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Filosofia 11º ano – Lógica



                                     Linguagem




     Faculdade de Simbolizar/Representar

         o   Ex: Bandeira de Portugal em vez do próprio país.

     Faculdade de Representar o real, usando signos linguísticos:

         o   Conceitos;
         o   Imagem acústica;




      A palavra caneta, esta em vez de
      Ao dizer que a caneta é amarela, estamos a representa-la.


Organização do Pensamento


                          Palavras                   Conceito
                    Frases = Preposições               Juízos
                    Discurso (argumento)             Raciocínio
                         Linguagem                  Pensamento



                                                Instrumentos lógicos
                                                  do pensamento.
Filosofia 11º ano – Lógica

Como pensa o pensamento?
      O pensamento usa:
         o Conceitos – ideia geral e abstracta sobre uma classe de seres (canetas);
         o Juízos – estabelecem a relação entre, pelo menos, dois conceitos (caneta é
             vermelha);
         o Raciocínios– relação/encadeamento juízos.

                                         Todas as canetas são vermelhas – premissa;
                                         Este objecto é uma caneta – premissa;
                                         Este objecto é vermelho – conclusão;

Linguagem
      Há vários tipos:
          o Gestual;
          o Cromática;
          o Verbal;

      Serve para comunicar
                   Ser humano usa a linguagem articulada;
                   Os animais usam linguagem não articulada




Pensamento, Linguagem e Discurso
      Quando pensamos estamos a realizar um conjunto de operações mentais, como classificar,
      descrever ou relacionar coisas. Nestas operações mentais utilizamosconceitos.
      Os conceitos são expressos na linguagem oral ou escrita, por palavras ou conjuntos de
      palavras, os signos linguísticos.
      Na origem destes signos, está a língua falada. A língua caracteriza-se por ser:
          o    Aprendida, resulta de um processo de enculturação, não é, por isso, inata.
          o    Articulada, enquanto linguagem verbal (as variações sonoras, traduzidas em
               fonemas, dão origem à diversidade de palavras).
          o    Simbólica, as palavras substituem os objectos concretos a que se referem. As
               relações entre os signos e as coisas resultam de convenções.
      Foi a língua falada que tornou possível a formação de outros tipos de linguagem, tal como
      a linguagem gestual, etc. O acto de escrever, constitui uma das formas secundárias da
      linguagem oral.
Filosofia 11º ano – Lógica

         A aquisição desta linguagem oral ou escrita, com a qual expressamos os nossos
         pensamentos e emoções faz-se em simultâneo com o desenvolvimento do pensamento.
         Aprendemos a pensar ao mesmo tempo que aprendemos a expressar-nos nas diferentes
         linguagens.
         A linguagem não pode ser entendia como um instrumento do pensamento, mas como a
         MATÉRIA do próprio pensar. Não há pensamento fora da linguagem, nem linguagem sem
         pensamento. Como demonstrou Jean Piaget, quando uma criança começa a falar adquire
         ao mesmo tempo um meio de se exprimir e de comunicar cada vez mais eficaz, que lhe
         possibilita ordenar e classificar o mundo de uma certa maneira, assim como o seus
         sentimentos e as suas acções. A nossa língua acaba, desta forma, por modelar a maneira
         de vermos, compreendermos e descrevermos todas as coisas. Todas as línguas expressam
         uma dada cosmovisão (concepção do mundo).
         Ao pensarmos sobre as coisas estamos a encadear um conjunto de raciocínios de uma
         forma mais ou menos coerente. Pensar é de certa forma iniciar um percurso, com um
         ponto de partida e de chegada, a conclusão. À expressão encadeada do pensamento, sob
         a forma de palavras designamos por discurso.
          A maneira como descrevemos o mundo tem vindo a adquirir uma complexidade
         crescente, fruto do desenvolvimento das linguagens que vão sendo criadas para o fazer.



Logica
         Disciplina filosófica (criação remonta a IV a. C).
         Ciência do pensamento – logo, das razões.
         Dedica-se ao estudo das regras, e princípios a que o pensamento deve obedecer para
         ser coerente.
         Preocupa-se com a validade (≠ verdade → adequação do que pensamos/dizemos com
         a realidade).
         Validade = cumprimento das regras e princípios lógicos, tem a ver com a forma




                                   Ex:

                                           Todos os Cães miam;
                                           Bobby é um cão;
                                           Bobby mia;
Filosofia 11º ano – Lógica

Importância / relevância da logica
       Pensar de forma clara, concisa e correcta;
       Resolver problemas;
       Contribui para a precisão, coerência e de demostratividade do raciocínio;
       Ajuda a detectar erros lógicos na linguagem falada e escrita;
       Eleva a cultura do pensamento;
       Ajuda a encontrar vias mais breves e correctas para refutar e evitar erros.

Instrumentos lógicos do pensamento


   1. O que são conceitos?

   2. Como se formam os conceitos?

                Os conceitos formam-se a partir da observação de um nº de casos
                considerados suficiente que analisamos, retirando características essenciais
                (ex. tinta de uma caneta) e desprezamos as acidentais (ex. cor da tinta de uma
                caneta);
                Sintetizamos a informação, abstraímos da situação concreta e generalizamos
                todas as situações.

Conceito
       Pode organizar-se, atendendo a:
          o Compreensão – booby;
          o Extensão – animal;


Proposição
       Relaciona conceitos;
           o    Ex.: Todas as árvoressãoplantas                   Predicado




             Quantificador                   Copula (verbo
                                              copulativo)
                              Sujeito



           o    Tem que ser frase declarativa;
           o    Tem que ter valor de verdade;
           o    Afirma ou nega algo em relação a um sujeito.
Filosofia 11º ano – Lógica



 Proposição – FORMA PADRÃO


             Todos os homens são mortais



  Quantificador            Sujeito            Predicado
                       s=termo menor       p= termo maior




Ex: Alguns … São
    Nenhum … é



 Inferências Imediatas
            É possível construir uma nova proposição a partir de um inicial
            Podem ser:
                1. Por oposição;
                2. Por conversão;


 Classificação das proposições

                             1. Quantidade                  2. Qualidade
                                    Universal;                    Afirmativa;
                                    Particular;                   Negativa;

                                               Universal afirmativa
                        A                 Ex: todos os homens são mortais
                                                Universal negativa
                        E                   Ex: Nenhum homem é mortal
                                               Particular afirmativa
                        I                  Ex: Alguns homens são mortais
                                                Particular negativa
                        O                Ex: Alguns homens não são mortais



             Proposição                           Sujeito                       Predicado
                   A                           Distribuído                    Não distribuído
                   E                           Distribuído                      Distribuído
                   I                         Não distribuído                  Não distribuído
                   O                         Não distribuído                    Distribuído
Filosofia 11º ano – Lógica

Inferências por oposição

                                    Quadrado Lógico




Inferências imediatas por conversão
       3 Tipos possíveis:
            Simples – só possíveis nas proposições do tipo E e do tipo I
                    Ex: alguns jovens são praticantes de desporto.

             Por limitação– só possíveis nas proposições de tipo A
                     Ex : todoslisboetas são portugueses – tipo A


                      AlgunsPortugueses são lisboetas – tipo I


             Por negação– só possível nas proposições do tipo O
                     Ex: Alguns jovens não são desportistas



                          Alguns desportistas não são jovens
Filosofia 11º ano – Lógica

Argumento – dedutivo ou indutivo



                                  Se as premissas forem verdadeiras, as conclusao é
                                             necessariamentverdadeira.
                                                        universal:
                                   → todos os homens são mortais - V(1ªpremissa)
                                                                                           vai do geral para
             Dedutivo                        → joão é homem - V(2ªpremissa)
                                                                                             o particular
                                                        particular:
 Argumento




                                             → joão é mortar - V (conclusão)




                                Apesar das premissas verdadeiras, a conclusão é apenas
                                                      provavel.
                                                                                            vai do particular
              Indutivo                      A conclusão vail alem das premissa.
                                                                                              para o geral
                                          → Fortes= maior grau de probablilidade;
                                         → Fracos = menor grau de probabilidade;




Silogismo Categórico e Silogismo Condicional
             O silogismo categórico é uma inferência dedutiva. Não se pretende descobrir nada de
             novo, mas apenas demonstrar a validade de algo que já se conhece.
             Só pode ter 3 termos

Ex.
                                 M                  P

                o   Todos os gatos são mamíferos                                    M= Termo médio (estabelece
                            S                 M                                     relação entre S e P);
                    Os siameses são gatos .                                         S= Termo menor;
                                     S                   P
                                                                                    P= Termo maior;
                    Logo, os siameses são mamíferos .




                                   Modo A, A, A
Filosofia 11º ano – Lógica



             Regras do Silogismo Categórico Regular
                           Regras dos Termos
             Regras                               Exemplos Inválidos
1   Ter três termos (sem equívocos):       Todo o touro tem chifres
    maior, médio e menor.                  Touro é uma constelação
                                           Logo, uma constelação tem chifres
                                           T. Maior:chifres; T. Médio: Touro
                                           (animal); T.Menor: Constelação; 4º.
                                           Termo: Touro (constelação).
2   Os termos maior e menor não            Tudo o que magoa é mau.
    podem ter, na conclusão, maior         Alguns homens magoam.
    extensão do que nas premissas.         Logo, todos os homens são maus
                                           T. Maior: maus; T.Menor: todos os
                                           homens.
3   O termo médio tem que ser tomado       A tâmara é um fruto
    pelo menos uma vez em toda a sua       A laranja é um fruto
    extensão (universalmente).             Logo, a tâmara é uma laranja.
                                           T. Médio: fruto.
4   O termo médio não deve entrar na       Tâmara é grande
    conclusão                              Tâmara é faladora
                                           Portanto, a Tâmara é uma grande
                                           faladora.
                                           T. Médio: Tâmara
                        Regras das Proposições
             Regras                               Exemplos Inválidos
5   De duas premissas afirmativas não se   Insultar é um acto indigno
    pode tirar conclusões negativas.       Os actos indignos são condenáveis
                                           Logo, insultar não é condenável.
6   De duas premissas negativas nada se    Nenhum homem é imortal
    pode concluir                          Os pássaros não são homens
                                           Portanto, os pássaros são imortais.
7   De duas premissas particulares nada    Algum aluno é preguiçoso
    se pode concluir.                      Algum aluno é estudioso
                                           Portanto, alguns alunos estudiosos
                                           são preguiçosos.
8   A conclusão segue a parte mais fraca   Todos os leões são mamíferos
                                           Alguns animais são leões
                                           Portanto, todos os animais são
                                           mamíferos.
Filosofia 11º ano – Lógica




Figura
         Determina-se pela função do termo médio na premissa maior e na premissa menor.
         Como o termo pode exercer a função de sujeito e predicado, há possibilidade de existir
         4 figuras.

                              1ª Figura       2ª Figura     3ª Figura      4ª Figura
           Premissa
            Maior              MeP              PeM          MeP             PeM

           Premissa
            Menor              SeM              SeM          MeS             MeS


           Conclusão            SeP                 SeP       SeP             SeP



Silogismo Condicional
         Modus ponens:
            Seestiver com atenção, então, aprendo lógica.
               p                      q
               Eu estou com atenção
                                                                                  Se p, então q.
               p
               Logo, aprendo lógica
               q

         Modus tollens:
            Se aquecer o ferro, então ele dilata
                Antecedente           Consequente
                (ferro) Ele não dilatou

                Logo, não aquecemos o ferro.
Filosofia 11º ano – Lógica

O Domínio do discurso argumentativo
        A comunicação humana visa persuadir, conquistar a adesão dos outros.

Argumentação – actividade social, intelectual e discursiva que, utilizando um conjunto de
razões bem fundamentadas (argumentos), procurando justificar ou refutar uma opinião ou
obter a aprovação e adesão de um auditório, com o intuito de alteras o seu comportamento.

                                               OU

«Conjunto de técnicas discursivas que permitem provocar ou reforçar a adesão dos espíritos às
                      teses que são apresentadas ao seu assentimento»




Comunicação argumentativa –processo de troca de mensagens cuja finalidade é a adesão
dos outros às nossas teses, perspectivas ou opiniões.

       Tese= ideia/opinião do autor sobre um assunto.



    1) Defender a tese
       →Argumentos a favor da tese.
    2) Refutar
       →Argumentos contra a tese.




Tese: Os alunos devem estudar todos os dias.

Argumentos:Porque dessa forma, conseguem tirar boas notas.

Contra argumentos:Há quem estude todos os dias e não tira boas notas.
Filosofia 11º ano – Lógica

A argumentação é a produção de afirmações destinadas a sustentar ou a apoiar uma
conclusão, ao mesmo tempo que a Demonstração é um argumento dedutivamente válido que
parte de premissas verdadeiras que conduzem necessariamente à conclusão.

       Argumentar é expor de forma encadeada um conjunto de argumentos (razões) que
       justificam uma conclusão. Por outras palavras, um argumento é um conjunto de
       premissas (razões, provas, ideias) apresentadas para sustentar uma tese ou um ponto
       de vista.
       Conforme os tipo de argumentos (razões) que nos servimos para justificar uma dada
       conclusão, podemos estar perante uma demonstração ou uma argumentação.
       Na argumentaçãoa conclusão é mais ou menos plausível. As provas apresentadas são
       susceptíveis   de   múltiplas   interpretações,   frequentemente     marcadas    pela
       subjectividade de quem argumenta e do contexto em que o faz. Na
       argumentaçãoprocura-se acima de tudo, convencer alguém que uma dada tese é
       preferível a outra. É por isso que só se argumenta nas situações em que existem várias
       respostas possíveis. Toda a argumentação implica deste modo o envolvimento ou
       comprometimento de alguém em determinadas teses.
       Na demonstração a conclusão é universal, decorrendo de forma necessária das
       premissas, e impõe-se desde logo à consciência como verdadeira. As provas são sem
       margem de erro e não estão contaminadas por factores subjectivos ou de contexto. A
       demonstração assume um carácter impessoal. É por isso que podemos dizer que a
       mesma foi correcta ou incorrectamente feita, dado só se admitir uma única conclusão.
Filosofia 11º ano – Lógica




Auditório e Orador


Auditório:
         Conjunto de indivíduos que o orador pretende influência com sua argumentação.
         Não existe argumentação sem auditório (mesmo quando argumentamos em relação
         mesmos).

Pode ser:

   1) Individual: Constituído por uma pessoa com que se estabelece diálogo (ex. pai/filho;
         marido/mulher; policia/multado).
   2) Particular: Grupo restrito de pessoas (ex. esta turma; pessoas que vão a um comício,
         conferencia ou homilia religiosa).
   3) Universal: Quando o que se afirma pretende ser válido para toda a humanidade (ex.
         teses filosóficas e/ou outras que se procuram solucionar os grandes problemas que a
         humanidade enfrenta).

Orador
Filosofia 11º ano – Lógica

Discurso Publicitário e Discurso Politico

Características do discurso publicitário
       Apela à sensibilidade; sedutor (busca a simpatia do auditório);
       Mobiliza o desejo;
       Dirigido a um auditório específico;
       Manipula símbolos para alterar a avaliação que os receptores fazem da
       realidade;
       Induz à opção por determinado produto;
       Explora o poder da palavra e da imagem;
       Propõe jogo de associações semânticas (actua a um nível implícito e
       inconsciente).

Discurso politico
       Associado ao conceito de propaganda política

          o Dirige-se a vários auditórios particulares;

          o Sedutor;

          o Manipulador e demagógico;

                    Utiliza estratégias para persuadir o auditório (a cada um) de que
                     pensa como ele

                    Maleável

                    Utiliza vocabulário ambíguo para que cada um o interprete da
                     forma que mais lhe convém

          o Reforça opiniões prévias;

          o Forma e é formado pela opinião pública



                     Tendência da população para partilhar as mesmas
                     ideias acerca de um problema = voz do povo, vontade
                     colectiva.
Filosofia 11º ano – Lógica

Papel do auditório
        Determinante – é condicionador do processo argumentativo

                         Argumentação nunca se faz num campo vazio mas numa espécie de
                         sintonia/contexto entre orador/auditório (é ele que se quer
                         cativar/influenciar)
                         Aspectos em que se faz sentir a sua influência:
                         1) Na linguagem – têm que partilhar a mesma – natural

                                                                         Nunca é objectiva
                                                                         É entendível por todos

                         2) As proposições a apresentar têm que ser discutíveis (a aceitação
                            passa pela capacidade crítica do auditório)
                         3) Técnicas do discurso – pois a argumentação é um processo
                            dialógico (diálogo do tipo pergunta-resposta não é o ideal se o
                            auditório for numeroso)
ACORDO

          Perelman considera-o como o objectivo a atingir; é importante sobretudo nos casos
          em que os meios de prova são insuficientes . Ex: casos em que se debate o valor de
          uma decisão, de uma atitude, de um comportamento (justo/injusto;
          razoável/honroso, etc)


“ O que o advogado tenta obter com o seu relato é a adesão do juiz, e só pode obtê-la mostrando-lhe
que tal adesão está justificada porque é aprovada pelas instâncias superiores e pela opinião pública.
Para conseguir os seus fins, o advogado não partirá de algumas verdades (os axiomas) até chegar a
outras verdades a demonstrar (os teoremas), mas sim de alguns acordos prévios até obter a adesão”.

                                                          Perelman, A Lógica jurídica e a nova retórica




Acordo prévias = proposições não questionadas, aceites pelo auditório antes de se dar início à
argumentação e que constituem a base do discurso.


        São de diferente natureza, podendo consistir em factos do conhecimento público,
valores comummente aceites, próprias de auditórios específicos.

       Pelas técnicas argumentativas procura-se a transferência do acordo desta base de
entendimento para a tese apresentada pelo orador.

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Matéria 1º Período

  • 1. Filosofia 11º ano – Lógica Linguagem Faculdade de Simbolizar/Representar o Ex: Bandeira de Portugal em vez do próprio país. Faculdade de Representar o real, usando signos linguísticos: o Conceitos; o Imagem acústica;  A palavra caneta, esta em vez de  Ao dizer que a caneta é amarela, estamos a representa-la. Organização do Pensamento Palavras Conceito Frases = Preposições Juízos Discurso (argumento) Raciocínio Linguagem Pensamento Instrumentos lógicos do pensamento.
  • 2. Filosofia 11º ano – Lógica Como pensa o pensamento? O pensamento usa: o Conceitos – ideia geral e abstracta sobre uma classe de seres (canetas); o Juízos – estabelecem a relação entre, pelo menos, dois conceitos (caneta é vermelha); o Raciocínios– relação/encadeamento juízos.  Todas as canetas são vermelhas – premissa;  Este objecto é uma caneta – premissa;  Este objecto é vermelho – conclusão; Linguagem Há vários tipos: o Gestual; o Cromática; o Verbal; Serve para comunicar  Ser humano usa a linguagem articulada;  Os animais usam linguagem não articulada Pensamento, Linguagem e Discurso Quando pensamos estamos a realizar um conjunto de operações mentais, como classificar, descrever ou relacionar coisas. Nestas operações mentais utilizamosconceitos. Os conceitos são expressos na linguagem oral ou escrita, por palavras ou conjuntos de palavras, os signos linguísticos. Na origem destes signos, está a língua falada. A língua caracteriza-se por ser: o Aprendida, resulta de um processo de enculturação, não é, por isso, inata. o Articulada, enquanto linguagem verbal (as variações sonoras, traduzidas em fonemas, dão origem à diversidade de palavras). o Simbólica, as palavras substituem os objectos concretos a que se referem. As relações entre os signos e as coisas resultam de convenções. Foi a língua falada que tornou possível a formação de outros tipos de linguagem, tal como a linguagem gestual, etc. O acto de escrever, constitui uma das formas secundárias da linguagem oral.
  • 3. Filosofia 11º ano – Lógica A aquisição desta linguagem oral ou escrita, com a qual expressamos os nossos pensamentos e emoções faz-se em simultâneo com o desenvolvimento do pensamento. Aprendemos a pensar ao mesmo tempo que aprendemos a expressar-nos nas diferentes linguagens. A linguagem não pode ser entendia como um instrumento do pensamento, mas como a MATÉRIA do próprio pensar. Não há pensamento fora da linguagem, nem linguagem sem pensamento. Como demonstrou Jean Piaget, quando uma criança começa a falar adquire ao mesmo tempo um meio de se exprimir e de comunicar cada vez mais eficaz, que lhe possibilita ordenar e classificar o mundo de uma certa maneira, assim como o seus sentimentos e as suas acções. A nossa língua acaba, desta forma, por modelar a maneira de vermos, compreendermos e descrevermos todas as coisas. Todas as línguas expressam uma dada cosmovisão (concepção do mundo). Ao pensarmos sobre as coisas estamos a encadear um conjunto de raciocínios de uma forma mais ou menos coerente. Pensar é de certa forma iniciar um percurso, com um ponto de partida e de chegada, a conclusão. À expressão encadeada do pensamento, sob a forma de palavras designamos por discurso. A maneira como descrevemos o mundo tem vindo a adquirir uma complexidade crescente, fruto do desenvolvimento das linguagens que vão sendo criadas para o fazer. Logica Disciplina filosófica (criação remonta a IV a. C). Ciência do pensamento – logo, das razões. Dedica-se ao estudo das regras, e princípios a que o pensamento deve obedecer para ser coerente. Preocupa-se com a validade (≠ verdade → adequação do que pensamos/dizemos com a realidade). Validade = cumprimento das regras e princípios lógicos, tem a ver com a forma Ex: Todos os Cães miam; Bobby é um cão; Bobby mia;
  • 4. Filosofia 11º ano – Lógica Importância / relevância da logica Pensar de forma clara, concisa e correcta; Resolver problemas; Contribui para a precisão, coerência e de demostratividade do raciocínio; Ajuda a detectar erros lógicos na linguagem falada e escrita; Eleva a cultura do pensamento; Ajuda a encontrar vias mais breves e correctas para refutar e evitar erros. Instrumentos lógicos do pensamento 1. O que são conceitos? 2. Como se formam os conceitos? Os conceitos formam-se a partir da observação de um nº de casos considerados suficiente que analisamos, retirando características essenciais (ex. tinta de uma caneta) e desprezamos as acidentais (ex. cor da tinta de uma caneta); Sintetizamos a informação, abstraímos da situação concreta e generalizamos todas as situações. Conceito Pode organizar-se, atendendo a: o Compreensão – booby; o Extensão – animal; Proposição Relaciona conceitos; o Ex.: Todas as árvoressãoplantas Predicado Quantificador Copula (verbo copulativo) Sujeito o Tem que ser frase declarativa; o Tem que ter valor de verdade; o Afirma ou nega algo em relação a um sujeito.
  • 5. Filosofia 11º ano – Lógica Proposição – FORMA PADRÃO Todos os homens são mortais Quantificador Sujeito Predicado s=termo menor p= termo maior Ex: Alguns … São Nenhum … é Inferências Imediatas É possível construir uma nova proposição a partir de um inicial Podem ser: 1. Por oposição; 2. Por conversão; Classificação das proposições 1. Quantidade 2. Qualidade  Universal;  Afirmativa;  Particular;  Negativa; Universal afirmativa A Ex: todos os homens são mortais Universal negativa E Ex: Nenhum homem é mortal Particular afirmativa I Ex: Alguns homens são mortais Particular negativa O Ex: Alguns homens não são mortais Proposição Sujeito Predicado A Distribuído Não distribuído E Distribuído Distribuído I Não distribuído Não distribuído O Não distribuído Distribuído
  • 6. Filosofia 11º ano – Lógica Inferências por oposição Quadrado Lógico Inferências imediatas por conversão 3 Tipos possíveis:  Simples – só possíveis nas proposições do tipo E e do tipo I  Ex: alguns jovens são praticantes de desporto.  Por limitação– só possíveis nas proposições de tipo A  Ex : todoslisboetas são portugueses – tipo A  AlgunsPortugueses são lisboetas – tipo I  Por negação– só possível nas proposições do tipo O  Ex: Alguns jovens não são desportistas  Alguns desportistas não são jovens
  • 7. Filosofia 11º ano – Lógica Argumento – dedutivo ou indutivo Se as premissas forem verdadeiras, as conclusao é necessariamentverdadeira. universal: → todos os homens são mortais - V(1ªpremissa) vai do geral para Dedutivo → joão é homem - V(2ªpremissa) o particular particular: Argumento → joão é mortar - V (conclusão) Apesar das premissas verdadeiras, a conclusão é apenas provavel. vai do particular Indutivo A conclusão vail alem das premissa. para o geral → Fortes= maior grau de probablilidade; → Fracos = menor grau de probabilidade; Silogismo Categórico e Silogismo Condicional O silogismo categórico é uma inferência dedutiva. Não se pretende descobrir nada de novo, mas apenas demonstrar a validade de algo que já se conhece. Só pode ter 3 termos Ex. M P o Todos os gatos são mamíferos M= Termo médio (estabelece S M relação entre S e P); Os siameses são gatos . S= Termo menor; S P P= Termo maior; Logo, os siameses são mamíferos . Modo A, A, A
  • 8. Filosofia 11º ano – Lógica Regras do Silogismo Categórico Regular Regras dos Termos Regras Exemplos Inválidos 1 Ter três termos (sem equívocos): Todo o touro tem chifres maior, médio e menor. Touro é uma constelação Logo, uma constelação tem chifres T. Maior:chifres; T. Médio: Touro (animal); T.Menor: Constelação; 4º. Termo: Touro (constelação). 2 Os termos maior e menor não Tudo o que magoa é mau. podem ter, na conclusão, maior Alguns homens magoam. extensão do que nas premissas. Logo, todos os homens são maus T. Maior: maus; T.Menor: todos os homens. 3 O termo médio tem que ser tomado A tâmara é um fruto pelo menos uma vez em toda a sua A laranja é um fruto extensão (universalmente). Logo, a tâmara é uma laranja. T. Médio: fruto. 4 O termo médio não deve entrar na Tâmara é grande conclusão Tâmara é faladora Portanto, a Tâmara é uma grande faladora. T. Médio: Tâmara Regras das Proposições Regras Exemplos Inválidos 5 De duas premissas afirmativas não se Insultar é um acto indigno pode tirar conclusões negativas. Os actos indignos são condenáveis Logo, insultar não é condenável. 6 De duas premissas negativas nada se Nenhum homem é imortal pode concluir Os pássaros não são homens Portanto, os pássaros são imortais. 7 De duas premissas particulares nada Algum aluno é preguiçoso se pode concluir. Algum aluno é estudioso Portanto, alguns alunos estudiosos são preguiçosos. 8 A conclusão segue a parte mais fraca Todos os leões são mamíferos Alguns animais são leões Portanto, todos os animais são mamíferos.
  • 9. Filosofia 11º ano – Lógica Figura Determina-se pela função do termo médio na premissa maior e na premissa menor. Como o termo pode exercer a função de sujeito e predicado, há possibilidade de existir 4 figuras. 1ª Figura 2ª Figura 3ª Figura 4ª Figura Premissa Maior MeP PeM MeP PeM Premissa Menor SeM SeM MeS MeS Conclusão SeP SeP SeP SeP Silogismo Condicional Modus ponens:  Seestiver com atenção, então, aprendo lógica. p q Eu estou com atenção Se p, então q. p Logo, aprendo lógica q Modus tollens:  Se aquecer o ferro, então ele dilata Antecedente Consequente (ferro) Ele não dilatou Logo, não aquecemos o ferro.
  • 10. Filosofia 11º ano – Lógica O Domínio do discurso argumentativo A comunicação humana visa persuadir, conquistar a adesão dos outros. Argumentação – actividade social, intelectual e discursiva que, utilizando um conjunto de razões bem fundamentadas (argumentos), procurando justificar ou refutar uma opinião ou obter a aprovação e adesão de um auditório, com o intuito de alteras o seu comportamento. OU «Conjunto de técnicas discursivas que permitem provocar ou reforçar a adesão dos espíritos às teses que são apresentadas ao seu assentimento» Comunicação argumentativa –processo de troca de mensagens cuja finalidade é a adesão dos outros às nossas teses, perspectivas ou opiniões. Tese= ideia/opinião do autor sobre um assunto. 1) Defender a tese →Argumentos a favor da tese. 2) Refutar →Argumentos contra a tese. Tese: Os alunos devem estudar todos os dias. Argumentos:Porque dessa forma, conseguem tirar boas notas. Contra argumentos:Há quem estude todos os dias e não tira boas notas.
  • 11. Filosofia 11º ano – Lógica A argumentação é a produção de afirmações destinadas a sustentar ou a apoiar uma conclusão, ao mesmo tempo que a Demonstração é um argumento dedutivamente válido que parte de premissas verdadeiras que conduzem necessariamente à conclusão. Argumentar é expor de forma encadeada um conjunto de argumentos (razões) que justificam uma conclusão. Por outras palavras, um argumento é um conjunto de premissas (razões, provas, ideias) apresentadas para sustentar uma tese ou um ponto de vista. Conforme os tipo de argumentos (razões) que nos servimos para justificar uma dada conclusão, podemos estar perante uma demonstração ou uma argumentação. Na argumentaçãoa conclusão é mais ou menos plausível. As provas apresentadas são susceptíveis de múltiplas interpretações, frequentemente marcadas pela subjectividade de quem argumenta e do contexto em que o faz. Na argumentaçãoprocura-se acima de tudo, convencer alguém que uma dada tese é preferível a outra. É por isso que só se argumenta nas situações em que existem várias respostas possíveis. Toda a argumentação implica deste modo o envolvimento ou comprometimento de alguém em determinadas teses. Na demonstração a conclusão é universal, decorrendo de forma necessária das premissas, e impõe-se desde logo à consciência como verdadeira. As provas são sem margem de erro e não estão contaminadas por factores subjectivos ou de contexto. A demonstração assume um carácter impessoal. É por isso que podemos dizer que a mesma foi correcta ou incorrectamente feita, dado só se admitir uma única conclusão.
  • 12. Filosofia 11º ano – Lógica Auditório e Orador Auditório: Conjunto de indivíduos que o orador pretende influência com sua argumentação. Não existe argumentação sem auditório (mesmo quando argumentamos em relação mesmos). Pode ser: 1) Individual: Constituído por uma pessoa com que se estabelece diálogo (ex. pai/filho; marido/mulher; policia/multado). 2) Particular: Grupo restrito de pessoas (ex. esta turma; pessoas que vão a um comício, conferencia ou homilia religiosa). 3) Universal: Quando o que se afirma pretende ser válido para toda a humanidade (ex. teses filosóficas e/ou outras que se procuram solucionar os grandes problemas que a humanidade enfrenta). Orador
  • 13. Filosofia 11º ano – Lógica Discurso Publicitário e Discurso Politico Características do discurso publicitário Apela à sensibilidade; sedutor (busca a simpatia do auditório); Mobiliza o desejo; Dirigido a um auditório específico; Manipula símbolos para alterar a avaliação que os receptores fazem da realidade; Induz à opção por determinado produto; Explora o poder da palavra e da imagem; Propõe jogo de associações semânticas (actua a um nível implícito e inconsciente). Discurso politico Associado ao conceito de propaganda política o Dirige-se a vários auditórios particulares; o Sedutor; o Manipulador e demagógico;  Utiliza estratégias para persuadir o auditório (a cada um) de que pensa como ele  Maleável  Utiliza vocabulário ambíguo para que cada um o interprete da forma que mais lhe convém o Reforça opiniões prévias; o Forma e é formado pela opinião pública Tendência da população para partilhar as mesmas ideias acerca de um problema = voz do povo, vontade colectiva.
  • 14. Filosofia 11º ano – Lógica Papel do auditório Determinante – é condicionador do processo argumentativo Argumentação nunca se faz num campo vazio mas numa espécie de sintonia/contexto entre orador/auditório (é ele que se quer cativar/influenciar) Aspectos em que se faz sentir a sua influência: 1) Na linguagem – têm que partilhar a mesma – natural  Nunca é objectiva  É entendível por todos 2) As proposições a apresentar têm que ser discutíveis (a aceitação passa pela capacidade crítica do auditório) 3) Técnicas do discurso – pois a argumentação é um processo dialógico (diálogo do tipo pergunta-resposta não é o ideal se o auditório for numeroso) ACORDO Perelman considera-o como o objectivo a atingir; é importante sobretudo nos casos em que os meios de prova são insuficientes . Ex: casos em que se debate o valor de uma decisão, de uma atitude, de um comportamento (justo/injusto; razoável/honroso, etc) “ O que o advogado tenta obter com o seu relato é a adesão do juiz, e só pode obtê-la mostrando-lhe que tal adesão está justificada porque é aprovada pelas instâncias superiores e pela opinião pública. Para conseguir os seus fins, o advogado não partirá de algumas verdades (os axiomas) até chegar a outras verdades a demonstrar (os teoremas), mas sim de alguns acordos prévios até obter a adesão”. Perelman, A Lógica jurídica e a nova retórica Acordo prévias = proposições não questionadas, aceites pelo auditório antes de se dar início à argumentação e que constituem a base do discurso. São de diferente natureza, podendo consistir em factos do conhecimento público, valores comummente aceites, próprias de auditórios específicos. Pelas técnicas argumentativas procura-se a transferência do acordo desta base de entendimento para a tese apresentada pelo orador.