa suficiente para a utilização do retroprojector com Painéis de Cristais Líquidos (PCL). Estes painéis, nomeadamente os policromáticos de milhares de cores, devido à grande densidade da imagem obrigam à utilização de retroprojectores específicos. Estes aparelhos são equipados com lâmpadas de metal-halide normalmente com 575 W de potência. Estas últimas são de elevado custo. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 72
  • 73. Interior de retroprojector com lâmpada do tipo metal-halide A utilização de lâmpadas de elevada potência produz muito calor, obrigando estes aparelhos a possuirem sistemas de arrefecimento eficazes e de preferência silenciosos. O ruído de funcionamento do conjunto (PCL+retroprojector) não pode constituir um elemento perturbador para o utilizador. Estes aparelhos são substancialmente mais caros que os aparelhos comuns. Todo o tipo de lâmpadas (tungsténio e halogéneo) que se usam em retroprojectores nunca deve ser tocada pelos dedos. A gordura da nossa pele reage com o vidro da lâmpada (feito à base de quartzo) e produzirá manchas no vidro, que diminuirão o rendimento luminoso e o tempo de vida da lâmpada. Efeito que o contacto com a nossa pele produz no vidro das lâmpadas de halogéneo INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 73
  • 74. É por este motivo que as lâmpadas vêm sempre protegidas nas suas embalagens. A lâmpada deve ser colocada com a sua protecção e só depois de colocada no seu suporte é que se retira a protecção. Estas recomendações são também válidas para todo o tipo de aparelhos/dispositivos que operem com este tipo de lâmpadas, incluindo os faróis dos nossos automóveis. Lâmpadas com a embalagem de protecção Os procedimentos para se garantir um visionamento em boas condições técnicas são os seguintes: — Ligar a ficha de alimentação eléctrica à tomada. — Levantar o espelho da cabeça de projecção (se o não fizer e ligar o aparelho, o espelho pode quebrar por sobreaquecimento). — Accionar o interruptor de funcionamento, o que em condições normais fará acender a lâmpada. Se tal não suceder, verificar se chega corrente ao aparelho, se o fusível ou a lâmpada se encontram fundidos. Se após estas verificações a lâmpada não acender, o aparelho pode ter uma avaria que só os serviços técnicos competentes poderão solucionar. — Regular o tamanho da imagem. Como este aparelho é de distância focal fixa, o tamanho da imagem projectada depende da distância do aparelho ao ecrã. Normalmente a imagem deve encher o ecrã. — Posicionar correctamente o aparelho face ao ecrã, de modo a não haver obstrução e distorção na imagem projectada. Normalmente o aparelho deve ser colocado numa posição baixa o que vai acentuar o eixo de projecção, provocando uma distorção vertical na imagem. Quando no plano horizontal, o eixo óptico do aparelho não é perpendicular ao ecrã, dá-se uma distorção horizontal na imagem. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 74
  • 75. Distorção vertical da imagem projectada Correcção da distorção vertical. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 75
  • 76. Distorção horizontal Correcção da distorção horizontal e também do desfoque INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 76
  • 77. — Focar a imagem projectada. Colocar um acetato impresso no porta-documentos e rodar o manípulo de focagem até se obter uma imagem correctamente focada. As distorções de imagem atrás referidas também afectam a focagem. Efeito de desfoque do lado esquerdo do ecrã Após a utilização não se deve desligar o aparelho da tomada. Há aparelhos em que, depois de desligada a lâmpada, o sistema de arrefecimento continua a funcionar até à normalização da temperatura no interior do aparelho. Enquanto a lâmpada estiver ligada, não se deve deslocar o retroprojector. Corre-se o risco de fundir a lâmpada. Todos os movimentos que tiver de fazer deverão ser suaves. Alguns aparelhos têm um comutador para duas posições de intensidade luminosa. A maior intensidade só deve ser usada quando for mesmo necessária, porque reduz o tempo de vida da lâmpada. Em alguns retroprojectores o bloco lâmpada e reflector pode ser deslocado em altura, aproximando ou afastando a fonte luminosa do porta-documentos. O efeito pretendido é a optimização do feixe luminoso de modo a que a mancha luminosa no ecrã seja branca e homogénea. Quando desajustado surgirão nos limites da zona iluminada manchas azuladas ou amareladas. Apesar de não ser um ajuste técnico, também é conveniente verificar o estado de limpeza do porta- -documentos, lente ou objectiva e espelho. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 77
  • 78. PRINCÍPIOS DE UTILIZAÇÃO — Pelas características da retroprojecção o utilizador não precisa de olhar para o ecrã para ver a informação, visto que o faz directamente no porta-documentos. Por esta razão a posição do utilizador é sempre frontal ao grupo não havendo, portanto, quebras na comunicação. O utilizador pode, assim, apresentar simultaneamente a informação oral e escrita. — Quando se pretende revelar progressivamente o conteúdo do acetato devem-se utilizar máscaras. Uma máscara é normalmente uma folha de papel opaca que cobre, no acetato, a informação que não se quer revelar de imediato. As máscaras podem ser progressivas ou selectivas. — A utilização de máscaras aumenta o interesse do grupo e evita a dispersão da atenção. Dois tipos de máscaras mais usadas - máscara progressiva e máscaras selectivas (em baixo à direita) — Sempre que se pretende salientar parte da informação deve-se apontar directamente no acetato. Nunca apontar directamente no ecrã, porque o utilizador entra no cone de luz, perde o contacto visual com o grupo e pode danificar o ecrã. — Nunca se deve deixar o aparelho ligado em permanência. O utilizador não deve ligar o aparelho sem se certificar que o documento a apresentar está correctamente colocado. Após a apresentação de cada documento deve-se desligar o aparelho, o que faz regressar a atenção do grupo ao formador. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 78
  • 79. — O retroprojector também permite a escrita directa como se se tratasse dum simples quadro de escrita. Neste caso o utilizador escreve sobre um acetato colocado no porta-documentos, com o aparelho ligado. Desta forma também se pode acrescentar informação suplementar em documentos já elaborados. — Outra possível utilização deste aparelho é a apresentação de objectos transparentes e silhuetas de opacos. — A informação pode ser repartida por vários acetatos, presos a uma moldura de cartolina, que ao serem progressivamente sobrepostos vão criar a informação final - acetato composto Acetato composto com todos os acetatos sobrepostos — Em casos particulares o retroprojector pode ser usado para reproduzir por cópia: desenhos, gráficos e figuras, em quadros de escrita (ver Quadro Branco). INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 79
  • 80. VANTAGENS — Não há obscurecimento da sala. Ao contrário de outros meios projectáveis (projector de diapositivos, episcópio), a utilização deste meio é feita com luz ambiente, o que não quebra o ritmo da exposição. — Larga implantação. Bastante vulgarizado nos espaços de formação. — Baixo custo. — Utilização de cores. Existe uma larga variedade de cores nos materiais para confecção de documentos projectáveis. — Economia de tempo. A preparação prévia dos documentos poupa o tempo de escrita que seria necessário durante a sessão. — Durabilidade dos documentos, desde que devidamente acondicionados em bolsas próprias ou dossiers. — Reutilização dos documentos. A informação pode ser sempre utilizada posteriormente na mesma sessão ou seguintes. — Mobilidade e animação dos elementos. Há documentos que pela sua construção (em acrílico) permitem a visualização de movimentos (Exemplo: mostrador de relógio com ponteiros móveis). — Posição do utilizador. Sempre frontal ao grupo, não havendo quebras de comunicação. — Escrita directa. Pode ser utilizado como quadro de escrita. — Revelação progressiva da informação. Com a utilização de máscaras ou acetatos compostos. — Apresentação de objectos transparentes e opacos. — Utilização combinada. Quando a imagem é projectada sobre um quadro de escrita branco ou de papel, é possível acrescentar informação ou reproduzir por cópia, desenhos, gráficos, etc. DESVANTAGENS — Conhecimentos específicos. Requer a aprendizagem de conhecimentos técnicos para uma correcta utilização deste meio. — Ruído de funcionamento, provocado pela turbina de arrefecimento em alguns modelos. Por vezes, mesmo após se ter desligado a lâmpada, a turbina de arrefecimento mantém-se a funcionar até à normalização da temperatura no interior do aparelho. — Preparação prévia. Antes da sessão é necessário fazer uma série de verificações e ajustes, quando necessário, a fim de garantir um correcto visionamento. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 80
  • 81. DOCUMENTOS PARA O RETROPROJECTOR O suporte mais comum para utilizar em retroprojecção é a folha de acetato transparente, de formato A4. Existem basicamente dois tipos: para confecção manual e para utilização em fotocopiadoras ou impressoras de computador (laser ou de jacto de tinta). Normalmente os acetatos destinados à confecção manual, não podem ser utilizados em fotocopiadoras ou impressoras laser porque derretem no seu interior, inutilizando o acetato e danificando a máquina. Portanto, quando se utilizarem acetatos em fotocopiadora, teremos que nos certificar, pela embalagem, que são do tipo adequado. Os acetatos para impressoras de jacto de tinta têm uma face lisa e outra rugosa. A face rugosa é que deve receber a tinta. Se assim não for a tinta não se fixa nem seca. Ao colocar o acetato na impressora lembre-se da orientação correcta. Os documentos para retroprojector podem ser simples ou compostos. Os documentos simples são constituídos por uma única folha de acetato com informação. Normalmente, para utilização, são montados numa moldura de cartão ou protegidos por bolsas cristalinas apropriadas, para preservação do documento. Estas bolsas não retiram qualidade à projecção, têm perfurações que facilitam o seu arquivo em dossiers e possuem abas que além de cobrirem o excesso de zona luminosa (do porta- documentos) permitem escrever anotações. As vulgares bolsas em plástico não devem ser utilizadas durante a projecção porque retiram qualidade à imagem. Acetato protegido na sua bolsa colocada no porta-documentos do retroprojector Os documentos compostos são constituídos por diversas folhas de acetato que, por sobreposição, permitem uma apresentação progressiva e complementar da informação. Estes documentos pela sua estrutura têm de ser montados numa moldura de cartão. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 81
  • 82. Acetato composto sobre porta-documentos com os diferentes acetatos não sobrepostos Acetato composto já com os vários acetatos sobrepostos INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 82
  • 83. Acetato base 1 2 3 Acetato 4 e resultado final no ecrã INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 83
  • 84. Quando executamos acetatos compostos manualmente devemos usar uma matriz que tenha nos quatro cantos, e fora da área útil de imagem, miras de acerto para que a sobreposição dos acetatos seja perfeita. Matriz, com miras, para a concepção de acetatos simples e compostos Os processos de execução de documentos para retroprojector são variados: — Manual — Fotográfico — Fotocopiadora — Computador — Misto O processo de execução manual de acetatos é o mais comum porque requer menos meios e é menos dispendioso. Neste processo a execução do documento depende inteiramente do formador, que para isso pode utilizar diversos materiais: – Canetas de feltro do tipo permanente de diversas cores e espessuras . – Canetas de tinta da china para acetato de diversas espessuras. – Letras de decalque opacas ou transparentes, de várias cores, tipos e tamanhos. – Películas autocolantes e autoaderentes de várias cores. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 84
  • 85. O processo de execução fotográfico, como o próprio nome indica, consiste na reprodução fotográfica, a preto e branco ou a cores, de originais de variado tipo. Salienta-se que este processo, pela complexidade de meios e técnicas que exige, bem como pelo seu elevado custo, não está ao alcance de todos os serviços de formação. Acetato feito por processo fotográfico (informação a branco e fundo em negro) O processo de execução por fotocopiadora é actualmente um dos mais práticos e acessíveis, para a criação de documentos para o retroprojector. As possibilidades técnicas das actuais fotocopiadoras, como ampliação ou redução a cores, permitem ao formador reproduzir fácil e rapidamente informação escrita, esquemas, desenhos, que de outra forma demorariam muito tempo a fazer manualmente. Salienta-se mais uma vez que só devem ser utilizados acetatos próprios para fotocopiadora. O processo de execução por computador com impressão final a jacto de tinta ou laser está a tornar- se cada vez mais vulgar na produção destes documentos didácticos. Dada a grande diversidade de programas para computador, nomeadamente no campo gráfico, assim como a vulgarização destes equipamentos, as possibilidades de produção dos documentos são quase ilimitadas. Paralelamente a impressora laser garante uma excelente qualidade de impressão. O processo de execução misto resulta da associação de dois ou mais dos processos anteriores. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 85
  • 86. As três vantagens das bolsas de protecção INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 86
  • 87. PRINCÍPIOS BÁSICOS DE LEGIBILIDADE DOS ACETATOS — Área de exploração. Deve ser considerada uma área de exploração com 24cm x 18 cm, centrada na folha de acetato A4, a fim de permitir a utilização de caixilhos de cartolina, se assim for conveniente. — Forma de apresentação do conteúdo. O conteúdo pode ser estruturado segundo a horizontal ou a vertical, conforme a conveniência de cada caso. — Tipos de caracteres. Design. Os caracteres utilizados devem ter um design simples e de fácil leitura, assim como uma boa definição. Altura mínima dos caracteres / símbolos. A altura mínima dos caracteres / símbolos, depende das dimensões do ecrã (imagem projectada) e da distância ao espectador mais afastado. Espessura dos traços dos caracteres. A espessura dos traços dos caracteres deve ser proporcional à altura dos mesmos. Recomenda-se que a espessura mínima seja cerca de 1/5 da altura dos caracteres. — Espacejamento. O correcto espacejamento entre letras e palavras, é tão importante como a escolha do tipo de letra. As palavras lêem-se melhor quando o espacejamento entre letras é menos de metade do espaço ocupado pelas próprias letras. O espacejamento mínimo entre palavras deve ser igual à largura média do tipo de letras utilizado. — Entrelinhamento. O espacejamento entre linhas de informação escrita, deve ser pelo menos igual à altura dos caracteres. — Espessura mínima do traço. A espessura mínima dos traços a utilizar em desenhos, gráficos ou esquemas, deve ser de 0.5 mm. — Cores. A utilização de cores, para além de aumentar o interesse, permite fazer ressaltar, separar e diferenciar assuntos. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 87
  • 88. PAINEL DE CRISTAIS LÍQUIDOS - PCL O painel de cristais líquidos (PCL), conhecido em inglês por LCD PANEL (Liquid Cristal Display Panel) ou DATA SHOW, é um aparelho electrónico cujo princípio de funcionamento é análogo ao dos ecrãs dos computadores portáteis. Painel de Cristais Líquidos Este aparelho quando desligado parece uma placa de vidro transparente com uma moldura de plástico. Funciona sobre um retroprojector com ligação à saída do monitor dum computador. O PCL comporta-se assim como um acetato electrónico. Toda a informação presente no monitor do computador aparece na superfície transparente de cristais líquidos e é projectada num ecrã. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 88
  • 89. PCL em utilização sobre um retroprojector Os PCL podem ser classificados quanto ao tipo de imagem apresentada e quanto ao princípio de funcionamento. Quanto à imagem podem ser monocromáticos ou policromáticos. Os monocromáticos, consoante as marcas e modelos podem apresentar entre 6 e 16 tons de uma única cor. Os policromáticos apresentam valores variáveis entre 256 e 16,7 milhões de cores. Quanto à tecnologia podem ser de matriz passiva ou de matriz activa. Os PCL de matriz passiva são mais lentos a renovar a imagem produzindo o chamado "efeito de submarino", em que o cursor do rato desaparece quando é movimentado, só voltando a aparecer quando o movimento pára. Estes PCL também deixam passar menos luz e possuem menor contraste que os activos. Os PCL de matriz activa são consideravelmente mais caros que os de matriz passiva, mas oferecem uma qualidade de imagem muito superior e uma velocidade de refrescamento (renovação) igual à de um monitor de computador. Os de melhor qualidade podem até reproduzir imagens reais, em tempo real, provenientes de um videogravador. Recentemente surgiram ecrãs de matriz passiva de duplo varrimento, que aliam o baixo preço a uma maior frequência de imagem, melhor adaptados portanto para aplicações com imagens em movimento. Estes aparelhos estão progressivamente a ser substituídos pelos projectores de data/vídeo que analisaremos no tema Meios Audiovisuais. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 89
  • 90. VANTAGENS — Dimensão da imagem. — Portabilidade (peso e dimensões). — Facilidade de instalação e ajuste. — Associação com uma tecnologia conhecida - o retroprojector. DESVANTAGENS – Custo. – Uso de retroprojector específico de potência elevada. – Fragilidade. – Resolução limitada da imagem (com incidência nos de matriz passiva). INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 90
  • 91. OS MEIOS SONOROS Os meios sonoros englobam todos os meios que utilizam unicamente o som como veículo para transmissão da informação. Há milhares de anos que o homem transmite os seus conhecimentos através de um meio sonoro - a voz humana. Apesar da grande variedade de recursos didácticos à disposição do formador, a voz continua a ser o principal meio de transmissão de conhecimentos. Os meios sonoros apresentam a vantagem de estar muito vulgarizados visto uma grande percentagem da população possuir rádio, gravador de cassetes ou mesmo sofisticados conjuntos de alta fidelidade. Por esta razão, a maior parte das pessoas está familiarizada com a utilização destes meios. No entanto, em formação, para além da voz, os meios sonoros são pouco utilizados isoladamente, estando normalmente associados à imagem, como no diaporama, no filme e no vídeo. Os documentos sonoros utilizáveis como recursos didácticos vão desde a música, entrevistas, discursos de figuras públicas, livros falados, até às gravações resultantes de situações de formação (exemplo: role-play). Os vários documentos sonoros podem ser divulgados pelos seguintes meios: RÁDIO GIRA- DISCOS GRAVADOR DE BOBINES GRAVADOR DE CASSETES LEITOR DE CD GRAVADOR DAT GRAVADOR DE MINI-DISC GRAVADOR DE DCC LEITOR DE MP3 INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 91
  • 92. O SOM A sensação auditiva provocada por uma vibração acústica é designada por som. O som é provocado pela vibração cíclica de um corpo. Essa vibração é transmitida ao meio que o rodeia, sendo captada pelo ouvido. Para se propagar, o som necessita de um meio elástico sólido, líquido ou gasoso. No vácuo não há propagação de som. Uma das características que permite diferenciar o som é a sua frequência. A frequência ou altura dum som é expressa em Hertz (Hz), e representa o número de vibrações por segundo. Quanto maior for o número de vibrações por segundo (maior frequência), mais agudo é o som. Inversamente, quanto menor for o número de vibrações (menor frequência), mais grave é o som. O exemplo de um som agudo é o produzido por um apito policial e o de um som grave o produzido por um bombo. Gráfico de frequências de algumas fontes sonoras A voz humana varia entre os 150 e os 8 000 Hz. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 92
  • 93. Admite-se que a capacidade de audição humana varie entre os 20 e os 20 000 Hz. Estes limites variam segundo o indivíduo e a idade. Em média, um adulto ouve entre os 30 e os 15 000 Hz. Outra das características do som é o nível ou intensidade, que varia com a amplitude das vibrações acústicas. A intensidade sonora mede-se em decibéis (dB). Este factor é muito importante, porque o ouvido humano tem um limite máximo de tolerância. A partir deste limite a sensação é dolorosa, podendo mesmo provocar a surdez. O limiar da dor situa-se nos 130 dB. Tabela de intensidades em dB Um formador falando com voz normal e ouvido a cerca de três metros, produz uma intensidade sonora de 50 dB. Acima dos 70 dB considera-se que o som é forte, e abaixo deste valor que é fraco. Um aspecto importante, em formação, é a mensagem sonora ser recebida com clareza pelos formandos. Quando existe um elevado ruído de fundo, a mensagem sonora (sinal) tem de ser reproduzida com uma intensidade superior ao normal, para se sobrepor ao ruído. Para que a mensagem seja bem audível deve ser 15 dB superior ao nível de ruído. Esta relação tem o nome de relação sinal - ruído e a designação S/N (Signal/Noise). INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 93
  • 94. CADEIA SONORA Quando se pretende reproduzir mensagens sonoras em salas de grandes dimensões, para grandes audiências, é necessário o recurso a uma cadeia sonora para amplificar o som. Cadeia sonora O princípio de funcionamento da cadeia sonora, consiste na conversão das ondas sonoras em sinais eléctricos (microfone), na amplificação dos sinais (amplificador) e finalmente na reconversão dos sinais eléctricos em ondas sonoras (altifalante). A cadeia sonora pode ser formada por elementos independentes, ou estar integrada no mesmo aparelho, como no caso do televisor, rádio portátil ou projector de filme. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 94
  • 95. MICROFONES Um dos elementos principais da cadeia sonora é o microfone, que pode ser de vários tipos, quanto ao princípio de funcionamento e à direccionalidade. O ouvido humano tem a capacidade de seleccionar o tipo de som no qual se quer concentrar desprezando ou minimizando o ruído. Tomemos como exemplo uma sessão de formação. Se a exposição de um formador for interessante, os formandos alheiam-se do ruído na rua. A esta capacidade chama-se selectividade. Os microfones não possuem esta capacidade. Captam tudo por igual. Resulta deste fenómeno a grande variedade de formas e características dos microfones. Em formação e quanto ao funcionamento, os tipos de microfones mais utilizados são os electrodinâmicos e os de condensador. Os microfones electrodinâmicos não necessitam de ser alimentados por uma pilha como acontece com os de condensador. Como estes microfones têm uma fonte de alimentação é necessário ligá-los antes da utilização, sendo ainda conveniente verificar o estado da pilha. Depois de cada utilização, devem ser desligados para se poupar a carga da pilha. Actualmente todos os gravadores de cassetes assim como as câmaras de vídeo são equipados com microfones de condensador, de reduzidas dimensões. Os microfones podem ser de três tipos quanto ao ângulo de captação sonora / direccionalidade: Unidireccionais (cardióides) Omnidireccionais Superdireccionais Diagrama da direccionalidade de microfones INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 95
  • 96. Os unidireccionais são microfones que privilegiam uma determinada direcção na captação sonora. São os mais apropriados quando se pretende captar a fala de um único interveniente , como numa conferência. Os microfones omnidireccionais captam os sons uniformemente em todas as direcções. Quando se pretende captar o diálogo entre vários intervenientes, como numa situação de “mesa redonda”, este tipo de microfone é o mais adequado. Os superdireccionais são microfones de elevada direccionalidade (ângulo de captação muito estreito). Este tipo de microfone não é adequado a situações de formação, sendo o seu uso reservado a utilizações profissionais. Dois tipos de microfones: um cardióide e um de lapela com emissor INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 96
  • 97. O AMPLIFICADOR E O ALTIFALANTE O amplificador é o elemento da cadeia sonora que amplifica o sinal que lhe é fornecido à entrada. As possíveis fontes de sinal (rádio, leitor de CD, gravador de áudio) debitam sinais de fraca intensidade, insuficientes para excitar um altifalante, pelo que necessitam de ser amplificados. A potência de amplificação varia consoante o aparelho e mede-se em WATT (W). Amplificador de áudio O altifalante tem a função inversa do microfone e destina-se a converter os sinais eléctricos de áudio, em ondas sonoras. Para aumentar a qualidade sonora, os altifalantes podem ser montados em caixas apropriadas, designadas por colunas. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 97
  • 98. Coluna de altifalantes Cada altifalante, ou coluna de altifalantes, tem um limite máximo de potência de funcionamento. Para evitar a sua destruição, os altifalantes nunca podem ser ligados a amplificadores de potência superior à que podem suportar. A reprodução sonora de alta-fidelidade (Hi-Fi), que corresponde à gama de 20 a 20 000 Hz, não pode ser conseguida através de um único altifalante. Por esta razão existem altifalantes de diversos tipos, específicos para a reprodução de determinada gama de frequências - graves, médias e agudas. Numa coluna de som encontram-se normalmente estes três tipos de altifalantes, para se obter uma elevada fidelidade de reprodução sonora. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 98
  • 99. SINTONIZADOR/RECEPTOR DE RÁDIO A rádio como meio de comunicação e de difusão cultural teve um papel determinante até ao aparecimento da televisão. Apesar das limitações óbvias face à televisão, ainda pode ser um importante veículo de educação/formação sobretudo pela grande economia e facilidade de difusão/recepção. Conjunto de alta fidelidade constituído por: amplificador, leitor de CD, gravador/leitor de cassetes e sintonizador Nalguns países de grandes dimensões , como a Austrália e o Canadá, em regiões isoladas com pouca densidade populacional, ainda hoje se usa a rádio como meio de ensino - os estudantes têm as suas aulas via rádio. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 99
  • 100. GIRA- DISCOS O disco de vinil como recurso didáctico, foi progressivamente substituído pela gravação magnética em cassete de áudio. Além de ter sido o suporte preferido para o registo de obras musicais, foi utilizado em formação, sobretudo no ensino de línguas. Gira-discos A principal desvantagem do gira-discos é a sua fragilidade. Por outro lado os discos de vinil exigem uma utilização e acondicionamento cuidadosos para evitar danos irreparáveis, como riscos, deformações ou mesmo fracturas. Actualmente, com a progressiva substituição do disco de vinil pelo CD (Compact Disc), torna-se cada vez mais difícil encontrar registos neste suporte. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL – RECURSOS DIDÁCTICOS na Formação 100